Para onde vamos ir?

Onde com isso queremos chegar?

Pra quê tanta diferença,

Se o destino debaixo da terra todos nós iremos alcançar?

Pra quê tanto desperdício, pra quê tanta bobagem,

Se todos nós estamos embarcando na mesma ''viagem''?

Amar, cuidar, cativar e prosperar

Deviam ser nossar principais mensagens

Pouco para muitos, muito para poucos

Absurdos desiguais, separações irreais

Sofrimentos em vão, felicidades desnecessárias

Sermos desumanos agora faz parte dos comportamentos essenciais

No choro de alguns, a alegria de outros

Na carência de milhares, posso ver a fartura de migalhas

Querido, isso se chama presente, aquele futuro tão distante

Que um dia pensamos ser impossível tornar-se realidade

E o que ganharemos na linha de chegada

Se a relação de troca é o que interessa?

Já que desta estranha e complexa coisa que chamamos de vida

Não levamos nada do que nela matamos para possuir?

Me chame de hipócrita

Porque do vírus do homem todos nós já fomos infectados

Aqui, outro ser divino não se criou

O único já viveu e morreu por seu filhos mal-criados

O motivo para tudo isso eu ainda não sei

Se ainda ninguém teve o que sempre quis

Justo eu, que nesse louco mundo sempre achei

Que o motivo maior para tudo o que vivemos é o alcance do velho final feliz