A Lenda escrita por Cchan


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Geeente, desculpa a demora! É que eu viajei final de semana passado e não tenho condições de postar no meio da semana! Mas, tá aí, capítulo pronto! Espero que gostem :*



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Sem pensar duas vezes, Inuyasha correu para onde a batalha contra Naraku havia sido travada.

As árvores passavam rapidamente pela visão do hanyou, mostrando que estava numa velocidade muito elevada. Seus pés mal tocavam o chão.

O lugar estava igual a como havia sido deixado. Havia uma cratera enorme da explosão e pequenos buracos no solo, devido aos ataques bruscos.

Nada. Nenhum sinal da energia da jóia. Nenhum ponto cor-de-rosa brilhando no chão. Simplesmente nada.

O hanyou farejou o ar, tentando procurar algum resquício do poder das quatro almas. Falhou.

E se um youkai tivesse a absorvido? Será que se tornaria indestrutível? Como proteger todos? E o que seria do vilarejo? Quem pegou a jóia? Teria sido Sesshoumaru? Pouco se sabia do paradeiro da Shikon no Tama, apenas uma coisa era certa: alguém a havia pego. E esse alguém não estava por perto... Por enquanto.

Inuyasha voltou aos passos lentos até onde todos esperavam por notícias.

"Nada." disse ele "A jóia não está lá."

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Choupanas destruídas. Chão manchado por sangue. Cheiro forte de cadáveres e defuntos. Resquícios de pólvora e explosões. Armas quebradas. Lutas. Batalhas. Perigos. Guerra. Este era o cenário que Kikyou presenciava no momento. Entretanto, não parecia comovida com toda aquela destruição.

A miko seguia seu percurso, sempre em frente, nunca olhando para trás. Desviava de aldeões mortos e qualquer coisa que pudesse lhe ferir. Buscava um lugar calmo para que pudesse recompôr-se.

O ferimento de sua luta contra Naraku ainda não havia estancado completamente. Pressionava o ombro tentando fazer com que o sangue parasse de jorrar. Contudo, era inútil.

Após atravessar todo aquele lugar marcado pela morte, Kikyou sentou-se em meio a muitas árvores e tirou do kimono algo que guardara como preciosidade e recordação de sua última luta: a jóia de quatro almas.

Sorriu com todo o brilho que esta emitia. Colocou-a no pescoço e envolveu-a com as mãos. Enfim, estava se recuperando. O sangue não mais manchava suas roupas e a dor havia cessado.

- Finalmente... Depois de todo esse tempo, depois de tudo o que você me fez passar... Finalmente, você está nas minhas mãos. - um sorriso tenebroso surgiu em sua face - E agora, vou pedir o que eu quiser.

Kikyou levantou-se, ainda com certa dificuldade para equilibrar-se em seu corpo feito de barro e ossos.

- Agora, EU QUERO MINHA VIDA HUMANA DE VOLTA! - bradou triunfantemente e apertou a pequena bola cor-de-rosa nas mãos.

Faíscas do mesmo tom saíram da jóia. Um barulho de estática era irritante e seguido por dor. A mão de Kikyou estava queimando como se estivesse carregando fogo.

- Mas o quê...? - soltou abruptamente a Shikon no Tama. - O que foi isso?

Sua mão estava em "carne viva" (N/A: ou barro morto...) e a jóia não mais emitia as pequenas faíscas rosas que todos desconheciam. Ela estava normal.

- Sua... Maldita! Não quer realizar os desejos de uma morta, não é? Mas eu vou dar um jeito... Eu ainda vou ter o meu desejo realizado, sua desgraçada... Eu vou dar um jeito... Eu vou te ter de novo nas mãos, sim eu vou. Me aguarde, Inuyasha... ME AGUARDE!

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De volta ao vilarejo, alguém espreitava os amigos. Eles estavam sentados em um pequeno círculo, enquanto Nekohi e Kirara mantinham-se fora da "reunião", ora brincando, ora dormindo.

O desconhecido que os espreitava era, sem dúvidas, o mesmo que perturbara o sono da exterminadora de youkais na noite passada.

Seus cabelos negros camuflavam-se nos troncos das árvores e sua armadura era discreta o bastante para que passasse imperceptível no meio da folhagem; atrás de arbustos.

Toda essa discressão poderia passar imperceptível por todos, mas não para um hanyou com olfato, audição e visão aguçada. Sem falar no sexto sentido canino...

Inuyasha apertou os olhos, tentando encontrar o desconhecido que tinha um cheiro tão familiar...

"Este cheiro... Será que..." seu pensamento foi interrompido.

- Estou sem ideias... E vocês? - disse Miroku entediado e cansado depois de tanto pensar.

- Eu também. - concordou Sango.

- Eu também.

- Ah, vamos lá, Kagome, você sente a jóia! Não é possível que não tenha nenhuma ideia! Tente se lembrar do campo de batalha! - falou Inuyasha agoniado com a ideia de ter desperdiçado todo o seu esforço.

- Eu não lembro, Inuyasha! Eu não lembro de... Espere... Eu lembro que assim que o Naraku morreu, o poder da jóia foi enfraquecendo, como se estivesse se afastando... Alguém que estava na luta está com a jóia.

Uma pausa silenciosa, e um tanto dramática, foi feita. Os amigos se entreolharam por um breve espaço de tempo, até que o meio-youkai "voou" em cima de Shippou.

- SHIPPOU, SEU MISERÁVEL, DEVOLVA A JÓIA! SUA RAPOSA SAFADA! ROUBAR ESTÁ NO SEU SANGUE, VAMOS, DEVOLVAAAAA! - e batia na cabeça do pequenino enquanto gritava. - VAMOS, DEVOLVA, DEVOLVA, DEVOLVAAAAAAA!

- AI, AI, AAAAI! INUYASHA, SEU BURRO! SE EU ESTIVESSE COM A JÓIA, A KAGOME ESTARIA SENTINDO!

- VOCÊ DEVE TER ESCONDIDO! ANDE LOGO, MOSTRE O SEU ESCONDERIJO! VAMOOOOS!

- INUYASHA, OSUWARI!

Shippou chorava no colo de Kagome, enquanto Inuyasha tentava se recuperar do poder do kotodama.

- Kagome... Por quê?

- Inuyasha, seu idiota, por que o Shippou esconderia a jóia?! E tem mais, ele estava com a gente o tempo todo! - disse Sango irritada.

- Santo Buda... Inuyasha, você não tem jeito mesmo, não é? - murmurou o monge levando a palma da mão à testa.

- INUYASHA, COMO VOCÊ CONSEGUE SER TÃO BURRO?! - berrou o kitsune.

- ORA, SEU...

- OSUWARI!

- AI!

- Ora, mas onde já se viu... Bater em crianças sem motivo... - bufou a miko.

Era comum que Inuyasha fizesse burrices, mas ninguém estava de bom humor para aturá-las no momento. Os pensamentos de todos estavam misturados, cada um pensava em suas famílias, amigos antigos ou algo do gênero. Todos estavam preocupados.

Silêncio. Aquele incômodo silêncio que raramente invadia o ambiente dos amigos, mas que de uns dias até agora já parecia tão comum.

Inuyasha levantou-se e sussurrou:

- Vocês estão vendo?

- O quê? - perguntou o houshi no mesmo tom.

- Estão ouvindo isso?

- O quê?! - indagou frustrado.

- Estão sentindo... Que estamos sendo observados? - olhou em volta - Tem mais alguém aqui.

Uma enorme vaca marrom de três olhos, montada por um velho careca, apareceu "magicamente". Não era deles que estavam falando, mas a surpresa foi tão grande que esqueceram, um pouco, o desconhecido que os espreitava.

- Inuyasha? - o idoso forçou a vista para encontrar o hanyou. - É você?

- TOUTOUSAI! SEU VELHO GAGÁ! O QUE FAZ AQUI?! - gritou Inuyasha com um certo espanto.

- INUYASHA! RÁPIDO! NÃO TEMOS MUITO TEMPO! É O SEU PAI!

- Meu... Pai?

- O TÚMULO DE INU NO TAISHOU FOI INVADIDO, VOCÊ PRECISA FAZER ALGUMA COISA!


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado! Próximo cap, sexta-feira que vem! *-* Beeeijo! :*



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