A Complicated Love escrita por clara_linda


Capítulo 4
Someone's Watching Over Me


Notas iniciais do capítulo

Oi,pessoas do planeta percy jackson,estou aqui eu,Clara,para postar mais um capítulo para vcs.Como diz o nome,esse capítulo fica melhor quando se ouve Someone's Watching Over Me da Hillary Duff enquanto se lê.A tradução tem tudo a ver com o cap tbm entao...Eu recomendo que escutem.
Aqui o link da tradução:
http://letras.terra.com.br/hilary-duff/98479/#traducao
Esperamos que gostem!
PS.:Nesse cap a Carol fez a maior parte,eu fiz mais a parte da lut,pois sou boa nisso,mas nao sou filha de Ares viu?



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Pov Brooke

Quando cheguei a minha casa, olhei para os lados atentamente. Eu estava na sala. No chão, o corpo de minha mãe se postava na mesma posição que eu deixara. Ainda não conseguia sentir um cheiro forte de morte, mas não poderia adiar por tanto tempo.

A peguei pelos braços e a puxei até um quartinho de despejos que tínhamos no apartamento. Eu realmente não esperava que um dia eu tivesse que fazer aquilo, mas aí estava. A prova do improvável.

Voltei para a sala e percebi que uma mancha do tamanho de uma bola de futebol sujava o carpete. O sangue de minha mãe.

Corri até a cozinha e peguei um pano. O molhei e trouxe até a sala. Levei a mão à boca quando vi Nico parado olhando para a janela.

- Meus deuses! Nico, que susto! O que veio fazer aqui? – Disse enquanto tentava limpar a maldita mancha. Ela me fazia lembrar do fatídico dia em que tudo havia acontecido. Limpei uma lágrima que escorreu por minha bochecha e continuei esfregando, agora mais forte do que antes. - Por que isso não quer sair? – Aumentei a voz um pouco, tenho que admitir.

Já estava acabando com a minha paciência. Outra lágrima escorreu e eu a limpei, mas outras estavam se formando. Nico se agachou e estendeu a mão.

- Me dê o pano. Vá arrumar suas coisas, tudo bem? – Assenti de leve e lhe entreguei o pano molhado.

Andei até meu quarto, segunda porta a direita. A porta estava fechada e eu fiquei em um impasse se realmente deveria abri-la. Por fim, resolvi que sim.

A porta rangeu um pouco como sempre, mas abriu direitinho. Tudo estava do jeito que deixara. Tudo no mesmo lugar. A única diferença é que eu via minha mãe em todos os lugares: Seu sorriso, sua expressão de brava me mandando arrumar minha coleção de CDs ou quando fingia que iria me bater e sempre ficava chorando e me pedindo desculpas. A saudade me atingiu em cheio.

Em um minuto, eu já havia fechado a porta com força e escorregado até o chão. As lágrimas escorriam pela minha face e meu coração estava apertado. As risadas ecoavam e as suas últimas palavras. Sua frase de que iria se juntar ao seu Hades.

Peguei uma mochila um pouco grande e coloquei o maior numero de coisas que consegui. Me despedia silenciosamente de cada centímetro daquele quarto em que eu vivera minha vida inteira. Então, eu vi uma foto minha e de minha mãe. Ela tinha um sorriso triste no rosto, como se faltasse alguém ali e eu ria como uma criança boba que com certeza eu era.

Coloquei a foto no meio da mochila e fechei o zíper. Tudo estava pronto. Limpei o rosto e abri a porta finalmente. Nico estava apoiado no corredor e me olhou, com um sorriso triste.

- Está pronta? Pegou tudo o que tinha que pegar?

Assenti levemente com um pequeno sorriso e ele estendeu a mão. A peguei e nos concentramos. Senti um vento a minha volta e logo estávamos no Acampamento Meio-Sangue novamente. No chalé de Hades para ser mais exata.

- Chegamos.

Eu responderia com sarcasmo se não estivesse tão cansada,já era de noite e eu estava com sono. Coloquei minha mochila em um canto e me deitei na cama, fechando meus olhos. Vários pensamentos atingiam minha cabeça e foi quase impossível dormir, só depois de muito tempo consegui entrar no mundo dos sonhos.

----x----

Acordei com lágrimas nos olhos para variar. Havia sonhado com minha mãe e certa faca ensangüentada que adora se enfiar nos corações das pessoas. Peguei a coberta e enxuguei as lágrimas, torcendo para não ter acordado Nico. Ao contrário, ele se remexeu, mas mal piscou os olhos.

Suspirei de alívio e me levantei da cama calmamente. Andei até o banheiro e joguei água no rosto para me dar uma acordada. Enxuguei e voltei para a cama, tentando pelo menos não dormir até de manhã. A pior parte de ser um semideus é ter esses pesadelos.

Quero dizer... Já não basta você ter que aturar não ter um pai ou mãe e viver com o fardo de sua parte humana da família se torturar sem o deus ou deusa. Você ainda tem que aprender a lutar e a ter missões... E ter pesadelos.

Imagens da minha infância sem uma figura paterna passavam por minha mente como um flashback. Apesar de eu nunca ter visto Hades, me sinto feliz por isso. Seria mais difícil para minha mãe aturar vê-lo vir e partir novamente.

Fechei meus olhos novamente e dormi. A única coisa que eu queria não era um pesadelo e graças aos deuses eu fui atendida e dormi algumas horas sem horríveis lembranças.

----x----

Fui acordada por sacolejos por meu corpo. Abri os olhos, sonolenta, e vi quem me acordara. Nico.

- O que você quer, Di Angelo?

Perguntei irritada. Nico riu no meu ouvido.

- Vamos! Se levante. Vamos treinar com espadas hoje, sua dorminhoca!

- Dorminhoca com muito orgulho!-gritei já dentro do banheiro.

Tomei um banho e coloquei uma nova roupa. Saí do banheiro devidamente vestida e segui Nico até o Arsenal. Escolhi algumas armas bem legais até que vi qual ficava melhor.

Treinei com uma espada prata primeiro que se encaixava em minha mão boa o bastante para usar. Nico me disse para ficar com essa, pelo menos até acharmos uma melhor. Mas eu adorara aquela e não queria trocar, apenas não disse para ele.

A sineta do almoço tocou e andamos até o refeitório. Murmúrios percorriam por onde íamos e explodiram quando eu me sentei na mesa 13 ao lado de Nico. Todos estavam falando sobre a nova filha de Hades.

-Virei novidade em tão pouco tempo? – Perguntei debochada. Nico riu baixinho e disse:

- Tem gente que já é novidade antes mesmo de chegar aqui, Brooke.

Arregalei meus olhos. Isso está pior que revista de fofoca! Continuamos comendo e contando nossas histórias e, quando eu disse que queria ir para o Cassino Lótus, ele quis me bater, mas... Tirando isso tudo bem.

                ----x----

                Durante a tarde nós continuamos treinando com espadas, a única diferença era,agora eu tinha mais que um bonequinho de palha para treinar,eu tinha um filho de Apolo,muito bonito e com um ótimo porte físico por sinal.O que é?Só estou falando.Como eu ia lutar com um garoto forte desse?

                -Então...Qual o seu nome,filho de Apolo?-perguntei.

                -Dean Collins e o seu,filha de Hades?-ele respondeu já ficando na posição de luta.

                -Brooke Thompson.

                E a luta começou.Ele tentou me acertar no braço,mas eu desviei,por sorte o Nico tinha me ensinado alguns truques de manhã e como eu sabia que Dean não ia pegar leve comecei a pensar em usá-los.

                -Não vai pegar leve só porque eu sou novata não é?-perguntei.

                -Não.-falou ele atacando de novo.Só que ele conseguiu cortar meu braço dessa vez.

                Um surto de adrenalina misturada com um pouco de raiva pelo corte no meu braço passou pelo meu corpo,resolvi tentar ganhar dele.Chamei ele em um sinal com a mão,como se eu dissesse:Pode vir.Estou pronta.

                Ele veio correndo em minha direção e a essa hora uma rodinha já havia se instalado a nossa volta.Pude ver Nico pelo canto de olho,com um homem já nos seus 20 anos ao seu lado,cabelo preto bagunçado e olhos azuis-esverdeados.E só tem gato nesse acampamento?Que corpo era aquele meus deuses?

                Quando Dean chegou perto o suficiente me abaixei e dei-lhe uma rasteira.Ele caiu no chão com as costas pra baixo e eu subi em cima dele prendendo suas mãos com as minhas pernas e colocando minha espada prata em seu pescoço.

                -Você é meu prisioneiro agora,Dean Collins.-falei.

                -Não tão rápido,Brooke Thompson.-falou ele e me virou não sei como ficando de pé.Me levantei também.

                Fui em direção a ele já com a espada preparada.Nós batemos nossas armas no ar e ele fez uma coisa que eu não entendi muito bem.Pegou meu punho e me virou de um jeito que eu fiquei de costas pra ele com as mãos presas atrás das minhas costas,Dean estava prendendo elas.Ele colocou a espada em meu pescoço e sussurrou no meu ouvido:

                -Quem é o prisioneiro agora?

                -Olha,-dei uma risadinha-eu vou fugir se você não ensinar esse truque pra mim.

                Ele riu e nessa hora olhei para meu irmão.Ele estava vindo em nossa direção e parecia...com raiva?

                -Você pode lutar comigo agora,Brooke?-falou rangendo os dentes.

                -Claro,pode ser,vou lutar com ele Dean.Parabéns pela vitória.-falei apertando sua mão.

                Segui Nico para um outro canto da Arena e pude escutar aquele cara de 20 anos falando algo como: Ótimo,mais um irmão super-protetor no nosso acampamento.E arrancar risadas de todos ali.Olhei para trás,todos estavam voltando para suas atividades.Dean me deu aceno com a mão e eu fiz o mesmo para ele.

                -Brooke,venha logo.-falou Nico.Me virei pra ele e vi que ele estava vermelho.Devia ter escutado o que seu amigo de 20 anos disse.

                Fui até ele e começamos a lutar,só que ele não pegou leve também não(ninguém faz isso comigo nesse acampamento ou é impressão minha?).Depois que ele me derrubou pela milésima vez a sineta do jantar tocou e nós seguimos em direção do pavilhão do refeitório.


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Notas finais do capítulo

Mereçemos alguma coisa?