Entre Olhares escrita por nathcastelloes


Capítulo 4
Capítulo 4 - Aprendendo a te encontrar




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apítulo 4 – Aprendendo a te encontrar

               

                Bella POV

Caminhei nervosa por meu quarto em cima dos saltos que me deixavam um pouco mais alta que o normal. Ang me encarava como se eu fosse louca e isso me fazia me sentir mais fora do comum do que antes. Joguei-me em cima da cama, com certo cuidado para não amassar o vestido e fechei os olhos.

                Ele estaria lá embaixo, me encarando e eu teria que me controlar muito para não secá-lo com um olhar. Respire fundo, Bella. Ele não é nada mais que um homem e James estará lá também.

                − Bella, eu posso saber o motivo desse nervosismo todo?

                − E se meu pai não aprovar James? – menti. Eu mesma não acreditava nisso, pois meu atual parceiro era promotor, bem sucedido e direito. O motivo de meu nervosismo era outro. Edward Cullen, advogado, namorado de minha irmã e habitante de meus sonhos .

                − Bella, conta outra. Enfim, não precisa me contar se não quiser, mas eu sempre vou estar aqui. – informou sentando-se ao meu lado e eu a abracei.

                − Obrigada, Ang. Muitíssimo obrigada.

                − Posso saber o porquê dessa demora toda? – entrou Rose falando de maneira acusatória. Ela estava linda, como sempre. O vestido caía perfeitamente em seu corpo e, por causa do decote, evidenciava os seus seios.

                − Eu estava terminando de me arrumar. – justifiquei me levantando e arrumando o meu vestido rendado

                Rose me olhou de cima a baixo, analisando a sandália, as pernas, a roupa, o cabelo, a maquiagem, os olhos. E vi um pequeno sorriso amigável surgir em seus lábios.

                − Está melhorando, hein, irmãzinha?

                − Gostou? – perguntei dando uma rodadinha.

                − Claro, o vestido está mais curto e menos formal, só faltava ser mais decotado.

                − Rosalie, eu sou Bella, não Rose.

                − Te amo também. Agora vamos descer que Edward já chegou. – fez sinal com a mão sorrindo.

                Isso era para me acalmar? Decidi relevar esse fato e sorri também, chamando Angela com um aceno de cabeça, me encaminhando até a porta.

Primeiro, eu não olharia para ele da escada, se não eu cairia, fato. Segundo, ficaria escondida com James ou Ang em qualquer lugar onde ele não estivesse. E terceiro, tentaria não parecer muito absorta.

                Ao dar o primeiro passo na escada, olhei para o meu próprio pé e assim tentei continuar até que Rose deu uma gargalhadinha baixa e eu virei meu rosto para olhá-la.

                − O que foi? – questionei.

                − Mamãe me disse que queremos matar o papai do coração, pois não é justo trazer os namorados de uma vez só para casa.

                Não falei nada, apenas soltei uma risadinha e procurei JAMES pela sala. E foi ali que aconteceu. Meu olhar se cruzou com o dele mais uma vez e senti o revirar no estômago, como se milhares de borboletas quisessem escapulir pela boca, as mãos suavam frio, como alerta. Ele parecia interessado em mim. Ok... realiza, Bella. Ele tem Rose, não pensa em você.

                Foi impossível enxergar qualquer outra pessoa a não ser ele. Seu rosto perfeitamente desenhado, o nariz reto, as esmeraldas me encarando. Quando coloquei o pé no chão, ignorei o fato de ser Edward Cullen ali e baixei o olhar, caminhando até James, sem querer acabei me esbarrando nele e só aquele toque, apenas o roçar de nossos corpos fez com que uma onda elétrica passasse entre nós . 

                Meu namorado segurou minha cintura possessivamente e sorriu para mim enquanto eu tentava ignorar o ser que estava ao nosso lado. James soprou de leve em meu pescoço e, infelizmente, não obteve sucesso nenhum.

                − Angela, esse é o Edward, meu namorado. – Rosalie apresentou Ang para ele, que segurou sua mão. Raiva! queria estar no lugar dela... – Aquela ali é a... tentou continuar minha irmã, mas ele, o cara com quem vivo sonhando proferiu meu nome como se o envolvesse como a um presente. 

                − Bella – pronunciou ele pausadamente e meus olhos vagaram para Edward por mais um instante, meu coração saltitando no peito e minhas pernas bambeando e tremendo.

                 Eu estendi a mão direita para cumprimentá-lo, mas ele me puxou pela cintura em um abraço que eu não esperava. Minhas pernas ameaçavam fraquejar e, por educação, rocei meus lábios em seu rosto. Ok, não foi por educação, foi por desejo mesmo. Ele tocou minha bochecha com seus lábios também e senti minha garganta se fechar em nervosismo. – Muito prazer. – finalmente sussurrou apertando minha cintura e me fazendo estremecer. Ele desviou o olhar de mim e foi o suficiente para eu tentar me soltar de seu abraço, afinal ele ainda era o namorado de minha irmã.

                James me puxou dos braços do Cullen e me barrou de olhar para ele. O que tinha sido aquilo? O que tinham sido aquelas sensações despertadas em mim quando senti meu corpo sendo moldado ao dele? O que foi aquelas mãos apertando minha cintura? Oh, Deus! eu estava perdida.

                − Quer beber alguma coisa, Bella? – perguntou James em meu ouvido

                − Vou tomar um vinho, mas pode deixar que eu pego. – desviei-me dele.

                Caminhei vacilante pensando nele e me encostei à bancada da cozinha. Servi-me de um pouco de vinho e fiquei a observar a minha bebida em quanto pensava em seus olhos esverdeados que me faziam suspirar. Senti uma presença ao meu lado, mas pouco me importei, minha mente estava presa ao ser que deveria estar se atracando com minha irmã em qualquer canto dessa casa.

                Quando ouvi um bufar longo e cansado, encarei a pessoa através de meus cabelos mogno. Olhos verdes me encaravam como se estivessem esperando alguma reação de minha parte, os lábios dele estavam entreabertos e os cabelos perfeitamente desalinhados.

                − Oi. – sussurrou

                − Olá. – minha fala soou meio fria e distante, mas eu não podia demonstrar a ele o que eu sentia no momento. Afinal, o que era aquela respiração falha e o coração descompassado? Por Deus! Eu estava agindo como uma adolescente.

                Ele desviou o olhar de mim e, com sua postura impecável, deu dois passos em minha direção. OMG! Eu não resistiria tão de perto. Fechei os olhos e beberiquei um pouco mais de meu vinho. Então ficaríamos nesse silêncio constrangedor?

                − Você não é nada do que eu esperava. – comentou. Abri os olhos em espanto, mesmo ele não me conhecendo, eu não correspondi nem à expectativa de irmã de Rosalie.

                − Sinto muito por não ter superado suas expectativas.

                − Eu estou dizendo que esperava encontrar uma garota gordinha, usando óculos e com o cabelo rebelde.

                − E eu posso saber o porquê de tamanha esperança? – questionei virando meu corpo em direção ao dele, o que não foi uma boa idéia, pois sua expressão de incredulidade me fez imaginar novamente quais seriam as palavras que ele usaria para expressar que eu não era suficiente para uma pessoa como ele.

                − Rose nunca disse nada sobre você, então... eu esperava encontrar totalmente o oposto. – comentou. Tentei encontrar palavras para retrucar e quando eu abri minha boca para falar, ele começou – E uma das únicas vezes que ela falou sobre a família, disse que não encontrava ninguém como ela. Estou vendo com meus próprios olhos que ela está bem enganada, não?

                − Eu não sou fútil.

                − Mais um ponto para você.

                Abaixei meu rosto, envergonhada, e entrelacei meus dedos junto à taça. Com o canto do olho, percebi que ele não bebia nada e me peguei em um conflito: oferecer ou não algo para ele beber? Sim, eu deveria, são princípios de uma boa educação. E se ele me achasse oferecida ou exibida demais? Nossa, Bella, você já foi mais auto-suficiente.

                − Deseja algo? – murmurei acenando com a cabeça em direção à garrafa de vinho recém-aberta por mim.

                − O que eu quero não está ao meu alcance.

                Engasguei com a bebida e devolvi minha taça à mesa, colocando um pouco em outra para ele. Ofertei um pouco de meu vinho favorito e nossos dedos se tocaram quando ele pegou de minha mão. Um arrepio repentino fez com que eu me afastasse com mais agilidade e encostei-me à bancada novamente.

                Ele me olhava, eu o olhava. Era estranho estar tão perto, mas era confortável. Perdoe-me, Senhor, por cobiçar o homem alheio, ainda mais quando esse “homem” é Edward Cullen, namorado de minha irmã. Amém.

                − Rose gosta muito de você. – comentei e, sinceramente, eu estava com medo de ouvir sua resposta. Além de ser meu primeiro pensamento, foi a melhor forma que encontrei de acabar com esses olhares que me queimavam por dentro.

                − Nos damos bem. – ele disse ainda me observando, só que dessa vez menos descarado. – E James?

                Ok! Ele estava perguntando sobre meu namorado. E eu responderia o que? “Oh, sim, nós estamos muito bem também e, só para constar, com você eu o trairia”? Não. Minha mente trabalhou mil formas de me esquivar desse assunto, mas nada fazia sentido pra mim. Mordi meu lábio internamente para não soltar nada comprometedor demais e suspirei alto.

                − Estamos nos conhecendo. – falei

                − Hmmm... Muito bom.

                − O que é muito bom? – questionei estranhando sua fala

                Ele sorveu um pouco da bebida e pareceu se deliciar com o sabor. Estaria pensando, ganhando tempo ou simplesmente apreciando? Não sei ao certo quanto tempo ficamos em silêncio até ele responder, pois me perdi encarando seus traços finos, másculos e perfeitos. Suas mãos eram grandes e deveriam fazer estragos quando encontrasse o corpo de uma mulher, seus dedos longos me faziam ter pensamentos pecaminosos e seus lábios apertados em um fino traço me faziam desejá-lo.

                − Ver que a sua família está crescendo.

                Estranhei ouvir sua resposta tão baixa e instável, mas não questionei. Se eu ficasse mais um segundo ali, surtaria com seu cheiro, sua voz, sua presença, seu olhar em mim, surtaria pelo simples fato de estar no mesmo ambiente que ele.

                − Hm... Vou procurar Ang. Até mais! – desculpei-me ao caminhar em direção à porta. Eu nunca daria a desculpa de meu namorado para sair de perto dele, com certeza queria continuar ali, mas para o bem da minha família e para não termos um homicídio entre irmãs, resolvi ponderar sobre isso.

                − Mais tarde nos vemos. – respondeu acenando com a taça.

                Papai me chamou com os dedos enquanto enlaçava a cintura de Sue com um dos braços. Sorri para ele e me coloquei ao lado. Sua mão retirou alguns fios de meu cabelo que se espalhavam por meu ombro e ele fez uma cara desagradável.

                − James estava te procurando. – anunciou

                − Eu avisei que pegaria uma bebida. – defendi-me apontando para a taça em minha mão.

                − Não desapareça, filhinha. Estamos em uma festa familiar.

                − Claro. – falei em direção a ele – E você, Sue, está belíssima com esse vestido azul. Escolha de Rose?

                − Exatamente. Rosalie é sempre Rosalie.

                Ri com o canto dos lábios e segui em direção a James, que já me olhava torto. A nossa sala estava toda iluminada, algumas pessoas dançavam, algumas conversavam, outras bebiam. Rosalie estava dando um chilique com Alice e Jessica. Jessica era aquele tipo de garota mesquinha e idiota, Alice era totalmente fanática por roupas e era boazinha, quando queria, Rose, por sua vez, era a perfeita união das duas.

                − Pensei que tinha desaparecido. – reclamou James quando eu cheguei perto o suficiente para ouvir.

                − Fui pegar minha bebida. – repeti sem entusiasmo.

                Ele segurou minha cintura e me colou ao seu corpo, passando os lábios em meu pescoço. Suas mãos passeavam por minhas costas, mas não obtinham nenhum sucesso. Peguei ele nos olhando do outro lado do salão e vi Rosalie puxá-lo pela camisa, selando um beijo apaixonado. Primeiro, eu nunca esperei ter uma conversa como aquela da cozinha com ele. Segundo, não sabia explicar quais eram aquelas reações do meu corpo. Terceiro, eu me sentia em chamas só com o seu olhar.

                − Mal posso esperar por mais tarde. – sussurrou em meu ouvido.

                Engoli em seco e murmurei qualquer coisa desconexa. James era uma pessoa boa, mas eu não podia culpá-lo por não atingir meu coração. E, também, não podia ficar presa a uma fixação boba ao namorado da minha irmã, além de não ser correto com ela, minha mente me cobrava a cada minuto.

                − Enquanto isso, vamos dançar. – propôs.

                E assim foi uma boa parte da noite, Edward Cullen me encarando enquanto eu dançava com meu namorado. Por algum motivo desconhecido, eu sentia minhas mãos suarem e certo desconforto quando encontrava suas órbitas esverdeadas. Respirei fundo e continuei a mover meus pés no ritmo da música. Enxerguei Emmett sentado no canto da sala de TV, sozinho, com uma garrafa e um copo de whisky na mão.

                O que seria essa depressão repentina dele? Coloquei as mãos no peito de James e empurrei-o de leve, mostrando Emm com a cabeça e ele assentiu. Caminhei calmamente, mas apreensiva, até ouvir a gargalhada estrondosa que ele soltou. Afinal, Emmett sempre foi instável assim? Não, não que eu me lembre.

                Sentei-me ao seu lado e desviei minha atenção para a televisão. Não, não, não.

                − Emmett, quantas vezes vou ter que repetir que desenhos animados são infantis? Se você quer uma tradução, aí vai: São feitos para crianças. E, enfim, posso saber por que estava triste? – perguntei tocando seu braço de leve, como consolo.

                − A Stephanie tinha brigado com o Zig. – murmurou derramando mais uma dose de uísque em sua boca.

                − E que desenho é esse? – questionei me fingindo de interessada.

                − Lazy Town.

                − Você não está feliz de estar aqui?

                − Claro que estou, Bella. É só que eu me sinto sem jeito sendo que todos estão comprometidos e eu serei a vela.

                − Prometo não te deixar de vela, vamos sair de frente dessa TV  e comer algo, que tal?

                − Só se for agora.

                Emmett detonou diversos petiscos enquanto eu continuei apenas bebendo vinho e comi alguns tira-gostos. Gargalhei muito quando ele contava de suas aventuras nos EUA. Ele tinha ido ao Central Park, em pleno inverno, vestindo apenas bermuda, chinelo e regata. Segundo o mesmo, ele congelou de frio e uma mulher vendo seu sofrimento, ofereceu ajuda. A primeira coisa que ela fez questão de aquecer foram os lábios que estavam brancos.

                − Emm, sinto em te comunicar, mas ela se aproveitou de você. – falei após uma incessante risada.

                − Era esse o objetivo. – concluiu.

                Edward sentou-se ao nosso lado e se animou em uma conversa com meu primo sobre times de futebol, Arsenal, Chelsea, Manchester, Liverpool e mais alguns times. Senti que fiquei boiando ali. Talvez eu soubesse um pouco sobre o Arsenal, afinal, era o time pelo qual papai se matava de gritar em frente à tela da TV, ou no estádio.

                − Arshavin está em uma ótima fase, na minha opinião – comentou o Cullen.

                − Eu prefiro Walcot no ataque, ele é muito foda.

                − Mas o Arsenal tem melhorado a cada temporada, as contratações têm melhorado muito.

                − Eu já acho que com o Ramires no Chelsea, o Arsenal não tem chance alguma.

                E eu fiquei ali, no meio da discussão futebolística, encarando a testa de Edward se enrugar a cada vez que eu suspirava, mas ele não desperdiçou nem um olhar em minha direção. Depois de todo alvoroço, eles pararam de falar, olhando para mim. Parece que se lembraram que a minha presença ainda era importante ali.

                − Vou buscar uma garrafa de champanhe.

                Olhei para ele e sorri. O “Mais tarde nos vemos” dele estava se fazendo jus e eu estava como idiota novamente.

                − Que tal uma dança? – sugeriu

                − Não sei se Rose vai gostar...

                − Se você gostar, podemos enfrentar o resto. – interrompeu-me.

                Depois dessa eu não pude fazer nada a não ser aceitar. Sentia-me confusa e sem chão. Eu queria ficar perto dele, mas não queria. Queria porque ele estava em minha mente a cada segundo após a noite do pub, não queria por motivos óbvios, ele era namorado de Rose.

                E eu desistiria por minha irmã? Sim, eu desistiria para vê-la sorridente a cada dia, por vê-la feliz e realizada, como tem sido nos últimos dias. E ficaria com essa dúvida permanente de como deveria ter sido se eu tivesse investido? Senhor, o que eu estou pensando? Eu tenho um namorado lindo que está em algum lugar dessa casa.

Me without you  - Ashley Tisdale

http://www.youtube.com/watch?v=GYqmUqep2h4

Eu sem você


É apenas você e eu
E não há ninguém por perto
Sentindo que estou pendurada por um fio
E é um longo caminho sem volta

Tenho tentado respirar,
Mas estou lutando por ar
Estou numa baixa há muito tempo
Sem lugar pra ir
Mas você sempre está lá

Quando tudo desaba
E isso é quando o mundo parece cair sobre o meu pé
Você gosta do melhor em mim, quando estou uma bagunça
Quando eu sou a minha pior inimiga
Você me faz sentir bonita
Quando eu não tenho nada a provar
Eu não posso imaginar
Como eu irei conseguir
Não existe eu sem você
Não existe eu sem você
Não, não

Você escuta o que eu digo, quando eu não digo nada
Você é meu nascer do sol, você é o lugar a que eu recorro
(Você sabe como isto machuca),

Quando tudo desaba
E isso é quando o mundo parece cair sobre o meu pé
Você gosta do melhor em mim, quando estou uma bagunça
Quando eu sou a minha pior inimiga
Você me faz sentir bonita
Quando eu não tenho nada a provar
Eu não posso imaginar
Como eu irei conseguir
Não existe eu sem você
Não existe eu sem você
Não, não

E quando você diz "Querida vai ficar tudo legal"
Eu acredito em você
E eu desejo que de alguma forma eu possa me ver através do que você diz
Com minhas imperfeições, você acha que sou perfeita
Quando não é fácil, você faz isto

Quando tudo desaba
E isso é quando o mundo parece cair sobre o meu pé
Você gosta do melhor em mim, quando estou uma bagunça
Quando eu sou a minha pior inimiga
Você me faz sentir bonita
Quando eu não tenho nada a provar
Eu não posso imaginar
Como eu irei conseguir
Não existe eu sem você
Não existe eu sem você
Não, não

                Senti suas mãos alcançarem minha cintura e me puxarem para que eu ficasse mais perto, seus dedos passearam por minha costas, mordi o lábios segurando qualquer coisa que quisesse sair de minha boca e olhei para seus traços finos. As sobrancelhas estavam unidas e o olhar se encontrava preso em o meu cabelo, talvez ele não quisesse estar aqui ou da maneira que nos encontrávamos.

                Eu já sabia que não servia para ele, mas sua reação me deixou mais abismada comigo mesma. Eu causava repulsa nos outros.

                − Algum problema? – perguntei quando ele apertou mais minha cintura, contradizendo os atos anteriores.

                − Todos. – murmurou baixo e sexy para só eu ouvir – Não consigo me controlar com você, Bella, não encontro forças.

                − Não se controle. – não me perguntei de onde eu tirei essa coragem, nem eu mesma sei.

                − Assim você não ajuda.

                A respiração dele estava concentrada em meu pescoço e eu me senti arrepiar toda. Controle-se, Bella, é só um homem vir para cima que você fica assim? Eu poderia permanecer a eternidade dessa maneira que não reclamaria. Sentia seu perfume masculino que me deixava louca e necessitada, via a sua pele macia e clara e o que mais me assustava era que ele percebesse que meu coração batia como nunca em meu peito. Se é que ele já não tinha percebido.

                − Isabella Swan. Nunca imaginei que seria irmã de Rose.

                − Eu que nunca, Edward Cullen, imaginei que você a namoraria. Afinal, deveria ter um pouco de caráter antes de começar a namorar alguém.  – devolvi no mesmo tom.

                − Como?

                − Edward, todo mundo sabe da sua fama de mulherengo.

                − Mas ninguém sabe o porquê de eu ter me tornado assim.

                − Então, conte-me. – desafiei.

                − Conto, quando seu namoradinho parar de bufar olhando para cá. – afirmou observando alguém por cima de meu ombro.

                − Preciso ir até ele. A dança foi muito boa, até mais.     

                Edward soltou minha cintura, abaixando o rosto até o nível do meu e olhou em meus olhos.  Suspirou alto e se virou enquanto eu caminhei até James que me encarava furioso. Eu não fiz nada de errado, não o beijei, não transei com ele, foi apenas uma dança.

                − Oi. – falei abraçando-o.

                − Bella, espero ter que te dizer uma única vez: Ele não é uma boa companhia.

                − O que tem contra Edward?

                − Nada, só não gosto de ver você junto com ele.

                − Foi só uma dança.

                − Não importa.

                Bufei contrariada e soltei meus braços do círculo que formavam ao redor dele. Ele passou os dedos por minha bochecha e depositou um beijo ali. Encostei minha cabeça em seu ombro e ele envolveu minha cintura com os braços musculosos.

                − Eu te adoro. – sussurrou – É por isso que me preocupo, porque você é muito fácil de enganar, você é ingênua e eu tenho o dever de cuidar de você.

                Dei uma risada curta e vi papai e Sue sentados com Rose e Alice na sala de TV. Puxei James pela mão até lá, sentei-me também. Minha madrasta e sua filha trocaram olhares significativos e deram uma risadinha.

                − O que foi? – questionei.

                − Você... – começou Rose.

                − O que tem eu?

                − Nada, nada.

                − Diga, Rose, agora.

                − É que você não leva jeito de namorada.

                − Ham? – murmurei sem entender.

                − O coitado do James estava sozinho ali enquanto você dançava com Edward. – falou Sue rapidamente.

                − Não posso dançar com meu cunhado?

                − Claro, claro. – respondeu Rose.

                Alice levantou-se com um leve acenar de cabeça e rodopiou para junto do loiro que estava com Edward e que, segundo Rose, era irmão do mesmo. Papai e Sue começaram a conversar sobre amenidades e James ficou beijando meu cabelo de leve.               

                − Vamos lá pra casa? – perguntou ele com um olhar malicioso.

                Acenei com a cabeça para meus pais e saí pela porta sendo guiada por James. Mas não pude deixar de olhar na direção de onde estavam os olhos verdes brilhantes que corresponderam aos meus acompanhados por uma expressão séria e concentrada. Baixei meus olhos para quebrar a conexão com um sorriso singelo nos lábios e me retirei.

               A minha noite tinha acabado, mas meus sentimentos tinham apenas começado a aflorar

The Blower’s Daghter – Damien Rice

E então é isso

como você disse que seria

A vida corre fácil pra mim

A maioria das vezes

E então é isso

A história mais curta

Sem amor, sem glória

Sem herói no céu dela

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos de Você

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos...

E então é isso

Como você falou que deveria ser

Nós dois esqueceremos a brisa

A maioria das vezes

E então é isso

A água gelada

A filha do vento

A aluna rejeitada

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos de você

Não consigo tirar meus olhos...

Eu disse que te detesto?

Eu disse que quero deixar

Tudo para trás?

Não consigo parar de pensar em você

Não consigo parar de pensar em você

Não consigo parar de pensar em você

Não consigo parar de pensar em você

Não consigo parar de pensar em você

Não consigo parar de pensar em você

Meus pensamentos...Meus pensamentos...

Até conhecer uma nova pessoa.


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Notas finais do capítulo

Olá meus amores, como voces estao?

Eu envergonhada pela demora, mas relevem. Eu estava uma pilha de nervos e se eu escrevesse algo com certeza colocaria a Bella matando todo mundo com uma arma, cortando o cabelo da Rose, espancando o James, fazendo coisas proibidas para menores de 99 anos com o Ed e indo pra uma rave.

Enfim, o capitulo ficou bom?

Agradecendo muitíssimo à Bruh Diva Perfeita Frezarin, à NIKOLE e à Ve Mommy, a Bruh por me aguentar td dia gritando ela de DIVA, a Nikole por me aguentar chamar ela de NIKOLE e a Ve porque ela tava doente e mesmo assim passou por aqui.

O capítulo foi dedicado a todas que estão nos ajudando com as opiniões, elogios, cobranças (né Ana Carla e Marina?), enfim, apoiando-nos nessa jornada chamada EO.

Anunciando a nossa beta oficial, a minha morango, minha best, minha berry, minha irmã, minha amiga, minha fofa... a Amanda Martins. Te amo, morango. E a Brunna Frezarin também é nossa beta!


XoXo

Nathy Castellões *Corujinha Crazy*

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Ei pessoal.... como é bom voltar a postar alguma coisa depois de tanto tempo, sinto falta de todos.

Os créditos desse cap são da minha amiga/irmã Nathy que mesmo atolada de trabalhos e provas na escola dedicou-se com afinco a escrevê-lo, eu só dei minhas sugestões, então os parabéns vão pra ela viu? Estamos realmente muito felizes de saber que a fic está sendo apreciada por vocês. É legal saber que podemos contar com o apoio e compreensão de todos.

Mas as perguntas que não querem calar ficam no ar, como Bella e Ed vão conseguir ser felizes, será que vão ficar juntos? como serão as reações da família das irmãs?

Bem, vocês vão ter que continuar ligados aqui pra saber e esperamos contar com vocês.

Vamos oferecer esse cap mais do que suado para todas as leitoras que comentaram o cap anterior. Obrigada a todas pelo apoio.

Beijos