Dirigimos a por um bom tempo, ninguém falou nada, quer dizer ninguém falou nada comigo, Rachel e Rob trocaram algumas palavras em alguns momentos, e Cal e Nate estavam conversando sobre onde iriamos ficar, não podiámos simplesmente agora ficar viajando em um trailer e um carro, tambem não tinhamos uma sugunda opção de esconderijo, não estavamos preparados para isso.

Estava com a janela aberta e a cabeça para fora, fiquei olhando a lua por um bom tempo tentando esquecer tudo aquilo, era lua cheia, sempre gostei de lua cheia, era como se fosse um circulo farto de iluminação de esperança, enchia - me de esperança quando olhava para a lua, talvez tudo aquilo acabasse bem, talvez ninguém mais precisa morrer por minha causa.

Minha feliz esperança acabou quando vi um carro aproximando - se, instintivamente me encolhi escondendo - me da visão da janela Cal olhou pela janela e fez algum sinal que não vi, ele freiou e desceu do trailer, será que eram buscadores? meu coração começou a acelerar, e olhei para Rachel que tambem parecia confusa. Não, eram buscadores, pude ver que Nate tambem desceu do trailer, e Evan, blake e Kim do carro. Olhei um pouco mais para as pessoas que desceram do outro carro, e as reconheci, era Peg e os outros humanos, meu corpo relaxou mas meu coração ainda batia fortemente contra meu peito. 

Nate estava explicando o que acontecerá, podia entender algumas palavras que esta dizendo, ele apontava com seu dedo indicador, de onde estamos vindo e falava mexendo as mão de um lado para o outro. Peg estava boquiaberta com uma expressão de horror no rosto, os outros estavam com uma expressão mais relaxada mas podia ver que estavam tensos.Ian olhou para mim e deu um sorrido encorajador, eu retribui meio tímida.

De repente todos se cumprimentaram com um aperto de mão, e entraram em seus carros, eles entraram no trailer mas desta vez Cal ficou no banco do carona. O carro em que Peg estava deu meia volta e começou a ir na mesma direção que nós, como se estivesse nos guiando.

- Aonde vamos? - Perguntei para Cal, quase como um sussurro.

- Para as cavernas de Jeb

arregalei os olhos, quase como se tivesse um ponto de interrogação na minha testa.

- Jared, e os outros disseram que podíamos ficar com eles - falou ele um pouco sonolento.

- Mas eles não estavam de incursão?

- sim, mas eles disseram que podiam esperar um pouco mais, vão nós mostrar o caminho. - ele apontou para um o carro na nossa frente.

- Vá descansar um pouco Cal, não vamos demorar muito a chegar - falou Nate de repente. 

Cal assentiu encostou a cabeça no banco para descansar ali mesmo.

- descanse um pouco também Ângela. - ele disse quando estava indo me sentar em um pequeno banco.

- Não eu estou bem, obrigada.

ele se virou para me olhar.

- Não se preocupe, vai dar tudo certo, eu prometo. assenti com um sorriso meio que forçado no rosto, não estava muito afim de ficar rindo.

Os raios de sol já começaram a aparecer, quando me pareceu que chegamos, eu não era boa em recordar lugares, mesmo estando ali a poucas horas, não o reconheci. Não percebi mas Cal já havia acordado quando começamos a descer do trailer.

Jared estava nos esperando

- vamos entrar e depois voltamos para descarregar - Ele disse enquanto Nate decica do trailer.

- Tem certeza que ele vai nos aceitar?

- Claro, Jeb é um cara legal - Disse Jared sorrindo.

Começamos a andar Nate e Cal na frente nos guiando, Peg estava no colo de Ian, dormindo, que parecia carrega - la facilmente. Rachel conversava descontraida com um cara que me pareceu Aaron, o resto estavam conversando entre si.

Será que ficaríamos com eles para sempre? Será que "eu" ficaria com eles para sempre? ou era apenas por um certo tempo até encontrarmos um lugar para ficar. Isso ainda me parecia tão esquisito, quer dizer de uma ora para outra minha familia toda morreu, já deveria estar acostumada com isso.

Chegamos ao que me pareceu, a boca da caverna, tive que me abaixar um pouco minha cabeça, para poder entrar assim como os outros. Respirei fundo Ficava meio desconfortavel no escuro, ou pelo menos tentava me convencer de que ficava "desconfortavel", já tinha 14 anos quase 15 não podia sentir medo do escuro isso era patético. O chão era plano e sólido sob meus pés, o ar ali era refrescante, mesmo assim algumas gotas de suor projetaram em minha testa, tentava deixar minha respiração regular.

Então fizemos uma curva fechava, tudo estava tão escuro não podia ver nada, será que eles gostavam do escuro? porque simplesmente não acendiam um lanterna. Fizemos outra curva e então começou a subir, o chão era sólido e tornou - se plano de novo. 

Fizemos muitas curvas, e quando parecia que não ai mais acabar. Chegamos.

Graças a Deus pude ver alguns raios de luz dali, aquele lugar não era diferente de onde morávamos, era apenas 10 vezes maior, o teto era super alto e felizmente bem iluminado.

As trinta e sete pessoas que Jared mencionará não estavam ali, havia mais ou menos quinze pessoas, quando entramos na câmara elas começaram a falar como, por que eles voltaram tão cedo? quem são eles? são humanos?

- Melanie! - gritou a voz de um garoto perto de mim

Pude ver ele correndo e abraçando ela, era um garoto alto, poderia ter mais ou menos minha idade, sua pele era parda, queimada pelo sol, seu cabelo era grande e um pouco embaraçado. Ele passou o olho por todo o nosso grupo e parou em mim, ficou me olhando por um momento, mas desviei meus olhos, não ia ficar encarando o menino, mas podia sentir seus olhos sobre mim.

- Tudo bem! silêncio pessoal - ouvi a voz de um homem sobre todas as outras.

Elas obedeceram rapidamente, parando pouco a pouco até estarem em silêncio total

- Temos visitas tenham modos.

Só agora eu pude ver o homem, ele tinha uma pele castanha, e uma barba grande sobre a um pano, segurava uma arma em uma das mãos, com firmeza. Ele me pareceu simpático, estava sorrindo para nós.

- Sejam bem vindos! - falou com entusiasmo.

- Prazer sou Nate, esses são Rob, kim, Evan, Blake, Rachel, Cal e Ângela.

Nate estendeu a mão

- O prazer é meu, eu sou Jeb

- Jeb a caverna deles foi invadida por buscadores, achei que você pudesse...

- Claro que sim - Jeb interronpeu Jared - e vejo que Sharon ganhou uma aluna nova.

Ele olhou para mim.

- Quanto anos tem querida? - falou andando em minha direção.

- 14 - respondi timidamente

Pelo canto do olho vi aquele garoto me olhando, Jeb também olhou para o garoto e depois para mim, e deu um sorrisinho, o que ele quis dizer com isso?

- Tio Jeb, é perigoso eles ficarem, se os buscadores estão atrás deles, não acho boa idéia eles ficarem - disse uma mulher com armagura sem um pingo de gentileza.

Extremeci com o comentário dela.

- Sharon - disse Jeb em reprovação - esta é minha casa e eu decido.

Então essa era Sharon, que bela Professora teria.

- Então teremos um jugamento - disse uma outra mulher ao lado de Sharon.

As pessoas começaram a argumentar di novo.

Jeb ficou pensativo e depois respondeu.

- Tudo bem então, teremos um julgamente, por mais que ache desnecessário.

- Isso não é justo - gritou Melanie - Peg não precisou de julgamento.

- È porque eu já sabia a opinião de todos, não ia arriscar em um julgamento. - disse calmamente.

- Lily - chamou Jeb

- sim - uma mulher respondeu, tinha uma pele cor de caramelo, ela parecia legal, pelo menos acho que não era das que não queria que ficasse.

- Leve a mocinha aqui para comer alguma coisa enquanto converso com os outros, e vocês avisem a todos que teremos um jugamento.

As pessoas começaram a andar, algumas resmungando.

- Jamie você também, Tchau - Disse Jeb para o garoto que se chama Jamie.

Lily estendeu a mão para mim.

- Vem - disse sorrindo.

Começamos a andar,dava para ouvir pessoas falando a nossa frente ficamos em silêncio, foi meio desconfortante. O caminho foi bem longo, e chegamos ao que me pareceu a cozinha. Tinha mais pessoas ali do que do que naquela outra sala.

Lily me levou até a mulher que estava servindo.

- Bom dia Lucina - falou Lily

- Bom dia - ela olhou para mim e sorriu, talvez ela ficasse ao meu favor no julgamento.

- Oi, meu nome é Ângela

- Lucina, quer um pão?

- Sim, obrigada.

Eu peguei um pedaço de pão e ela também me deu uma vasilha, que parecia ter sopa, Lily também pegou e fomos nos sentar. Graças a deus ela me levou em um lugar que tinha poucas pessoas, elas ficavam me olhando, não estava acostumada com isso, mas logo começaram a conversar entre si, e terminar a refeição.

Não percebi, mas estava com muita fome.

- Vocês tem escola aqui? - perguntei para quebrar o silêncio.

- sim, mas a poucos alunos.

De repente ficou em silêncio total, olhei em minha volta. Cal e os outros estavam ali, as pessoas estavam olhando diretamente para Cal. Ele me viu e começou a andar em minha direção. Sorriu para Lily e sentou - se ao meu lado.

- Contou a eles? - perguntei e lily virou - se para conversar com uma mulher ao seu lado.

- sim.

- Tudo?

- tudo

Respirei fundo.

- E o que eles disseram? 

- Disseram que é muito difícil um buscador chegar aqui, olha não precisa se preocupar tá, vai ficar tudo bem.

Perdi a conta de quantas vezes Cal diserá aquelas palavras para mim.

- não roa as unhas - disse tirando a mão minha da minha boca.

- Ainda vai ter julgamento? 

Talvez nem teria mais julgamento.

- sim, daqui a pouco.

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