CAPÍTULO 42 – BAILE DE MÁSCARAS

RENESMEE

Chegamos antes do prazo porque Aro adiou o baile por “problemas internos”. Não comentei com Jake porque senão ele surtaria. Como o tempo permitia saímos dar um volta. Percebi um rapaz muito bonito que não tirava parava de nos olhar. Ele se aproximou e eu chamei a atenção de meu pai que sorriu. Ele o conhecia?

- Sim. – respondeu ele aos meus pensamentos.

- Boa tarde Nahuel. – disse meu avô cordialmente – Que bom vê-lo.

- Boa tarde. – cumprimentou todos parando em mim.

- Essa é... – minha avó falou.

- Renesmee... – ele falou parecendo hipnotizado.

- Muito prazer. – estendi a mão para ele educadamente.

- Você é mais linda do que me falaram. - parecia encantado. Eu simplesmente sorri.

- Mas o que te traz a Voltera? – Alice perguntou.

- O mesmo que vocês suponho. – falou indeciso – Aro mandou me trazer para o baile de máscaras de sua nova pupila. – sorriu.

- Não sou nada dele. – falei de mau humor.

- Me perdoe. – disse cavalheiro – Não tinha intenção de aborrecê-la

- Tudo bem. Desculpe-me pelos modos de minha filha. Ela não está a vontade com essa situação. – falou meu pai.

- Nem eu. Mas temos que manter as aparências. – me piscou e eu sorri. Ele além de bonito, era encantador.

Cheguei no hotel e liguei para Jake. Ele atendeu no primeiro toque. Nos falávamos todos os dias.

- Oi minha linda... – falou com a voz embargada.

- Oi meu lobinho... estou com saudade.

- Eu também. Já teve o baile? – eu ainda não havia contado a ele.

- Não. Aro adiou.

- Porque? – perguntou desconfiado.

- Algo aconteceu entre eles. Não sei ao certo.

- Mas vocês vão demorar a voltar?

- Não sei. Tão logo ocorra a “ocasião” estaremos embarcando no outro dia.

- Não demore. Te amo.

- Também te amo. – desliguei com um peso no coração. Não sabia quanto tempo ia demorar ate Aro nos chamar.

***

Todos os dias Aro nos mandava presentes. Chegava as ser nojento. Não sei o que ele pretendia. Já fazia mais de um mês que estávamos na Itália. Jake e eu estávamos nos desentendendo dia após dia. Ele insistia em vir para cá e eu não aceitava.

O temido dia chegou, até que enfim, e Alice começou cedo com os preparativos. Nossas fantasias eram maravilhosas.

A de Alice era um vestido roxo em tecido leve de um ombro só em várias camadas combinando com sandália prata e máscara e acessórios roxo e prata.

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Minha mãe estava com um tubinho e acessórios azuis.

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Tia Rose estava com um vestido vermelho e acessórios dourados.

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Minha avó vestia um vestido leve também, metade preto e metade melancia com acessórios pretos.

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Eu estava com um vestido tomara que caia franzido e justo na cor amarela com uma fenda lateral e aplicações de borboletas na lateral do busto. A maquiagem era brilhante e a máscara de borboleta. Para completar o look salto amarelo e bolsa amarela com preta.

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Os meninos estavam todos de terno preto. Só mudavam os tons das máscaras que cada um combinava com seu par.

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Chegamos ao palácio e as paredes a prova de som impediam que se soubesse o que se passava ali. Ao adentrarmos no salão todos pararam. Deixaram-me por ultimo como proteção. Aro veio nos cumprimentar.

- Sejam bem vindos amigos... – falou cordialmente. Eu protegia a todos alterando seus pensamentos para que quando tocados revelassem somente o essencial.

- Boa noite Aro. – meu avô respondeu.

- Onde está nossa convidada de honra? – perguntou curioso examinando nossos rostos.

- Estou aqui. – respondi saindo detrás deles.

- Venha até aqui para que possa apresentá-la. – foi chamada a atenção de todos e ele me levou ao seu “trono”.

- Se importaria de tirar a máscara jovem Cullen?

- Não. – respondi e tirei.

- Ohhh... – todos exclamaram.

- Vejo que a união de seus pais só poderia culminar num ser maravilhoso com você minha cara. – falou admirado - Queridos presentes... é com grande honra que lhes apresento Renesmee Carlie Cullen. Filha de Edward e Isabella Cullen. E neta do meu inestimável amigo Carlisle. Essa jovem talentosa – falou abrindo ainda mais aqueles olhos de ave de rapina – foi concebida quando Isabella era humana. Mas ela não foi como as crianças imortais. Acompanhamos seu crescimento de perto com relatórios mensais enviados por seu avô. – olhei espantada para vovô. Por isso das insistentes avaliações – Ela não representa risco. Podem ficar tranqüilos. Ela é o melhor dos dois mundos. Tem as habilidades de vampiro, porém sem nossas fraquezas. Permite-nos uma pequena demonstração, querida? – olhou pedinte.

- Sim. – assenti e ele olhou para Alex e Jane, que reconheci de imediato. Eles me olharam maléficos e eu sabia o que iria acontecer. Eu não poderia devolver seus poderes, embora essa fosse minha vontade, então me contentei em usar meu escudo.

- Magnífico! – aro batia palmas – Ainda tem seu dom de transmitir seus pensamentos com o toque?

- Sim. Mas agora não preciso tocar. – pensei.

- Estupendo! Mas tem mais! Eu li nos pensamentos de alguns de seus familiares outro poder. – pedi mentalmente para meu pai o que deveria mostrar e ele me falou silenciosamente. Pensei em Jacob, me protegendo é lógico, e nos momentos da despedida. Abri o campo para ver as pessoas sem a necessidade de abrir os olhos. Concentrei-me e vi-me flutuando levemente e enchendo o ambiente de cores claras e suaves. Minha pele brilhava como um diamante. Todos ficaram extasiados, salvos algumas invejosas como Jane e Heidi, e Aro encheu-se de orgulho.

- Espetacular! – bradou ele – Você é o mais belo tesouro. Gostaria de juntar-se a nós e ser do clã Volturi, minha querida? – a temida pergunta. Eu teria que ter muito tato com minha resposta. Nossas vidas dependiam disso. Respirei fundo e lembrei-me de Jake.

- Meu caro Aro... – falei com delicadeza olhando profundamente em seus olhos. Lembrei das palavras de Eleazar : “Você pode hipnotizar as pessoas. Pode fazer com que acreditem no que você quiser e transferir também”. Era a última aposta – sua oferta é generosa e lhe sou muito grata. Mas meu lugar é com minha família. Tanto eu quanto minha família, eu julgo, - falei olhando-os – nos colocamos a disposição para lhe ajudar quando necessário. Mas não pretendemos ficar aqui. Espero que entenda a nossa decisão. – isso eu falei para que todos ouvissem. Mas em sua mente eu comandei: Aro! Nunca vou ficar com você e seu clã. Espero que nunca mais tente fazer algo contra eu ou alguém de minha família. Você precisa cuidar de nossa segurança. Nada pode nos atingir. Vindo de quem for e você cuidara disso com sua própria vida. Nós vamos nos divertir e você não deixará ninguém nos impedir de sair ou nos perseguir. A partir desse momento você será realmente nosso amigo e cuidará de nós como se fossemos uma família. Você entendeu?

- Completamente minha cara. – ele assentiu com o olhar vago e sem foco – Vamos nos divertir? – sorri amavelmente. Ficamos ate tarde pois eu sabia que estávamos seguro. Transmiti por pensamento a toda a família. Nahuel me tirou para dançar.

- Onde está seu cacho... – ele se perdeu – amigo fiel? – perguntou indelicado.

- Você está falando de Jacob? Meu namorado? – ele arregalou os olhos e percebi que ia falar alto. Mantive meu olhar firme no seu - Fale baixo. – ordenei.

- Vocês estão namorando? – ele sussurrou – Mas ele é um lobo e você... – ele parecia não achar as palavras certas.

- Sou uma mestiça que pode até procriar normalmente. E que ainda tem um avô medico e um pai graduado em medicina. Algo mais que esqueci? – falei rispidamente.

- Não. Perdoe-me. É que você é a única pessoa da minha espécie do sexo feminino que não é minha irmã. Então eu pensei que... – ele parecia envergonhado. Compadeci-me.

- Ouça Nahuel. Você é um bom homem e vai encontrar sua cara metade assim como encontrei Jake. Você só precisa ampliar suas opções. Dificilmente você vai achar outra mestiça. E se o fizer pode ser que ela não o queira. Veja meu caso. Veja minha mãe. Ela era humana quando se apaixonou pelo meu pai... - ele me olhou mais animado.

- Obrigado. Você abriu meu leque de opções. – falou rindo. Fomos embora já era dia. Cheguei ao hotel e liguei para Jacob. Ele demorou a atender.

- Alô! – atendeu irritado.

- Jake. É a Nessie. – falei intimidada.

- Oi. O que você quer? – falou estupidamente.

- Como assim? – fiquei escandalizada com o modo como falou.

- É de madrugada ainda... – falou como se eu fosse uma boba sem noção.

- Nada. – falei com um fio de voz.

- Então tchau. – disse grosso.

- Tchau. – desliguei chorando. Será que todo aquele amor era mentira? Será que me enganei a respeito de Jacob e ele queria só me usar?