A Proposito Di Moonlight escrita por kitamon


Capítulo 7
Quinto periodo: connessione


Notas iniciais do capítulo

"Quinto período: conexão"
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Eu sabia que tinha algo de estranho naquela madrugada de 3 de Setembro. Naquele silêncio todo só tentava me lembrar de quem eu realmente era. De onde será que eu vinha, pra onde teria que ir, queria entender quem eu sou. E se, por algum motivo tivesse parentes vivos? Só sabia meu nome: Alice Delgado. Quem são esses "Delgados"? O que faziam? Eram perguntas e mais perguntas. Minha mente se tornou um turbilhão. Então ouvi um "toque-toque" em minha janela. Só podiam ser duas pessoas: Strak e Indragon. Abri a janela e tive um espanto: um corvo preto me encarava com aqueles olhos negros, profundos. Meus olhos de ressaca verde os encararam e então tomou voo. Naquela hora deixei escapar um "ufa". Quando olhei para baixo lá estava uma raposa manca. Apertei os olhos e vi que estava sangrando. Peguei rapidamente um roupão e entrei de sopetão no quarto de Tsukiyama e disse:
– Tem uma raposa, lá em baixo, ela tá sangrando!
– Hãn? - respondeu Tsukiyama sonolento, pondo-se sentado na cama. - O que você disse?
– Tem uma raposa lá em baixo, - respondi ofegante - ela tá sangrando!
– Tem certeza?- Tenho! - gritei.
– Vamos lá, Tsuki, me ajuda a trazer ela pra cá!

Eu o chamei pela primeira de "Tsuki" e nunca mais o chamei novamente assim. Minto. O chamei duas vezes assim. Ele vestiu um casaco apressado e corremos pelas escadas, quando chegamos na Holy See lá estava ela sangrando. Senti por um instante que estavamos conectadas. Quando Tsukiyama tentou se aproximar a raposa rosnou para ele e o mesmo se afastou. Ela olhou para mim e mancando, se aproximou. Tirei do bolso um pano. Se acalme Alice. Pegando cuidadosamente na pata da raposa, fiz um curativo improvisado e sem querer me peguei dizendo para a mesma "posso cuidar do seu machucado até você sarar, mas claro, se você quiser". A raposa abaixou a cabeça e a levantou rapidamente, em um jesto de sim. Parecia que estava me entendendo, não sei como, mas estava.Tsukiyama novamente tentou se aproximar da raposa, e ela rosnou. Olhei para a cara dele assustado, certamente não estava entendendo nada. Me virei para a raposa:
– Não tenha medo. Ele é meu amigo. - com as mãos o chamei para se aproximar.
– Amigo? - ele perguntou me encarando. - Pensei que fosse algo mais importante para você...
– Vamos, me ajude a levar essa raposa lá pra cima. - meus olhos naquele instante se tornaram amarelos. - Depois falamos disso.

Levamos a raposa juntos, para o apartamento e cuidamos dela por horas. Quando finalmente eram 06:00am, percebemos que nosso trabalho ali tinha acabo.A raposa levara um tiro. Certamente correra desde alguma Reserva Florestal até a Holy See. Agora, o motivo do tiro, porque ela correra tanto (já que as reservas ficavam a quilometros), isso eu não sabia e nem sei até hoje explicar.
- Amigos? - ele perguntou novamente.
– Você é importante pra mim, só que, naquele momento senti que devia dizer a ela que eramos amigos.
– Sei...
- Ti amo, lo sai.
– Sì, lo so. E io vi ami assai.

Aquela madrugada do dia 3 de Setembro era estranha, mas o beijo do Tsukiyama me fez sentir em paz e conectada ainda mais com a raposa.



Igreja Santa Maria della Vittoria, 3 de Setembro, 06:30am.
– Mestre? - uma voz de mulher sussurava.
– Fale, minha cara aprendiz - disse uma voz forte, de homem.
Ela está com ele. - respondeu a mulher.
– Faça de tudo para que ela não desconfie de nada. Muda-te de indentidade, de rosto, do que for preciso para não reconhecer duas vezes.
– Faço o que for preciso para me livrar dela. Ela me atormenta...

– Eu sei. - calmamente a voz de homem se tornou um susurro - Brevemente, ele será seu minha cara. Acredite em mim.
– O que devo fazer, Mestre?
– Faça o que irei te dizer...


Passaram-se dois dias e a raposa se recuperou do tiro, mas permaneceu no apartamento por mais alguns dias, por preucaução. A cada minuto que passava aquela ~conexão~ que sentia ia se tornando mais forte. Até que no dia 7 de Setembro, a raposa me olhou de uma maneira estranha, só ouvi naquele momento:

– Alice, você não é uma simples "humana". Sei que parece estranho, mas você é de uma linhagem Real...
– Como é que é?! - fiquei surpresa com o que a pequena raposa disse. - Tá querendo dizer que sou de uma "linhagem Real"?
– Sim, você não é Alice "Delgado". Seu nome verdadeiro é Alice Saint-Chauvel. - houve uma pausa. - Você é de uma linhagem real diferente.
– Diferente? - meu tom de voz parecia que estava interessada no assunto.
– Sua mãe era a parente mais próxima da Alopex lagopus.
– Raposa-do-Ártico? - dei um suspiro.
– Belo conhecimento sobre raposas. Seus pais tiveram que mudar o Saint-Chauvel para Delgado, há muito tempo estavam sendo caçados pelo sobrenome.
– "Caçados"? - pausa. A cada palavra que a raposa dizia, fiquei mais e mais afim de descobrir minha "linhagem Real" - Mas por que "caçados"?
– Ninguém sabe. O que importa é que você saiba a verdade. Alice Saint-Chauvel, você é a única descendente viva da Alopex lagopus.
– Espera aí... Se a Alopex lagopus é o nome cientifico para a Raposa-do-Ártico como posso ser descendente?
– Minha cara - a raposa parecia que dera um leve sorisso -, a Alopex lagopus não era uma simples raposa. Ela era uma raposa-humana. Ela podia se transformar em raposa ou em humana a hora que quiser. Entende agora?
– Deixa eu entender tudo: quer dizer que sou a única descendente viva da Alopex lagopus que podia se tansformar em mulher, e que meu nome verdadeiro é Alice Saint-Chauvel?
– Sim minha cara. Ragne não é um demônio qualquer, ele quer algo que a família Saint-Chauvel vem guardando a muito tempo.
– O quê ele quer? - perguntei surpresa.
– O broche Saint-Chauvel, que contém o espirito da Alopex lagopus.


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Notas finais do capítulo

Me inspirei um pouco na obra de Dan Brown "O Código da Vinci" para criar a família de Alice. Só mudei seu descendente (de Jesus Cristo para a Raposa-do-Ártico), a história e mexi um pouco no sobrenome.
No livro de Brown os "sobrenomes Reais" são Plantard e Saint-Clair, peguei o sobrenome da avó de Sophie nos últimos 28 anos (Chauvel), e mudei o Clair. Ficou Saint-Chauvel.
"O Código da Vinci" é um dos meus livros preferidos. NÃO IREI ME INSPIRAR NA HISTÓRIA DO LIVRO. Só me inspirei para criar o verdadeiro sobrenome de Alice e sua família.
Fiz esse capítulo, especialmente de novo, para a Caah Campos. Espero que gostem! ♥



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