A Pequena Psicopata escrita por Violet_Demetra
Notas iniciais do capítulo
Nháaa, os que gostam de LinAri, não se desesperem por favor...
Era noite de lua cheia. Lincon estava sozinho na biblioteca. Se sentia sozinho também. Ariana havia viajado há três dias com Arnaldo para resolver problemas pessoais. E ele estava ali, sozinho, esperando o regresso da companheira.
Ela disse que voltaria naquele dia mesmo, mas ele se sentia de certa forma inseguro. Até que ele ouviu um automóvel se aproximando. O garoto Rechi correu para a porta da frente, e viu Ariana, com um sorriso deslumbrante no rosto, usando um vestido de algodão azul-marinho e os cabelos presos com uma presilha de borboleta, incrutada com safiras. Atrás dela vinha Arnaldo, segurando algumas sacolas e caixas.
-Ariana!- Disse ele feliz em vê-la.- Como foi a viagem?
-Ótima querido... Venha, tenho uma surpresa para você...
Um pouco mais tarde, Ariana e Lincon se dirigiam para o jardim, usando antigas roupas da família. Ariana usava um vestido preto, comprido e de mangas curtas, e seus cabelos compridos e loiros estavam soltos ao vento. Lincon, usava antigas vestes a rigor e uma capa verde bem escura.
-Venha comigo...- disse ela - Estamos quase chegando...
Pelo ar fresco, e pelo odor perfumado de rosas, Lincon deduziu que estavam no jardim da mansão.
-Ariana... Porque estamos com os olhos vendados?
E era verdade. Ariana havia vendado os olhos dela mesma e de Lincon com faixas, para que não pudessem ver nada. Era incrível, segundo Lincon, que ela conseguia se guiar pelos jardins facilmente, com os olhos vendados.
-Chegamos.- Disse ela séria. Lincon sentiu com os pés o chão. Era duro e um pouco escorregadio. Provavelmente estavam no espaço onde poderia se instalar uma pequena orquestra para festas e eventos.- Você sabe dançar não é?
-Sei...- Respondeu ele sem jeito e ainda não entendendo nada.
-Então... Faça as honras...
Lincon pos uma mão na cintura de Ariana, e segurou com a outra mão na mão dela. Eles começaram os passos, uma valsa calma, silenciosa. Lincon ainda não entendia o motivo daquilo tudo, mas continuou com a dança, de olhos ainda vendados.
-Lincon?- Disse Ariana pisando para a frente, e para trás em perfeita sincronia
-Sim?
-Se eu vivesse 100 anos, quanto tempo você gostaria de viver?
Lincon girou Ariana e retomou a dança. Se ela não tivesse a venda, veria que ele estava sorrindo.
-Viveria 100 anos menos um dia. Assim eu não viveria sem você...- O garoto puxou-a contra si, e deu mais uma volta.
-E se eu morresse? Você ficaria com outra pessoa?
-Bom... Se um dia você morrer de alguma forma, acho muito difícil achar alguém como você...- Ele girou novamente Ariana e parou, agora voltando a sincronia dos passos.
-Lincon?
-Sim, querida?
-Me perdoe...
Ariana sentiu o corpo de Lincon amolecer nso seus braços, e o segurou para colocá-lo suavemente no chão.
-Achei que você gostasse do garoto...- Ouviu-se a voz do mordomo. Ele olhou para a patroa. E ao contrário do que ele pensava, ela não estava com aquuele sorriso de satisfação no rosto. E ainda usava a venda.
-Eu gosto muito... E por isso não quero envolvê-lo nisso. Fez exatamente o que pedi?
-Uma dose de sonífero aplicada no pescoço. Extamente. Claro que ele estando com os olhos vendados ajudou um pouco... Você é genial com essas coisas e...
-Alfred. Escute. Quero que você leve-o para casa e quando ele acordar, diga que eu desisti de tudo, e diga também que não é para me procurar. Dê a ele o testamento do pai, que deixa todos os bens para ele e o documento que te apresenta como tutor dele, para ele não prescisar ir para um reformatório ou coisa do gênero. Depois volte. Quero começar meu plano ainda de manhã.
-Sta. Carter, acho que seria intrometido da minha parte perguntar... Mas porque você também usou a venda, e ainda não tirou?
Ariana deu um suspiro longo suspiro e disse.
-Não conseguiria vê-lo assim...- E se ajoelhou ao lado dele e lhe deu um beijo na boca.- Adeus Lincon...
E se afastou.
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