“Under the full moon, even the trees and grass are asleep in the dead of the night.

In the Human and Youkai's 'Gut-Trial', what will scare them?

The victim of the biggest sin, where is it?”

                Subia as escadas lentamente e com um pouco de tédio, até chegar no telhado do colégio. Havia alguns poucos alunos por lá, mas não dei importância.

                O céu estava cinza hoje,  com certeza iria chover. Eu pessoalmente odeio quando chove, mas tenho meus próprios motivos para isso.

                Suspirei, deitando no chão mesmo. Fechei os olhos lentamente, torcendo para que o tempo andasse mais rápido. Como se isso adiantasse algo.

                Enquanto me perdia em meus pensamentos inúteis, percebi um pouco tarde que já estava chovendo. Meu dia estava realmente completo. Além de tédio estou molhada agora.

                Caminhei até o interior do prédio, calmamente é claro. Acabei me divertindo vendo aquelas garotas desesperadas correndo para se proteger da chuva. Acho que não sou a única que não gosta da chuva, mas acho que o meu motivo é menos fútil que o delas.

                Andei pelo corredor, desanimada como de costume. Algumas pessoas olhavam para mim e começavam logo a comentar. Tudo por causa da minha aparência desleixada.

                Cabelos longos, aparentando a falta de um bom corte e brancos, sendo prendidos por apenas um amuleto desgastado. O uniforme de qualquer jeito. Pois é.

                Entrava na sala com o mesmo olhar de peixe morto de sempre. A professora me encarava e com um sorriso sério dizia.

                - Não matou aula dessa vez? Fujiwara-San. – Meus olhos iam de encontro aos dela.

                - Eu gosto da sua aula Sensei. – Eu sorria.

                - Que bom que gosta. – Ela sorria, dessa vez de alegria mesmo. – Parece que os meus esforços estão dando certo.

                Sentei na minha carteira, uma lá no fundo, onde eu apenas ficava dormindo durantes as outras aulas. Não durante está , essa aula era especial.

                A professora com seu sorriso, explicava o conteúdo com calma. Eu gostava daquele sorriso, não o sorriso dela, apenas o sorriso. De uma professora satisfeita e alegre.

                A aula acabava, e ela desajeitada pegava suas coisas e ia embora. Eu guardava minhas coisas e ia logo em seguida.

                - Fujiwara! Volte para a sua aula agora mesmo! – Ela dizia autoritaria.

                - Não, obrigada. – Eu passava por ela, deixando a falando sozinha. – Sensei, eu só gosto da sua aula. Não ligo para as outras.

                Ela não conseguia conter um tom de satisfação ao ouvir aquilo, tentando me fazer voltar para a aula. Foi ignorada é claro.

                Levei duas horas para chegar em casa. Eu não perderia meu tempo pegando o trem. Abria a porta tentando ser lenta, mas uma hora ou outra, eu teria que abri-la.

                - Cheguei. – Joguei meus sapatos em qualquer canto.

                - Moko-Tan. – A garota de cabelos longos e negros olhava com um sorriso para mim.

                - O almoço já está pronto?

                - Sim, mas como eu não quis ir ao mercado só temos sopá. – Ela continuava com aquele sorriso idiota no rosto.

                - Não devia perder seu tempo desse jeito. – Ia para meu quarto.

                Jogava minha mochila em qualquer canto e trocava de roupa.  Voltava para a sala, me jogava no sofá.

                - Neet, sopá, agora.

                - Depois eu que sou preguiçosa. – Ela jogava a sopá em cima de mim.

                E logo começava mais uma discussão quente entre mim e aquela neet maldita. Caramba! O mercado fica aqui do lado e ela não sai por preguiça!!!

                No final paramos de falar uma com a outra durante umas três horas, até que começamos a falar da escola.

                Depois de algumas horas resolvemos ir dormir.

                Deitei me agarrando ao travesseiro, fechei os olhos. Minha mente me trazia imagens distorcidas. Um vestido azul e um sorriso calmo e gentil. Quero ver de novo, esse mesmo sorriso vindo de você.

                Acabei adormecendo, com aquela imagem em minha mente.