A Minha Weasley escrita por HoranDrugs
Primeiro dia de aula(indo com o trem para Hogwarts).
Olhava ao meu redor procurando um sinal dela. Lábios cor-de-cereja, cabelos ruivos. Olhos cor de avelã, cheiro de menta.
Nada. Faltavam meia hora para o trem partir e eu estava andando pela estação 9 3/4. Não a via na estação. Quando entrei no trem, ela ainda não estava la.
Sentei-me num vagão qualquer. Tudo parecia vazio e sem graça sem ela ali. Sacudi minha cabeça, pensando no quanto isso era bobo. A familía Weasley sempre se atrasava, chegando na hora em que o trem partia.
Por que meu cérebro não se tranquilizava?
Por que eu estava entorpecido por nervosismos?
Meu estômago se revirava loucamente, e as naúseas iam e voltavam em direção a minha garganta.
A mulher do carrinho de doces, que estava encostada ali por perto, me empurrou uma varinha de alcaçuz.
- Tudo bem, meu bem? Você esta estranhamente palido.
- Sim, senhora. Mas não posso aceitar a varinha. Estou sem dinheiro no momento.
- Ora, ora! Não, não, não! É um presente para sua namorada!
- Namorada? Não! Eu não tenho namorada!
- A senhorita Weskley?
- Você quis dizer Weasley?
-Isso mesmo! Ela não é sua namorada? Estranho! Vocês sempre estão juntos!
Baixei meus olhos ao chão; Rose chegara naquele momento e estava ouvindo tudo.
- Quem é a namorada do Scorpius? - Ela perguntou numa voz estranha, e com seu rosto avermelhado.
- Rainbow Patil, talvez? - perguntou a mulher insegura. Em todos os seus anos como doceira, ouvira muitas coisas que os meninos de nossa idade falando coisas sobre sua beleza escultural, olhos escuros e busto... bem, GG.
A senhora saiu correndo, como se atrasada.
- Você deixou de me dizer algo, Scorp?
- Não. Quer alcaçuz?
- É claro!
Revirei meus olhos mentalmente, por minha infantilidade. Por que eu não tentava dizer de novo? Por que?
Baixei meus olhos e olhei para seus sapatos.
- Houve alguma briga na sua casa Rose?
- Sim, por que?
- Seu sapato esta sangrando.
Estavamos sentados sozinhos no vagão, algo raro para o trem de Hogwarts. Acho que isso é o bom de ficar com a fama de sermos góticos e isolados.
Eu me sentava ao seu lado, lendo o Profeta Diário, O Pasquim e a coluna de Rita Skeeter. Seus cabelos eram arrumados em um gigante topete esbranquiçado, e suas unhas tilintavam na sua foto. A dentadura estava caindo, o que me fez perguntar o porque de ela não fazer algo feitiço para a dentadura ficar no lugar.
Conversamos sobre isso( eu e Rose, aliás).
Nunca senti tanto frio na barriga neste momento. Me enclinei para ela, e quando nossos lábios estavam a apenas alguns centimetros, o trem deu um solavanco.
Minhas costas bateram no banco e eu olhei para Rose. Seus olhos ainda estavam no jornal.
- Rose, me desculpe. Eu não me controlei!
- Com o que?
Sseus olhos espressavam completa confusão.
- Você não viu o que eu ia fazer?
- Não... O que?
- I-ia... Te dar um susto.
- Deixe de ser bobo!
''O quão bobo devo parar de ser?'' perguntei a mim mesmo.
Ela sorriu para mim confortavelmente e eu voltei a posição que estava antes. O braço em volta de seus ombros, os olhos desfocados no jornal.
'' Devo tirar a atenção dela. Poderia derrubar o jornal de suas mãos, e talvez segura-la pela cintura. Eu me aproximaria de seus labios e os beijaria.
Uma coisa que eu gostaria muito de ter seriam seus lábios. Macios, e lisos. Não que eu ja tenha beijado ela. É que eu vejo de longe seus labios quando ela fala. Parecem ser macios, pelo menos.''
Derrubei o jornal de sua mão. Minha mão desceu a sua cintura.
Me curvei até ela e...
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