With The Zombies escrita por HeyGabs


Capítulo 3
Capítulo 3




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 Já estava claro quando eu acordei em um galpão na Edgewood Avenue. Eu ter conseguido dormir aquela noite inteira, sem interrupções foi ótimo. Talvez um sinal de que eu estava aceitando aquilo tudo melhor, se é que é possível aceitar que a sua cidade -talvez o mundo- está infestada de zumbis e seu pais sumiram! Mas eu não podia fazer nada sobre, afinal. Peguei umas roupas limpas na mochila e me vesti. Uma camiseta branca, calça jeans e umas botas de caminhada que eu realmente achei que nunca iria usar. Nossa, como eu me sentia ridícula usando aquilo! Pelo que Sean tinha me tido, os zumbis não saiam de dia, então eu estava segura andando pelas ruas. Naquele dia, eu passei por um zumbi, que estava sem parte inferior do corpo, é claro, senão não estaria ali, queimando no sol. Era realmente horrível e nojento. Ele me viu e tentou chegar até mim, rastejando e gemendo, com aquelas tripas e sangue pelo chão. Eu atirei nele. Na cabeça, senão ele continuava lá, agonizando. Naquele dia também, eu encontrei um carro, em ótimo estado comparado com os outros que eu já havia encontrado, que eram aliás, inusáveis. Era um Toyota preto e, diferente dos outros, tinha uma quantidade significativa de gasolina, tinha volante, câmbio, acelerador, freio, resumindo: o que eu precisava pra dirigi-lo, nada havia sido arrancado, e, o principal, o motor estava funcionando. Eu dirigi sem parar até chegar em Gainesville. Eu nasci em Jacksonville, Flórida, foi lá que eu encontrei Sean e era lá que eu estava. Naquele dia eu havia chego em Gainesville e estava perto de Tampa, meu destino. Sean disse que já tinha se comunicado por um rádio com pessoas de Tampa. Tinha um acampamento lá. Em Gainesville, depois de dar umas voltas pelas ruas e matar alguns zumbis, eu achei uma conveniência. Estacionei, entrei. Era um lugar bastante agradável. Bem claro, pintado com cores claras, com prateleiras claras e mais alguma coisa que eu não sabia o que era, que me fazia sentir confortável. Era bom me sentir confortável, pelo menos por alguns minutos. Menos minutos do que eu gostaria. A porta atrás do caixa se abriu numa batida alta e forte. Um homem negro, alto e grande, com os cabelos desgrenhados e roupas rasgadas saiu pela porta com cara de medo e desespero, apontando uma arma para mim. Eu também estava apontando minha arma para ele. Ele me olhou por alguns e instantes e soltou:

  -Coloca tua arma no chão! AGORA! - quase chorando. Eu ri.

  -E porque eu colocaria minha arma no chão?

  -Porque senão eu te mato!

  -Não se eu te matar primeiro. - Eu atirei. Na mão dele, pra ele soltar a arma. Eu ainda queria falar com ele. Andei até ele. Ele estava abaixado, chorando e tremendo, me implorando para não mata-lo. - Seu nome?

  -Samuel. Samuel Rose. Por favor, não faç-

  -Eu só perguntei seu nome. De onde você vem?

  - De nenhum lugar. Eu sou daqui. - Ele estava desesperado.

  -Estava fazendo o quê aqui?

  -Pegando comida para levar pra minha casa. Minha família está me esperando. Por favor, me deixe ir!

  -Só mais uma pergunta. Sabe de algum acampamento de sobreviventes aqui por perto? Em Tampa?

  -Eu não sei de NADA porra!!! Só me deixe sair daqui vadia!

  -Vadia? Não é assim que se fala com alguém que está segurando uma arma apontada pra sua cabeça...

  -Desculpe. Eu já ouvi falar desse tal acampamento. Acho que existe.

  -Tá. Sai daqui. Ele praticamente correu para a porta e saiu. Eu peguei o que eu precisava e sai. Entrei no Toyota e continuei dirigindo para Tampa.


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