Attention escrita por kouelho


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu escrevi essa fic pois algumas dessas cenas vem incomodando a minha mente há um tempo, então resolvi transformá-las em uma one-shot, já que ela não teria estrutura para uma fanfiction inteira... Nessa fic o Tom vai ter o seu jeito safado de sempre, mas não necessariamente será o mulherengo que pega todas... ele pode ser se vocês quiserem imaginar ele assim, vocês decidem ^^
Bom, espero que gostem *-*



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-Tom, quantas vezes eu vou ter que dizer que eu não quero nada com você? – eu disse me esquivando dele enquanto ele tentava me puxar pela cintura.

-Ih, acho que muitas, pois eu não vou desistir de você tão fácil quanto você imagina! – então ele riu e conseguiu me segurar. Ele me virou de frente pra ele e nossos lábios estavam a milímetros de distância. Eu vou confessar. O Tom é um dos caras mais bonitos que eu já vi. E não só de rosto, de corpo também. Aquele tanquinho, ai meu Deus... só de lembrar já me dá arrepios. Nossos olhares se encontraram e senti que eu estava começando a corar. Suas mãos ainda seguravam firme a minha cintura. Meu coração já estava acelerado. Eu sei, isso não era pra estar acontecendo, mas eu também tenho meus desejos carnais né... então agi com meu bom senso me afastei bruscamente dele.

-O que foi Drey? – ele disse parecendo estar meio desapontado. Mas que cara de pau! Ainda tem a coragem de perguntar o que foi! Eu mereço...

-Como assim o que foi Tom? Você me agarra e acha que é normal? – eu esbravejei com ele. Já não tinha mais paciência pra aturar as suas gracinhas. 

-Ah, sei lá... achei que você estivesse gostando. – ele me lançou aquele sorrisinho malicioso de sempre e mexeu naquele maldito piercing que ele tem no canto inferior do lábio. Idiota.

-Ah Tom, se toca né! Você acha mesmo que eu ia estar gostando de ter alguma coisa com você? Me poupe! – eu disse rindo dele, virando as costas. Pude ouvir seus passos correndo em minha direção. –O que foi agora Tom? – disse ainda sem me virar pra ele, apenas virando a cabeça um pouco pro lado.

-Nada, esquece... – ele continuou parado e eu também. Depois de alguns segundos, que pareceram durar horas, eu finalmente consegui me mexer e voltar pra dentro da casa dele. 

Ok, meu nome é Audrey, mas me chamam de Drey. Tenho 18 anos e acabei de terminar o colegial. Não passei no vestibular que eu mais queria e agora estou aqui parada, sem fazer nada da vida. Sim, minha vida é um fracasso. Mas eu já me acostumei com isso. 

Tom Kaulitz é o demônio que assombra a minha vida. Ele tem 18 anos também e ta na mesma situação que eu, parado, sem fazer nada na vida. Ele não está na faculdade porque não quis tentar o vestibular agora, ele acha que ta muito cedo. Sim, ele é um completo vagabundo, em todos os sentidos. A única coisa boa que ele tem nessa vida é o Bill, seu irmão gêmeo, meu melhor amigo. E essa é a razão de eu estar na casa deles agora. Pelo Bill. Nós somos vizinhos. É bom e ruim ao mesmo tempo. A vantagem: eu posso ver meu melhor amigo sempre. A desvantagem: eu posso ver o meu pior pesadelo sempre. Sim, o Tom já um pesadelo pra mim. Não tem um dia que a gente se encontre e ele não faça uma de suas gracinhas ridículas.

Eu entrei em casa e o Bill já estava sentado no sofá. Ele tinha ido ao banheiro e o Tom não perdeu a oportunidade, como sempre.

-E aí, o Tom conseguiu o que queria? – Bill disse cruzando os braços e rindo ao mesmo tempo.

-Claro que não né Bill, o que você acha? – eu disse meio surpresa por ele estar fazendo essa pergunta. Ele nunca me pergunta assim. Ele sempre zoa o Tom. Será que o Tom estava realmente tão determinado assim? Bom, se ele estivesse, ele se ferrou, porque né...

-Ah, não sei, do jeito que vocês são... to vendo que isso vai dar casamento! 

-O QUÊ?! Você ficou louco Bill? O que você bebeu antes de voltar pra cá hein? Não fale isso nem brincando! Eu quero esse traste o mais longe de mim possível! – eu quase surtei quando ele disse isso. Eu hein! O Bill endoidou de vez, só pode! Fiz até o sinal da cruz!

-Ai, ta bom, mas não precisa ficar nervosa! Eu só estava brincando! Ou não! – então ele começou a dar aquelas risadas maldosas que só ele sabe dar. Peguei uma almofada e joguei nele.

-Idiota! 

-Que amor hein Drey! To vendo o quanto você me ama! – ele disse rindo, pois nessa hora eu já estava dando almofadadas nele. 

-Como você é idiota Bill, só fala besteiras! Por que você não cala essa boca? – eu disse ainda dando almofadadas nele. Eu não sabia se ria ou se ficava brava com ele. Mas quando me dei conta, eu já estava rindo também. Até o maldito Tom Kaulitz acabar com a minha graça. Lá estava ele. Parado. Nos observando com aqueles olhos tão enigmáticos de sempre. Eu nunca conseguia decifra-lo por completo. Ele sempre tinha algo a esconder.

-Tom? – Bill disse meio que surpreso por ver ele parado lá.

-Sai daqui Tom, eu não quero você perto de mim! – eu disse já me irritando. Ele não mexia um músculo sequer. Ficava lá, parado, parecendo aqueles soldados ingleses, que não se mexem por nada.

-Tudo bem Audrey, se é assim que você quer, ok, eu vou ficar longe de você, nunca mais vou te incomodar. – então ele finalmente se mexeu, saiu de lá dando passos duros. Ele parecia estar bem tenso. Ele subiu as escadas correndo e eu pude ouvir a porta de seu quarto sendo fechada com força. Nossa, o que aconteceu? Ele até me chamou de Audrey, ele nunca me chama assim, é sempre Drey! Ele só me chama de Audrey quando... espera aí, ele nunca me chamou assim, só na primeira vez que nos vimos. Ainda éramos crianças, tínhamos apenas 8 anos. 

-Nossa, o que foi isso? – Bill finalmente se manifestou, ainda pasmo com o ocorrido.

-Olha, dessa vez eu confesso que me surpreendi com o Tom! – eu disse ainda pasma também. –Eu não sou de me preocupar com o Tom, mas acho que dessa vez é melhor você ir lá conversar com ele Bill! – eu disse começando a ficar realmente preocupada.

-É, tem razão. Eu já volto. – então ele saiu correndo em direção as escadas. Eu fiquei lá sentada no sofá. Eu estava completamente tensa. Será que o que ele disse é realmente sério? Ah, eu duvido muito... é o Tom. Nada que vem dele é sério! Se bem que ele pareceu tão convincente na sua afirmação... ah, eu não sei, vou esperar até amanhã... tenho certeza que ele já vai ter voltado ao normal...

O Bill me ligou para eu almoçar em sua casa. Eu, como sempre aceitei o convite. Fui lá e percebi que o Tom não estava na sala. Estranho, ele SEMPRE está na sala. Ok, pode ser que ele esteja tomando banho, ou no banheiro, sei lá. Eu e o Bill ficamos um pouco conversando até que ele foi terminar de preparar o almoço. Eu fiquei lá na sala. O Tom ainda não apareceu. Eu já estava começando a ficar preocupada. Será que eu pergunto pro Bill onde está o Tom? Não, melhor não, do jeito que ele é, com certeza vai ficar falando que eu estou interessada no Tom e isso não é verdade. 

Depois que almoçamos, eu estava realmente preocupada, pois o Tom nem desceu pra almoçar nem nada... eu já estava bastante intrigada com isso... pelo jeito, o que ele disse ontem foi bem sério...

Os dias se passaram. Mais de duas semanas se foram. Nesse tempo todo eu não vi o Tom. Mas eu não vi mesmo, nem apareceu quando eu estava lá. Parecia que ele não existia mais. Isso era bom, não era? Não, não era. Eu estava realmente sentindo falta das suas gracinhas, daquele seu sorriso safado, daquele piercing... mas o que eu to pensando? To ficando louca? Não, eu não posso ficar sentindo falta do Tom, não mesmo!

-Drey, posso te pedir uma coisa? – Bill disse cautelosamente, me olhando de canto de olho.

-Pode Bill, fala! – eu disse me virando pra ele e prestando atenção no que ele ia dizer.

-É que o Tom está bem estranho desde aquele dia que ele apareceu na sala e disse aquelas coisas... eu não sei, acho que você poderia conversar com ele, sei lá... eu sei que você não é a mais fã dele, mas acho que seria bom vocês esclarecerem algumas coisas...

-É Bill, tem razão... vou fazer isso mesmo... onde ele está? – eu disse já me levantando da sua cama. Eu estava em seu quarto. Ele estava com o notebook no colo e eu estava sentada ao seu lado.

-Não sei, no quarto dele ou no jardim dos fundos. Ultimamente ele tem passado muito tempo nesses dois lugares.

-Ok, vou lá. Me deseje boa sorte. – eu disse com um sorriso, porém eu estava realmente apreensiva.

-Boa sorte Drey, te amo! – ele disse com um sorriso fofo.

-Obrigada, eu também te amo Bill! – então saí do seu quarto e fechei a porta. Eu ia para o quarto do Tom, mas algo me dizia que ele não estava lá, então resolvi descer as escadas direto. Fui devagar. Ainda estava reunindo coragem para ir falar com ele. Cheguei na porta de vidro que dava pros fundos e pude ver ele sentado de costas na grama. Abri a porta devagar para não fazer barulho. Fui silenciosamente em sua direção e me sentei ao seu lado. Ele se assustou ao me ver ali. Tirou um dos seus fones de ouvido. Talvez por isso ele não tenha me ouvido chegar.

-Tom, precisamos conversar. – eu disse com cautela. Eu tinha medo de sua reação.

-Ah, agora você me procura né? Quando eu te queria, você não me queria, agora que eu me afastei você me quer né? – é, era bem essa reação que eu esperava. Típico. Ele colocou o fone de volta em seu ouvido. Isso me irritou, então eu puxei os seus dois fones.

-O que é isso Audrey? Ficou louca? Me devolve esses fones! 

-Não Tom, só quando você me escutar!

-Eu não quero ouvir o que você tem pra me falar!

-Mas vai escutar Tom, para de criancice e me ouve logo, que saco! – eu já estava bem irritada. Então ele bufou, revirou os olhos e finalmente colocou seus olhos nos meus.

-Ta bom, mas fala logo...

-Bom, o que eu tenho pra te falar é simples: por que você age assim?

-Assim como?

-Não se faça de bobo Tom! Você sabe muito bem do que eu estou falando!

-Você que pediu Audrey, foi assim que você quis! Você mesmo queria que a gente se afastasse, então foi isso que eu fiz! Agora não reclama, foi você que quis assim!

-É Tom, eu sei, mas você é muito radical! A única coisa que eu queria era que você parasse de correr atrás de mim, só isso! Eu nunca disse que a gente não poderia ser amigos!

-Ah Drey, confessa, fala que você ta morrendo de saudades de mim! – ele lançou aquele sorriso que há muito tempo eu não via. Aquilo me fez sorrir por dentro.

-Cala a boca Tom, não foi isso que eu disse! 

-Mas era isso que você queria falar! Eu sei que você me quer Drey! Ou você acha que eu sou idiota?

-Na verdade eu acho sim, você é um idiota, tonto, safado, sem vergonha, irritante, cafajeste, vagab...

-Cala essa boca e me beija logo, vai! – ele me cortou, então puxou minha nuca e nossos lábios finalmente se encontraram. No começo eu tentei me afastar dele, mas depois eu me entreguei ao beijo. Meu Deus, eu já não estava mais respirando. Seu beijo era maravilhoso, eu estava ficando louca com aquilo. Suas mãos desceram pelas minhas costas e me puxaram pra mais perto dele. Coloquei minhas pernas em volta dele e as entrelacei em sua cintura. Eu já estava sem fôlego. Pela primeira vez nossos lábios se separaram e ele começou a beijar meu pescoço. Em nenhum momento eu tive vontade de parar com aquilo. Suas mãos seguravam firmemente minha cintura, como sempre. Eu já estava delirando ali.

-Caham. – quando ouvi e vi o Bill ali parado na porta, eu me assustei e o Tom também. Paramos de nos beijar rapidamente e eu saí de cima dele, tentando fugir da situação ridícula na qual eu me encontrava. Vi que Tom me olhou maliciosamente. Ainda estávamos ofegantes. Meu coração ainda estava disparado e minhas mãos trêmulas. Bill começou a rir e vir em nossa direção. Eu e Tom nos levantamos.

-Nossa, pelo jeito a conversa foi boa hein? – ele nos olhou e começou a rir mais.

-Cala a boca Bill! – eu disse dando um tapa em seu braço.

-Mas foi mesmo Bill! Não é mesmo Drey? – disse Tom me puxando pela cintura e beijando meu pescoço.

-Para com isso Tom! Aquilo que acabou de acontecer foi só uma fraqueza minha ta? Não vai se iludindo não... – eu disse tentando fugir dos meus próprios sentimentos.

-Ah ta... você acha que eu sou bobo?

-Acho sim!

-Ah, você vai ver quem é o bobo mais tarde! – então ele riu e beijou meu pescoço novamente. Idiota.

-Eu disse que isso ia dar casamento! – disse Bill ainda rindo.

-Casamento? – eu e Tom dissemos juntos. Bill riu mais ainda.

-Eu nunca me casaria com um idiota e traste desses que nem o Tom Kau...

-Você fala demais, cala essa boca e me beija de novo! – então Tom me puxou para mais um beijo maravilhoso. O segundo de muitos outros...

Eu corria, eu fugia dele. Mas eu nunca imaginei que ele me alcançaria tão rápido.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*