Hogwarts não estava deserta, mas estava silenciosa. Todos os alunos se direcionavam para seus dormitórios, exceto Hermione Granger. Ela precisa de um tempo sozinha. Mas onde?
    Ela seguiu para a floresta proibida e não percebeu que estava sendo perseguida.
    - O que faz aqui, Granger? - era Draco Malfoy.
    - Quero ver o eclipse e ficar sozinha, por favor.
    - Seu desejo não será concedido. Esse lugar é público. Eu vou para onde eu quiser. - a ironia nos olhos de Draco assustava.
    - Você me persegue demais, Sonserino.
    - Sério? - ele arqueou uma de suas sobrancelhas - Tem certeza que quem persegue alguém aqui não é você? Eu já estava aqui antes de você, e não sairei por sua causa.
    - Não importa. Só fique longe de mim.
    Draco não pareceu concordar porque tratou de ficar perto da castanha.
    Draco estava à poucos metros de distância de Hermione e ela tremia com um vento frio que pairava na floresta. Era uma noite escura, mas a lua conseguia iluminar eles dois. O eclipse estava prestes a acontecer.
    Eles se aproximavam de acordo com que a lua desaparecia. Hermione sentou-se em uma das grandes rochas e Draco fez o mesmo ao seu lado. Os cabelos de Hermione eram pequenas ondas cor de mel no ar.
    - Você... gosta da lua? - Malfoy foi falando essas palavras vagarosamente.
    - Sim. - Hermione respondeu.
    - Por quê?
    Hermione fez um minuto de silêncio, pensativa.
    - Porque ela parece com seus olhos. - Hermione corou repentinamente.
    Draco virou-se para Hermione e tocou seu rosto cuidadosamente. Como se ela fosse a coisa mais preciosa para ele.
    - E seus cachos parecem com os raios de sol.
    Hermione se perguntou por que eles agiam de forma tão diferente, tão... Doce.
    - Você não me odeia? - Hermione perguntou confusa.
    - Você não me odeia? - Seus olhos de lua direcionaram-se para a castanha com ironia.
    - Não tenho mais certeza disso. - ela abaixou a cabeça e sussurou timidamente - E você?
    - Bem, eu te odeio. - ele pronunciou essas palavras com firmeza - Odeio tudo que você faz comigo. Odeio a maneira que você me ofende. Odeio o seu jeito de me desprezar, sempre que pode.
    - Sou eu quem te trata mal? Eu não chamo ninguém de sangue ruim.
    - Porque eu não sou.
    - Você é medilcre! Idiota, grosso, frio, lindo...
    - Granger? É você?
    - Não, não...
    - Tá, mas eu não odeio você pelo pior sentido, eu acho.
    Hermione franziu a testa.
    - Eu odeio não te ter. Eu odeio te amar. Eu odeio ver o Rony com você. Eu odeio não estar com você. Eu odeio como você me faz sofrer. Eu odeio te ver sofrendo. Eu odeio não poder te abraçar. Eu odeio esse seu jeito que mexe comigo. Eu odeio ter que olhar para suas mudanças de cor quando cora. Eu odeio sentir o que andei sentindo por você. Eu odeio todos esse seu jeito de me provocar com seu ar tímido. Eu odeio não poder ser doce com você. Eu odeio tudo que me faz babar por seu corpo. Eu odeio seus olhos que ofuscam e fazem os meus brilharem. Eu odeio te odiar. Eu odeio não ser seu. Eu odeio quando alguém te machuca. Eu odeio não poder te ajudar quando se fere. Eu odeio te ver ferida emocional e fisicamente. Eu odeio te ver cabisbaixa, triste, principalmente se foi eu quem causei sua dor. Eu te odeio... Te odeio... Eu odeio não poder beijar tua boca. - ele falou aquelas palavras e se aproximou cada vez mais a Hermione.
    Repentinamente seus lábios se encontraram. Suas línguas se entrelaçaram. E suas salivas se misturaram. O jeito que eles se tocavam era cuidadoso, intenso, inevitável. O fôlego se fora. Ofegantes eles pararam por 3 segundos e juntos disseram:
    - Eu te amo.
    Foi nesse momento que toda a lua sumiu. O eclipse tinha se realizado por inteiro. Os braços de Draco envolviam Hermione com fúria e luxúria. Hermione pegava nos cabelos loiros ofuscantes de Draco e os puxava de leve. Sem fazer com que ele afastasse o rosto dela. Draco bagunçava a roupa da castanha cada vez mais e seus corpos se mantinham colados com um imã que não se desgruda. Eles eram opostamente perfeitos. Dois selvagens loucos de ódio e ao mesmo tempo amor. Eles se odiavam. Odiavam não terem um ao outro. Passara alguns minutos e o beijo parecia interminável. Hermione se ofegava cada vez mais e Draco tocava sua nuca, causando uma erição em seus pelos da nuca. Hermione passava suas mãos por baixo da camisa de Draco e fazia leves arranhões em suas costas. Era o momento mais perfeito para os dois que perdiam o fôlego num beijo perfeitamente interminável.