Serial Crime escrita por Najayra
- Clara, isso é ridículo.
- O que é ridículo, Edgar?
- Por que estamos no “consultório” de uma vidente?
- Porque ela vai dizer o meu futuro.
- Ok! Mas por que NÓS estamos aqui também?
- Porque somos amigos dela. – disse Melinda.
- Mel... Amigos, amigos, negócios à parte. – disse Gabriel.
- Gente, calma. Ela vai falar meia dúzia de bobagens e nós vamos embora. – completou Kamilla.
- Kah, você é tão otimista. – disse Edgar.
- Não, você é tão cética. – contrariou Clara.
- Sou apenas realista.
Eles foram finalmente chamados e adentraram o consultório da Madame Cassandra.
- Nome de travesti... – Kamilla deu uma cotovelada em Gabriel após o infeliz comentário dele.
Clara sentou-se em frente à vidente e não foram precisos nem 2 minutos para que a mulher começasse a falar... Besteiras.
- Cuidado, meus jovens! – todos olharam para ela, sem entender nada – Irá acontecer uma tragédia na vida de vocês!
- Espera! E o meu futuro?! – reclamou Clara.
- A escola de vocês, não, a turma de vocês! Uma grande tragédia irá acontecer!
- Minha Senhora, essa parte a gente já entendeu! Edgar estava ficando irritado e Mel pediu que ele se acalmasse.
- Okay, gente... Acho que é o suficiente por hoje. – Kamilla saiu da sala, não muito preocupada com a profecia de Dona Cassandra.
- Kamilla, espera... – pedia Gabriel.
Alguns segundos depois, todos tinham saído da sala. Clara estava revoltada.
- Isso! Ignorem o meu futuro!
- Fica quieta, Clara! Todos estamos preocupados com outra coisa. – disse Edgar.
- Vocês não estão falando sério, não é? – disse Kamilla se virando para os amigos.
- Você não acredita no que ela falou? – disse Clara, incrédula.
- É claro que não.
- Você me irrita, Kamilla. – reclamou Clara.
- Por quê?
- Tudo está maravilhoso para você! Sempre! É otimismo demais!
- Não é bem assim, Clara... – Melinda tentou ajudar.
- Você também, Melinda! Você não é uma humana! É humanamente impossível tirar as notas que você tira!
Enquanto isso, os meninos conversavam do outro lado...
- Como a conversa chegou a esse ponto? – disse Gabriel.
- Mulheres... Jamais irei entendê-las.
- Nem precisa, também. Você já tem a Melinda.
Depois do feriado, eles tiveram que voltar para o internato. Todos acordam, tomaram banho, vestiram o uniforme e tomaram café. Foram para a sala e se sentaram nos lugares de sempre. A professora entrou com uma expressão pesada e sofrida, ela disse que iria dar um anúncio.
- Alunos... Eu tenho uma triste notícia. Um de nossos alunos, Diego Vieira, foi encontrado... – a pausa dramática aumentou o suspense e a tensão – Ele foi encontrado... Morto.
O silêncio tomou o lugar dos gritos. Morto? Como? Quando? Onde? Quem faria isso?
- Alguém pensou o mesmo que eu? – perguntou Melinda.
- Não, Mel. Isso não tem nada a ver com o que aquela mulher falou. – disse Kamilla.
- Mas... É muita coincidência. – concluiu Gabriel.
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