Milagres do Amor escrita por GrazzyMoraiis


Capítulo 51
49 - Imperfeito.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde *-*Boa Leituraaaaaaaaaaaa ...



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O barulho de buzinas de vários tipos se ouvia ao longe. Inúmeros carros poluíam mais a movimentada L.A ,em filas imperfeitas ao longo do caminho de Edward para o escritório do FBI. Batendo as mãos várias vezes no volante, passando as mãos pelos cabelos revoltos, esfregando o rosto, apertando a buzina insistentemente, assim estava sendo sua manhã.

-Inferno!-rugiu trincando os dentes, estava a mais de meia hora parado no trânsito. É nessas horas que ele se arrependia de não ter uma comitiva de carros e seguranças ao seu encalço. Certamente ligariam a sirene e ganhariam espaço por entre os carros.

Respirou fundo e olhou para as lojas ao seu redor, enfeitadas com coração e dizendo frases melosas, bufou, pegou seu notebook e começou a fazer seu trabalho ali mesmo. Sentado desconfortavelmente dentro de um carro.

Estava acompanhando de longe Charlie Swan, sua vontade era de acabar com a vida do desgraçado, era não, é, mas ele já está até o pescoço com juras de morte. E é claro que ele não iria ser mais um com a suas, preferia esperar a oportunidade certa e acabar de vez com a vida do malandro. Além disso, ele está no Brasil, tentando ganhar mais inimigos por lá e se escondendo dos traficantes e policiais de LA.

Como ele aparentemente não apresentava perigo para Bella, não iria se deslocar para o Brasil para matá-lo, ele vai voltar um dia, se não for morto antes. E ai Edward estará pronto para acabar com tudo, se vingar dos anos de sofrimento que sua esposa passou na mão do crápula.

Edward migrou sua atenção para outro caso que seria solucionado hoje. Há tempos não descarregava sua arma em algum bandido metido a besta, já estava na hora de extravasar sua raiva.

O transito deu sinal de melhoras, e logo Edward já pode seguir a algumas ruas restantes, chegando logo no FBI. Seu humor não estava nada bom, estava cansado e com sono, nunca viu mulher como a sua, insaciável é a palavra correta. Seu fogo era tanto que bastava colocar uma mãe em seu corpo ou fazer um carinho que ela se acendia na hora, se derretia como queixo na chapa. Edward é claro amava ver a mulher tão entrega e ele, se fartou em seu corpo, que mesmo com a barriga já saliente, estava a achando a mulher mais linda do mundo.

Resultado: se amaram a noite toda, só pararam perto do amanhecer e Edward estava quebrado e com sono.

Subiu no elevado com mais duas pessoas, lhe deram bom dia, o que foi logo ignorado. Saiu do elevado bufando, passou pelo corredor amontoado de pessoas cochichando ou tomando cafezinho.

-Olha só que cena esplêndida, em vez de estarem trabalhando estão de papo por ar, maravilha. -sorriu sarcástico. -Querem dividir a fofoca do dia comigo?-sorriu, juntando as mãos. -Ah, vamos lá, eu vim hoje para bater papo e tomar café.

Os empregados engoliram em seco e olhavam de olhos arregalados para o general. Não esperavam ele no prédio hoje, ainda mais em uma data especial.

-Desculpe...

-Não começa com a porra da desculpa, não quero ouvir merda nenhuma, voltem aos seus afazeres. E se eu pega-los assim novamente, todos iram para o olho da rua, e por justa causa. - foi para sua sala cuspindo fogo.

Todos imediatamente, deixaram o papo para hora do almoço,jogaram o café goela abaixo, queimando a língua no processo.Sentaram-se a suas respectivas mesas,afinal o chefe está o cão hoje, e ninguém segura o touro pronto para dar chifradas no primeiro infeliz que cruzar seu caminho.

-Bom dia, chefe. -cumprimentou Ângela.

-Vai catar pulga em cachorro Ângela. Não quero ninguém entrando nessa sala nas próximas duas horas e avisa para Jasper e os outros que logo entraremos em ação. -bateu a porta com força, deixando uma Ângela congelada, que foi logo fazer o que lhe foi ordenado.

Às duas horas se passaram voando e com ela Edward já tinha todo o plano esquematizado, já estava tudo pronto. Colocado as roupas adequadas, as armas estavam apostas e os ouvidos ajustados para os gritos de comando que o General soltava, enquanto explicava a madeira que iriam invadir o local, os homens foram em direção a mais uma casa de prostituição que servia como cativeiro de bandidos, armazenamento de drogas e tudo mais.

Em um casarão de dois andares, pintados de verde musgo, com lojas estrategicamente colocadas para não chamar a atenção para o que realmente é vendido ali. Edward e sua equipe cercaram a casa, tudo silenciosamente e sem levantar suspeitas, os carros usados eram os normais, por isso não ouve alarde.

Edward observou dois olheiros que sentaram um em cada lado do casarão com rádios escondidos.

-Jasper atira no da esquerda que o da direita é meu.

-Sim, senhor.

-Agora.

Saíram de dentro do carro e dispararam contra os dois homens, Edward acertou de primeira seu alvo com excito, já Jasper disparou duas vezes. Fazendo Edward trincar os dentes e olhar feio pra ele, a sorte era o que a arma estava com silenciador.

Edward pegou seu rádio e mandou os outros entrarem na casa, meteu o pé na porta e entrou com tudo, fazendo as pessoas que estavam ali se assustarem e tentarem correr.

-Mais um passo e eu atiro.

Palavrões foram escutados, os bandidos e até as meninas que se encontravam ali, olharam em sua volta não tinha maneira de fugir, estava completamente cercadas.

O interior da casa mais parecia um inferninho, algumas mulheres sem roupas e outras apenas de calcinha, muitas jovens e menores de idade. O ar impregnado com o odor forte de drogas e música alta. Sofás e cadeiras espalhados por todo lugar, cortinas tampando algumas camas, camisinhas jogadas pelo chão. Tudo muito nojento e intragável.

-Senhor, nós não fizemos nada. -disse um homem sem camisa e com as calças arriadas.

-Te perguntei alguma porra?Então fica quieto ai. -respondeu seco.

Edward deu um passo em direção ao interior da casa, um dos homens tirou a arma da calça e enlaçou uma jovem pelo pescoço.

-Fica ai Mané, se não eu mato a putinha aqui.

-Mané?-Edward suspirou.

-Desculpa ai Cullen, mas sabe como é que é nér?A coisa está difícil aqui. Eu só quero me mandar, me deixe passar que eu não machuco ninguém.

-Ah claro, e eu vou aceitar exigências vindo de um merdinha como você?Faça-me rir. -apontou sua arma em um rompante e atirou na testa do individuo, que caiu imediatamente sem chance de fazer algo contra a garota, que se encontrava em choque, tremendo e chorando compulsivamente.

O silêncio pairou no local, deixando apenas os soluços das garotas e de alguns bandidos encher o ar. Aproveitando da distração dos agentes, um dos bandidos foi em direção a um quarto, não sem antes alguns agentes atirarem em sua direção, mas nenhum acertou.

-Merda. -Edward trincou os dentes e atravessou a sala correndo, seguindo o mesmo caminho que o homem passou a poucos minutos.Chegou no cubículo, que chamavam de quarto, a tempo de vê-lo pular a janela e se agarrar a escada do lado.

Edward balançou a cabeça e o seguiu, desceu as escadas, descendo em um terraço de uma casa ao céu aberto, onde mais escadas desciam, agora para a rua. Ele se enfiou em algumas ruas, correndo sem parara com Edward em seu encalço, ele tinha absoluta certeza que ele cansaria primeiro e é claro que não deixaria barato. Essa maratona forçada realmente estava o deixando irritado já, porém parecia que o bandido estava perdido.

Entrou em uma rua, onde correu até o seu fim, era uma rua sem saída. Edward sorriu, o homem tentou escalar o muro ou entrar em alguma casa, sem êxito. Estava sem sua arma, pois caiu na pressa para fugir.

Edward parou e ficou esperando ele cansar, o homem engoliu o nó em sua garganta e começou a tremer e rezar.

-Eu tenho família Cullen, eu não posso morrer. Me leve preso. -suplicou arfante pela corrida.

Edward deu um sorriso amarelo para ele, o que até poderia significar sua prisão. Contudo seus olhos não mentiam, a raiva estava incrustada ali, como uma chama acesa, e a única maneira de apagá-la, seria sua morte.

-Você acha que eu corri atrás de você todo esse tempo para colocá-lo na cadeia?Ah da um tempo!Um último pedido?-quando o homem ia falar, foi interrompido. -Não eu acho que não. -Atirou sem medo em seu coração.

Edward respirou fundo, acalmando seu coração acelerado e ligou para sua equipe, mandando alguém vir pegar o corpo. Ao contrário do bandido que jazia frio ao chão, ele sabia muito bem onde estava se enfiando quando o seguiu, o bandido provavelmente ficou nervoso e acabou se perdendo, o que foi fatal.

(...)

-VOCÊS SÃO UM BANDO DE INCOPETÊNTES. -berrou Edward.

-Senhor Cullen, nós tentamos...

-TENTARAM?OLHA AQUI, EU QUERO VOCÊS COM A MIRA PERFEITA NA PRÓXIMA VEZ,CASO CONTRÁRIO, É RUA. -entrou em sua sala socando a porta e bufando de raiva, sem ao menos escutar o ‘’sim, senhor’’ dos homens.

Depois de passar a tarde toda no casarão, pegando as provas do crime, e depois interrogando as garotas e os bandidos, foi à vez de colocar pra quebrar com sua equipe. Que parecia mais novatos, do que homens com anos de experiência.Edward não admitia falha desse tipo, onde pode levar a morte de inocentes.Sem dúvidas iria pegar firme, mas do que vem pegando com eles.

A noite já estava chegando quando Edward resolveu ir embora, e junto nesse momento uma tempestade começou a cair. Ele não poderia acreditar, respirou fundo e entrou em seu carro. A volta foi mais conturbada que a ida, a chuva que mais parecia um dilúvio impedia os carros de avançarem rapidamente, o pára-brisa não dava conta de tanta água.

Com toda a calma que não possuía, dirigiu calmamente pela rua, até chegar em casa.Guardou o carro na garagem, saindo em seguida. Girou o pescoço, tentando fazer com que a dor na nuca sumisse. Precisava de um banho e uma boa noite de sono.

Parou na porta da garagem e gemeu cansado, teria que atravessar correndo a chuva e na certa ficaria todo encharcado. Com a cara e a coragem contou até um e correu porta a fora de baixo de chuva. Xingou todos os nomes que conseguiu,quando chegou a varanda escutou uma risadinha e olhou pra cima, Bella ria da situação.Edward nem teve tempo de falar nada, logo ela desapareceu.

Ele entrou terrivelmente encharcado na sala, tirou os sapatos e as meias. Bella desceu as escadas e lhe entregou uma toalha felpuda verde e deu um selinho em seus lábios, sem o envolver pelo pescoço.

-Boa noite. -sorriu brilhante pra ele.

-Boa noite, amor.

No momento em que viu Bella com um moletom gigante rosa, com um ursinho desenhado e uma calça de moletom preta. Com seu sorriso encantador lançado como uma flecha certeira em sua direção, encarou o mar derretido de chocolate, foi como veneno em suas veias. Sentiu uma paz e amor lhe envolver por completo, a raiva logo foi jogada para escanteio.

-Como foi seu dia?-perguntou enquanto o ajudava a tirar a jaqueta.

-Uma merda.

-Não fala assim, não pode ter sido tão ruim.

-Sem dúvidas foi. - enxugou os cabelos.

-Ok, vai tomar um banho agora, antes que fique doentinho. -beijou sua bochecha. -Quer algo pra comer?

-Não, comi qualquer coisa no trabalho e você já jantou?

-Não, mas estou sem fome. Mais tarde eu como um sanduíche.

Eles entraram no quarto, Edward foi logo para o banheiro. Tirou suas roupas encharcadas e entrou na água escaldante e relaxante. Vestiu uma calça de pijama e saiu do banheiro, encontrado Bella sentada na cama assistindo TV.

A pegou pela cintura, lhe deu um abraço e um beijo gostoso e deitou com ela na cama.

-Como está minha princesa hoje?-perguntou alisando a barriga de Bella.

-Bem, muito bem. -ele enfiou sua cabeça na curva de seu pescoço, se intoxicando com o cheiro de morango que tanto ama. -Estou vendo que está cansado, quer que eu te faça uma massagem?

-Oh sim, seria ótimo.

-Então deite-se de bruços.-Edward obedeceu,Bella sentou em suas costas e começou a massageá-lo com carinho.-O que anda te cansado tanto em?-riu.

-Você.

-Eu?Ah Eddi, está perdendo o jeito?-brincou.

-Você não diz isso enquanto te faço gritar.

-Oh, me respeite Cullen- gargalhou e mordeu suas costas. - Mas eu sei que o senhor anda trabalhando muito, vi hoje na televisão.

-Aposto que não falaram bem dessa vez. Sempre que mato alguém eles reclamam. -bufou, extremamente relaxado.

-Verdade, mas não falaram de todo mal.-ele deu de ombros.

-Amor, essas mãos são milagrosamente mágicas. -suspirou.

-Sempre que quiser. -saiu de cima dele e sentou na cama. -Eu te liguei.

Edward virou a cabeça para seu lado e abriu os olhos.

-Ligou?-pegou o celular na cômoda e verificou. -Realmente, me desculpe hoje foi um dia conturbado.

-Tudo bem.

-O que você queria?-perguntou pegando sua mão e levanto aos lábios.

-Nada de mais.

Edward ergue suas sobrancelhas e Bella dá de ombros.

-Sabe que dia é hoje?

-14 de fevereiro. -respondeu simplesmente.

-E?

Edward franziu o cenho, procurou em sua memória o que esse dia representava. Ele não poderia acreditar na sua sorte.

-Dia dos namorados. –gemeu, colocou as mãos no rosto e os esfregou.

-Ufá.

-Amor, me perdoa eu esqueci completamente. -falou culpado.

-Percebi, mas não tem problema. Se você tivesse esquecido a data do nosso casamento, ai sim o senhor teria um problemão. -apertou sua bochecha e sorriu, saindo da cama e se enfiando dentro do closet. Saiu de lá com duas caixas, uma grande preta e com um laço vermelho e outra pequena de veludo verde.

Edward sentou na cama, extremamente envergonhado por ter esquecido. Bella lhe entregou a caixa maior.

-Obrigada amor- lhe deu um beijo demorado nos lábios -Mas eu não mereço, além de eu ter esquecido, não comprei nada pra você - passou as mãos pelo cabelo nervosamente.

-Deixa disso, quantos presente você já me deu, hein?Agora é minha vez.Abra.

Edward desfez o laço e abriu a caixa , onde se encontrava um conjunto de perfume e barbeador.

-Obrigada.

-Não agradeça ainda, agora que vem o melhor. -lhe estendeu a outra caixa.

Edward abriu a caixa e encontrou uma pulseira e um cordão, ambos grossos e de ouro. O cordão possuía um pingente oval de porta retrato. (http://s1235.photobucket.com/albums/ff422/Grazzymoraiis/?action=view¤t=4131320154_fd7bb7cbfa.jpg)

Ele abriu o cordão, onde se encontrava uma foto dele e Bella, onde ele estava atrás dela a abraçando e segurando sua barriga.

-Amor, obrigado é lindo. -sorriu.

-Gostou mesmo?

-Claro. Eu só não colocarei agora por que pretendo dormir ou fazer outra coisa. -olhou maliciosamente pra ela, beijando seu pescoço.

-Pode parar, você vai dormir. Precisa descansar. -Edward fez uma cara de pidão, mas Bella não cedeu.

Deitou e o puxou para seus braços, o fazendo com a cabeça entre seus seios. Onde não passou dez minutos e sua respiração já estava leve, dormindo como um bebê. Bella sorriu e continuou a afagar seus cabelos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Obriigada a Kah_Nanda pela recomendaçãoo