The Eyes That Attract Illusions... escrita por M Iashmine M


Capítulo 1
Capítulo 1 - Ninguém pode ajudar


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo inicial é bem simples, mas o próximo já virá com mais informações!^^



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- Sente-se ali no divã e sinta-se a vontade, Okuushira. Quando estiver confortável, pode começar se quiser...

Ele me pareceu gente fina, esse doutor Katsu Mokiura. Mas sobre dar-me respostas... Essa esperança já me era tão pequena que a contava como irrelevante no momento. Ninguém pôde me ajudar até agora.

- Posso chamá-lo de Okuushira-kun?

- Sim, senhor.

-Ótimo isso ajudará no diálogo.

Não demorei muito para me acomodar, afinal aquele não era muito diferente dos outros divãs onde eu já deitara nos últimos três anos... Bem, vou começar logo com isso.

- Todos os dias eu vejo essas coisas, Doutor.

- Que coisas? As ilusões que você comentou-me pelo telefone?

- Sim, senhor.

- Por que não descreve algumas para mim, Okuushira-kun? Assim posso tentar entender melhor o que você anda vendo e também posso dar algum diagnóstico.

- Tudo bem. Todos os dias que faço um trajeto mais longo, como ir de casa até a escola e vice-versa, vejo um dragão branco andando pelas ruas ou até mesmo parado, seja dormindo ou olhando pessoas fazerem algo.

- “Andando pelas ruas ou parado”. “Dormindo ou observando pessoas fazerem algo”. A respeito desta última parte, você já reparou se alguém reage à presença do dragão de alguma forma ou ao menos olha para ele?

- Não, senhor. Ninguém o vê, porque se o vissem provavelmente reagiriam da mesma forma que eu reagia nos primeiros dias: apavorado, correndo, confuso ou curioso, conforme o passar do tempo.

- Entendo. Essas realmente seriam as mais prováveis reações que as pessoas teriam. Mas continue, por favor... O que mais você vê?

- Além do dragão, vejo mais duas coisas com frequência: espectros coloridos e pequenas criaturas voadoras.

- Fale-me primeiro dos espectros. Como eles se parecem?

- No início, pareciam apenas reflexos dos neons da cidade, apesar de que nem sempre tinham compatibilidade de cor com esses neons...

- Como assim, “compatibilidade”?

- Onde havia uma luz vermelha ligada, o reflexo aparecia violeta ou amarelo, e onde havia um azul, seu reflexo era laranja ou verde.

- Entendo. Continue.

- No entanto, isso foi apenas o princípio do “festival” de espetros que vejo hoje. Agora, as ruas estando iluminadas ou sombrias, seja dia ou noite, aparecem espectros compridos como serpentes, dançando no ar independente de vento, algumas parecendo arco-íris e outras tendo cores únicas e nítidas. Agora... – Dei uma pausa.

- “Agora”?

- Agora elas dançam não somente onde passo, mas também ficam à janela de meu quarto, querendo atravessar o vidro e se divertir lá dentro.

- Isso é muito estranho. Quando você diz que essas luzes se parecem com serpentes, você quer dizer que se assemelham à aurora boreal?

- Sim, mas são mais estreitas e ficam tanto no alto quanto no baixo, ao alcance de minha mão.

- Já tentou tocá-las?

- Sim.

- E aconteceu algo?

- Sim. Algumas se esparramam em pequenas nuvens de pó colorido e outras dispersam a parte de luz que toquei, mas ela lentamente volta para o lugar, como um elástico.

- Acontece algo quando as outras pessoas tocam esses espectros?

- Não, senhor.

- Sei. – Ele estava anotando tudo, percebi pelo som da caneta rabiscando algo. Era o mesmo discurso que já passei com os outros, as mesmas questões e as anotações... Nenhum me diagnosticou até agora. Será que ele também vai achar que estou inventando? – Diga-me agora, Okuushira-kun, o que mais você disse que via com frequência?

- Criaturinhas voadoras.

- Pode descrevê-las? Se parecem com algo?

- Bem, não consigo distingui-las muito bem, isso porque não voam tão perto de mim, ao menos não o tempo suficiente, para que eu veja em detalhes. Mas posso dizer que parecem pequenas ninfas e gnomos.

- “Ninfas e gnomos”? Como em contos de fadas?

Se eu não pensar bem e responder essa pergunta direito, posso colocar tudo a perder. Apesar de que a interpretação da resposta cabe a ele mesmo. Não posso desanimar, mesmo lembrando que é nessas horas que eles concluem que não estou regulando bem. Espero que ele não me dê algum remédio para insônia ou um tranquilizante forte, como os outros chegaram a fazer ao invés de resolver meu problema.

- Sim, senhor. Ao menos seus contornos são nesses aspectos. No início, procurei em alguns livros de misticismo e contos folclóricos e posso dizer que isso foi o mais próximo que cheguei de alguma conclusão.

- Hum – disse apenas.

Esperei, mas ele logo continuou.

- Quantos anos você tem, Okuushira-kun?

Essa não! Esse tipo de pergunta não é bom.

- Tenho 16 anos. Farei 17 em um mês.

- Quando era menor, costumava assistir a programas ou ler livros que tratassem de coisas místicas ou fantasiosas?

- Não, senhor – tentei não pensar em nada demais para não perder aquela “réstia” de esperança que eu ainda tinha.

- Quer que eu comente algumas coisas a respeito das minhas anotações? Pode ser que se identifique com algo.

- Claro, por que não?!

- Bom, Okuushira-kun, eu percebi incerteza em suas palavras enquanto me descrevia suas visões.

Ele percebeu? Se bem que não é tão difícil notar minha narrativa pouco intensa. A cada nova consulta pela qual passo e preciso descrever novamente essas coisas, a cada vez minha vontade de encontrar respostas vai perdendo mais a vivacidade. Dessa vez alguém comentou isso.

- Você já foi a muitas consultas, com diferentes profissionais desse ramo e semelhantes e, não encontrando respostas, você acredita que eu também não poderei ajudá-lo; por isso a sua falta de motivação.

Esse doutor Mokiura lê mentes é isso? Eu não sabia se ficava admirado, assustado ou envergonhado. Impressionado eu estava sim, talvez não assustado, mas com certeza senti minhas orelhas ficarem vermelhas por ter sido “lido” tão facilmente por esse doutor. Estava ficando tão envergonhado que não sabia onde me esconder, apesar de nem estar sendo visto, afinal a cadeira do dele ficava de costas para o divã e vice-versa.

Mas agora o mais importante: essa será a pessoa que finalmente conseguirá tirar minhas dúvidas? Eu finalmente vou poder contar com alguém para desabafar sobre essas “criaturas” que perseguem minha visão e poderei descansar sabendo que não sou um completo louco?


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Notas finais do capítulo

Por favor, deem sua opinião para que eu melhore e possa agradar mais meus queridos leitores (eu realmente sou uma pessoa modesta, não é fingimento não, viu? XD).
Por isso, conto com seu review!
Onegai!^^
Kisu, Vampi-chan



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