A Beautiful Lie escrita por Raquel Severini


Capítulo 30
Capítulo trinta: The Kill


Notas iniciais do capítulo

Hey, povo, sinto muito pela demora a postar o capítulo, mas é que minhas notas estão baixas, por isso estou sem internet, então não sei quando postarei novamente, mas estou me esforçando para conseguir escrever os capítulos. Enfim, adorei escrever esse capítulo. Aliás, eu chorei junto com meus Letos e com a Mell. Já viram que o capítulo ficou tenso ne? Mesmo assim, haverão revelações... Hmm. Ah, sim, as novidades. Não tenho muitas novidades, apenas que cortei o cabelo e as aulas de batria vão bem! :DE vocês, como estão? Awwwwwwn, adorei os reviews do capítulo passado, ainda estou triste por não poder respondê-los. =/ Enfim, Enjoy! ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/111795/chapter/30

Sem poder acreditar no que via, me aproximei, abraçando-o. Não consegui evitar as lágrimas de caírem, e logo senti seus braços em
volta das minhas costas.
- Seu idiota! - Bati no peito dele - Porque você tem que me assustar assim?
Shann continuava sorrindo e me puxou, beijando-me. Olhei para o lado e vi que Jared sorria, inclinado sobre a maca. Percebendo que eu o olhava, ele deu a volta e ficou do meu lado, afagando levemente meu ombro.
- Que saudades. - Shannon sussurrou.
- Shannon Joseph Leto, nunca mais ouse fazer isso de novo, está entendido? - Fiz cara de brava e ele riu.
- Acho que duas vezes são o suficiente. - Riu.
Enxuguei minhas lágrimas com a manga da camisa e sorri para ele.
- Você conseguiu ouvir o que eu disse?
- Sim, mas é um pouco confuso. Algumas coisas não fazem sentido.
- Como o que, por exemplo? - Jay perguntou, interessado.
- Como Mellanie ser a principal suspeita sobre meu... Envenenamento?
- É isso mesmo. - Respondeu ele - Eu sei que é um absurdo, mas foi exatamente isso que aconteceu.
- Então quer dizer - Continuou Shannon - Que Constance está foragida?
- É.
Shann ficou sem palavras por algum tempo e logo em seguida, esfregou os olhos com as mãos, e as deixou ali, tampando os mesmos.
- Hey, amor... - Tirei as mãos dele suavemente dali e percebi seus olhos um pouco vermelhos - Não chora, vai... - Voltei a abraçá-lo.
Sabia o que ele estava pensando. Talvez, algo como: "Minha própria mãe pode ter me envenenado e eu nem desconfiei." ou "Que legal, minha ex-namorada pode ter contratado alguém pra me matar".
- Desculpa. - Suspirou, tentando se recuperar. Tive a impressão de que se ele piscasse apenas uma vez, lágrimas escorreriam de seus olhos.
Jared cruzou os braços, apoiando o queixo sob uma das mãos. Reparei que seus olhos também estavam um pouco vermelhos, como se estivessem irritados com a queda de algum produto químico sobre eles. Percebi que era difícil me controlar perto de ambos, quando eles estavam tão abalados.
- Não, não... - Choraminguei, quase implorando para que eles parassem com aquilo. - Eu sei que não é o melhor momento... - Consegui dizer após uma
breve pausa - Mas eu amo vocês...
- Nós também te amamos. - Responderam em conjunto e eu sorri por ouvir a palavra "nós", e não, "eu".
Shannon pegou minha mão e afagou-a levemente. Jay voltou a acariciar meu ombro, fazendo com que eu ficasse muito contente. Mas aquilo não durou muito, pois bateram suavemente contra a porta.
- Pode entrar. - Respondeu Jared baixinho.
Um choque percorreu meu corpo, quando observei Constance entrar no quarto. Havia lágrimas em seus olhos e ela sorriu quando observou Shannon acordado. Então ela me viu. Seus olhos ficaram cheio de ódio, porém ela continuou caminhando em direção ao filho mais velho, colocando as duas mãos em seu rosto e começando um choro descontrolado. Shannon parecia estar a beira do coma novamente.
- Filho! Meu filho, eu sinto muito! Me perdoa, me perdoa.
- O que você está fazendo aqui!? - Ele gritou e tentou tirar as mãos da mãe do próprio rosto, mas Constance parecia decidida a manter contato com ele. Jay parecia incapaz de se mover para fazer alguma coisa.
- Eu vim te ver, quando soube que você tinha acordado e... E, eu...
- Para! Cala a boca! - Ela continuou tentando se justificar, mas Shannon falou mas alto, me assustando muito. Uma veia estava saltada tanto em sua testa quanto em seu pescoço e seu rosto estava levemente corado de raiva - CALA ESSA MALDITA BOCA!
Finalmente ela ficou em silêncio e ele continuou:
- Eu não quero ouvir as suas mentiras! - Então pensei que ele fosse surtar, pois lágrimas, tanto de ódio quanto de tristeza começaram a rolar por sua face. Sua voz saiu baixa, quase um sussurro - Como você foi capaz? Porque, mãe? Porque?
- Meu amor, eu não fiz nada, eu juro! Nunca seria capaz de te machucar, você sabe disso!
- Então porque você foi embora? - Perguntou Jared, seus olhos estavam marejados e ele se aproximou levemente de Constance, muito hesitante.
- Você não vê, meu amor...? Eu precisava de um tempo pra mim, não aguentava mas essa situação. Eu sei que foi egoísmo da minha parte, com meu filho em coma eu sair assim, sem dizer nada à ninguém, mas eu estava com medo.
- Com medo de que? - Ela não respondeu, então Jared voltou a questionar - Do que você estava com medo, mãe? - Dessa vez Jay se aproximou e segurou seus ombros confiantemente, fazendo com que ela olhasse em seus olhos. - Do que você está com medo, mãe? - Percebi o verbo "estar" sendo conjugado no presente, dessa vez.
Constance apontou o dedo em minha direção, seus lábios tremiam levemente e seu rosto estava pálido. Jared e Shannon pousaram os olhos em mim e, pela primeira vez vi a dúvida beirando seus olhares. Não sabia o que dizer, muito menos o que fazer nesse momento. Parecia tudo muito chocante para se acreditar e vê-los desconfiar de mim doeu muito. Doeu tanto que uma pontada fez meu coração parar de bater por dois segundos.
Shannon se recuperou do que pareceu um soco no estômago e falou antes de qualquer pessoa voltar a se pronunciar.
- E você espera que eu acredite nisso? - Percebi seu tom de voz passar para a denfensiva instintivamente, enquanto ele me protegia, pois eu mesma parecia impotente demais para isso. - Mãe, por favor... Se você voltou para dizer isso...
- Shannon. Meu amor, você precisa confiar em mim. Eu sou sua mãe, te conheço melhor que qualquer pessoa nesse planeta. - As mãos de Constance voltaram ao rosto dele, porém, dessa vez Shann não tentou repelí-las. - Eu quero o seu bem, antes do meu próprio bem, eu penso sempre no que é melhor pra você, porque é isso que uma mãe faz. Você confia nisso? Você acredita nisso?
Tanto Jared quanto o próprio Shannon olharam para mim e para Constance, como se tentassem decidir em quem acreditar. Novamente aquilo me matou por dentro, podia sentir uma parte de mim sendo destruída e essa parte era a auto-confiança.
- Eu... - Shann encarou os olhos azuis da mãe, que se assemelhavam muito com os olhos do próprio irmão e, percebeu que seria tolo se não acreditasse neles. Jay parecia ter chegado a mesma conclusão, quando percebeu que o irmão havia se decidido. Shannon deu o veredicto - Acredito.
- Que bom, meu filho, pois eu espero sinceramente que você um dia seja capaz de me perdoar por isso... - Constance parecia nervosa e seus lábios tremeram mais ainda.
- Mãe, o que você vai fazer? - Perguntou Jared cautelosamente.
- Eu sinto muito, meu amor. Nunca se esqueçam de que eu os amo demais.
Então Constance abriu a bolsa e puxou uma arma. Eu não soube indentificá-la, nem parecia em condição de fazê-lo, só tive tempo de reparar que era uma pequena pistola preta, com a numeração raspada na lateral. Então ela apontou em minha direção e houve o disparo. Meus braços, trêmulos, foram em direção ao meu próprio abdômen, abraçando-o, enquanto eu me curvava de dor. Não poderia dizer onde o segundo disparo me atingiu, porque tudo ficou escuro, e a última coisa que ouvi foi a voz da minha própria consciência, gritando: Burra!

Jared;

Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Em desespero, corri até Mellanie e coloquei meu corpo em sua frente protetoramente. A porta foi aberta com violência e não precisei olhar para saber que Constance havia fugido, de novo. Tão pouco aquilo me importava. Todo o meu ser estava concentrado nela, na mulher da minha vida, que agora parecia estar me deixando. Shannon lutou contra vários aparelhos e conseguiu se ajoelhar ao lado dela, pegando seu rosto com delicadeza e apoiando-o no próprio colo.
- Mellanie! - Eu gritava sem perceber que o estava fazendo. Tanto eu quanto Shannon chorávamos. - Amor, fala comigo!
O peito dela subia e descia com dificuldade e fracamente. Foi Shann, como sempre, quem tomou a dianteira.
- Jared, chama um médico!
Sem pensar muito eu me levantei, decidindo que meu irmão não estava em condições de correr. Saí gritando por ajuda pelos corredores, até que encontrei uma equipe de médicos que estava saindo de uma sala, juntamente com o doutor Joseph. Dei graças a deus e falei ofegantemente.
- Por favor - Implorei ao doutor - Por favor, ela está morrendo... - Isso foi o suficiente para fazer com que a equipe médica me acompanhasse, correndo, até lá.
Shannon estava encolhido no chão. A roupa branca do hospital que ele usava estava cheia de sangue, asssim como suas mãos, enquanto ele tentava estancar o sangramento do ombro e barriga dela.
Os médicos colocaram Mellanie na mesma maca que antes Shann estava deitado e começaram a correr corredor à fora, com balões de oxigênio e gazes. Automaticamente eu os segui, assim como meu irmão. As pessoas olhavam assustadas. Eles entraram numa outra sala, onde vários cirurgiões e enfermeiras estavam de plantão. Nossa entrada foi barrada.
Na sala de visitas, eu não conseguia parar de chorar. Também estava coberto de sangue dela. E a culpa me invadia. Como eu havia desconfiado dela?
- Shannon...? - Chamei e ele desfixou o olhar do chão para me olhar - Como você está?
- Eu sou um idiota. Um completo imbecil. - Houve uma pausa, as mãos deles, ainda tremiam e ele as passava freneticamente pelo próprio cabelo. - Como
eu fui capaz de acreditar nas palavras daquela assassina...? Jared, se ela morrer. Já percebeu que... - Sua voz falhou por um momento - Se a Mellanie morrer, seu último pensamento vai ter sido que nós não fizemos nada pra proteger ela, nós concordamos com aquela mulher. - Tive a impressão de que Shannon não era capaz de pronunciar o nome Constance, ou "mãe", assim como eu.
Meu coração estava descompassado.
- Não pense nisso. Eu tenho certeza que ela sabe que nós a amamos.
- Não é o suficiente, irmão. - Fungou.
"Não, não é", concordei mentalmente.

12 horas depois, soubemos que a cirurgia havia sido bem sucedida, e que Mellanie iria acordar em breve. Porém, como Shannon havia dito antes, "não era o suficiente". Não sei quanto tempo havia se passado, talvez um dia inteiro. Meu celular estava desligado, não estava em condições de falar com ninguém naquele momento. Tomo chegou nesse meio-tempo. Ele estava resolvendo uns assuntos pendentes sobre a banda, por isso não estava no país, mas assim que soube do que havia acontecido, pegou o primeiro vôo para cá.
Tão pouco ele conseguiu nos animar. Tomo era um bom amigo, tentou nos fazer comer algo, ou pelo menos beber água. Porém, a única coisa da qual conseguiu nos convencer foi a mudar de roupa. Não gostava de ter o sangue dela nas mãos.
Já estava de tarde, quando doutor Joseph veio falar conosco.
- Ela está acordada. - Anunciou e imediatamente Shannon e eu nos levantamos, mas ele pôs uma mão gentil em meu ombro. - Ela disse que não quer falar com vocês. - Gesticulou com as mãos para mim e para o Shannon e acrescentou - Sinto muito. Sugiro que você vá pra casa agora, mais tarde terão muito o que fazer na delegacia.
Assenti compreensivamente, apesar de estar arrasado por dentro e, assim que ele estava longe o bastante eu praticamente implorei ao Tomo.
- Tomo, por favor...
- Tudo bem. - Concordou, entendendo que eu queria que ele fosse ver como ela estava.

Mellanie;

Tomo não bateu na porta antes de entrar. Eu fitava o teto e não sabia bem o que pensar.
- Hey. - Me chamou, porém eu não olhei para ele - Como você está se sentindo? - Perguntou, se aproximando devagar e parando ao lado da maca.
- Péssima. - Respondi, chorando.
- Mellanie, eles te amam.
- Não é o suficiente. - E acrescentei - Eles desconfiaram de mim. - Apertei o travesseiro com força, impedindo as lágrimas de caírem - Você não viu o modo como eles me olharam.
- Eles não fizeram por mal, disso eu tenho certeza. Constance é a mãe deles, pense bem nisso. Qualquer um ficaria confuso.
- Eu já pensei, Tomo. Eles não ficaram confusos, eles escolheram um lado, e não foi o meu. - Comecei a chorar desesperadamente e escondi o rosto debaixo do travesseiro, abraçando-o e abafando o choro. - Eu não tenho ninguém para confiar, sabe, estou tão confusa agora. Eu não tenho sequer uma mãe para discutir comigo...
- Calma, eu estou aqui, tá bom. Eu sou seu amigo e me preocupo contigo.
- Obrigada, Tomo. - Consegui sorrir. - Você poderia me deixar dormir um pouco?
- Claro. Bons sonhos. - Respondeu, se virando e preparando-se para sair.
- Espera. - Tomo parou, ainda de costas. - Leva os dois pra casa, e não deixe eles virem para cá, tá bom?
- Tudo bem, você é quem sabe. Se quiser alguma coisa, pode me ligar.
- Obrigada mais uma vez.
- Não há de que.
Então ele saiu, me deixando a sós com meus próprios pensamentos. E, nesse momento eu soube, que havia morrido por dentro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sem muito mais o que dizer... Fiquei um pouco indecisa sobre os rumos do capítulo, e só pra fazer tipo um making off, vou dizer, comecei a escrever esse cap. planejando que o Tomo entrasse na sala com o doutor Joseph e duas enfermeiras, mas ai decidi que o estava muito monótono e resolvi colocar a mãe louca, foragida, surgindo do nada e confundindo a cabeça de todo mundo! SEADSQEADSQEAWDAEWD. nem me perguntem como acabo tendo essas ideias. kkk, mas enfim, pelo AMOR DE DEUS, ME DIGAM SE GOSTARAM, SE NÃO EU VOU MORRER AQUI! X.X



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Beautiful Lie" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.