Saint Mahou Shoujo escrita por Casty Maat


Capítulo 3
O jardim de Aquário 庭水族館


Notas iniciais do capítulo

Ah, para quem não sabe, Ouji = principe em japonês (Ou = rei, ji = filho).

Anastasia significa "aquela que ressurge", Kaname significa "portal", Reiou significa "Rei dos espiritos" (Rei = espiritos, ou =rei).

Curiosidades =D



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3-O jardim de Aquário (庭水族館)

Eu a observava atônita. Como algo daquele tipo estava acontecendo? Devia ser algum truque de ilusionismo.

–Quê?

–Se perder, terá de obedecer o Yukida-san e o Amamiya-san, assim como Kido-sama.

Eu procurei ao redor alguma espada, percebi que não tinha opção senão ir em frente, mesmo que soasse como loucura. Mas quando toquei a espada ela se partiu do nada. Um selo oriental cortara a madeira.

Tentei advinha o trajeto e vi que vinha de Kaname, que, pesla posição, claramente tinha sido dela o selo afiado.

–Antes que pergunte, é um simples papel. Porém você não pode ver, apenas médiuns ouaqueles que desenvolve o cosmo pode ver. - ela não alterou uma expressão apática e séria. - Bem se vê que ainda não despertara. E é por isso que Yukida-san e Amamiya-san foram procurar-lhe.

Aquilo estava me irritando profundamente. Eu a defendi e agora ela agia dakela maneira? Peguei o que sobrou da espada de madeira e parti com tudo e a cada investida minha, Kaname desviava como uma borboleta, cheia de serenidade e delicadeza. Eram giros, saltos e pequenos passos que a faziam bailar no clube. Eu não conseguia compreender como ela tinha tamanha mobilidade. Foi quando eu olhei para um canto e vi meu ouji observando de braços cruzados. Sua expressão, sempre inalterada e fria, me soou como se estivesse decepcionado e desapontado.

Eu tinha que vencer. Não podia entristecer aquele misterioso homem que só eu via. Girei a espada e me preparei para atacar e “cruzei” com Kaname. Em campos opostos, segundos depois, a espada já incompleta, se despedaçou. Mas eu jurava que ela nem tinha me tocado!

–Isso é tudo? Não sabe se virar com seu anel?- disse Kaname,sempre de forma calma.

–Hei de tirar esse lixo do dedo.

–Isso não sairá... Não até que nos cumpramos nossa missão.

–Missão, missão... Que tudo se exploda! - corri em direção da minha direita, onde se encontrava o depósito de espadas e antes de chegar, as espadas se explodiram.

Os fragmentos que voaram feriram minha mão e meu rosto. Isso não me importava. Mas de novo ela nem sequer chegara perto e destroçara.

–Com meu cosmo posso controlar as almas mortas. E eu as ordeno que destrua ou qualquer coisa.

Eu já estava fula com tudo aquilo. Ia partir para socá-la com meu punho direito. Ela veio de encontro a mim, desviou da minha investida e girou no ar, me chutando nas costas. Cai no chão sentindo uma dor horrível e não sentia minhas pernas.

Ela me observava de alto, e jogou em minha direção alguns selos de papel. Me sentia acuada e só me protegi, cruzando os braços no rosto. Mas o objetivo dela nãoera me acertar e sim, demonstrar que eu havia perdido.

–Não se preocupe. Em uns 10 minutos suas pernas estarão normal.

Ela se retirou, não sem antes as estranhas a envolvessem de novo e ela voltasse a roupa que ela vestia.

Fiquei ali, só, enquanto chorava humilhada. Humilhante derrota, e o abandono do meu ouji.

Eu estava num enorme descampado, a brisa levantava o blaser de meu uniforme, levemente customizado. Meu cabelo tremulava enquanto eu encarava meu ouji, que parecia vestir uma túnica grega branca, diferente do uniforme que eu via sempre.

Não o encarei muito tempo, estava com raiva de mim mesma, mas ele se aproximou e me fez olhar para seus profundos olhos azuis. Tomou minha mão e senti um ar gelado envolver nossas mãos. E da pequena neblina ali, vi sair uma espada linda e esculpida no gelo. Ela logo se partiu e ele me olhou firme, como se me ordenasse algo. E então eu percebi que me fazia fluir uma estranha força em mim, ele insistia para que eu continuasse. Eu me perdia naqueles olhos, mas por eles queria honrá-lo. Faria a mais bela espada de gelo.

Queria que aqueles olhos brilhassem em contentamento para mim. Eu estava me apaixonando por uma ilusão, mas que fosse. Aquilo me dava força. E eu me sentia conectada a ele por esse estranho laço de força que sentia.

–Cosmo... - ele murmurou tão rapidamente, com uma voz forte e aveludada.

Aquela força era o cosmo que eu ouvia falar... E eu queria que fluísse, que a espada surgisse. E eu não tirava os olhos dos olhos dele.

–Ken garden suizokukan...

E como por mágica, uma espada saiu daquela neblina, linda, formosa e soando como algo mágico e poderoso.

–Consegui, meu ouji... consegui...

Ele me olhou sem parecer mudar sua expressão, mas seus olhos brilhavam. Eu ignorei a espada maravilhosa e semi-transparente e me lancei nos braços do ouji. Eu não percebi, apenas depois de o abraçar forte e selar meus lábios nos dele, sentir sua reciprocidade doce e magia e vê-lo me empurrar suavemente e sumir em seguida.

Ele sumiu e eu voltava ao clube, sendo acordada pelos meus novos pupilos. E eu percebi que minhas pernas voltaram a se mexer.

–Capitã, está chorando? - indagou preocupado o mais novo dos meninos ao meu redor. Foi quando reparei que filetes de lágrimas escorriam. As enxuguei e me levantei, sem nada dizer.

E lá fora vi Kaname, agindo comose nada tivesse ocorrido, e parecia me esperar.

–Você o vê? - perguntei.

–Quem?

–Esquece... - a ignorei e fui voltar para casa. De alguma forma, meu ouji queria que eu obedecesse aos dois japoneses. E eu perdi para Reiou, então deveria me rebaixar, por mais que doesse. E assim, talvez soubesse sobre meu ouji.


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Notas finais do capítulo

Anastasia vai para o dormitório do colegio e divide quarto com Kaname e uma espanhola chamada Saya.



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