Correr. No momento era tudo o que eu precisava fazer.

A partir do momento que eu olhasse para trás, eu sabia que colocaria tudo a perder, e isso não poderia acontecer, não me daria ao luxo de voltar. Mesmo que isso fosse tudo para mim, meu mundo, minha vida, minha morte.

-Bella não quero que você venha comigo.

Mais impossível que acreditar na mentira é aceitar a rejeição. Foi tão pouco tempo e tão significativo, achei que pareceria patético, soou patético, impossível, improvável, cruel.

-Você não é boa para mim.

-Se...é isso que você quer.

Todo o tempo que passamos juntos de agora em diante seriam apenas lembranças, minhas lembranças felizes, sim, eu não iria esquecer, como poderia? Foram os meses mais fascinantes da minha vida, fascinantes e perturbadores. Distantes lembranças, de um passado realmente feliz.

-Adeus Bella.

Sem lagrimas, sem um ultimo abraço, um ultimo beijo, um ultimo eu me importo. O destino não estava mais em minhas mãos, eu não significaria nada, meu nome seria sinônimo de traição, o anjo partiu, levou com ele suas magoas, para você agora seguir um caminho feliz.

Correr, apenas isso eu poderia fazer agora, sem estragar tudo, sem acabar com um futuro.

Corri, corri como nunca antes, corri como se minha vida dependesse disso, e dependia.

Contra minhas regras, meus princípios, minhas ambições, não se esqueça de mim...