Meu Diário, Seu Diário escrita por All StarCherry


Capítulo 5
Fácil Falar, Difícil Fazer


Notas iniciais do capítulo

Leia as notas finais e diga-me o que achou
lembre: sem reviews = sem capítulos >8D
Enjoy



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Unhas relativamente bem cuidadas batucavam freneticamente em um ritmo constate e quase doentio a mesa de madeira de numero 4 do ponto de café.

O caderno de um couro azul repousava de modo quase pacifico na mesa a sua frente, mas as mãos da loira quase coçavam tamanho o seu nervosismo.

Olhos de um cinza revoltados por agonia intercambiavam olhares entre a porta do café e suas paredes de vidro buscando na rua possíveis sinais de aproximação de um certo deus grego.

Quase que por inercia suas mãos trêmulas foram de encontro a seu celular, discando uma mensagem de tamanha rapidez devido ao nervosismo.


Onde você está? –A


A reposta de Thalia tardou a chegar, ao menos para a loira. Deus! Como ela odiava aparelhos eletrônicos... O Computador conseguia ser sua única exceção, não que Annabeth não se desse bem com eles, ao contrario, se dava e muito, mas ela simplesmente não conseguia se sentir confortável com um celular...

Mensagens de texto e conversas rápidas sempre pareciam tão irreais ao telefone... dependendo do humor de cada um poderiam se interpretadas de diferentes modos.


Em casa, na cama, você? –Th


Ah, claro, onde mais ela poderia estar?


No café, preciso de você, agora –A


Passaram-se um, dois minutos – talvez três – e nada de respostas. A fúria de Annabeth ao discar as teclas era evidente.


AGORA –A


Tomara que seja importante, estarei ai em 5 minutos, não enlouqueça -Th


Fácil falar, difícil fazer.


...

Se Annabeth tinha esperanças de que Thalia sentisse ao menos 1/3 da culpa que ela sentia só por estar a cargo do Diário naquele momento tudo se dissipou ao ver aquele sorriso.

A morena não estava só de bom humor, estava de ótimo humor.

Algo tinha de ter acontecido.


– Pode ir falando. – Annabeth nunca fora fofoqueira, mas ela tinha o direito de saber.


Era quase como se momentaneamente a loira tivesse esquecido o assunto do Diário.


– Pensei que era você que queria falar comigo. – rebateu a morena, seus olhos incrivelmente azuis focalizaram o caderno enquanto ela sentava-se ao seu lado. – Então você recebeu meu presente.


Annabeth fechou a cara.


– Tinha como eu não receber? Você pôs na minha mochila. – seu resmungo era seco.


Thalia abanou o ar em sinal de desinteresse.


– Pequenos detalhes.


Seu humor estava realmente bom, quase tão bom que o estomago de Annabeth se retraiu.

A loira definitivamente não estava de humor.


– Não vai me contar, não é? – ela suspirou.


– Então você o está esperando – a facilidade de como Thalia mudava de assunto era realmente incrível, as sobrancelhas da morena arquearam levemente – Suponho então que a senhorita certinha não tenha lido o caderno ainda, ou melhor – seus olhos a fitaram brincalhões, dóceis – Notando sua tãooo grande aproximação com o caderno presumo que nem o tenha tocado direito ao menos.


O rosto de Annabeth era pura poesia.


– Só uma pergunta, loira. – inclinou-se levemente, como se contasse um segredo muito intimo – Por que ainda não esta tentando me convencer a ficar com ele?


– Porque não quero que o leia mais, não esta seguro com você – talvez fosse mentira, talvez não. Annabeth não sabia, mas saiu tão rápido que ela mal pode se conter.


Os olhos azuis de Thalia suavizaram analisando as expressões faciais da loira.


– Não acredito em você.


– E de que importa?


A morena riu, quase sentia saudades daquele lado de Annabeth. Direto e provocante. Ele só costumava sair quando a loira se encontrava nervosa, uma autodefesa que por mais que não assumisse herdara da mãe.

Atena era uma ótima advogada, mas péssima mãe. Como você pode tentar entender a própria filha sem baixar suas defesas? Suas barreiras da sociedade. A mulher mais velha sempre teve esse muro enorme entre ela e o mundo, até mesmo para Annabeth.

Coisas que a de olhos cinza sabia sobre a mãe? Ela é advogada, toma café de manhã cedo antes de ir ao trabalho e chega em casa depois das 23h.

Graças a deus não tinha mais que fazer aquelas redações típicas de fundamental como “descreva sua família e coisa e tal”... ela com certeza tiraria um grande e redondo zero.


– Certo... – começou Thalia – e por que exatamente eu estou aqui?


Annabeth nem pestanejou.


– Vai esperar comigo.


– ...e por que?


– Porque é fácil falar, mas difícil fazer.


A morena suspirou derrota.

Realmente não tinha jeito, mas o que elas não esperavam era que por mais que tivessem ficado por horas e horas naquele café a espera de Percy Jackson, o tão famoso garoto “perseguidor e estranho” – como Annabeth assim o considerava – e com a loira a tentar tirar informações sobre o tão bom humor de Thalia o garoto de olhos verde mar não apareceu.

O que será que tinha acontecido há Percy Jackson afinal?


***

End of chapter 05.



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Notas finais do capítulo

além de obviamente pedir reviews eu queria saber se teria alguém disposto a betar esta historia .-.
os interessados mandem-me exemplos de fics betadas por si
quero alguém que possa tanto entender o personagem como a historia em si, dando-me suas opiniões, porém não mais do que isso
ou seja, quem escreve sou eu, vocês corrigem
estou cansada de pessoas tentando mudar minha cabeça, opiniões são pra ser opiniões, pô ¬¬