Segredos do Passado escrita por liligi


Capítulo 17
Capítulo 17




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Capítulo XVII

Um sorriso brotou nos lábios de Tanatos enquanto ele encarava a sobrinha.

- Ora, minha querida sobrinha, você está realmente crescida. A última vez que a vi você não passada de um bebezinho. É um enorme prazer vê-la já tão crescida.

- Bem, titio, eu não posso dizer o mesmo de você. – Ela disse – Afinal, você matou meus pais.

- Oh, claro. Isso.

- É, isso.

- Bem, na verdade, a nossa posição neste momento é por culpa da sua mãe. Se ela não fosse tão teimosa...

- Hoje eu seria seu brinquedinho de destruição em massa pessoal, não é mesmo?

Ele sorriu debochado.

- Claro. Isso teria sido ótimo. Mas sua mãe teve que estragar tudo. Tsc, tsc.

Ro bufou. Sentia ganas de pular em cima daquele homem e machucá-lo assim como ele a havia machucado, mas a diferença, é que ela queria machucá-lo fisicamente.

- Geralmente eu odeio estraga-prazeres, mas eu realmente tenho muito que agradecer à minha mãe. E mesmo que ela realmente tivesse deixado me entregado, não acho que eu iria jamais lhe obedecer como você bem queria.

- Eu vejo. – Ele disse, observando a chama na palma de Rosaly. – O Elemento Principal, o fogo. Não, você não seria domada tão facilmente. Seria bem difícil.

- O que quer dizer com isso?

- Você não sabe o que cada elemento representa na personalidade de uma Ninfa?

Silêncio. Ele continuou.

– Bem, querida Rosaly, acontece que cada elemento influencia como será a personalidade da pessoa. O Elemento Principal de sua mãe era a água, somente observando o jeito calmo e compreensivo dela você poderia dizer qual era o dela. – Ele sorria, Ro percebia que ele relembrava o passado. – Assim como pode se dizer que você pertence ao fogo. Impetuosa, inteligente, corajosa. "O fogo que habita a alma do guerreiro." Você é uma guerreira nata, pronta para lutar, pronta para as dificuldades.

- Uma guerreira... – Ela murmurou.

- Pelo visto você ainda não sabe de tudo sobre sua descendência.

- Posso não saber da minha verdadeira descendência — Bem, tenho realmente que atribuir a culpa à você, titio. —, mas acredite, eu não preciso saber de onde tudo isso veio para poder usá-lo com toda a intensidade que eu conseguir.

- Minha pequena, você é tão parecida com seu pai. – A garota não pôde evitar fazer uma careta ao ouvir seu pai ser trazido à conversa – Robert também adorava ameaçar os outros desta maneira. Ele podia não ser muito forte, mas era extremamente inteligente, e a inteligência lhe batia a força.

- Eu realmente gostaria que você não tivesse mencionado meu pai.

Tanatos a encarou curiosamente. Ele detectou o ressentimento na voz da garota ao falar do pai. Ao falar do pai que ela não conhecia. Isso lhe soava extremamente estranho: Rosaly falava afetuosamente da mãe, mas do pai ele via que ela praticamente cuspiria as palavras.

Então, entendimento o atingiu.

- Oh. – Ele exclamou. – Eu entendo. Você não gosta de Robert. Por quê?

A morena contraiu a face em uma careta de extremo desagrado.

- Huh... Como se não fosse bastante óbvio.

- Eu não acho que seja. Explique-se.

- Por que eu deveria? Porque eu devo obedecer aos mais velhos? Porque você é meu tio? Porque é falta de educação? Bem, se for qualquer um destes motivos eu agradeceria se você os pegasse e os levasse ao inferno junto com você. – Ela disse.

- Tsc, tsc. Mandando seu tio ir ao inferno? Aqueles humanos não a educarão tão bem assim.

- Não fale assim deles.

- Deles. Interessante. Não os chamou de mamãe e papai. – Ele apontou. Ro trincou os dentes. – Querida sobrinha, eu apenas quero entender o que se passa nessa sua cabecinha. Eu gosto de zelar pela imagem de meu irmão.

- É mesmo? Ok, então. O que eu sinto pelo Robert é o mesmo que eu sinto por você: desprezo. Claro, não é todo pai que entrega a filha ao tio maligno que pretende usá-la como uma arma. E eu realmente ficaria agradecida se você fosse ao inferno. – Ela disse.

Entretanto, a reação de Tanatos não foi a que Ro esperou. Ela esperava alguma piadinha ou comentário sarcástico, mas ele apenas riu.

- Do que você está rindo? Se ainda estivermos falando o mesmo idioma, eu acredito ter mandado você ir pro inferno e não contei piada.

- Rosaly, Rosaly, Rosaly... Eu estou rindo de como sua crença no que lhe foi relatada é cega! Claro, você esteve lá uma parte do tempo, mas você era muito pequena para lembrar o que realmente aconteceu, então, o que quer que lhe contem sobre este assunto, você acredita! – Ele teve outro acesso de riso.

- Se minhas crenças são tão cegas assim, ajude-me a ver as coisas com mais clareza. Afinal, como meu tio, você deveria ajudar na minha educação, não?

- Sim, você tem toda razão. – Ele disse. – Eu realmente devo lhe explicar como tudo realmente aconteceu.

Ele fez uma pequena pausa para respirar profundamente, enquanto ela esperava pacientemente — ou assim aparentava — pela versão dele da história.

- Pouco depois que seus pais se casaram, Natalie engravidou. Foi no dia em que seu pai me falou que iria ser pai que eu soube que você não seria uma criança comum. Eu conhecia a lenda das Ninfas: Um dia, um ser poderoso surgiria e ele seria descendente de uma Ninfa, mas não seria uma Ninfa completa. Ele ou ela também descenderia de outras raças poderosas que existem: Bruxos sangue-puro, o tipo mais poderoso de bruxo, trouxas, que, como sabemos, alguns conseguem usar mágica e a Ninfa. Este ser desenvolveria poderes que para nenhuma das raças descendentes era possível: premonição, o domínio dos quatro elementos, poder de cura, até...

- A historinha está muito boa, mas eu realmente prefiro que você vá ao ponto. – Ela o interrompeu.

- Impaciente como o Robert. – Ela novamente fez uma careta. – Muito bem. Eu avisei ao seu pai sobre o que você seria, mas ele não quis me dar ouvidos, ele até mesmo estreitou as relações comigo, sabe? Ele se recusava que seu irmão tratasse sua filha como uma aberração. Mas não era assim que eu a considerava.

- Claro que não. – Ela disse. – Eu era sua bonequinha, não é?

Ele a ignorou.

- Na noite em que sua mãe entrou em trabalho de parto foi uma noite de muitas preocupações, ela não estava dormindo bem nas ultimas noites e estava muito cansada, poderia morrer durante o parto, mas, felizmente, tudo correu bem. Eu tentava falar com Robert, mas ele me ignorava e assim continuou até pouco depois de você ter um ano.

- Por que somente depois que eu completei um ano? – Ela perguntou. Joseph a ignorou novamente.

- Havia alguns dias antes de seu aniversário de um ano que você estava demonstrando suas verdadeiras habilidades. Robert disse que você curou um corte no braço que ele tinha por conta de um espelho que ele quebrou e ele apenas a havia segurado no braço. Preocupado que descobrissem que você não era apenas um bebezinho comum, ele me procurou. Eu avisei que a lenda era real, eu avisei que você era a lenda, mas também avisei que esta lenda tinha duas faces.

-... Duas faces? – Ela ecoou.

- Sim. Você poderia desenvolver seus poderes erraticamente no futuro e ter sua alma consumida pela escuridão, se isto acontecesse você destruiria toda a humanidade, você seria uma bomba atômica ambulantes. Mas, se você encontrasse um propósito pela qual tivesse que usar seus poderes você poderia viver, e toda a humanidade também. – Tanatos disse. – Robert preocupou-se. Ele não sabia que propósito uma criança poderia ter enquanto desenvolvia habilidades tão singelas, então eu ofereci um propósito a ele.

- Entregar-me para que você me obrigasse a matar trouxas. – Ela falou.

- Sim. – Ele sorriu – Não era justo que a sociedade bruxa estivesse tão poluída por conta dos trouxas. Robert não considerava isto como algo certo, bem, pelo menos até certo ponto, mas a oferta de que sua filha continuasse viva assim como toda a humanidade o fizeram refletir sobre o assunto.

Rosaly o cortou novamente.

- Já chega. Você já provou que minhas crenças não eram cegas. – Ela disse.

- Eu ainda não terminei, Rosaly. – Ele disse e sem esperar que ela dissesse algo, continuou. – Entretanto, a resposta que Rob me deu foi negativa. Ele certamente não iria querer a filha carregando a culpa por mortes nem propositais nem acidentais. Ele disse que se ela precisava ter um propósito, o propósito seria para ajudar as pessoas.

Desta vez, Tanatos foi quem fez uma careta de desgosto.

- Idiota. Como se se livrar dos trouxas não fosse um bem a humanidade. – Fechou os olhos momentaneamente e continuou. – Então, eu não tive outra escolha. Você seria uma ameaça a meus planos, caso não estivesse a meu lado, então eu tive que usar a maldição cruciatos em Robert para que ele a trouxesse a mim não importa o que custasse.

Rosaly sentia que os olhos marejavam. Estivera errada sobre seu pai biológico o tempo todo. Ele não a entregara para Tanatos por vontade própria, ele fora enfeitiçado. Então, com a tristeza veio também a raiva. Tanatos não só causara a morte de sua mãe, mas de seu pai — irmão dele! — também, e ela nunca poderia perdoá-lo.

- Quando ele tentou lhe pegar Natalie tentou impedi-lo. Ele tentou explicá-la, e até mesmo a ameaçou, mas ela não estava disposta a desistir da única filha, então ela fugiu. Natalie sempre foi tão inteligente quanto Robert, ela conseguiu deixá-lo inconsciente, pegar você e fugir para o mundo dos trouxas, onde ela sabia que eu não poderia achá-la tão facilmente. Ela a deixou com alguma família de trouxas que poderia cuidar de você ela voltou. Eu a perguntei onde ela tinha lhe escondido, mas ela não disse. Nenhuma palavra. Fiquei horas tentando persuadi-la a me contar seu paradeiro, mas ela ficou calada. – Ele dizia irritado. – Quando cheguei no limite da minha paciência lhe apontei minha varinha e lhe dei uma ultima chance de me dizer onde você estava e sabe o que ela me disse?

- O que? – Ro disse num fio de voz, sentia as lágrimas prestes a verterem de seus olhos, mas não queria que elas caíssem, não queria fraquejar naquele momento inoportuno.

- Ela disse: "Nem sobre meu cadáver frio. Você nunca a terá". Eu já estava cheio, comecei com o feitiço, mas, de alguma forma, Robert se libertou do feitiço e tentou empurrar Natalie, mas não conseguiu fazê-lo a tempo, em vez disso, morreu junto com ela com a pior maldição de todas.

As lágrimas já não podiam mais ser contidas, Rosaly deixou que elas caíssem livremente por sua face, deixando rastro por suas bochechas vermelhas de raiva. Aquele que estava diante de si definitivamente não era um homem, aquele era um demônio.

- Você vai pagar. – Ela disse secando as lágrimas que deixavam sua visão turva, se ele queria que ela o seguisse não conseguiria, apenas conseguiria um embate em que ela pretendia sair vitoriosa.

Ele sorriu zombeteiro.

- Se quer que eu pague querida, mostre-me do que é capaz.

Ro puxou a varinha do bolso rapidamente e logo conjurou o primeiro feitiço que lhe veio a mente.

- EXPELIARMUS!

Pego de surpresa, Tanatos foi atingido pelo feitiço e repelido acabou se chocando contra a parede. Riu enquanto se levantada do chão, sentia as costas arderem absurdamente, mas o que lhe impressionava é que a garota estava mesmo disposta a dar tudo de si — mesmo não percebendo, ela estava utilizando suas habilidades e isto havia deixado o feitiço mais potente. —, ele podia ver que os poderes dela estavam mais desenvolvidos do que imaginava, ela seria uma adversária à altura.

- Muito bom. É sério, raramente conseguem me pegar num ataque surpresa.

- É fácil quando você está com a guarda baixa. – Ela replicou. – Eu quero que dê tudo de si.

Ele sorriu.

- Você ainda não está tão poderosa para enfrentar todo meu potencial, Rosaly. – Ele disse.

- Não me importa. Eu quero que você dê seu máximo, assim, quando eu o derrotar poderei me gabar que eu, uma garota de onze anos, consegui derrotar o temido Tanatos. Que eu consegui derrotar o Deus da Morte.

- Se quer mesmo me derrotar, terá que usar feitiços melhores que o expliarmus. Este é extremamente básico.

- Acredite, eu tenho mais alguns nas mangas.

- Use-os com sabedoria.

- Não tenho interesse em usá-los com sabedoria. – Ela disse apontando a varinha para o peito dele. – Eu quero torturá-lo, matá-lo aos poucos.

- Faça isso, e estará seguindo o caminho que seu pai não queria que...

- EXPELIARMUS!

Novamente ele fora atingido pelo feitiço.

- Você é boa – Ele disse sacando sua própria varinha. – embora seja um tanto afobada. E ainda assim, foi uma jogada inteligente, me atacando quando estou com a guarda baixa. Aviso-lhe que não facilitarei de agora em diante.

- Eu não queria que o fizesse. – Ela disse. – Mas agora, pare de falar e me mostre o que tem.

Tanatos apenas sorriu.

- Tem certeza? Posso acabar machucando-a demais. Seria uma pena deixá-la hospitalizada por alguns meses.

- Vá em frente. – Ela encorajou.

- Tsc, tsc...

- Expeli-

- Carpe Retracto – Ele conjurou o feitiço antes que ela pudesse terminar o dela.

Rosaly foi imediatamente jogada para trás, sentiu as costas arderem absurdamente quando seu corpo se chocou contra a parede de madeira.

- ARGH... – Ela gemeu.

- Eu avisei. – Ele disse enquanto segurava a outra extremidade de sua varinha.

Ro sorriu.

- Pode ter desenvolvido seus poderes de Ninfa, minha querida sobrinha, mas seus feitiços ainda são muito básicos.

- DEPRIMO! – Ro bradou.

Tanatos se curvou e caiu no chão enquanto gemia. A pressão que o feitiço causava, fazia seu corpo pesar e doer, ele sabia que se ela intensificasse aquela pressão ele poderia acabar morrendo, e como seus poderes de ninfa já intensificavam cada feitiço simples, se ela o fizesse, ele teria uma morte bem dolorosa.

"Talvez... Os feitiços que ela saiba não sejam assim tão básicos..."

- Finite... Incantatem. – Ele se forçou a dizer, sentia que cada osso de seu corpo reclamava pelo esforço de ditar aquele feitiço.

Logo sentiu a pressão sumir e um alívio se espalhar por seu corpo, pôs-se de pé e encontrou os olhos de Rosaly — Ele podia notar aquela chama ainda queimando forte neles — cravados em si, o desafiando a continuar.

- Não imaginava que você pudesse ser suicida. – Ele disse, não mais com um sorriso. – Você é boa, tenho que admitir, seus feitiços são bons. Você conseguiu me pegar direitinho nessa, mas já chega. Cansei de brincar.

Ro sorriu zombeteira.

- Já era hora.

- Muito bem, Rosaly, se você quer mesmo que eu dê o melhor de mim, você o terá. Mas aviso que não lhe concederei o perdão, caso você o peça. – Joseph disse segurando fortemente sua varinha.

- Eu preferiria morrer antes de lhe pedir perdão. – Ela retrucou.

- Então seu pedido será, provavelmente, atendido.

Ro ergueu sua varinha.

- Eu duvido. Eu também pretendo dar o melhor de mim, titio. Não irá me derrotar tão facilmente.

Tanatos sorriu com o que ela disse, aquilo lhe trazia lembranças de um passado que parecia distante.

- Você não irá me derrotar tão facilmente. – Ela sorriu.

- Bem, eu que digo isso pra você. – Joseph respondeu.

Ela riu.

- Bem, só saberemos quando terminarmos. – Ela disse tirando a varinha do bolso interno de sua capa.

- É. Mas eu devo lhe avisar, Natalie, que eu treinei muito durante as férias. Derrotei Robert quatro vezes.

Ela assoviou.

- Quatro vezes? Muito bom. Robert sempre foi muito bom em duelos, e você conseguiu derrotá-lo, então deve ter treinado muito mesmo.

Ele fez uma leve careta. Era bem verdade que Robert era muito bom duelos, mas isso não significava que sua habilidade era inferior.

- Eu sou muito bom em estratégias. – Ele a lembrou.

- Hum... Sim, é verdade. – Ela respondeu notando que ele ficara ofendido com o comentário dela. – E isso só prova que você e seu irmão são muito ligados. O que seria de um duelo se não houvesse destreza ou se não houvesse uma estratégia? Se vocês lutassem juntos seria um duelo e tanto.

- Sim, sim. Mas que tal começarmos logo? – Ele perguntou também empunhando sua varinha.

- Claro. – Natalie assentiu sorridente.

Conjuraram vários feitiços simples, a maioria apenas para desarmar/incapacitar o adversário, nada realmente perigoso, até porque não era permitido no campo do colégio.

- Vamos, Naty, desista. Você sabe que não vai me vencer. – Ele sorriu convicto.

- É mesmo? – Ela sorriu marotamente.

- É claro...

- BOMBARDA! – Ela conjurou o feitiço que atingiu o chão próximo à Joseph, o que fez a poeira levantar.

- Mas o que...

- EXPELIARMUS. – Ela conjurou quando a poeira estava baixando, fazendo com que a varinha de Joseph voasse para longe, encarou a cara perplexa do rapaz e riu. – Venci.

- Tão parecida com sua mãe. Obstinada. Eu gosto disso. – Ele disse.

- O que você pensa de mim não me importa nem um pouco. – Ela respondeu.

- Eu sei que não. – Tanatos disse solenemente – Mas irá quando eu derrotá-la.

"Parece que ele viajou..." – Ro pensou.

- Até parece... – Ela murmurou sob sua respiração e apontou a varinha para ele. – Expeliarmus.

- Protego! – Ele conjurou e Ro fez uma careta.

- Um feitiço escudo. Devia saber disso...

- É claro que devia. É muito fácil bloquear feitiços simples. – Ele disse.

- Sei. Assim como também é fácil assassinar a esposa do irmão... E o irmão gêmeo. – Rosaly disse asperamente.

- Você não sabe de nada.

- É, eu sou uma ignorante. Não sei nem mesmo do meu passado. Bom, menos mal ou eu provavelmente teria medo de você. Mas sabendo de tudo só agora eu não consigo sentir nada além pena de você. Você não passa de um idiota inconformado com as coisas da vida, um idiota que tenta se esconder atrás de um nome falso e se aproveita do medo das pessoas. Você é patético, Joseph. Nada mais. – Ela disse.

- Calada. – Ele disse sentindo a raiva borbulhar em seu peito.

- Por quê? Tem medo da verdade, Joseph? Medo de saber que uma garotinha de onze anos te desvendou? Eu sinto informar, mas é verdade. – Ela disse.

- Eu falei... Para se calar! – Ele disse cerrando os dentes fortemente.

- Aposto que você tem medo que eu saia espalhando pro aí que o atual 'Lorde das Trevas' é apenas um cara que se esconde nos subúrbios de Londres e teme ser encontrado pelo ministério e...

- SECTUMSEMPRA!

Rosaly arregalou os olhos e cerrou os dentes na tentativa de não gritar. Sentiu como se várias facas lhe penetrassem a pele de uma só vez. E não fora superficialmente. Caiu de joelhos sentindo o sangue fluir por todo o corpo. Olhou para cima e viu que Joseph a encarava com uma expressão vazia. Naquele momento, ela temeu o que poderia lhe acontecer.


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