POV - Madson

Meu nome é Madson Fenz. E tenho o melhor emprego do mundo. Cuido da agenda e dos negócios particulares de uma grande celebridade.

Mas minha vida profissional nem sempre foi tão boa. Já tive muitos outros trabalhos, tais como contadora em bancos e vendedora de ações na maior bolsa de valores do mundo, a Dow Jones. Claro, não posso deixar de mencionar que já trabalhei de dançarina de boate, mas essa é uma outra história que vai ficar pra outra ocasião.

Bom, muitas pessoas não acreditam que com apenas 26 anos e já tenha desempenhado papéis tão importantes na economia do país. Mas enfim, não estou tentando provar nada pra ninguém. Tanto é que, faz mais de dois anos que larguei o meu bem-sucedido emprego de economista para ser a empresária de um astro do cinema.

Você deve estar se perguntando o porque dessa mudança... Me desculpe, mas eu não tenho uma boa explicação. Foi apenas por capricho.

Trabalhar em uma bolsa de valores é algo muito cansativo, até mesmo para alguém que adora esse tipo de ambiente, onde as pessoas transpiram competitividade. Tenho que confessar que eu não era a pessoa mais animada com o meu emprego na Dow Jones, mas era ele que pagava as minha contas, que infelizmente eram inúmeras. O que é? Não me censure, uma garota precisa de Louboutin, MAC e Chanel para ser poderosa. E isso eu era, sem dúvida alguma.

Bem-sucedida e poderosa. O que mais eu poderia querer? Férias! Sim, eu desejava poder dormir 12 horas seguidas, me largar numa espreguiçadeira e tomar sol toda tarde, poder curtir minha piscina e as vantagens que o meu salário proporcionava.

Foi nessa época de canseira e insatisfação que recebi uma proposta irrecusável. Uma amiga iria se mudar para Vancouver por um tempo e me oferecia o seu antigo emprego como empresária de ninguém mais, ninguém menos que Jackson Rathbone.

Aceitei sem pestanejar, mesmo sendo um emprego temporário. Eu precisava de algo menos formal, que me possibilitasse viajar e dormir até tarde. Lógico que o fato de Jackson ser totalmente gato ajudou bastante na hora de escolher. Velhos gordos de terno versus jovem ator malhado de olhos verdes. Bom, nem precisa pensar muito não é?!    

Preciso destacar que sou uma excelente profissional, nunca, repito, nunca me envolvi com um cliente ou com um colega de trabalho. Confesso que no início Jackson me desestabilizava com apenas um olhar, mas eu aprendi a ser forte e resistir à sua sensualidade. Seria necessário muito mais que um simples olhar para me fazer perder a cabeça. Ele precisaria me encostar na parede e rasgar minhas roupas para poder me deixar louca. Calma! Isso nunca aconteceu! Mas eu bem que queria...

Se situa mulher!!!

Voltando à realidade... Eu já disse que era um emprego temporário? Se já disse, repito. Mas não era temporário do tipo seis meses, era temporário do tipo um ano e meio!

Vou explicar como rolou o convite para o emprego. Em um belo dia de sol eu pedi demissão da Dow Jones, meus colegas se espantaram e minha amiga Marie Lyn teve um ataque cardíaco! Okay... ela não teve um ataque, mas aposto que se ela comesse frango frito todo dia e não fosse nunca à academia ela provavelmente teria um ataque porque o choque foi grande. A Marie é dois anos mais velha que eu, por isso as vezes ela acha que é a minha mãe. “Madson coma verduras, Madson não beije no primeiro encontro, não saia sem casaco, não tome energéticos, Madson faça isso, Madson faça aquilo”. Blá, blá, blá. Eu amo ela, mas isso é saco! Então, essa amiga ficou furiosa por eu ter largado um emprego tão estável e começou a procurar um novo emprego para mim. Mas eu realmente não me interessava por nenhuma proposta que ela me oferecia. “Cai na real Marie, eu não vou deixar de passear na praia para me enfurnar num escritório todo cinza”. Marie ficou arrasada com o meu desinteresse, ela achava que eu nunca mais voltaria a trabalhar e que eu teria que dançar em boates para sobreviver (o que não seria muito difícil contando com o meu currículo). Mas ela não contava com a minha sorte e com o azar dela...

Marie se casou com um empresário muito importante chamado Henry Foster, após três meses de casados ele foi transferido pela empresa para uma filial em Vancouver. Marie, que se encontrava perdida de amor por Henry, não pensou duas vezes em arrumar as malas e partir para o Canadá.

Mas, como a síndrome-de-mãe prevalecia, ela me ofereceu o seu antigo emprego por um tempo indeterminado, até que o seu marido conseguisse outra colocação em Los angeles. Eu “tive” que aceitar, afinal estava ficando sem dinheiro e entediado por não ter o que fazer.

O tempo foi passando e fui aprendo a ser uma boa empresária. Em algumas semanas já estava totalmente familiarizada com o trabalho e não precisava ligar para a Marie perguntando quem era “Forbes”. Em menos de um mês havia me apaixonado pela minha nova profissão, era tudo tão agitado e mesmo assim não era cansativo, era divertido e emocionante.

Pena que tudo o que é bom dura pouco... O último e-mail da Marie me deixou, sei lá, meio deprimida. Não queria que acabasse, não mesmo. Ia sentir falta das minha obrigações, dos paparazzis e também do Jack, digo, Jackson. Concerteza ficar sem o seu sorriso de bom dia iria acabar com as minhas manhãs.

Mas chega de papo! Hoje eu aindo preciso trabalhar e aproveitar meus últimos dias como empresária de uma celebridade.