Oráculo escrita por daghda


Capítulo 1
capítulo único


Notas iniciais do capítulo

oneshot, totalmente original, para concurso. classificação livre



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Roberta e Aline eram boas amigas. As melhores amigas desde a terceira série.

Estavam agora concluindo o terceiro ano e iam ter a mais bela formatura do mundo.

Mas havia algo que as estava entristecendo. Ambas estavam apaixonadas pelo mesmo garoto. E pensavam nele o dia inteiro, e falavam dele, mas não se desentendiam. Ao contrario do que normalmente acontece elas se uniram ainda mais. Entre as duas amigas não surgiu nem por um segundo nenhum sentimento degradante como o ódio ou a inveja surgiu entre elas, ao contrario, estavam sempre juntas e procuravam juntas estar sempre próximas ao rapazinho, para que ele, as notando, escolhesse a que mais lhe interessasse. E para isso, elas estavam tentando andar sempre o mais parecidas possível.  Quando uma usava calça, a outra estava também de calça, se a blusinha era sem manga, as duas estavam assim, até o perfume elas compraram o mesmo, e fizeram um pacto de que enquanto o rapaz não se decidisse e escolhesse uma delas, só usariam aquele perfume, nenhum outro.

E a cada dia que passava, as garotas tranbordavam de mais e mais amizade uma pela outra; os laços que poderiam ter-se quebrado, como era comum de se testemunhar, estavam cada vez mais firmes, mais fortes, mais admiráveis.

Mas ocorria que o rapaz não as notava, a despeito de todos os esforços que elas empregavam em chamar-lhe a atenção. Num momento de angustia Aline tem uma idéia.

-Que tal se a gente for à casa da Suzana? Ela tem uma bola de cristal. Já olhou pra minha tia e ela disse que foi ótimo.

-Ah! Sei lá viu, não acredito muito nessas coisas. Já sei! Pra não ter problema nós vamos a três videntes, pra ver se elas vão dizer a mesma coisa.

-Mas como é que vamos fazer pra pagar, só temos dinheiro pra pagar uma.

-Não se preocupa com isso não. A Suzana não cobra, e eu tenho um dinheiro guardado, a gente paga uma e eu pago a outra. Presente de formatura...

-Ah... então... combinado.

...

Três dias se passaram e era uma manhã linda de sexta feira.

Foram até a casa de Suzana e começaram a conversar.

-Garotas. Esse assunto não devia estar enchendo tanto suas cabecinhas agora. Vocês deviam estar pensando na sua formatura, na festa dos sonhos, coisas lindas vão acontecer pra vocês, deviam estar pensando no vestibular...

-É Suzana, nós sabemos, mas você sabe né, ninguém manda nas coisas do coração, mas me diz. Você vai olhar pra gente a bola de cristal?

-Sim, eu olho, mas vocês precisam entender duas coisas: a bola de cristal mostra o que precisa ser mostrado, e não só o que vocês perguntarem, ok? A bola não tem crueldade ou compaixão, apenas mostra imagens ligadas ao que pode acontecer. E vocês terão como alterar, ou até mesmo evitar o que não  quiserem que aconteça. E também ela sempre mostra a verdade. O que não significa que o que for mostrado é irreversível. Muitas vezes a bola mostra algo para que você tenha tempo e condições de tomar providências e evitar o pior ok?

-Ta bom Suzana. Pode deixar que a gente não vai esquecer isso, mas vamos porque nós já estamos ansiosas.

...

No quarto perfumado de incenso e iluminado por velas aromáticas estava, bem no centro de uma mesa, num suporte mais alto um pouco, sobre um pano azul marinho, uma bola de cristal tão transparente como a água. Ao redor inúmeras velas acesas iluminavam a bola por todos os lados.

As três se sentaram ao redor da mesa e Suzana fechou os olhos, como se estivesse em prece. Assim permaneceu por um tempo que a ansiedade das meninas fez parecer uma eternidade.

As duas se deram às mãos para conseguirem manter o silêncio que elas pressentiam que Suzana precisava para se concentrar.

A simpática vidente finalmente abre os olhos e começa a descrever o garoto: - alto, cabelos despenteados de um castanho acobreado, quase ruivo, que brilhava a qualquer movimento que ele fizesse. Era robusto e ria alto.

Estava tudo certo, mas Suzana nunca havia visto o rapaz, nem elas tinham dado nenhuma descrição dele.

Suzana continuou a falar o que via.

-Não. Ele não é o homem da vida de nenhuma das duas. Mas em breve vocês vão conhecer dois rapazes. Vocês os reconhecerão porque conhecerão os dois quando estiverem juntas. Será uma situação muito engraçada e os quatro vão rir muito, mas de repente eles vão ficar sérios, parados e olhando para vocês sem dizer nada. Nesse momento vocês duas saberão que se trata dos rapazes que eu estou vendo no futuro de vocês. Agora estou vendo uma festa. Vocês duas estão bebendo bastante. Estão sozinhas. Estão saindo e vão para casa a pé, mas a aura do perigo está rondando vocês. Três homens se aproximam e começam a assediar vocês. Vocês tentam correr mas... As nuvens tamparam a imagem. Isso significa que vocês podem evitar esse acontecimento. Tenham cuidado. Andem com cautela e evitem andar sozinhas principalmente à noite, e, por mais estranho que possa parecer esse conselho, não deixem de segui-lo: tentem fazer ao menos uma pequena oração todos os dias ok?

...

As duas meninas, meio assustadas, não conseguiram responder nada. Apenas balançaram a cabeça mas, por causa do assombro nem têm certeza se fizeram sinal positivo ou negativo.

Foram embora meio amuadas, um tanto frustradas pois não tinham ouvido exatamente o que queriam ouvir. Não podiam evitar, mesmo estando sempre juntas, de sentirem uma certa frustração, algo que parecia solidão, sentimento de rejeição, mas que não era nem um nem outro sentimento. As garotas estavam tristes.

Decidiram procurar outra vidente na mesma hora. Já tinham ouvido falar de uma mulher que lia tarô a três quarteirões dali.

Pra lá foram.

A mulher... Parecia que as estava esperando, como se elas tivessem agendado a consulta. Elas se sentaram e a mulher apenas disse:

-Não falem nada. As cartas dirão tudo.

Um tanto incrédulas elas permaneceram em silêncio, apenas trocando um olhar furtivo que comunicou uma a outra sua incredulidade.

Mas a mulher começou a embaralhar os arcanos do tarô e disse.

-Meu nome é Fátima, e vocês não me conhecem né? Vieram porque ouviram falar de mim. Bem então vamos começar.Vou tirar a primeira carta. Hum! O amor. Essa carta revela duas coisas. A primeira é o motivo de vocês estarem aqui, e a segunda, é que em breve vocês duas vão precisar fazer uma escolha entre seguir adiante ou se prenderem às incertezas de algo que deve ficar no passado. Está bem. A segunda carta...a lua... a carta da ilusão... com certeza essa carta vem dizer que estão enganadas na escolha de seus pares. Em breve vão perceber que tudo não passou de um encanto passageiro... o mago... diz que vocês terão novas histórias pra contar dentro em breve, porque para vocês está destinado o verdadeiro encontro, mas vocês devem ficar atentas para não perderem a chance, e devem agir na hora certa. Agora... o carro... é um conselho... tenham paciência e esperem um pouco mais porque vocês encontrarão o amor em breve e serão felizes com ele. O enforcado acaba de aparecer na nossa leitura. Ele é um alerta. É uma carta que pede cautela pois a falta dela pode levar a situações desastrosas. Ela vem sucedida pela torre, que prenuncia acidentes, desastres, até mesmo violência. Tenham cuidado meninas , hajam sempre com cautela, principalmente onde acharem mais improvável que algo ruim possa acontecer. Agora a última carta, o mundo, que vem prenunciar que não importa o que venha a acontecer tudo vai acabar bem e que vocês tem uma proteção divina muito forte. Portanto garotas, atenção, cautela e paciência são as únicas três coisas que vocês precisam para alcançar o que desejam certo?! Pois no final tudo vai acabar muito bem.

-Obrigado dona Fátima. Quanto custou a consulta?

-Quanto podem dar?

-Como assim? Você só quer receber o que pudermos dar?

-Isso mesmo.

-Hum... quinze reais está bom?

Se o derem por gratidão e abençoando-o para que me seja da melhor utilidade possível, com certeza está.

-Ah! Então mais uma vez obrigado e até mais.

...

Já estava entardecendo e Roberta ligou para a mãe para avisar que dormiria em casa de Aline. Por via das duvidas quando já estavam preparadas pra dormir, já no quarto, resolveram, se achando um tanto ridículas ajoelharem-se e rezarem uma Ave-Maria.

Dormiram bem e sonharam bastante. Acordaram aliviadas por não terem tido pesadelos por causa do que ouviram das duas videntes no dia anterior. Ao conversarem antes de dormir, consideraram a possibilidade de esquecerem tudo aquilo e não procurarem a terceira vidente, mas devido à noite tranqüila que passaram resolveram pesquisar para tentarem descobrir a terceira vidente. Encontraram num jornal o anuncio de uma mulher, que se dizia profetiza, e que não dependia de nenhum instrumento, cartas, búzios ou bolas de cristal para prever o futuro com precisão.

Um tanto incrédulas mas curiosas elas foram até esta mulher.

...

Nunca estiveram em um lugar tão enfumaçado. Tiveram a impressão de que haviam uns cem incensos queimando ao mesmo tempo. Isso as impressionou, principalmente porque as outras duas videntes usaram apenas uns poucos. O número de velas também era impressionante.

Uma moça muito magra, com uma bata esvoaçante, com um cheiro forte de ervas e incenso, se aproximou, deu mecanicamente boas vindas as garotas. Perguntou se elas tinham hora marcada, comunicou que sem hora marcada teriam que pagar mais uma taxa de cinco reais pela urgência e se afastou dizendo que a Madame não demoraria.

-Em 15 minutos, ele(a) estará aqui."

A mulher com sotaque afetado explicou em um tom de mistério que as velas eram produzidas por ela, pessoalmente.E começou a falar incessantemente.

Mais da metade das coisas que a mulher falava era estranha, soava com um tom de inteligência, misticismo, erudismo, vocábulos que elas sabiam pertencer á língua portuguesa, mas não tinham idéia do significado. De repente ela falou sobre o amor e sobre obstáculos.

As meninas reagiram com surpresa, mas a mulher continuou falando coisas disparadas até que ela disse “o mesmo rapaz”. As meninas começaram a tremer.

Ela disse “vai querer as duas, e isso vai gerar muitas brigas” e lagrimas escorreram dos olhos de Aline, que naquele momento desistia do garoto em prol da amiga para que elas não viessem a brigar, lembrando-se do que havia dito Susana. Roberta mais fria e cautelosa, apesar de seus olhos permanecerem secos, chegou à conclusão bem racional de que não valia a pena tantos riscos na amizade com Aline por um rapaz. E vagaram as duas por alguns segundos em seus pensamentos, quase esquecendo onde estavam e da mulher que falava sem pausas. Mas as duas de repente se assustam com uma fala bem mais alta da profetiza, quase um berro mesmo, dizendo “ficará com o garoto aquela que for mais esperta e que escapar sem ninguém notar”.

Dizendo isso a profetiza se deixou cair sobre os próprios calcanhares e ali ficou, enquanto duas outras moças, ajudantes dela, parecia, entraram, uma com um chá de cheiro forte que foi entregue para a sacerdotisa e outra para guiar as duas moças para a saída, e mais especificamente para uma salinha pequena, onde elas pagaram os cinqüenta reais pedidos pela consulta, e mais os cinco pela urgência.

...

Faltavam enfim somente três dias para a festa. As garotas estavam bem diferentes. Sem dar explicações uma à outra pararam de se vestir com roupas semelhantes e passaram a usar o perfume que dessem na telha. Não falavam mais no rapaz,nenhuma das duas tinha consciência da decisão da outra de tirar o time. Ainda sofriam no seu íntimo por conta da desistência, mas agiam uma pra outra como se o assunto nunca houvesse existido. Mas ao contrário do que possa parecer, elas estavam ainda mais unidas, carinhosas, preocupadas uma com a outra, e planejavam juntas tudo para a formatura.

Queriam ir ao cabeleireiro juntas mas por coincidência as duas mães as proibiram. Sem contar uma pra outra, as duas planejaram uma fuga, já que tinham o dinheiro, e chegaram juntas ao salão, riram brincaram, falaram muito, opinaram sobre o cabelo da outra, mas nos pequenos minutos em que paravam e se entregavam ao pensamento, se lembravam da frase da profetiza: “ficará com o garoto aquela que for mais esperta e que escapar sem ninguém notar”. Mas ambas escaparam, o que queria dizer?

E se lembravam de outra frase: “vai querer as duas, e isso vai gerar muitas brigas”, e essa era sempre a lembrança que reavivava fortemente a decisão em ambas de desistir do rapaz em benefício da outra.

Voltaram pra casa e começaram a se arrumar. Vestido pra cá, salto pra lá, colar, brinco, anel, rímel, batom, telefone toca, Aline para Roberta:

-Acho que não vou mais à festa.

-Eu também quase desisti, mas, é nossa formatura, temos que ir.

-É! E além do mais nossos cabelos estão impecáveis. Mamãe quase me matou porque desobedeci, mas no final acabou achando lindo e pedindo desculpas por ter sido insensível no dia da minha festa de formatura.

-Mamãe ainda não viu. Só vai ver quando eu chegar da festa, resolveu sair com meu irmão, to aqui em casa sozinha.

-Então até a festa.

...

Na festa, talvez pela primeira vez em meses nem se lembraram do tal rapaz de cabelos acobreados.

Dançaram, riram, comemoraram,e quando perceberam estavam com mais álcool no organismo do que puderam medir ou perceber. Não lembraram e nem pensaram em nada. Resolveram ir embora. Pensaram em ir a pé, mas resolveram pedir carona a dois rapazes da outra turma de formandos, acreditando que eles iriam negar., o que realmente aconteceu, elas riram e começaram a caminhar. Antes de cumprirem um quarteirão sequer, porem surgiram dois arrependidos rapazes em um carrinho simples e enfim elas entraram no carro. Andando mais um quarteirão, Aline vê na esquina três homens estranhos que ela nunca vira nas vizinhanças e pede para os garotos andarem de vagar , enquanto mostrava os homens pra Roberta que entendeu de cara.

Os três homens que poderiam atacá-las, como Susana havia alertado.

Num silencio de segundos elas assustadas e eles curiosos, a tensão fez o momento parecer meio místico, como o cumprimento de uma profecia, mas não fazia sentido,porque o que se cumpria não era, definitivamente, o que a profetiza havia previsto, a mais fantástica e... cara das três, mas o que a vidente da bola de cristal havia dito e que, de certa forma havia sido confirmado pela vidente do taro. É mesmo, só agora as meninas notaram a semelhança entre as palavras de Susana e Fátima.

Seguiram o caminho rindo e brincando. As duas bem bêbadas, um dos rapazes, meio alto, mas o que estava no volante ria-se principalmente da cara dos três que pela força da bebida ficaram um tanto cômicos. Mas ao chegarem na casa de Roberta, (Aline dormiria na casa de Roberta essa noite) todos emudeceram, ficaram todos num estranho silêncio, que parecia que não ia terminar nunca.

Então Roberta falou, gaguejando um pouco em uma voz vacilante.

-Então garotos, muito obrigado. Vocês não sabem mas salvaram nossas vidas hoje.

O rapaz que estava meio alto olhou no fundo dos seus olhos, e disse, se precisar de novo, estarei aqui. Aline já meio corada, pela bebida, sentiu as maçãs do rosto fervilharem.

-Então até mais.

Os dois se despediram e se foram, e as duas ficaram na dúvida se sentiram que tinham algo mais a falar para eles e não tiveram tempo, ou se era apenas o efeito da bebida.

...

Apenas seis meses haviam se passado da formatura e Roberta e Aline, que foram convidadas para a festa de aniversário do rapaz de cabelo acobreado,estavam se arrumando e se rindo de tudo que haviam feito e vivido por conta dele, e se lembraram das palavras de Fátima: “Em breve vão perceber que tudo não passou de um encanto passageiro”.

...

Na festa, eis que elas encontram os dois heróis anônimos que as salvaram na formatura, e no exato momento em que elas deitam o olhar neles se recordam da sensação de precisarem dizer algo a eles depois que partiram. E entendem o que era.

Nem elas haviam lhes dito seus nomes, nem perguntado os deles.

Elas se aproximam já rindo muito e dizem.

-Lembram-se da gente?

-Claro, as garotas que ‘nós salvamos na formatura’.

-Pois é. Vocês foram embora apressados e nem notaram que ainda havia um assunto pendente entre nós.

Um pouco apreensivos, mas ainda mantendo o tom de graça e brincadeira eles disseram.

-Mas não é a toa que o destino proporcionou esse reencontro não é? Podemos concluir todos os assuntos hoje, aqui, não é?

-Pois acontece... que o que ficou pendente naquele dia...foi que fomos salvas por vocês, vocês nos levaram até a porta da nossa casa, mas nós não fomos devidamente apresentados, e vocês se foram sem saber nossos nomes e nem nos dizer os seus.

-Ora , mas isso é muito fácil de resolver: eu sou Ivan e ele é o Pedro. Vocês?

-Roberta.

-Aline.

E passaram a noite toda na mesma mesa, rindo, contando histórias e no fim da noite eles ofereceram a carona.

Muitas coisas ocorreram idênticas ao dia da formatura. Riram, brincaram, haviam três homens na mesma esquina, só que desta vez eram os conhecidos bêbados do bairro.

Chegaram rindo e na hora de se despedir o silêncio pairou idêntico à outra ocasião.

E foi nessa hora que a frase de Susana veio forte à lembrança das duas amigas: “Nesse momento vocês duas saberão que se trata dos rapazes que eu estou vendo no futuro de vocês”.  E de outra frase, esta de Fátima: “vocês devem ficar atentas para não perderem a chance, e devem agir na hora certa”. E as duas ao mesmo tempo,já fora do carro disseram, como se tivessem ensaiado:

-Espera.

Ivan que estava no volante, como da outra vez, já havia até acelerado, mas numa mistura de surpresa e satisfação, desliga o carro, como se ele também estivesse prevendo o que iria acontecer em seguida.

-Vocês vão embora assim, - Roberta diz - igual da outra vez, deixando assuntos pendentes, sem ao menos nos dar um abraço de despedida?

E os dois rapazes, como se estivessem cumprindo uma ordem que partiu em alto e bom som de um alto-falante invisível, desceram do carro e, sem mais nenhuma palavra, e sem precisar explicações, Ivan e Aline, Pedro e Roberta, se beijaram, envolvidos no tom de mistério e profecia, que já não mais assustava as duas garotas, mas que simplesmente passou a fazer um sentido obvio para elas.

...

Isso tudo aconteceu a sete anos. A ultima noticia que tive foi que a dois anos os dois casais se casaram em uma mesma celebração, tendo como padrinhos Susana, Fátima, Marcu, (o garoto dos cabelos acobreados), o irmão mais novo da Aline e alguns outros que não cheguei a ter o prazer de conhecer, (ou me lembrar).

Infelizmente, por eu ter mudado pra longe, não tive como ir aos casamentos, mas enviei um presente, junto com uma carta desejando sinceramente toda a felicidade do mundo.

Sei que vou ter outras notícias a qualquer momento, e assim que tiver vou correndo escrever pra te contar.

Então, até mais.


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