Depois da Morte escrita por adjr


Capítulo 12
Matsuda


Notas iniciais do capítulo

Esse é outro dos poucos capítulos nos quais não é o L que narra. Espero que gostem



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As vezes eu fecho os olhos e vejo tudo aquilo... Todas aquelas coisas horríveis que ocorreram em nossas vidas... Então eu imagino o quanto deve ser difícil para Sayu.

Embora hoje nós vivamos um pouco mais felizes, nem sempre foi assim e, embora tenha sido um choque para Sayu, a morte de Light foi o que fez com que coisas se acalmassem.

Logo depois que resolvemos o caso Kira, juntamente com o grupo de Near, eu decidi me afastar da polícia e atualmente sou dono de uma pequena loja no centro. Mas não foi só pelo estresse causado pelo caso Kira que eu me afastei da polícia, e sim para não desacatar a decisão do senhor Yagami, de Sayu nunca se casar com um policial.

Sim, atualmente eu sou casado com Sayu. Nós casamos em 2011, quase um ano após a morte de Light. Sayu já estava se recuperando da morte de Light e conseguia quase caminhar normalmente, mas depois da morte da mãe, parece que todos os anos de tratamento não adiantaram de nada. Atualmente, mas de um ano da morte da mãe de Sayu, ela ainda está na cadeira de rodas e raramente fala. Parece que a perda de toda a família causou um trauma tão grande que os tratamentos parecem não surtir mais efeito.

Nós moramos em Tókio, em um pequeno apartamento, afastado do grande centro. Todas as tardes nós vamos ao cemitério levar uma rosa para a família de Sayu. Hoje não seria diferente.

O sol estava muito brilhante, a grama verde. Eu empurrava a cadeira de rodas de Sayu pelo caminho até o cemitério. Abri o portão. Ao longe eu avistei duas figuras abraçadas próximo aos túmulos da família Yagami, mas eles logo foram embora, deviam ter saído pelo portão dos fundos.

Nós chegamos em frente aos túmulos do pai e da mãe de Sayu.

-Pronto querida, chegamos.- Eu me abaixei ao seu lado.- Quer que eu coloque a rosa?

Ela balançou a cabeça dizendo que sim. Lágrimas escorriam de seus olhos, como sempre quando vínhamos a este lugar.

Eu pegue a rosa de sua mão e coloquei sobre os túmulos de seus pais. Sayu olhava para eles fixamente, enquanto chorava silenciosamente.

-Querida, não chore assim.- Eu disse limpando as lágrimas do rosto dela.- Eles estão em um lugar melhor agora.

Ela se inclinou na cadeira e abraçou meu pescoço. Eu retribui o abraço envolvendo-a com meus braços.

-Tenho saudade.- Sayu sussurrou em meu ouvido.

-Eu sei, também tenho saudade deles. Mas você tem a mim e eu tenho você, temos que ser fortes juntos.

Nós ficamos abraçados por mais alguns minutos. Sayu me soltou e eu me levantei. Ela olhou para a esquerda, para um túmulo que ficava um pouco mais distante. O túmulo de Light.

-Você quer ver o túmulo de Light?

Ela balançou a cabeça novamente.

Eu fui atrás da cadeira de rodas e a empurrei até na frente do túmulo de Light. O túmulo que eu mais odiava visitar. O túmulo que causou tudo aquilo a Sayu, se não fosse por ele hoje em dia ela estaria bem.

Sayu ainda chorava.

-Sayu, você não deve chorar por ele, ele não merece!

Ela abaixou a cabeça. Um barulho nos pinos atrás de nós chamou minha atenção.

-Quem está ai?

Eu olhei por alguns minutos, mas não vi ninguém. Devia ter sido só o vento.

-Vamos embora Sayu.

Ela continuava de cabeça baixa, tristeza que nunca iria passar.

Como eu disse, nós vivíamos um pouco mais felizes, porem essa felicidade não era suficiente para tirar a tristeza do coração de Sayu.

Nós saímos pelo mesmo portão que entramos e fomos para casa. Amanhã voltaríamos, e depois, e depois...


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