Lust For Blood escrita por line_chan


Capítulo 1
O falso rei


Notas iniciais do capítulo

pode ficar um pouco confuso esse negócio de começar no final e ir pro começo ^^" mas espero que gostem da fic!



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- ano de 1900 -

Kei saca sua arma com a mesma velocidade de seu tiro que acerta em cheio o peito de seu inimigo.

- Há quanto tempo.. - Ele abaixa a arma - Yoshida.

Nenhuma resposta é ouvida. O homem misterioso nem ao menos se movimenta

- Continua do mesmo jeito..sua hipocrisia é tão grande que não se permite desperdiçar as palavras com um simples mortal?

- Não. Eu apenas..não falo com vermes

- Por acaso esse verme de quem fala..sou eu?

- Ora...vejo que ficou inteligente..

Kei levanta a arma novamente

- E também fiquei forte - se desloca até o outro em velocidade incalculável, pondo então sua arma encostada na cabeça do estranho - tão forte que posso vencê-lo.

- Eu estou com ela.

Kei fica surpreso. Yoshida sorri.

- Me derrote e eu a libertarei

- Ham..é só isso?!

- Se acha tão simples por que não começa?

- Prefere uma morte rápida e sem dor?ou uma lenta e dolorosa?

Yoshida se desloca tão rápido quanto Kei, pondo um punhal encostado no pescoço dele.

- Você fala demais.

- Um punhal?!ham...você já foi mais original

- Ele ainda corta...e pode atravessar sua garganta

- Pois tente!

Yoshida força o punhal contra o pescoço de Kei, fazendo com que ele sangre.

- Não vai fazer nada?

Kei não sai do lugar, apenas fecha os olhos. O homem retira o capuz de seu sobre- tudo que cobria a face pálida.

- O que pretende?

Yoshida passa sua língua pelo sangue, tomando-o para si. Então, mostra seus dentes afiados e se prepara para uma mordida profunda. Kei atira mais uma vez no vampiro.

- Você sabe que isso não me mata

- Eu sei...mas é divertido - sorri com o canto dos lábios.

- Acabou a brincadeira - o vampiro o fitava sério. Abriu então, parte do sobre- tudo, revelando um terço de sua espada.

- Resolveu me levar a sério?! - suspirou - já tava na hora.

Kei guardou a arma e pegou sua espada.

- Venha - o vampiro retirou sua própria espada e esperou a ação do outro, o que não demorou a acontecer.

- YOSHIDAAA!!

Kei correu até ele até que as espadas colidiram.

- ano de 1885 -

- Mestre! Mestre! Acorde, mestre! Mestre!

O pequeno abria os olhos com lentidão.

- Mestre!

- Agora não, Alice!

- Mas, seu pai o chama. Já está na hora de levantar.

- Mas, ainda é cedo - falava enquanto coçava os olhos com as mãos fechadas.

- Senhor, se não formos logo, seu pai ficará bravo. Já irão servir o desjejum.

- Posso comer seus biscoitos?

- Se seu pai permitir, ficarei feliz em fazê-los ao senhor! - a babá sorri.

- O que espera? Estamos atrasados!! - levantando-se e puxando pela mão a pobre empregada.

Depois de arrumá-lo, a empregada levava o pequeno Kei, filho do rei, até a sala de jantar. Antes que pudessem chegar, guardas os barraram.

- O que está acontecendo? - perguntava Alice.

- Leve o jovem mestre aos aposentos dele e aguarde a próxima ordem - um dos guardas falava indiferente.

- Mas, o mestre o espera para o desjejum.

- Isto é uma ordem.

- E o menino ficará com fome?

- Dê a ele algo da cozinha.

- Mas, ele é o filho do mestre!

- Achas que sou bobo? Leve-o para o quarto e depois leve o desjejum até ele! Ou pretendes desobedecer à ordens superiores?

O menino tentava entender algo. A moça encarou o guarda. Este se abaixou e sorriu para Kei.

- És uma criança obediente, não é, meu nobre senhor? Então não teremos problemas, não é?

O menino o fitou com ódio, cuspiu no rosto do guarda e deu as costas.

- Vamos, Alice! Antes que eu tenha de bater neste "nobre senhor"!

O guarda bufou. Alice contém seu riso com a mão sobre a boca e depois o leva até seu quarto. Kei era bem esperto para um garoto de 7 anos e também inteligentíssimo.

- Alice, ainda vai me fazer biscoitos?

- Mas é claro que sim, senhor! Farei agora mesmo!

- Mas não quero ficar aqui sozinho.

- Não posso levá-lo comigo até a cozinha, me perdoe.

- Então vai me deixar aqui sozinho?

- Não irei demorar.

- Eu sei que vai. E por que será que não posso ver o meu pai? Você não sabe Alice?

- Eu não sei. Mas assim que eu souber, avisarei ao senhor, está bem?

- Alice!

- Sim, meu senhor?

- Eu quero saber como meu pai está

- Tenho certeza de que ele está bem. Não se preocupe.

- Mas como pode ter certeza de que está? E se não estiver?

- Se..nhor

- Alice, por favor - seus olhos pidões miravam a empregada.

Ela não conseguia dizer não àqueles olhos.

- Está bem, vou ver como ele está.

- Obrigado!

Ele a abraçou como forma de gratidão.

Aquilo era estritamente proibido. Era proibido qualquer aproximação dos patrões que não tivesse relação ao seu trabalho. Kei não tratava Alice como empregada, mas, como uma amiga, quase uma mãe e Alice o tinha como um filho, mas, não costumava desobedecer as regras.

- Senhor! Nã..

- Está bem, está bem.

Como dito, Alice procurou saber o estado do patrão. Perguntou aos cozinheiros, aos empregados, mantendo distância dos guardas, que se sentiam superiores aos outros empregados. A resposta era sempre a mesma: Não sei lhe dizer.

Enquanto punha os bolinhos no forno, Alice resolveu desobedecer as normas, tudo para atender o pedido do seu pequeno mestre. Foi até a entrada dos empregados na sala, escondendo-se atrás de uma das grandes colunas, tentou observar o que lá acontecia. Se deparou com uma voz que dizia friamente: "Levem o corpo para o local combinado". A babá só pôde ver um anel que brilhava fortemente no local escuro, aproximou-se mais um pouco e suspirou horrorizada, o corpo de que falavam, era do rei. Antes que o corpo fosse levado, o homem frio retirou o anel do dedo do morto e colocou no seu, fazendo sinal para que fossem embora. Alice suspirou em voz baixa:

- Mestre...

Por infelicidade, sua voz foi ouvida. Os guardas pegaram-na pelos braços e a levaram até o homem.

- Quem és tu?

- Eu que pergunto! O que fizestes ao rei??!!!

- Mestre, devo resolver este incômodo? - perguntava o mesmo guarda que a barrou da primeira vez.

- Espere. Como podes ver, teu rei está morto. É justo que eu tome seu lugar.

- Maldito sejas tu, seja lá quem fores!!

- Logo saberás quem eu sou!

- Meu mestre é quem tem o direito. Ele é o filho do rei e...

- Quer que aceitemos uma criança como rei? - ele sorria divertindo-se com as palavras da moça.

- Senhor, eu posso cuidar desta subordinada!

- Cale-se!

Silêncio.

- Estaria interessada em ser minha serva? Garanto-lhe que seria mais proveitoso que cuidar de uma criança.

A moça cuspiu no homem assim como fez Kei, naquela manhã.

- Mestre!!

O homem limpou o rosto com um lenço.

- Tua lealdade é interessante. Até onde será que ela vai?!

- Eu daria minha vida pelo mestre!

- Será mesmo??

- É claro que sim!

- Veremos.

Ele pegou sua espada e colocou sua mão sobre o ombro dela.

- Veremos o que é mais importante. Tua vida ou a de teu pequenino mestre - enfiou ímpeto, sua espada, atravessando o corpo de Alice.

- Aaaah

- Ainda pode viver, se entregar-se à mim.

- Morra!

- Irá pagar por estes atos!

- Pois deixe-me morrer!

- Não. Assim seria fácil.

- O quê?

O falso rei afastou o cabelo da mulher, ainda com sua espada cravada, e mordeu seu pescoço.

- MESTRE! - o guarda gritou.

Depois de alguns instantes, cessou a ação e disse no ouvido de Alice:

- Continuará viva para sofrer por toda a eternidade. Ninguém se opõe à mim.

Afastou-se, puxando com toda a força, a sua espada.

- Ela nos será útil! Levem-na para o laboratório!


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado da fic e que acompanhem ^^
não sei se perceberam mas misturei as culturas um pouco, eu diria bastante...
como o nome do principal ser Kei, um nome oriental
a empregada se chamar Alice, um nome ocidental
e por que entrou tecnologia nessa história toda
mas vou tentar explicar o porquê nos próximos capítulos ^^
deixem reviews!



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