Ele estava morto; o maior bruxo de todos.

A fênix rasgava o céu, pintando-o com listras vermelhas ardentes; ela estava partindo, será que algum dia ela voltaria? Ao que parecia, nunca mais. Ela ficaria exilada de todos para todo sempre, nem mesmo a lealdade a seu mestre a traria de volta.

O destino da ave mais bela estava fadado a conter a pior maldição de todas, assim como a mais bela das virtudes. Ela pegava fogo, quando chegava sua hora, para das cinzas, surgir novamente; ela nunca deixaria seu mestre em apuros, sempre o ajudaria, mas quando o mesmo partisse dessa vida, a ave ficaria sem motivo para viver, pegaria fogo e surgiria novamente, até a eternidade. Este era o destino de uma fênix? Será que algum dia ela pegaria fogo e não mais renasceria das cinzas? Ou derramaria lágrimas para todo sempre, em todos os lugares, tentando inutilmente extinguir o mundo das trevas com suas lágrimas curativas? Na verdade, será que a própria fênix sabia as respostas, ou mais que qualquer um, procurava respostas para sua existência? Existia um lugar, onde as fênix pudessem viver em paz, sem serem afetadas pelo mal do mundo e a morte de seus mestres?