Druids - o Livro de Taran escrita por mary-ar
“De repente tudo mudou” \t
A noite caía devagar sobre o telhado dos Siv’Raynard. Nell aos poucos se adaptava ao clima da cidade frívola. Algumas folhas da arvores sem frutos ao caírem batiam na janela, acompanhada pelo vento inquieto daquela tarde. Aos poucos ela abria os olhos querendo fechá-los novamente. “Daqui a pouco o caixão chega. Mamã até agora não falou nada, está sofrendo tanto quando eu e Aires mas era de se esperar. “ Pensava Nell enquanto tentava levantar. Olhou para o teto e se impulsionou na cama para levantar observou cada detalhe do quarto branco com duas prateleiras que conservavam as fotos dela e de Max pequenos ao lado de seu pai Ross. Fazia 3 dias que ele havia falecido mas o quarto dele foi preservado desde que ele saiu daquela cidade para a capital afim de uma nova vida. Os pais de Ross , Gail e Angus, deixaram tudo no lugar, só acrescentaram as fotos que ele enviava todo ano. Nell se desprendeu um pouco das fotos se arrumou , colocou uma calça jeans , um tênis preto e uma blusa de Ross, assim que colocou se olhou no espelho e viu que a blusa era grande demais , mas isso era o que menos importava. Desceu as escadas pensando em Aires que do lado de fora de casa. Olhou para o lado e viu sua mãe Elena , e seus avós na cozinha.
Gail – Querida , como você está ? – Gail se aproxima e abraça Nell.
Nell – Estou bem obrigada ! Ah. O caixão do papai chega logo?
Elena – Sim filha, quero que faça companhia a Aires , tenho medo que..
Nell – Eu tomarei conta dele , e ele irá conosco até o cemitério , eu me encarrego dele pode deixar ! - Ela tenta se virar para procurar Aires.
Elena – Filha sei que está difícil mas logo essa fase vai passar. – Elena sai para fora chorando.
Angus- Meu anjo compreenda , é difícil para todos nós, tenha só um pouco de paciência e se precisar chorar , estou aqui. Ainda sou seu Bestefar (quer dizer avô em norueguês).
Nell deu um sorriso de lado. Andou pela centro da sala onde avistou o piano preto no recanto , afastado para dar espaço ao caixão, abriu a porta e encaminhou-se para o balanço . chegou perto de Aires e pegou ele no colo . Aires lembrava Ross , era branco , tinha o cabelo liso , imitava Ross em tudo, puxara aos olhos claros de Angus. Nell puxara a Elena , morena escura , cabelos cacheados , de estatura mediana.
Aires - Nell, você promete que não vai me deixar nem a mamãe?! - Aires se encolhia com medo.
Nell – Papai não nos deixou por que quis , era a hora dele. Vamos sentir falta no começo mas depois vamos nos acostumar. E claro que eu jamais vou deixar vocês até parece que eu largo meu monstrinho favorito.
Nell brincou com Aires até olhar para o lado e ver o caixão chegando e as pessoas cercando a casa feito urubu buscando carne fresca. Típico da cidade de interior , não conhecia aquele lugar e não estava disposta a conhecer. Só queria esquecer alguns fatos. Entrou e o padre fez todas as exclamações , seguiram em marcha fúnebre até o cemitério da cidade , lá já havia uma lápide para a família Siv’Raynard. Nell observou o caixão descer e ser enterrado segurando o quanto podia para não chorar , derramava as lágrimas imóvel. Todos foram para casa e foram recepcionados por Leila Schmidt, vizinha e amiga de infância de Gail e Angus. Apresentara sua neta Aileen , ela aparentava ser legal, comecei uma amizade com ela , pelo menos até agora a única amizade em Sdruils. Peguei Aires e Aileen e fomos a sorveteria, não andamos muito. A soverteria era aberta podia aproveitar um pouco do clima.
Aileen – Espero que você goste da cidade Nell.
Aires - Ela é boa em fazer amizades , logo logo vai se adaptar.
Nell – É depois penso nisso, está gostando do sorvete Aires?
Aires- Sim , sim ! Toda vez que sairmos do colégio você me traz aqui para tomarmos soverte ?
Aileen – Rsrs , que fofo.
Nell – No começo ele é um amor. E não quem sabe um final de semana sim e um final de semana não, por que depois você enjoa e não sei como vou poder lhe distrair monstrinho.
O clima se descontrai aos poucos, a lembrança de Ross vai desaparecendo como se ele tivesse feito uma viagem , demorada, mas uma viagem que se tornaria inesquecível, para Nell.
No dia seguinte Aileen, chega cedo a casa dos Siv’Raynard para buscar Nell, as duas mais pareciam amigas de infância. Chegam ao colégio SilverHigh com uma ajudinha da diretora Nell vai para a sala de Aileen. Tudo transcorre bem aula de matemática, o professor Glaudis é um tanto gentil , diferente do professor Bryan que só vivia fazendo cálculos. Na hora do intervalos Aileen mostra o refeitório para Nell.
Aileen – Nell, geralmente nos finais de semana fazemos trilha e na floresta Dungle, ela é cercada de lendas , vale a pena se quiser só não recomendo fazer a trilha pela noite é meio esquisito e questão de segurança.
Nell – Pode deixar , vou aprender a me virar aos poucos nessa cidade.
Aileen e Nell terminam as aulas e quando estão na frente do colégio encontram com Aires e todos vão para casa. Na manhã seguinte Nell levanta cedo e chama Aires para caminhar na floresta , os dois param perto uma clareira e começam a brincar. Aires vê uma boborleta e corre atrás dela enquanto Nell se apóia na arvore e fica contemplando o rio Syryus abaixo da colina e as montanhas cobertas de neves no topo. Dando por falta de Aires sai a procura dele.
Aires – Nell , corre aqui rápido. – enquanto chama por Nell ele fica tentando retirar a caveira, Nell se aproxima dele e corre para tentar impedi-lo só que ele puxa a caveira com força deslocando-a. No mesmo instante uma pedra cai do lado deles, e quando eles olham para frente uma espécie de rocha se abre no meio.
Nell - Mas o que é isso ? - Aires olha admirado a caverna na sua frente e se levanta em direção a ela.
Aires - Um novo lugar para brincar. – Aires corre para dentro da caverna.
Nell – Nem pensar volte aqui, não se eu tenho mais medo do que tem aí dentro ou que você pode fazer aí dentro.
Aires – Nell me deixa vir brincar aqui , por favor.
Nell – Não. Primeiro eu não quero que você venha floresta sozinho , segundo isso é nosso segredo ninguém pode saber que encontramos isso aqui, seja lá o que for.
Aires- Está bem então você me traz aqui quando estivermos entediado?
Nell – Nem pense em quebrar seus brinquedos para acelerar seu tédio! \t\t
Nell olhava aquelas rochas e na frente um sol parecido com os colares que ela recebeu de seu pai . Ela coloca o colar dela no centro de uma roda que tem no canto da parede , no mesmo instante uma escada emerge do chão , Aires se contenta com o que vê.
Nell – Pegue na minha mão Aires, vamos ver o que tem aqui dentro! – Cada passo que Nell dava com Aires uma tocha se acendia iluminando as escadas. Ao final da escada era possível ver uma luz , Aires foi logo correndo em direção , Nell correu atrás dele , a luz ofuscou e ela ficou sem enxergar muita coisa. Nell se assusta quando vê que está no mesmo lugar por onde entrou na caverna só que com um aspecto um pouco mais sombrio. Nell se assusta.
Nell – Aires saia já daí , isso é um ..
Aires – Meu bichinho de estimação . – Aires passa a mão no grifo , que aceita o carinho sem revidar com agressividade.
Nell – Um grifo ! Exclama bem alto. – Como isso é possível ? Um grifo aqui ? Impossível , eles nunca existiram. Aires deixe o grifo aqui, vamos subir alguém pode ver esse lugar temos que voltar para casa agora.
Aires – Certo Nell – Aires pega uma fita e amarra no pescoço do grifo para reconhecer ele. – Pronto podemos ir .
Assim fizeram saíram da caverna e foram pra casa . Chegaram em casa quietos, quando olhavam um para o outro gostavam de saber que escondiam um segredo era menos entedioso.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!