Fazia meia hora que ela entrou naquele bendito banho. Tudo bem que as mulheres demoram horrores num banheiro, mas ela já estava exagerando.

Toc Toc.

Nada.

TOC TOC.

Bati mais forte desta vez. Nada. Comecei a ficar nervoso. Saí do meu quarto e fui para o dela. Talvez ela tenha terminado o banho e não tenha me escutado. Ela não estava no quarto. O uniforme ainda estava dobrado na cama.

– WEASLEY! – gritei. Silêncio. Um dos silêncios mais agonizantes da minha vida. Peguei a varinha e sem dó nem piedade... – BOMBARDA!

A porta foi estraçalhada e destruída em mil pedacinhos. Olhei para o banheiro. Ela estava ali, completamente submersa na água. Os cabelos castanhos espalhados pela água. Corri até ela e puxei sua cabeça para fora da água. Sacudi ela e nada.

– Innevarte. – murmurei nervoso.

Ela abriu os olhos e olhou para mim. Peguei o roupão dela e estiquei para ela enquanto me virava de costas. Ela pegou o roupão e passou por mim. Segui ela e segurei seu pulso, virando-a para mim.

– O que você estava fazendo? – perguntei segurando ela pelos ombros e sacudindo-a. Ela apenas olhou para baixo. – O que você tem na cabeça? Minhocas? – sugeri. Ela revirou os olhos e aquilo me irritou mais ainda. – VOCÊ PROMETEU ROSE! – gritei sacudindo-a. Então eu parei. A ficha havia caído tanto em mim quanto nela.

– Você... – começou ela surpresa. – Você me chamou...

– Sim. – disse me afastando dela. – Mas você me prometeu! – eu disse voltando ao assunto. Não seria seguro ficarmos naquele tipo de assunto.

– Você não entende! – exclamou ela sentando no chão. Respirava com dificuldade. Meu coração quebrou, mas eu continuei sério. - Ninguém entende!

– Por favor. – pedi. – Não tente...

– Eu quero morrer! – disse ela afastando as mãos do rosto molhado pelas lágrimas.

– Você não vai fazer isto! – exclamei descontrolado. – Eu não vou deixar! – eu disse saindo dali. Ouvi um barulho de passos.

– Espere. – disse ela me segurando pelo braço. Estávamos fazendo muito aquilo. Me virei. Deus, como ela é linda, como tinha vontade de... – O que você quis dizer com isso? – perguntou ela. Olhei em seus olhos castanhos. Esperança?

– Se você morrer, o que vai acontecer. – comecei, vi ela abaixar a auto estima. – O que será com 100 anos e olhe lá – acrescentei. Vi ela sorrir discretamente. -, morrerá feliz. Ok?

– Promete? – perguntou ela assim que eu me virava para entrar no meu quarto. Me virei e vi esperança nas avelãs dela.

– Prometo. – disse para logo em seguida entrar no meu quarto.

Merlin, o que eu estava fazendo? Por que isso me parecia a coisa certa?