A Little Bit Longer escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 24
Uma nova fase do Bieber




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Eu e Russell logo nos separamos de Katy, ele saiu me arrastando, dizendo que iríamos beber alguma coisa.

-Peraí! Você vai arrancar meu braçooo!! – Ele segurava meu braço direito, arrastando-me.

Logo, fui quase que jogado numa cadeira por Russell. Perplexo, olhei para ele e perguntei:

-O QUÊ QUÊ VOCÊ BEBEU, QUER ME MATAR, É?!

-Não bebi nada! Além de uma Vodca...

-Vodca? Você tá bêbado?

-Ainda não. Quer beber?

-Depende do quê.

-Calma, acha que eu vou te dar Tequila?

-Não duvido... – Encarei-o com um olhar desconfiado.

-Á VA. – Ele foi para o balcão do barman, e voltou alguns segundos depois, com uma latinha de Coca-Cola aberta nas mãos, e a deu pra mim. – Quer isso? Não está zoado, juro!

-Hum... – Peguei a latinha e coloquei metade do conteúdo da latinha por goela abaixo. – Hum... Essa Coca-Cola está diferente... - Bebi mais da lata e zerei-a em questão de segundos. De repente minha cabeça começou a ficar mais livre.

-O que tem aqui? – Perguntei.

-Quer mais? – Assenti, e ele foi pegar. Antes de eu beber, eu parei para ver o que estava na lata de refrigerante.

-SEU DESGRAÇADO, VOCÊ COLOCOU TEQUILA NA MINHA BEBIDA!!! – Eu levantei. – Mas... Até que isso é bom... – Coloquei toda o refrigerante por goela abaixo. A minha cabeça teimou em doer mais, mas eu nem liguei. Meus pensamentos estavam confusos, eu já não pensava coisa com coisa. Pra mim, aquela sensação de mente livre que senti mee faria esquecer de tudo. Da AIDS, do meu avô doente, de tudo de ruim que eu estava passando.  – Aonde eu pego mais?

-Deixa que eu pego. Vodca ou Tequila?

-Vodca.

-Ok. – Russell voou para o barman e pegou uma garrafa de Vodca e uns copos. Eu estava iludido, pensei que aquilo iria me fazer esquecer de todos os meus problemas. E era disso que eu precisava.

Eu nem o esperei abrir a garrafa e colocar um pouco num copo, peguei a garrafa e bebi tudo. Russell me encarou com cara de surpresa e eu disse:

-Quê foi? Eu precisava disso...

-Ah... Eu nunca bebi desse jeito nas minhas primeiras vezes...

-Eu já falei, eu precisava disso.

-Ok... – Fiquei bebendo por mais um belo tempo, até me sentir mal demais para continuar. Assim que terminei de beber a sétima dose de Tequila, abaixei a cabeça.

-Tudo bem? – Russell perguntou.

-Eu vou voltar pro hotel. Se alguém perguntar fala que eu... Passei mal por que comi... Sei lá... – Meus pensamentos estavam muito confusos. – Uma lingüiça assassina. – Era o meu jeito de dizer “comida estragada”. Me levantei e fui cambaleante até o estacionamento pegar meu carro e ir embora. O que eu queria era dormir.

O manobrista percebeu que eu não estava com condições de dirigir, e por um dinheiro a mais que nem me fez diferença, arranjou um motorista para mim, que me levou para o hotel. Mal adentrei o quarto e caí apagado na cama, de roupa e tudo.

Acordei péssimo no dia seguinte, implorando por uma aspirina. Quando fui para o banheiro, liguei a água para encher a banheira, depois me olhei no espelho e vi uma pessoa que não reconheci. Um Justin Bieber cheio de olheiras e com os cabelos bagunçados e olhos vermelho. E de ressaca.

-Esse não sou eu... - Falei para mim mesmo. Mas a dor de cabeça prevaleceu e eu tratei de procurar a aspirina. Assim que achei uma cartela de comprimidos, peguei uns dois e coloquei-os por goela abaixo, junto com um copo d’água.

Joguei uma água no rosto para me livrar do sono desgraçado que estava e comecei a me despir para tomar um banho. A jaqueta ficou jogada na pia, os tênis perto da porta, as meias em um canto qualquer, a camisa em cima da jaqueta e a calça que eu usava no chão. Sim, eu sou do tipo “desleixado”, mas depois eu sempre arrumo.

A banheira já estava cheia quando eu joguei a calça no chão. Entrei de cueca mesmo e me permiti soltar um suspiro. Fui afundando a cabeça para molhar meu cabelo, aproveitando para testar meu fôlego. Fiquei deitado no chão da banheira por 45 segundos. Sim, eu contei.

Torci para que Russell não estivesse na minha cama quando eu saísse do banho, enquanto eu passava a água em meu rosto. Assim que me senti limpo o bastante, saí da banheira, envolvi minha cintura com uma toalha e saí do banheiro. Russell não estava lá, graças aos céus...

Quando eu abri o guarda-roupas para escolher uma roupa confortável o bastante para eu sair e dar uma caminhada sem ser reconhecido, ouvi uma voz de “Hu-hum!”, atrás de mim. Me surpreendi e virei, assustado.

-Katy?! Quase que você me... Mata de susto... – Ela não parecia feliz. Quando eu falei, ainda por cima, ela fez uma cara de “Eu não acredito”, e disse:

-Você bebeu?

-Quê?

-Sinta o seu hálito! Veja o seu rosto! Você bebeu ontem?

-É... Eu...

-Sim ou não? – Ela estava parecendo a minha mãe!

-Eu... Bebi... – Ela arregalou os olhos e disse:

-Eu DISSE para ele não fazer nada com você!!

-O quê?

-Russell! Ele estava falando que iria fazer você beber! Eu disse que não era pra ele fazer nada com você, mas no fundo pensei que fosse brincadeira dele! – Ela andava de um lado para outro.

-Calma, calma, Katy!

-Que calma o quê! Quando se bebe pela primeira vez, se vicia! E você deve ter bebido umas... – Ela olhou para meu rosto, tentando estimar o quanto que bebi. – Umas três garrafas de Vodca... – Ia falar que também tinha bebido Tequilla, mas fiquei calado. Eu já estava encrencado.


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