A História que L. J. Smith Não Contou escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 15
Capítulo XV - Surpresa Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...



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04 de maio de 1863

Mais um dia ensolarado no último mês da primavera virginiana. Giuliana acordou decidida a esquecer o que se passara no dia anterior, iria simplesmente ignorar e trancafiar seus pensamentos numa área bem escondida de sua mente.

Enquanto ela se arrumava para iniciar o novo dia que começara, Carmela entra no quarto:

- Bom dia!

- Bom dia Carmela!

- Os senhores Salvatore já a esperam para o café da manhã.

- Eu estou meio que... sem fome. Acho que não vou me juntar a eles.

- Esta se sentindo indisposta? Perguntou a ama.

- É... não. Disse Giuliana

- Tudo bem pode me contar o que te aflige criança. Disse Carmela começando a pentear os cabelos de Giuliana. Ela não conseguia enganar sua mãe de criação

- Nada não... eu só quero ficar um pouco sozinha, eu estou...

- Naqueles dias? Perguntou Carmela.

- É... estou. Giuliana mentiu. – Carmela, você poderia me fazer um favor?

- Claro. Disse a ama.

- Fique lá embaixo e me avise quando os senhores Salvatore não estiverem mais na mesa, para que eu possa ir para o jardim sem encontrar com eles.

A criada acenou com a cabeça: - Com licença. Disse ela.

Giuliana estava em sua cama escrevendo em seu diário sobre os sonhos um tanto “indecentes” que teve na noite passada quando Carmela veio notificar a saída dos Senhores Salvatore. Rapidamente ela escondeu o diário embaixo do travesseiro e consentiu para que a criada saísse.

Ela então desceu as escadas segurando desastradamente seus pincéis, suas tintas, a tela e o tripé. Respirou fundo e foi em direção a porta, só que sem querer ela se esbarrou com alguém que passava.

Numa fração de segundos ela fechou os olhos e implorou mentalmente: “Por favor, por favor, não seja ele! Por favor!”. E ironicamente quando ela abriu os olhos era ele.

- Desculpe, eu não te vi. Disse Damon

- Não precisa se desculpar, eu também não ti vi. Disse ela

Damon começou a pegar do chão os objetos que tinha derrubado e entregou a prima.

- Obrigada!

- De nada.

Aquele foi realmente um clima estranho, um não conseguia olhar direito para o outro.

- Eh... Tchau. Disse Ela.

- Tchau. Respondeu ele.

Cada um foi para seu lado.

Giuliana estava no jardim da mansão pintando mais um quadro quando foi surpreendida com a aproximação de uma carruagem e um escravo correndo para avisar na casa.

No momento em que a carruagem chega uma figura familiar e feminina desce. Giuliana resolve então ir receber a visitante, quanto mais ela se aproximava mais nítida e conhecida ficava a pessoa:

- Lana, que boa surpresa!

- Espero não estar incomodando, estava voltando da fazenda de meu pai e resolvi te visitar. Disse Lana

- Claro que não é incomodo! Disse Giuliana.

- Nossa aqui é realmente lindo. Comentou Lana

- Concordo, eu adoraria viver aqui. Disse Giuliana

- Você pinta? Não deixei de perceber. Perguntou Lana

- Ah sim, somente paisagens e objetos.

- Eu também pinto mais minha especialidade é retratar pessoas tanto no seu cotidiano como em retratos mesmo. Disse Lana.

- Nossa que intelectual! Disse Giuliana e as duas riram.

Foi nesse instante que Damon desse as escadas da entrada da casa e interrompe a conversa das duas.

- Com licença, Bom Dia! Disse ele

- Bom dia, o senhor não deve me conhecer, mas sou a senhorita Lana Fell, desculpe chegar assim sem avisar. Vim visitar a senhorita Giuliana.

Agora que Damon e Giuliana estavam acompanhados parecia que aquele clima tinha desaparecido completamente.

- Prazer em conhecê-la. Disse ele beijando a mão de Lana. – A propósito, temo que se a senhorita não estivesse vindo aqui nunca teríamos nos conhecido.

- Por quê? Perguntou Lana.

- Porque minha prima nunca nos apresentaria. Ela é um pouco egoísta e me quer só para ela. Respondeu Damon

- Como é que é? Perguntou Giuliana.

Ele sorriu sinicamente para a prima:

- Eu pedi para ela me apresentar a suas amigas e ela se negou, acredita?! Disse ele se dirigindo a Lana.

Giuliana não quis responder a provocação:

- Eu acho melhor eu pedir uns refrescos para Carmela. Disse ela se retirando.

- Agora vou lhe mostrar o resto da propriedade, vamos? Disse Damon oferecendo seu braço para Lana que aceitou.

Enquanto eles caminhavam Damon puxava conversa:

- Como pude viver todos esses anos nessa cidade e não ter conhecido uma jóia rara como a senhorita?

Lana ficou um pouco ruborizada:

- É que eu não saio muito, fico mais em casa ou na fazenda. Disse ela um tanto sem graça com os galanteios de Damon.

- Mas é serio, a senhorita é muito bela. A forma como os raios do sol tocam e refletem na sua pele delicada e suave é realmente um pecado capaz de levar qualquer homem de boa fé à insanidade.

Por um pequeno instante ela ficou encantada, mas através do desenvolvimento da conversação ela percebeu as reais intenções do senhor Salvatore.

Ela até poderia ser uma donzela inocente, mas aquele canto da sereia que Damon emitia não era o suficiente para enganá-la. Lana era uma mocinha jovem de apenas dezesseis anos, porém já era muito sábia, entendia várias coisas da vida, e sua personalidade marcante e esperta não deixava um simples amador como Damon contorná-la.

- Desculpe senhor Salvatore. O senhor é muito gentil com seus galanteios, mas eu sou comprometida. Disse ela com bastante firmeza.

- Me chame de Damon.

- Eu já sou noiva. Disse Lana educadamente.

- Não me incomoda nem um pouco, eu não sou ciumento. E quanto mais proibido mais saboroso é o sabor do prêmio. Disse ele com um olhar de cobiça na direção dela.

Lana não conseguiu conter a raiva e o desprezo que sentiu ouvindo aquelas absurdas palavras e propostas subliminares.

- Seu imundo abusado! Disse Lana cravando um tapa no rosto de Damon.

Depois de ter feito isso ela o deixou falando sozinho e foi ao encontro de Giuliana.

- Tenho que ir, meu pai me espera em casa, sinto não ficar para tomar o refresco, mas não agüento ficar aqui por mais um minuto. Disse Lana.

- Entendo. Tudo bem. Fica para a próxima visita. Disse Giuliana, que tinha observado todo o acontecido de longe.

- Espero você amanhã no meu chá da tarde. Disse Lana entrando na carruagem.

- Com certeza. Disse Giuliana. – Tchau, até amanhã.

- Até. Disse Lana.

Agora a carruagem se afastava no horizonte. Damon se aproximou de Giuliana e antes que ele pudesse falar qualquer coisa ela lhe lançou um olhar de raiva e reprovação que por incrível que pareça doeu mais que a marca vermelha do tapa em seu rosto. Giuliana em seguida se retirou.


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Notas finais do capítulo

Review?