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Cada vez mais as lembranças daquele dia estavam vindo à tona, me chamando pra uma vida que eu jamais teria de volta.

Peguei o telefone e liguei para Vinicius rezando para que ele estivesse em casa, mas perai é à tarde e ele ainda é um vampiro tradicional, o que quer dizer que ele estará, o único problema é ele não me atender.

- Alô, eu posso falar com o Vinicius? Eu falei um pouco nervosa, não de raiva e sim por tentar falar com ele depois de tanto tempo.

- É, ele. Oi Nyx, finalmente lembrou que eu existo? Vai querer o que, uma reserva de sangue? Ele disse soando magoado, o que eu não me admiro nada depois de tantos anos sem eu dar sinal de vida.

- Eu quero sim um favor, mas não uma reserva de sangue e sim de armas. Eu falei tentando a sorte com ele.

- Em que você se meteu agora garota? Ele falou preocupado.

- Numa coisa realmente grande. Preciso de sua ajuda. Estou em um Hotel chamado Mist, perto da Vamcorp você sabe onde é? Preciso realmente da sua ajuda, poderia estar aqui hoje à noite? Eu falei em voz de suplica.

- Sim, eu sei onde é. Mas como você fez para ir parar ai durante o dia? Ele falou curiosamente.

- É algo que eu não posso falar pelo telefone. Mas você ira vir? Você ira me ajudar? Eu falei ansiosamente para ele sem nem dar tempo para ele responder.

- Estarei antes da meia noite. Até mais. Ele me disse com um tom que eu não consegui decifrar.

- Até mais. Eu disse desligando o telefone.

Agora é só esperar. Ele está muito magoado comigo, o que é realmente muito ruim, mas já estou com um monte de problemas um a mais não fará diferença alguma.

***

A meia noite chegou rápida e com ela Vinicius com algumas malas, sorte dele eu ter o ficado esperando na porta do Hotel, ele veio preparado para guerra com três malas enormes que eu tinha certeza estavam recheadas de armas.

- Ola. Ele disse com uma expressão realmente estranha para mim.

- Oi, vamos subir. Eu te ajudo. Eu disse pegando uma mala e chamando o elevador.

Subimos sem trocar uma única palavra, o que era muito desconfortável para nós dois, já que eu não podia lhe falar ali porque o chamei e ele não podia me falar o que realmente o atormentava.

- É aqui. Eu disse mostrando a porta depois que saímos do elevador.

Entramos e eu tranquei a porta e ele logo após abriu duas bolsas que estavam com armas em cima da mesa.

- Espero não ter exagerado de mais. Ele falou sério para mim.

- Você não exagerou. Quando amanhecer eu tenho de lhe mostrar algo, que eu acredito que você ira se surpreender. Eu falei sorrindo misteriosamente para ele.

- Certo, estou curioso. Tenho uma surpresa para você. Ele disse mexendo na mala.

- O que é? Eu falei me esticando para olhar o que ele procurava.

- Isto.  Ele disse pegando uma longa espada e colocando-a em minhas mãos. Um presente para você.

- Obrigado. Como você soube que a minha… bem sumiu? Eu falei sorrindo para ele.

Na verdade ela não tinha sumido eu havia deixado sem querer ela cravada em um lobisomem em meio às constantes lutas que andam acontecendo.

- Eu tenho contatos. Abra, olhe a inscrição dela. Ele disse sorrindo animado.

A lâmina dizia: “Esta lamina na mão na melhor guerreira de todos os tempos será a ultima coisa que você ira ver.”

- Obrigado. Eu disse feliz por o ver de novo.

- Vai querer ver as outras armas ou não? Ele disse sorrindo.

- Certo.

Ele me mostrou uma a uma de todas as armas que estavam ali, eram armas especificas para matar vampiros, porque para lobisomem eu tenho a espada que tem prata. Não nos preocupamos com os humanos já que qualquer uma que fosse direcionada a eles daria cabo de sua vida.

***

         Quando o sol estava nascendo eu o chamei para perto da janela para que visse algo que realmente o assustaria.

         - Sabe quando você me perguntou no telefone como eu tinha saído na luz do dia e continuava viva? Eu falei para ele chegando próximo da janela.

         - Sei, mas o que isso tem haver com o que você quer me mostrar? Ele disse soando assustado.

         - Fique mais perto da parede. Eu disse o avisando séria, e abrindo a cortina para que atingisse apenas a mim.

         - Nyx. V-você esta maluca? Ele gritou vindo para perto de mim.

         - Não me fez nada. Eu disse me mostrando para ele.

         - Isso é impossível. Ele falou dando um passo a frente e por precaução eu fechei novamente a cortina.

        -O que aconteceu com você? Ele falou surpreso olhando onde os raios do sol pegarão em mim.

         -Você se lembra que há alguns anos atrás eu comecei a trabalhar para a Vamcorp, acreditando nas promessas de que eles conseguiriam o convívio pacifico das espécies? Isto era mentira e descobri isto da forma mais dura, me tornando isso. Eu disse apontando para mim.

         - Você quer me dizer que eles te deixaram deste jeito? Mas você é o que? Voltou a ser humana? Se há uma forma para isso. Ele disse de uma forma que pela primeira vez em tanto tempo pude notar medo em sua voz.

         - Sim, eles me tornaram isso. Eu ainda sou vampira só que agora sou mais forte e posso sair no sol. Os outros vampiros que participaram comigo dessa experiência maluca… todos morreram sou a única sobrevivente, o que quer dizer que eles estão desesperados pelo meu sangue. E eu pela vingança. Eu disse séria para ele.

         - Isso explica porque você quer a minha ajuda. Você quer destruir a Vamcorp.  Mas porque Nyx?

         - Há alguns anos atrás quando eu me tornei vampira meu criador me disse que jamais mentiria para mim, eu estou lhe falando toda a verdade e você não percebe que eu fui enganada, usada para destruir vida de pessoas inocentes?  Eu falei tristemente para ele.

         - Eu entendo. É só complicado sabe acreditar que você não é mais você. Ele disse olhando nos meus olhos.

         - Eu não mudei tanto assim, só sou uma ameaça para a terra, e tenho de ser destruída depois de acabar com eles. Não sei mais o que me mata mais darei um jeito nisso depois do fim da Vamcorp. Eu falei sombriamente para ele.

         - Quando atacaremos? Ele perguntou ansioso.

Vinicius sempre gostou de uma boa briga, e a que ali aconteceria será a melhor em muitos anos. Só há um problema nós temos que atacar durante o dia, assim eles serão mais vulneráveis ao sol, enquanto não tem o meu sangue. Mas o Vinicius também é, a não ser que eu…

- O que você acha de ser igual a mim? Eu disse para ele sorrindo.

- Como assim? Ser igual? Ele disse não entendendo onde eu queria chegar.

- Ter a capacidade de se expor ao sol sem virar cinzas. O que você acha?

         - Isso é loucura. Ele falou se levantando e indo para o fundo do quarto.

         - Morda-me. Eu ordenei.