Zherium! - A Chave do Apocalipse escrita por Dawn Bard


Capítulo 3
Superando Medos


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos a Zherium! - Dragões da Escuridão, a história de mitologia grega mais estranha que você irá ler! Ação, aventura, mistério, terror, romance, reviravoltas e mais reviravoltas!
Poderia dizer que o cenário da história ainda não está posto... Ou seja, ainda não podemos dizer que isso começou, certo?
"Okay... Não esperava que as coisas fossem ficar tão horrendas!" - Leitor Aleatório
"Esse é apenas o começo. Que os jogos comecem." - Resposta do Autor ao Leitor Aleatório
...
"- Não, sério, cara, você é doentio...
- Apenas leia a história, ok?"



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Arthur piscava. Não acreditava nisso, mas estava vivo graças aos seus reflexos, que o fez se jogar para a direita, caindo em frente á Adam, e estava sem ação, afinal, como alguém poderia produzir e disparar eletricidade em seu corpo?


O artilheiro praguejou e começou a carregar novamente eletricidade em seu braço direito, em seguida apontando-o para Arthur, que procurava desesperadamente pedras para jogar no namorado de Louise. Arthur sabia que Adam não queria machucar, e sim matar. Sabia também que não conseguiria fugir vivo dali, então teria que lutar, enfrentar o perigo de frente, colocando em prática todas as experiências de luta que aconteceram em sua vida – que foram poucas, por sinal. Praguejou, e se odiou por não ter ficado na cama, dormindo ao invés de lutar até a morte contra um cara musculoso que soltava raios. Jogou uma pedra na direção de Adam, e viu ele ser explodida diante de seus olhos pelo disparo elétrico do artilheiro.


Jogou outra pedra, que novamente explodiu em vários fragmentos. Engoliu seco.


– Você pretende me derrotar com pedras? – Perguntou Adam, erguendo uma sobrancelha. Arthur caiu de joelhos no chão, olhando para baixo – estava pensando em como Louise, uma garota tão pacífica e inocente, namorava um cara tão agressivo e violento. Pensou também nas coisas que Adam deveria fazer com ela, como a magoando, gritando com ela ou até batendo nela. Pensar nisso fez Arthur enlouquecer de raiva, levantando do chão e segurando uma pedra em cada mão.

– Por que... Porque você quer me matar por conta disso? Porque você maltrata a Louise? POR QUE?!? – Gritou Arthur, chorando de raiva, e segurando as pedras em de maneira tão forte que pingos de sangue caiam de suas mãos. Adam soltou uma gargalhada forte. Então significava que Arthur não sabia de nada. Não sabia de nada sobre seu legado.

– Você não sabe quem você é? Não sabe da profecia?

– Como assim? Eu sou Arthur Greenfeld, mas não sei de profecia nenhuma.

– Humpf, é melhor que você morra sem saber mesmo – Disse ele, apontando sua palma para Arthur.

– É o fim. Ultimas palavras?

Arthur enfureceu, apertando as pedras mais forte ainda, e começou a correr na direção do inimigo.

– Eu não vou morrer! – Gritou ele, jogando uma das duas pedras em Adam enquanto corria. Adam Will concentrou suas forças na palma de sua mão direita e sentiu um repuxo em seu estômago, conseguindo assim atirar eletricidade contra a pedra que voava em sua direção, transformando-a em pequenos fragmentos. De certa forma, Adam sentia pena de Arthur, que nada sabia o que estava acontecendo e por que estava lutando (inutilmente) para sobreviver, mas Adam não podia fazer nada a respeito disso, porque esta missão fora mandada pessoalmente por seu pai – a autoridade máxima.


E após explodir outra pedra, viu Arthur correndo em sua direção, escondido antes pela fumaça causada pela explosão da rocha. Arthur chegou a sua frente e lhe deu uma pedrada (com a outra pedra que não tinha jogado) na sua cara, derrubando Adam no chão, inchando levemente sua face. Arthur largou a pedra que estava em sua mão e sentou em cima de Adam que estava caído, começando a dar socos na cara do inimigo, sem parar. O admirador de Louise tinha perdido a razão, estava seguindo seus instintos mais primitivos, que diziam para eliminar o adversário.



Um soco, dois socos, três socos, quatro socos, cinco socos e Adam já estava com a cara ensangüentada quando segurou os dois braços de Arthur.


– Maldito! – Gritou Adam Will, transferindo eletricidade de seu corpo diretamente para os braços de Arthur, que involuntariamente pulou para trás, caindo no chão. Adam queria acabar logo com aquilo. Ele estava pedindo forças para o seu pai, para terminar a luta com apenas um golpe.

– Pai dê-me forças para eliminar a existência desse ser que ameaça a vida! – Falou Adam, olhando para o céu chuvoso, que repentinamente começou a trovejar, e um relâmpago desceu diretamente do céu até o artilheiro, que se concentrou em seus braços, e os apontou para Arthur.


Arthur olhava para o fenômeno boquiaberto: um relâmpago caiu do céu após uma prece e foi direto até os braço do conjurador, que os apontava diretamente para ele, e pensou: “Opa... Isso parece MUITO perigoso”.Porém, mais uma vez, seus instintos comandaram-no, cuja ordem era ficar e lutar, ao invés de fugir da enorme e espalhafatosa onda de eletricidade que estava concentrada nos braços de Adam, que brevemente seria inteiramente jogada contra Arthur, que seria reduzido á cinzas, e já que iria ficar e lutar, automaticamente seu corpo virou para trás para pegar mais pedras, mas quando olhou-as, reparou que havia uma pedra que não era igual as outras: era uma pedra esférica verde-musgo, e nela havia detalhes dourados incrustados, e também emanava uma intensa luz de coloração marrom, que chamou tanto a atenção de Arthur quanto a de Adam. Não pensou duas vezes e Arthur pegou-a e arremessou na mesma hora em que Adam disparou o relâmpago que estava em seus braços.


– Morra de uma vez por todas! – Berrou Adam.

E essa fora a ultima coisa que Arthur ouviu, antes que a vida dele mudasse completamente.


Porque tudo havia brilhado.



E depois, tudo escureceu.



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Peter estava na sala de aula, junto com Arthur, Louise, Adam e os outros alunos, que estavam sentados de modo que formassem um círculo. Havia muita comida, muita bebida, boa música e vários presentes – estava sendo realizado o ‘amigo secreto’ do terceiro ano da turma ‘B’. A garota morena que sempre estava na sombra da garota mais popular da turma, Kathy, deu um tênis de tamanho quarenta e sete, o que por sinal, coube perfeitamente em Peter. Era a sua vez de dar o presente, então se tratou de pegar seu presente e correr até Arthur.


– Arthur, você é o meu amigo secreto. Aceite este presente! – Disse Peter, preocupando-se de como Arthur acharia o presente. Nesse ‘amigo secreto’, todos já sabiam quem iriam tirar – as noticias andam rápido no colégio Blanewood High School – então ninguém se deu o trabalho de descrever o seu respectivo ‘amigo secreto’.


Assim que o melhor amigo de Peter abriu a caixa do presente, se deparou com a esfera vermelho-rubra e negra, esta que brilhava cegamente, de modo que todos na sala de aula fecharam os olhos, e abriram – com esforço – apenas no tempo de ver Arthur caído no chão, com uma enorme poça de sangue ao seu redor – e respingada exageradamente na parede atrás dele – e o principal detalhe: Arthur estava com a cabeça decepada. Logo, todos os alunos entraram em desespero e saíram correndo da sala, com exceção de Louise, Adam e Peter, que ficaram olhando espantados o corpo sem cabeça. Mais gritos, mais terror.



Peter, Louise e Adam olhavam para a porta, onde todos os outros estavam fugindo, mas quando o trio reparou, todos os alunos – e professor – que tentaram fugir estavam deitados no chão, sem vida e sem cabeças, mas ainda encharcando a sala de aula de sangue como um filme de terror. Peter não conseguia acreditar no que estava acontecendo ali, e olhou para a esfera rubra, segurando-a.


– Foi você que fez tudo isso? – Disse Peter, á beira da loucura, chorando por seus amigos estarem mortos.

Então ele ouviu outro baque surdo: Adam e Louise estavam sem cabeças também, jogando sangue em Peter, ensopando-o de escarlate.

– Por que... – Perguntou ele, caindo numa poça de sangue e começando a chorar, segurando a esfera. -... Por que você fez isso?! – Gritou ele, ainda chorando. Peter ficou algum tempo, não sabia definir, deitado na poça de sangue de seus amigos, olhando para o teto e chorando, quando ouviu um passo vindo da porta da sala de aula. Não se deu o trabalho de olhar para quem chegava, apenas olhava para o teto.

– Peter, olhe o que aconteceu nessa sala... – Disse uma fria e grossa voz -... O que aconteceu aqui não foi uma obra minha...

Então Peter se levantou – lentamente, chorando – e olhou – com dificuldade – seus colegas de infância caídos no chão, uma carnificina, com sangue no chão, nas paredes, no quarto, nas janelas, na porta, no teto... E sentiu um peso em seu braço direito, e viu que segurava uma lâmina negra, que estava cheia de sangue e o pingava no chão. Arregalou os olhos e começou a gritar.

–... Foi obra sua, Peter. Você matou todas essas pessoas! – Disse a voz, ficando cada vez mais alta. Peter largou a espada e olhou para os corpos, para o sangue nas paredes, e viu que não podia ter sido ele, não podia...

Peter olhou para o ser que falou com ele. E se desesperou, gritando mais ainda. Gritando por confusão. Gritando por medo. Gritando por incerteza.


Não podia ter sido ele...



Não podia ter sido ele...



... Ou podia?



Caiu de costas no chão, encharcado de sangue após ver quem era: era ele mesmo, Peter Brandfort, vestindo uma túnica negra e com um capuz, segurando uma espada da cor de sangue, que nela saia fogo... Fogo negro.


– Não, não, não, não, tudo menos isso, NÃÃÃÃÃO! – Gritou Peter, já insano, levantando, pegando a espada negra que estava no chão e avançando contra a sua imagem.

– Peter, você vai matar mais um? – Perguntou sua imagem. Peter abaixou a cabeça, derramando mais lágrimas e parando de avançar, segurando com ainda mais força o cabo da lâmina.

– Não. Esse não sou eu. Eu não sou assim! – Respondeu com segurança e agressividade. Mas era tarde demais, porque tudo já estava frio. Olhou para frente e viu que sua imagem estava em sua frente, sorrindo. Olhou para baixo e viu que a lâmina da cor do sangue estava ultrapassando seu tórax. Peter perdeu sua respiração subitamente e caiu na poça de sangue de costas. Fechou os olhos. Não queria acreditar no que acontecera, se realmente tinha retirado aquelas vidas, quando sentiu algo sendo retirado de sua alma, sendo levado para longe. Peter abriu os olhos, e viu o céu chuvoso. Estava deitado, numa poça de sangue, e repentinamente lembrou-se do que tinha acontecido – da esfera vermelha, do assalto, do tiro – e viu que o ladrão pegou sua esfera, e estava em sua frente, de costas, pensando no que fazer com o corpo supostamente sem vida.


O garoto não sabia explicar, mas sentia alguma ligação profunda com a esfera, e ao perceber que ela tinha sido levada de Peter, ficou furioso, e estranhamente espantado ao mesmo tempo, por que viu que tinha forças para ficar de pé e que não sentia nenhuma dor por conta do tiro, sentia-se apenas fraco por conta do sangue perdido. Ficou de pé.


– Ei... – Falou Peter, atrás do ladrão – Isso que você está na mão é meu, sabia? – Disse ele, dando um soco nas costas do assaltante que caiu de cara no chão, virou e olhou espantado para Peter, pois estava vivo – e na sua frente.

– Um... Um... Uma assombração? – Gaguejou o ladrão, boquiaberto. Peter andava lentamente, derramando muito sangue por onde passava, em direção ao ladrão, querendo apenas pegar a esfera de volta e acabar com aquele cara que fez isso com ele. Peter é pacífico, mas isso haviapassado dos limites.


Apavorado mais do que qualquer outra emoção, o ladrão atirou novamente em Peter, que deu apenas um passo para trás e olhou para a coxa esquerda, onde fora baleado: estava sangrando, mas não sentia dor alguma, e continuou andando até o assaltante, ignorando as repetidas balas que o atingiam em diversas partes. Abaixou-se, pegou a esfera vermelha do ladrão e deu-lhe um chute com todas as suas forças no meio do rosto do ladrão, o que o derrubou no chão. Peter se sentiu satisfeito e voltava para casa, manchando a calçada inteira de sangue, mas repentinamente perdeu as forças e caiu de costas no chão – a falta de sangue. Ele não entendia por que não sentia dor, mas decidiu não pensar nisso, porque só doía cada vez mais, e voltou a olhar para o céu e admirá-lo, para ver se descansava e se livrava dessa moleza que contagiava o seu corpo, e finalmente fechou seus olhos.



Mas não conseguiu fechá-los, pois fora interrompido por uma dor que o atingiu. Por uma dor que separava a alma de sua carne, que o fez gritar involuntariamente até o ponto em que não sentia mais sua garganta. A dor não estava focada apenas em um único ponto, estava espalhada em todas as partes de seu corpo: todas as balas que antes o atingiram, começaram agora a surtir efeito (Peter não conseguia entender por que a dor não agiu antes), entregando uma sensação inigualável de dor e sofrimento nas pernas, nos ombros, no tórax, nos braços...


Peter não agüentava mais suportar a dor que o infligia, e por isso queria morrer. Morrer para se livrar do sofrimento, mas morreria feliz, pois a esfera estava com ele, e se sentiu estranhamente realizado, ao perder suas forças, seus pensamentos, seus sentimentos. E finalmente fechou os olhos.


Porque tudo havia brilhado.




E depois, tudo escureceu.





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Notas finais do capítulo

Não queiram olhar essa fic como as outras, vocês vão ter de que olhar essa história com outros olhos, além de que a história é totalmente diferente do modelo seguido pelas outras fics; primeiro, de que o roteiro é diferente (normal), e o lado em que a história será contada, não é, definitivamente, não é, o mesmo seguido pelas outras fics.
PS: Eu estou falando tudo isso para explicar para vocês (leitores, claro) de que acharão(se já não acham) toda a história confusa, se não levar esses fatores (acima) em consideração. Compreendo que minha linguagem de muitos parênteses e PS's causam muito caos na leitura, mas enfim, se divirtam tentando entender isso (.-.) (ah, qualé, não deve ser TÃO difícil assim, não é?).



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