as Mulheres da Minha Vida escrita por IsabellaMCullen


Capítulo 1
Capítulo 1-Mother's Love


Notas iniciais do capítulo

*Prólogo:
Eu me sentia sozinho.Na verdade, sempre me senti.Acho que nunca, nem mesmo em minha vida humana, tive alguém no qual me fizesse sentir completo.Alguém cuja presença me preenchesse totalmente.Alguém que me fizesse sentir mais normal.Alguém que me fizesse sentir mais humano.



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-Olá, Edward-Disse aquela mulher, de cabelos caramelo ondulados, por sobre os ombros; os olhos vermelhos, mas eu sabia que era por causa do sangue humano ainda nela.

O rosto singelo e delicado, o sorriso meigo mas intenso, aberto para mim.Uma expressão quase que...maternal.

No começo, demorei a me acostumar com ela.Sentia que, por mais que tentasse, não conseguia entender o porquê da intensidade dos seus sentimentos, o porquê daquele coração ser tão grande emocionalmente, mas que não batia.

O porquê do amor eterno que sentia, quase que violentamente.

E claro, pelo amor ardente que sentia por Carlisle, meu pai adotivo.Algo permanente e forte, que nem em um bilhão de anos seria desgastado, nem um pouco.Pelo contrário, seria mais e mais intensificado, a cada segundo.

Seu nome era Esme Anne.Havia acabado de perder o filho, no qual se sentia culpada pelo acontecido, então assim tentou suicídio pulando de um penhasco.

Quando acharam seu corpo, achavam que já estava morta, e então levaram-na direto ao necrotério.

Todavia seu coração ainda batia, fraca e lentamente.

Carlisle então a levou pra casa, dizendo que iria transformá-la.

Eu achei imprudência, ele poderia não conseguir se controlar.Por isso pediu minha ajuda.

Foi quando tudo aconteceu.Quando dei por mim, o veneno já corria em suas veias, fazendo-na se contorcer e gritar de dor.

Após os três dias de transformação, lá estava ela, de pé, inteiramente renovada, e, inacreditavelmente conectada à Carlisle de uma maneira que nem eu, tendo o dom de ler mentes, poderia explicar.Um sentimento diferente, algo que nunca havia presenciado.

Ela me observava, esperando uma resposta, talvez.

-Oi...-Respondi, indiferente, olhando para o chão.

Edward, por favor, seja educado...ela é muito importante... pensava Carlisle, me encarando.

Dei de ombros.

Ele havia acabado de transformá-la.Como ela poderia ser importante?

-Eu espero nos darmos muito bem, querido-Ela sorriu.

Dei um sorriso sem entusiasmo, infeliz.

Não é que eu não gostasse dela, mas...era estranho depois de viver todo esse tempo com Carlisle sozinhos e de repente entrar uma mulher em nossas vidas, ou  melhor, "existências".

Era como se eu soubesse que perderia toda a minha liberdade.

Mas Carlisle parecia não se importar com isso.Era como se só ela existisse pra ele, reciprocamente.

Estavam hipnotizados um pelo outro.

Não tardou para se casarem.Mesmo assim nunca a chamei de mãe.

Eu tentava ver em sua mente o que ela realmente almejava, contudo, só conseguia ver verdadeiro amor e afeto.Profundos.

Não dava pra acreditar.Ela nunca havia nos conhecido, nem mesmo visto, mas mesmo assim conseguia amar-nos de corpo e alma.No sentido figurado, é lógico.Vampiros não possuem alma.

Me mantive afastado dela por um tempo.Ainda não havia me acostumado com esse tipo de afeto.

Mas um dia tudo mudou.

Carlisle estava trabalhando no hospital, portanto, estávamos sozinhos em casa.

Eu estava em meu quarto, quando alguém bateu na porta.

-Posso entrar?-Esme perguntou, encostada na porta.

-Claro-Respondi de imediato, fechando meu livro.

Ela entrou, fechando a porta atrás dela, e se aproximou lenta e despreocupadamente.

-Beethoven?

-Não, Mozart-Sorri, mais educado do que espontaneo.

-Desculpe, sou péssima em conhecimento de música, ainda mais clássica...-Ela sorriu, desculpando-se.Não respondi.

-Edward, será que podemos conversar?-Ela perguntou, abaixando o volume do meu toca-discos.Tentei descobrir o que era, sondando sua seus pensamentos, mas não consegui ver nada.Ela estava tentando dizer o que via direto à sua mente, meio que improvisando.

-Hã, claro, tudo bem-Disse, após um tempo.-Sobre o quê?

-Acho que tenho te aborrecido ultimamente, não é?-Ela mais aceitou como um fato do que uma pergunta.

-Não entendi.

Após um mumento de pausa, continuou:

-Sei que você não aceitou muito bem a minha chegada nesta família.Posso ver em seu olhar que se sente desconfortável quando estou por perto...-Abaixou os olhos.Pisquei algumas vezes, talvez meditando, antes de responder.

-Eu acho que...fiquei meio...surpreso com a sua vinda...foi tudo muito rápido...-Confessei.

-Entendo-Ela me olhava agora nos olhos.-Sei que você deve ter se sentido traído por Carlisle...trazer alguém assim, precipitadamente, e à beira da morte...-Forçou um sorriso.

-Não, não é isso...Carlisle tem todo o direito de fazer o que bem entender, ele salvou a minha vida, eu eu só tenho a lhe agradecer, por tudo o que fez por mim, especialmente por me adotar como o seu filho.Ele é realmente incrível, e eu apoiaria todas as decisões que fosse tomar, porque é o mínimo que posso fazer por ele...Eu nunca conseguirei pagá-lo pelo quão grato sou...-Sorri.-É só que, eu realmente não esperava que ele fosse sentir falta de uma companheira...justamente por viver há tanto tempo sozinho...-Olhei para as minhas mãos, envergonhado pela sinceridade das palavras.

-Sim, eu entendo você-Ela deu um sorriso compreensivo.

Droga, como ela fazia isso?Ser tão amável e paciente o tempo todo?

-Mas Edward, eu gostaria de lhe dizer que, sinto muito se o magoei, de verdade, nunca foi a minha intenção.Calisle ama muito você, como um filho biológico mesmo, e, agora que entrei nessa família, como sua esposa, só consigo te amar da mesma forma.Você está sendo o filho que eu não tive a oportunidade de ter...-Disse, emocionada.Se ela pudesse chorar, já estaria.-Eu sinto muito Ed, de verdade...-sua voz falhando.

Eu já te amo tanto, querido...Eu sinto muito... Ela pensava.

-Não tem o que se desculpar Esme...eu que não te dei a chance de se aproximar...

-Eu só queria poder te proteger assim como uma mãe protege um filho, e te fazer muito feliz...você e Carlisle são tão importantes pra mim...

Gostaria de poder te chamar de filho, e gostaria que você me visse como uma mãe... Ela pensava, comovida.

Todas as desconfianças e barreiras que eu tinha por ela desmoronavam agora.Fui tão tolo eu tentar repeli-la.Ela só queria que eu a amasse assim como ela me amava.Apenas isso.Queria que eu a visse como minha mãe.E naquele momento eu tive o desejo de ser aquele filho que ela gostaria de ter tido, mas não pôde.

-Eu queria muito que fôssemos uma família de verdade...-Ela estava olhando para baixo.

-E nós somos uma familía de verdade,Esme.Para sempre,  mãe -Sorri, olhando pra ela.Pela primeira vez a chamei de mãe em todo esse tempo.

Ela levantou a cabeça de súbito, me olhando por um momento.E então em uma fração de segundo ela estava me abraçando fortemente.Um forte abraço materno.E eu não me desvencilhei dele.Eu quis poder reconfortá-la, e quis poder lhe mostrar que eu a amava da mesma forma.

Aquela mulher nos meus braços, tão doce e gentil, de coração tão puro e nobre.Minha mãe.Não me importava se ela era biológica ou não.Naquele demorado abraço eu tive a certeza de que ela seria para sempre a minha mãe.Eu a amava tanto quanto meu pai, Carlisle, também adotivo.

A minha família.Eternamente.


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Notas finais do capítulo

-Uffs. pessoal!
Espero que tenham gostado da minha nova fic, eu quero muito que vocês a acompanhem!

—Beijoos.x3
Isabella MCullen



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