Aquela garota não saía da minha cabeça. Aqueles olhos, aquele sorriso, aquele rosto.

      Fiquei acordado a noite toda, e quando consegui dormi, ouvi a porta do meu quarto abrindo. Era a minha mãe.

      - Filho, já ta na hora de acordar – ela disse dando um beijo na minha testa.

      - Mãe, eu to morrendo de sono, deixa eu dormir?

            - 1 hora, pode ser?

      - HOJE É DOMINGO MÃE!

      - Ta bom, dorme ai. – rimos

     

      Dormi o resto da manhã inteirinha e uma parte da tarde também. Acordei quando ouvi o meu celular tocando.

      - Alo? – eu disse com aquela voz de sono.

      - Bieber? – não, o Brad Pitt. Liga pra mim e pergunta que sou eu ¬¬

      - O que foi Scooter?

      - Pois bem – quem é que fala hoje em dia desse jeito? O.O –, Bieber, acabaram de me ligar da gravadora e eles querem que nós vamos lá agora.

      - Mas hoje é domingo... – eu disse.

      - E daí?

      - Ta bom Scooter, vou me arrumar. Já pode vir pra cá.

      Me levantei e a passos lentos fui ao banheiro. Chegando lá me olhei no espelho e disse “Bom dia Mr. Bieber”, nesse instante joguei o meu cabelo de lado no modo que só eu sabia fazer. Tirei a roupa de modo lento e fiquei parado durante bom tempo naquele banheiro, até que me lembrei do que havia combinado com Scooter.

      Entrei no Box e tomei banho.

      Quando terminei de banhar, peguei a toalha e me cobri, amarrando-a na cintura. Ao sair do banheiro percebi que a porta do quarto estava aberta. Atravessei o quarto e fui fechá-la. Fechei, quando me virei para me trocar, levei um susto, Scooter estava lá.

      - O que está fazendo aqui? – eu perguntei com uma cara de assustado.

      - Ia te dar um susto, mais vi que você levou um sozinho. – ele disse, rindo ainda da minha cara.

      Pedi para Scooter sair do meu quarto, pois tinha que me vestir. Ele saiu, e dessa vez tranquei a porta, afinal não queria mais ser interrompido no meu momento “relax” (ok, parei u_u). Me vesti e no mesmo instante desci para o living onde todos estavam.

      - Pronto Scooter, agora nós podemos ir. – eu disse pegando o meu boné que estava nas mãos de minha mãe.

      Saímos de casa a caminho da gravadora. O percurso era longo, então no caminho fui cantando para passar o tempo. Quando percebi, já estávamos na gravadora.

                                   ** ** **

- É por aqui. – a secretária disse a Scooter apontando para o caminho onde devíamos ir para chegar a sala do Diretor da Gravadora.

            Ao chegarmos à sala, haviam várias pessoas, mas tinha uma em especial que eu já conhecia.

           

            *FLASHBACK ON

           

            Na semana em que havíamos chegado à Atlanta, Scooter nos levou a essa gravadora, mas por coincidência do “destino” (parei mesmo agora) no estacionamento, já quando estávamos voltando para casa eu acabei tropeçando com nada mais, nada menos que Usher.

            - Desculpa – eu disse, mas quando me levantei e olhei para a pessoa era Usher. Pisquei várias vezes para ver se era verdade e era ele mesmo.

            - A culpa foi minha por não ter olhado para onde andava. – ele disse tirando as sujeiras que haviam “agarrado” em sua roupa na hora da queda.

            Fiquei ali parado por um longo tempo, pois não acreditava que um dos meus maiores ídolos estava na minha frente.

            - Eu posso cantar uma música pra você? – eu perguntei, ainda não acreditando naquilo que estava acontecendo.

            - Menino eu estou ocupado, não vai dar nesse momento. – ele disse andando em direção ao seu carro.

            - Por favor, me deixe cantar só uma musica.

            - Ok. – ele deu uma pausa – Mas vamos lá para dentro da gravadora porque aqui está frio, e além do mais, porque você está sem casa do frio? Tome – ele disse me dando o casaco dele. Era um casaco branco, com as mangas escuras e no meio era escrito “LEAFS”.

            Fomos para dentro da gravadora, e entramos em uma sala. Scooter pegou uma cadeira para Usher sentar e ele me disse “Pode começar garoto”. Foi então que eu comecei a cantar U Got it Bad, uma musica que é do próprio Usher.

“when you say that you love him

and you really know everything that used to matter

it don't matter no more

like my money or my cars

you can have it all and

flowers, cards and candy

I do it just cause I’m

said I’m fortunate to have you girl

I want you to now I really adore you

all my people who know what’s going on

look at your mate and help me sing my song

tell her I’m your man

you’re my girl

I’m gonna tell it to the whole wide world

ladies say I’m your girl

you’re my man

promise to love you the best I can

see I’ve been there done it humped around

after all that this is what I found”

*ENROLAÇÃO

“you got it you got it bad

when you’re on the phone

hang up and you call right back

you got it you got it bad

if you miss a day without your friend your whole life’s offtrack

you know you got it bad when you stuck in the house

you don’t wanna have fun 'cause all you think about”

            Me virei e percebi que todos estavam me aplaudindo inclusive Usher.

*FLASHBACK OFF

            - Usher – eu disse abrindo a porta da sala.

            - Menino – ele disse ao mesmo tempo.

            Dei um abraço nele, e me sentei próximo a minha mãe.

- Bom, chamei vocês aqui para uma reunião de ultima hora. O senhor Usher disse que os conheceu e disse também que você tem muito talento menino. – comecei a ficar sem jeito – Então, você poderia fazer uma “performance” aqui para eu ver se você tem mesmo talento?

- Por mim não tem problema.

            Peguei um violão que estava no canto da sala, e me sentei a uma cadeira mais distante da mesa. E então comecei a cantar.

“I need you boo

I gotta see you boo

And there're hearts all over the world tonight

Said the hearts all over the world tonight

I need you boo (Oh)

I gotta see you boo (Hey)

And there're hearts all over the world tonight

Said the hearts all over the world tonight

Hey, little mama

Oh, you're a stunner

Hot little figure

Yes, you're a winner

And I'm so glad to be yours

You're a class all your own and

Oh, little cutie

When you talk to me

I swear the whole world stops

You're my sweetheart

And I'm so glad that you are mine

You are one of a kind and

You mean to me

What I mean to you

And together baby

There is nothing we won't do

Cause if I got you

I don't need money

I don't need cars

Girl, you're my all, and”

                        Nesse instante eu parei de tocar violão e fiquei só cantando.

“Oh, I'm into you

And girl, no one else would do

Cause with every kiss and every hug

You make me fall in love

And now, I know I can't be the only one

I bet there heart's all over the world tonight

With the love of their life who feels

What I feel when I'm

With you, with you, with you

With you, with you, girl

With you, with you, with you

With you, with you, oh girl”

            Parei de cantar e fui em direção à mesa.

            - O que acharam? – Scooter perguntou

           

            O dono da Island Def Jam ficou com uma cara de “VAMOS FECHAR O CONTRATO AGORA”. Ele ficou parado olhando para mim por uns 20 segundos.

            - Pattie, podemos conversar? – enfim o dono da Def Jam disse.

            - Tudo bem.

           

            Saímos todos lá da sala, e ficamos esperando na sala de espera (jura? ¬¬).

            Depois de 15 minutos eles estavam lá, e tinha um papel na mão de minha mãe.

            - Mãe, o que é isso? – eu perguntei

            - Em casa eu te mostro.

            - Ta bom. – porque mãe as vezes tem que fazer suspense? AAAA ¬¬

            Fomos para casa e no caminho Scooter conversava com minha mãe sobre Contrato e eu ouvindo tudo. – haha – Até que eu fingi que estava dormindo, ai assim ia ouvir mais ainda. – ok, parei mesmo agora u_u

            - E quando você vai contar para ele que eles querem contratá-lo? – Scooter perguntou.

            - Acho que hoje mesmo.

                                               ***

            Scooter dirigiu por mais um tempo e quando chegamos em casa percebi que a casa do vizinho estava tendo uma festa.

            Subi para o meu quarto e fiquei na minha cama pensando.

            Peguei meu violão e fiquei tentando compor uma musica, mas não tinha inspiração.

Lembrei então daquela garota da igreja, com seus cabelos castanhos, seus olhos verdes, seu corpo MEGA ESCULTURADO POR DEUS. – *o* SAFADENHO alok – “Justin ta na hora de voltar para a realidade, você NUNCA mais vai ver ela, ouviu? NUNCA MAIS.” Eu dizia isso para mim, era triste aceitar, mas era a verdade.

Me levantei da cama e fui em direção a janela, fiquei lá olhando as pessoas chegando a festa até que vi o menino que estava com AQUELA garota na igreja naquele dia. Fiquei ali olhando pela janela por muito tempo para ver se a via, mas não consegui.

Voltei para a cama e tentei dormir.

Dormi... mas acordei com uma musica muito alta que ficava TOTALMENTE no meu quarto.

Desci as escadas e disse a minha mãe que já voltava.

Abri a porta e fui em direção aquela casa.

            Bati na porta, apertei na campainha, gritei igual um condenado. Comecei a ficar irritado, até que aquele garoto que tava com AQUELA garota abriu a porta.

            - Pode entrar – ele disse. – OPS, não pode não. Você não foi convidado.

            Vi então a porta se fechando, como não podia sair de lá sem falar com aquela garota, coloquei o meu pé na frente da porta e então...

            - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – eu gritei de dor.

            - Desculpa, eu não vi – ele disse muito confuso.

            - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – só sabia falar isso.

            - Vamos, entre. – ele disse me puxando para a sala.

           

            Entrei na casa e me sentei em um sofá amplo que tinha na sala.

            - Já volto – o menino disse.

            Fiquei ali esperando até que eu vi aquela garota. Ela estava com uma bandeja de sucos e refrigerantes até que eu gritei de novo de dor.

            Ela se virou para mim e me olhou com uma cara. Nesse mesmo instante o garoto que tinha fechado a porta no meu pé colocou a mão no ombro da garota que acabou derrubando os sucos e refrigerantes em sua roupa com o susto que levou. Eu corri até ela para a ajudar e comecei a rir ironicamente.

            - CHRISTIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAN – ela gritou.

            - Desculpa irmãzinha – ele disse totalmente sem graça.

            - Oi – eu disse mais sem graça ainda.

            - CHRISTIAN CORRE, TIRA ESSAS COISAS DE MIM.

            - Pode deixar que eu tiro. – eu disse.

            Ela começou a me olhar com uma cara de WTF mas mesmo assim eu ajudei a limpar a roupa dela.

            - Pronto já tá limpa!

            - Não precisava. O meu irmão ia me ajudar, ou não – rimos. – Venha. – ela me puxou.

            Fomos para lá fora da casa. Tinham pessoas lá, mas eram menos do que dentro da casa. Então nos distanciamos mais ainda e subimos em uma escada que dava em uma casa na arvore (ou imaginação a da pessoa ‘-‘).

            - Desculpa por ter sido meio grosseira, mas é que o Christian é insuportável.

            - Nada não. Só uma coisinha, você mora aqui?

            - Sim. Por quê?

            - Você mora mesmo aqui?

            - Sim – ela fez uma feição que eu acabei rindo de sua cara. – Ué, porque riu da minha cara? – ela fez uma cara de triste.

            A abracei de lado e disse – É porque, bem... hm, como te digo? Ah, vou ser curto e direto. Bem, eu sou seu vizinho. – fiquei com uma cara de confuso.

            Ela se virou olhando bem em meus olhos e disse: - Sério? – ela me abraçou e eu a retribui o seu abraço.

            Ficamos abraçados por um certo tempo até que eu vejo uma cabeça no chão.

            - Quem ta aí? – eu perguntei

            - Ninguém – ela disse ainda abraçada a mim.

            - Olha alí – eu disse apontando para onde estava uma cabeça no chão.

            - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – ela gritou (não ela cantou ¬¬) e me abraçou mais forte ainda – Por favor, tira aquilo dali.

            - Por você eu faço tudo. – Ops, eu falei isso? ‘-‘ – Ah, eu não queria falar isso – ou queria KKK -, desculpa mesmo.

            - Nada não, é bom ouvir isso de você. Mas agora tira aquele ser dali?

            Me soltei dela (sim, eu ainda não sei o nome dela ‘-‘) e fui ver o que era aquilo ali.

            - Não queria atrapalhar o momento de vocês dois – Christian disse.

            - O que você não atrapalha né Christian? – eu ri.

            - Nada não Christian, quer entrar? – eu disse.

            - Não, eu subi só porque eu tava procurando a Caitlin. – Cailtin? Agora eu sei o nome dela \o – Caitlin, papai e mamãe vão chegar logo. Ela acabou de me ligar.

            - NÃO É POSSÍVEL! PORQUE TUDO TEM QUE ACONTECER NA MESMA HORA? AAAAAAAAAAA – ela gritou, de novo. – Christian já estou descendo. – Christian fechou a porta que é aquelas que fica no chão sabe(?) (viajei de novo) e foi embora.

            - Você vai querer ajuda? – eu perguntei.

            - Ajuda para que?

            - Para limpar tudo antes dos seus pais chegarem.

            -AA... – nesse instante eu tapei a boca de Caitlin para ela não gritar de novo. – Eu tinha me esquecido disso.

           

            Descemos e “expulsamos” todo mundo da festa. Começamos à limpar tudo. Demoramos 1 hora para limpar tudo.

            - Muito obrigada mesmo. – ela disse – Mas uma coisinha, qual é o seu nome?

            - Justin... Justin Bieber.

            - Bonito o seu nome. – ela disse estampando um lindo sorriso no rosto.

            Ficamos nos olhando por muito tempo até que decidimos assistir a um filme. Christian escolheu “Antes que Termine o Dia”, mas Caitlin queria assistir a “Um Amor par Recordar”.

            Começamos a assistir o filme, e no final choramos bastante. Foi uma noite realmente INCRIVEL, mas – UEPAAAAAAAAAA – eu tinha me esquecido que quando você esta com uma pessoa que você gosta o tempo passa rápido.

            - Alguém tem horas aqui? – eu perguntei.

            - São 11:40 da noite. – Christian respondeu.

            - 11:40? Meu deus, tenho que ir agora. Falei com a minha mãe que não ia demorar e acabei passando a noite toda aqui com vocês. Desculpa.

            - Desculpa porque? Foi ótima a noite que eu passei com você Justin e espero passar outras melhores. – Caitlin disse e eu corei.

            Sai pela porta de trás, porque os pais de Caitlin e Christian haviam chegado.

            Tudo ocorria bem até que....

            - Sr. Bieber, onde passou a noite? – vi minha mãe encostada em uma poltrona próxima à lareira, que alias era a única coisa que iluminava ambiente.

            - Desculpa mãe, eu fui ali na festa ao lado pedir para eles abaixarem o som e acabei ficando por lá.

            - E isso são horas de chegar em casa menino? – minha mãe continuou com o mesmo tom da primeira pergunta.

            - Desculpa mãe. – eu fui ao seu encontro e dei um abraço nela – Te amo.

            - Também, mas me dizer que me ama não vai o deixar sem castigo.

- Desculpa mesmo mãe. Tenho que te contar, depois da festa, eu, Caitlin e Christian arrumamos a casa toda e assistimos filme. – eu ri, lembrando-se de tudo o que havíamos passado nessa noite.

            - Legal. Agora vai dormir. – minha mãe disse isso num tom irônico.

            Subi, tomei um banho refrescante e deitei, lembrando do dia que eu tive, o dia em que eu realmente descobri o nome daquela garota, da minha garota.