Sleeze Sister escrita por Bond Rebellion


Capítulo 21
Capítulo 18 - Sleeze Sister


Notas iniciais do capítulo

Hellou Hell! O/
É agora que todo o suspense acaba! E estou dando a vcs uma visão bem gráfica do local, quem quiser abra o link do galpão onde Aro está junto com Charlie =)
Eu estou tão feliz em ter esse cap pronto! FINALMENTE vocês poderão conhecer AS VERDADEIRAS SLEEZE SISTERS! *dançinha*



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Capitulo 18 – Sleeze Sister.

“Não são os grandes planos que dão certo, são os pequenos detalhes”Stephen Kanitz

O cheiro de maresia estava ao redor. A brisa que vinha do East River soprava ao redor do grupo de jovens criminosos que se aproximavam cada vez mais do seu destino. O relógio corria cada vez mais contra eles, mas a esperança se mantinha em cada um, assim como o sol forte a pino no céu.

Nessie apertou seus braços ao redor da cintura de Jake que pilotava a moto, sentindo seus nervos se estabelecerem em algum lugar abaixo do pânico. Eles seguiam a lótus branca de Bella e Edward, sendo acompanhados por Emmett em sua, nem um pouco discreta, viatura cravada de balas.

O grupo de jovens seguia por estradas secundárias pouco usadas, onde quase não havia tráfego. Contornaram Vinegas Hill e seguiram para o norte.  O vento e os raios de sol dançavam com os cachos cor de bronze da pequena Swan, ela estava sem capacete. Sentindo seu estomago revirar-se ao avistar uma curva a frente, ela escondeu o rosto nas costas largas de Black.

Talvez o motivo do pânico fosse o tempo se esgotando. Talvez a razão fosse o nervosismo em estar frente a frente com o pai, depois de tanto tempo. Ou ela estivesse totalmente arrependida da decisão que tomara a minutos atrás, quando entregou o maldito anel a Rosalie.

Alice tinha se separado deles há alguns minutos, e com muita fé, a baixinha tinha encontrado Rose e lhe colocado no caminho certo.

Era melhor acreditar que a loira havia se perdido, do que realmente traído a todos.

Nessie suspirou e checou o relógio mais uma vez. Em sintonia, Bella parecia ter feito a mesma coisa, pois a lótus branca começou a acelerar virando em uma outra curva a direita. Prédios envelhecidos se insinuavam ao lado de fábricas abandonadas, e estaleiros sopravam fumaça para o céu.    

Uma placa com o endereço que Aro havia lhes dado estava na esquina da rua pouco movimentada. Todos avançaram até a entrada encardida do galpão, que tinha suas portas de ferro levantadas pela metade.

Edward estacionou a lótus com um barulho alto feito pelos pneus. Emmett encostou sua viatura de qualquer maneira um pouco mais atrás na calçada. Jake ficou entre os dois carros. Nessie desceu da moto e sentiu seu equilíbrio falhar. Por sorte, Emmett se aproximou e a ajudou.

Edward e Jake se juntaram para levantar a porta de ferro. O barulho soou mais alto e estridente do que eles esperavam. Olhando para dentro do lugar, tudo parecia abandonado e morbidamente quieto. Os cinco se posicionaram lado a lado, formando uma corrente. No meio estava Bella, dando o primeiro passo. Ladeada por Edward e Emmett. Ao lado do grandalhão, Nessie fechava a ponta esquerda e Jake a ponta direita ao lado de Edward.

Bella por mais que compartilhasse de todos os sentimentos conflitantes, que sua irmã tinha naquele momento, se vestiu com a sua melhor mascara de pôquer. Assumindo uma postura confiante e petulante. Seu andar dizia que ela iria sair daquele galpão com seu pai. E isso não era uma alternativa. Não havia outra opção.

De dentro do galpão um bip agudo e repetitivo soava dos fundos. O grupo de jovens seguiu o barulho. Vigas enferrujadas e colunas de ferro sustentavam o lugar que cheirava a combustível. Nessie foi a primeira a notar a sombra, Bella como estava um passo a frente de todos, foi a primeira a ver seu pai.

Sentado em uma cadeira de madeira, no meio do nada estava Charlie Swan. Sujo, ensangüentado, machucado e curvado sobre sua própria forma magra. O barulho do bip vinha de uma espécie de coleira que estava presa ao seu pescoço. De acordo com o cronometro no visor da coleira, Charlie explodiria em 4 segundos. Os olhos castanhos dele se ergueram para encontrar dois pares idênticos. 

Nessie soltou o ar de forma pesada e desesperada. Ao finalmente ver seu pai, ela não se importou com o estado dele. Ela nem se quer havia processado em sua mente a informação de que ele estava prestes a morrer, tudo o que ela queria era abraçá-lo. 

Forçando seus pés, ela começou a correr, mas algo a deteve em seu caminho. Ela sentiu seu peso ser puxado para trás, seu corpo foi envolvido por braços que a impediam de prosseguir. Bella a deteve ao mesmo tempo em que Aro Volturi entrou em seu campo de visão, no mesmo instante em que o bip foi silenciado.

As duas irmãs ainda abraçadas, congelaram seus movimentos ao verem o cronometro ser parado em 1 segundo.  Aro caminhou tranquilamente até o lado de Charlie. Com um sorriso de lado ele começou a aplaudir as irmãs Swan.

Um calafrio atravessou a espinha de Bella; ela sentiu a irmã mais nova estremecer em seus braços também.

- Se eu lhes disser que estou surpreso, estarei mentindo. – Aro cessou as palmas e descansou uma das mãos no ombro de Charlie - Durante todo esse tempo em mantive minha fé em vocês duas. E estou feliz por não ter sido desapontado.

Os olhos das duas se mantinham em seu pai, Charlie forçou um sorriso para dizer que estava orgulhoso e feliz de vê-las ali, mas suas feições amassadas pela violência expressaram algo como uma careta de dor. Nenhum dos três em sua troca de olhar notou os homens de Aro se posicionando ao redor no galpão.

- Confesso que me divertir ao ver a confusão que vocês todos aprontaram! – a risadinha no final da frase fez Edward cerrar os punhos com repulsa do homem – Não via algo assim, desde os velhos tempos de Charlie e Carlisle.

Emmett também cerrou os punhos ao ouvir o nome do pai. O grandalhão já estava com a paciência beirando o limite, já que o paradeiro de sua namorada era algo que rondava sua mente a todo instante.

Emmett Cullen poderia ser o cara mais generoso, inocente e por vezes bobalhão que uma pessoa pode conhecer. Mas quando ele se propunha analisar e questionar algo, ele ia a fundo. E nesse momento, suas deduções e conclusões a respeito de Rosalie não lhe agradavam.

- Já chega Aro! Já fizemos tudo o que você queria – Bella praticamente cuspia as palavras, e pela primeira vez desviou os olhos de seu pai – Já demos a porra do seu showzinho. Agora liberte meu pai.

Aro cruzou os dedos a sua frente de uma maneira diplomática; irônico, pois ele era o cara que ditava as ordens e ameaças ali. Ele mantinha seu sorriso sínico enquanto dava alguns passos a frente.

- Mas é claro doce Isabella... – ele estava a cinco passos de Bella e Renesmee que em nenhum momento se largaram de seu abraço consolador – Você e a pequena Renesmee estarão livres para levá-lo para casa assim que me entregarem o meu anel.

Aro estendeu sua mão a frente. Bella suspirou e esperou que sua irmã encurtasse a distancia e colocasse na palma da mão, do homem asqueroso, o maldito anel. Mas Nessie não se moveu.

Bella virou-se para questioná-la com o olhar. Quando os olhos arregalados e suplicantes de Nessie a encontraram, Bella sabia que nem tudo havia acabado.

- Eu...eu...- uma lagrima desesperada ameaçou escapar de seus olhos, ela sussurrou:  – o entreguei a Rose.

Nessie jamais havia experimentado aquela sensação, tamanho era o gosto amargo do fracasso preso em sua garganta. Ela sentia a culpa lhe apertar o coração, a revolta consigo mesma lhe tirava o ar. Como ela havia sido tão estúpida a ponto de confiar em alguém além dela mesma?

“Burra. Burra. Burra. Burra”

Por causa dela todos os esforços haviam sido em vão. Todos haviam conseguido chegar vivos até ali, mas dali não iriam passar. Ela tinha estragado tudo. Tomado uma decisão importantíssima em um momento de medo e impulso.

Afinal, ninguém ali conhecia Rosalie. Ninguém sabia de que inferno ela havia saído. Ninguém tinha idéia se ela realmente estava do lado deles.

Todos ali perceberam o momento de pânico entre as duas irmãs. Aro recolheu sua mão e inclinou a cabeça levemente para a direita, fitando as duas com divertimento. Edward encarou os homens que os cercavam, atento ao possível ataque. Jake apertou sua arma em punho se preparando. Emmett foi o único a verbalizar a pergunta que rondava a cabeça dos cinco ali.

- Fomos traídos?

[...]

The Hand That Feeds – Nine Inch Nails

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O helicóptero havia feito um rasante na rodovia 278, perto o suficiente para que Garrett descesse pela escada de cordas. Com um sorriso convencido difícil de apagar do seu rosto, ele andou entre os carros que se surpreenderam com a ação do helicóptero.

Parker ajeitou seu paletó, tirou sua arma do suporte na cintura e tomou a força o carro de um senhor que estava parado no trafego. Ele tinha planos de tomar o caminho até Vinegas Hill, contornar e encontrar o galpão onde o maldito Charlie estava. Mas algo o tirou do curso.

Pelo retrovisor, ele viu uma moto vermelha no sentido oposto da rodovia, sendo seguida por uma preta. Garrett reconheceu como sendo Rose e alguém do bando Swan-Cullen. Ele desviou o Citroen DS3 que havia roubado, fazendo uma bandálha no transito, tomando a outra pista, seguindo as duas motos.

Rose tentava se livrar da moto preta em seu encalço, se colocando em uma pequena brecha entre um caminhão e um carro. Ela se abaixou para que os espelhos retrovisores não lhe atingissem a cabeça. Sem a mesma audácia, o piloto da moto preta ficou em desvantagem, mas conseguiu se esgueirar entre o caminhão e a mureta de proteção da pista.

 As duas motos estavam perigosamente próximas, e Garrett temeu a segurança de sua aliada. Sacando sua arma e acelerando para alcançá-las, ele efetuou alguns disparos tentando assustar o piloto da moto preta.

Com uma maldita habilidade, o alvo começou a costurar entre os carros, desviando de sua mira. Parker se perguntou qual era a real identidade daquele ser irritante, que estava atrasando todo o seu plano. Sem desistir, ele conseguiu acertar a parte de ferro traseira, que fica entre o pneu e o assento do piloto. Com o impacto da bala a moto deu uma vacilada em sua perseguição.  Uma curva a frente se aproximava. Garrett acelerou, o reflexo da luz do sol bateu em seus olhos, e quando ele voltou a enxergar, a moto preta havia sumido.

Apenas Rose seguia a sua frente.    

Sorrindo internamente, ele se perguntou se mais alguma coisa poderia superar seus planos aquele dia. Porque tudo estava indo fodidamente bem. Melhor do que ele e Eve imaginaram. Rose agora seguia em paz até o seu destino, mas ele continuou a segui-la, só para ter certeza de sua segurança. Afinal, ele não deixaria ninguém mexer com sua garota. Rose era a pessoa em quem Eve mais confiava, por isso ela fazia parte do plano desde o início.

A loira na moto vermelha fez seu caminho pela Brooklyn Queens Expy, e Garrett continuou a sua escolta. Afinal a loira tinha pegado seu anel de volta em uma manobra já planejada por ele e Eve. Acelerando atrás dela, ele se recordou de como aquele brilhante plano surgiu.

Ele e Eve haviam chegado em um consenso de que precisariam de alguém infiltrado para que tudo desse certo, então a operação “os olhos” entrou em ação. De inicio, Garrett não fazia idéia de quem iria ser o infiltrado, até que Eve o lembrou de Rose. As duas loiras tinham algo como uma conexão, cumplicidade e amizade que durava a anos. Portanto, Eve lhe deu sua palavra de que Rose era perfeita para o plano.

Assim que Rose foi eleita os olhos, foram estudadas maneiras de abordagem e aproximação da família Swan -Cullen. Emmett Cullen foi a primeira opção. A loira não encontrou dificuldade nenhuma em se aproximar e ganhar a confiança do grupo de jovens aquela noite no bar.

“O que um rostinho e um corpo bonito não fazem, hem?” Pensou.

O rostinho bonito agora era a fonte de um enorme problema para as irmãs Swan. Provavelmente, elas deveriam estar cara a cara com Aro Volturi nesse momento, e deveriam estar pensando em como iriam sair dessa merda. Garrett daria tudo para estar lá naquele momento. E estaria se não fosse a ameaça que o piloto misterioso da moto preta apresentou a Rose.

Rose entrou num retorno em uma rua um pouco deserta, saindo do trafego movimentado ela encostou calmamente no meio fio, retirou seu capacete, agitou os cachos loiros ao vento e caminhou até um estacionamento de carro ao ar livre. Garrett estacionou seu carro roubado na entrada e continuou a vigiar os passos da loira. Ele sorriu antecipando os acontecimentos. Tudo ainda seguia conforme o plano.

Parker saiu do carro e caminhou tranquilamente, o sol bateu em seus olhos castanhos e ele sorriu em antecipação. Seu coração bandido errou uma batida ao ver Rose se aproximando a frente e encontrando com Eve.

Sua garota estava viva!

Ele quase arrancou o cérebro fora quando viu, há minutos atrás, Renesmee Swan escapar do ataque de Eve, e conseguir mirar uma arma para sua garota. Garrett nunca se sentiu tão desesperado e impotente como no momento em que viu Eve em perigo. A mira da garota Swan era boa como no inferno, e se Eve não fosse tão esperta não estaria ali agora.

A loira decidiu recuar e viver. Os disparos da Swan acertaram de raspão o veiculo em que ela estava. E seguindo com o plano ela foi para o lugar onde encontraria com Rose.

As duas loiras se abraçaram e Garrett apressou o passo. Antes que ele pudesse se aproximar o suficiente para ser visto por elas, ele viu seu sócio e amigo Will Hanson sair de dentro do carro ao lado de Eve, com alguns ferimentos superficiais na testa e bochecha, ele se aproximou e abraçou Eve intimamente por trás.

As mãos de Garrett se fecharam em punhos imediatamente. Ele nunca havia presenciado tal atrevimento e intimidade de seu sócio com sua namorada.

Os três à frente pareciam sorridentes e alheios a observação de Parker. Rose tirou algo de seu casaco e entregou a Eve que comemorou sorrindo e se virando para beijar Will.

Garrett quase tropeçou com a cena.

Um beijo nos lábios.

Sorrisos cúmplices.

Ele estava sendo traído.

Sentindo a veia de sua têmpora inchar, ele passou a enxergar tudo em vermelho sangue. Ódio misturado a oxigênio entrava por suas narinas de maneira frenética sufocando seus pulmões.  Seus pés furiosos o levaram a parar de frente para os três traidores que sorriam. Inconscientemente, Garrett destravou a arma em sua mão direita.

- Tudo indo de acordo com o que você planejou Eve?

As palavras saíram como adagas. Afiadas, cortantes e diretas. Os três se viraram com espanto para encarar a face de um homem traído por sua namorada e melhor amigo.

“Apenas quão fundo você acredita?

Você morderá a mão que te alimenta?

Você mastigará até sangrar?”

Os olhos azuis de Eve se abriram como pratos ao encarar Garrett ali, de pé com uma arma em punhos, com um semblante de ódio e ruína. Ela tinha consciência do que havia feito a ele. Essa não era a maneira que ela queria que ele descobrisse, na verdade por ela, ele jamais descobriria a verdade.

- O que você está fazendo? Não deveria estar aqui!

Eve se afastou de Will e Rose, eliminando a distancia caminhando furiosamente até Garrett. Ela parou a sua frente lhe encarando nos olhos com o queixo erguido.

- Não me dê ordens! – Garrett agarrou-a pelos cabelos, seus dedos comprimidos contra seu couro cabeludo, liberando parte de sua fúria, fazendo-a se curvar para trás em dor.

Will ameaçou ir defende-la, porem Parker apontou sua arma para ele, sinalizando que não tentasse vir socorrer a vadia em suas mãos. Garrett podia ser um criminoso, mas havia sido bem criado por sua mãe. Ele nunca fora capaz de trata mal uma mulher, mas Eve acabara de se encaixar em outra categoria. Piranha é um peixe afinal.

- Renesmee Swan devia ter explodido essa sua cara de puta quando teve a chance mais cedo! – ele soltou entre dentes, praticamente cuspindo em sua cara.

Eve lhe deu algo como um sorriso de escárnio respondendo:

- E você teria lamentado a minha morte...não é mesmo amor? – piscou cínica.

Parker apertou seus dedos nela com mais força. Parte do ódio agora sendo dirigido a ele mesmo, pois ela tinha razão. Ele havia sido tão cego durante todo esse tempo, que se algo realmente tivesse acontecido a ela, ele teria sofrido...como a porra de um viado apaixonado.

O mérito tinha que ser dado a Eve no fim de tudo, pois ela havia tido um excelente desempenho em seu plano. Parker havia se apaixonado por ela ao ponto de se tornar deficiente de seus sentidos e não enxergar, sentir, prever suas reais intenções e o que estava para acontecer.

Ele agora tinha a porra de seu coração partido. Um vazio descomunal em seu peito, e nem mesmo a oportunidade de matar Charlie Swan com as próprias mãos o deixaria um pouco feliz.

Seus olhos vagaram minuciosamente por todo o rosto de Eve, analisando cada pedaço pelo qual ele havia se apaixonado e agora enxergava de outra forma. Ele desceu por seu corpo e foi inevitável não sentir as reações que ela lhe provocava. As lembranças de como ele a havia amado, cada parte do seu corpo, com devoção, de inúmeras formas, de todas as maneiras que ele conhecia, com todo o afeto que ele podia expressar e que nunca havia expressado e sentido por outra mulher.

Sua mão tremula levou o cano da arma até a bochecha esquerda dela. Seus olhos ardendo, no limite do ódio e das lagrimas.

- Todo esse tempo... – suas mãos apertaram os cabelos loiros com mais raiva – Tudo mentira...

Eve não se deu ao trabalho de responder as reflexões feitas em voz alta por ele. Revirando os olhos ela esgueirou sua mão esquerda pelo cós de seu jeans, onde sua Glock estava presa, desde o início da manhã. Garrett parecia tão perdido em ódio, ressentimento e pensamentos que não notou quando a loira trouxe o pequeno revolver a frente e o apontou para o seu abdômen.

- Não seja sentimental – ela soprou em seu rosto suavemente, percebendo o efeito que ainda tinha sobre ele – O desprezo que sinto pela sua vingançinha infantil é bem verdadeiro.

Garrett engoliu em seco, sentindo sua transpiração aumentar a cada batimento. “Como essa vadia ousava ridicularizar seus motivos e razões...depois de tudo que compartilharam”. Era tudo mentira, sua consciência o lembrou. Cada segundo. Todas as palavras. Cada toque. Tudo parte de um plano para lhe passar a perna.

Ele arrastou o cano da arma pela pele dela, sentindo a ponta do seu dedo escorregar sobre o gatilho. Seu coração em pedaços errou uma fraca batida. Ele precisava de coragem. Tinha que fazer o que era certo. Eve merecia pagar por brincar com seus sentimentos. Por tentar lhe enganar. Eve merecia morrer.

O som estridente de um disparo ecoou pelo estacionamento aberto. As aves que repousavam ali perto se assustaram e voaram para longe.

Azul. Os límpidos, expressivos e zombadores olhos azuis de Eve ainda o encaravam.

 - Seu merda! – ela sussurrou entre uma respiração cortada. A mão direita se agarrou a blusa dele mantendo o equilíbrio de ambos. – Tem idéia do quanto você é estúpido? Se não viesse aqui fazer ceninha de corno coitadinho, poderia estar vivo.

Garrett deixou a arma cair no chão, levando a mão, imediatamente, ao abdômen. Ele demorou alguns segundos para perceber que o caminho que a bala fez perfurando o tecido, e queimando tudo ao redor, foi o do corpo dele. Sua mão logo estava molhada, do seu próprio sangue.

Eve havia sido mais rápida.

- O que custava fazer tudo de acordo com o meu plano? Eu não iria te matar... – ela se afastou e ele ameaçou perder o equilíbrio. – Eu só queria a merda desse anel. Você iria culpar as irmãs Swan, e eu teria sido supostamente morta na porra daquele confronto.

Garrett piscou tentando clarear a vista que começava a embaçar. Estranhamente, a morte começava de uma forma pacifica. Rastejando por suas veias, drenando metade do seu sangue antes de toda a dor e desespero.

A mão em seu abdômen apalpou sentindo o buraco feito pela bala. Isso o fez urrar de dor. A carne em volta de ferimento estava queimada pela pólvora.  Ele era um homem veterano de guerra, já havia sido baleado outras vezes, mas naquela manhã, pode reconhecer que o tiro havia atingido algum órgão importante.

A dor insuportável começou a alcançá-lo.

Sua respiração se tornou difícil, a dor lancinante dificultava até mesmo seus pensamentos. Os segundos pareceram não fazer sentido. Ele viu Eve se afastando com um sorriso; seus joelhos fraquejaram e ele cambaleou para trás se apoiando em algum carro estacionado ali.

- Desgraçada! – cuspiu com dificuldade, mal podendo se fazer ouvir. O gosto de ferrugem do seu próprio sangue já lhe invadindo a boca. – Te vejo no inferno Eve!

 A loira o olhou sobre os ombros e sorriu.

- Posso lhe garantir que vou demorar a chegar lá, querido.

A ultima palavra foi dita com sarcasmo, em sua voz arrastada como uma cobra. Ela seguiu até o carro onde Will e Rose a esperavam. Will assumiu o volante, ela e Rose se sentaram no banco de trás.

Os três deram partida, e saíram dali para o que eles achavam que seria um novo começo.

Um novo e milionário começo com o anel de Ágata.

[...]

O silencio perturbador que se seguiu dentro do galpão, após a declaração de Emmett estava levando os nervos de todos ali ao limite. A ideia de ter chegado tão longe, estar tão perto do fim de todos os problemas, e agora fracassar era inaceitável.

Aro como um experiente jogador, mudou sua postura simpática e descontraída, fitando os jovens a sua frente, exigindo uma boa explicação. Ele cruzou os braços a sua frente e aguardou pacientemente, em silêncio, durante todo o tempo em que Edward tentava explicar o que havia acontecido.

- ...Estávamos sendo fortemente atacados, precisávamos nos separar. E-e...

O barulho de um motor o impediu de prosseguir. A atenção de todos se voltou para a entrada do galpão onde a silhueta pequena de Alice se deslocava até eles. A baixinha tinha a respiração acelerada acompanhando seus passos curtos. Os olhos castanhos esticados como pratos se focaram primeiro em Charlie e depois em Aro. Alice parou ao lado de Emmett o fitando com um olhar de compaixão.

- Cuspa toda a estória baixinha. – ele ordenou em sua voz engasgada de desgosto.

- Eu a segui, achando que ela tinha se perdido. Tentei fazê-la parar...mas ela sabia exatamente para onde estava indo. – Alice tinha a voz calma ao relatar tudo, porém a nota de amargura pela traição estava marcada em cada palavra - Rose foi direto ao encontro do carro que quase matou Nessie a meia-hora atrás. O carro de Eve Stern, a amante de Garrett Parker.

Ao ouvir o ultimo nome, Charlie Swan tremeu em seu lugar. Suas algemas nunca lhe pareceram tão apertadas.

- Mas o curioso é que elas não entregaram o anel a ele. Elas estavam acompanhadas do outro homem...aquele que Nessie viu dentro da mansão aquela noite.

Nessie e Jake assentiam com a recordação do flagra que deram em Eve e o sócio de Garrett naquela noite. Já era de se esperar. Como ninguém ali imaginou isso antes?

Emmett abaixou a cabeça e apertou a arma em punhos. Amaldiçoando a si mesmo por ser tão estúpido e ingênuo, ele desejou uma boa briga para descarregar toda a sua raiva naquele momento.

Alice deixou seus ombros caírem em derrota ao fitar os olhos de Charlie. Seu coração se apertou ao encarar o melhor amigo de seu pai depois de tanto tempo. O seu tio Charlie. Aquele por quem todos lutaram até ali. E fracassaram.

Aro cerrou os olhos frios como o gelo durante todo o relato de Alice. Ele cruzou seus braços quando todos ficaram em silencio e abaixaram suas cabeças em derrota. Os sapatos italianos dele ecoaram no chão do galpão, quando ele começou a se mover sorrateiramente como uma cobra.

- Então o combinado não será honrado?

Era uma pergunta, porém seu tom fora de afirmação. Ele parou atrás do corpo massacrado de Charlie e o tocou o ombro esquerdo. Os ossos dele tremeram sobe o toque muito próximo ao dispositivo em seu pescoço.

Aquela porra ainda podia acabar com a vida de todos ali. Bastava apertar um botão. O botão que estava nas mãos de Aro.

Charlie levantou seus olhos e contemplou, pelo o que pensou que fosse a ultima vez, suas duas filhas. Seu peito fraco se encheu de orgulho das duas. Sim, elas não haviam se formado na faculdade, e nem se tornaram pessoas de bem cujo se tem orgulho dos feitos, porém as duas se manterão unidas durante os meses difíceis. Apoiaram uma a outra, enfrentaram seus limites e estavam ali para salva-lo. Logo ele que não merecia nenhum tipo de esforço, amor ou compaixão delas.

Em seu próprio julgamento não se achava o melhor pai do mundo. E não era. Mas talvez, em algum lugar ao longo do caminho, ele finalmente tenha feito a coisa certa. Na verdade, duas coisas certas. Duas mulheres fortes e incríveis, que lutaram por sua vida miserável até o fim.

O fim. Não só para os Swan, mas para os Cullen também.

Ele voltou seu olhar para os filhos de seu melhor amigo. Charlie nunca se sentira tão culpado como naquele momento. Culpado de suas decisões que o levaram até ali e todas as conseqüências que elas o trouxeram. Ele seria a causa da morte de sua própria família, e também o culpado da morte dos filhos de seu melhor amigo.

Charlie estava indo para o inferno, e estava totalmente conformado com isso.

Os homens de Aro que os cercavam, ao redor do galpão, estavam em alerta. A postura rígida e a expressão nem um pouco satisfeita do chefe os comunicava de que deviam estar apostos e preparados. As ordens a seguir, eram previsíveis. Eles só precisavam de um pequeno sinal.

Jacob que observava tudo com seus olhos treinados entrou no modo alerta também. Seus batimentos contavam os segundos, e ele corria seus olhos ao redor em busca de qualquer ameaça. Os homens de Aro estavam em posturas suspeitas, e isso o fez se mover em resposta. Jake deslizou seu braço até as costas, onde ele apanhou sua arma no cós da calça. Em sua cabeça ele já conseguia formar um plano de defesa, em que ele conseguisse pelo menos tirar sua Nessie dali. 

Emmett parecia mais aliviado com a antecipação do confronto, do que em alerta. Ao ver o movimento discreto de Jacob, o grandão também sacou sua arma, destravando-a; afinal se ele não podia descontar seus sentimentos furiosos em Rosalie, ele podia socar a cara de alguém.

Nessie sentiu a tensão no ar e apertou o braço de Bella que ainda estava ao seu redor, sustentando-a. Seus joelhos queriam fraquejar, se curvarem em derrota e cansaço, mas a adrenalina em seu sangue a mantinha de pé. A sensação de perigo eminente mantinha seu coração acelerado. Sua mente começou a processar a idéia de um confronto. Ela poderia antecipar os passos de alguns dos seguranças de Aro, e com sorte saísse dali ainda viva. Seus dedos soados escorregaram por seu lado aguardando o momento certo de sacar suas armas. Ela tinha uma no cós da calça e outra dentro do cano curto de sua bota.

Aro estalou a língua, lamentado o destino de jovens tão talentosos. Lamentando por não ter seu cobiçado anel em mãos, lamentando pela sua perda de tempo. Mas ele tinha que admitir desde que começara a chantagear as irmãs Swan, sua vida havia se tornado menos entediante. Pena que tudo acabaria. Lindas mulheres, com brilhantes habilidades...um grande desperdício.

Seu queixo se ergueu, e no momento em que ele descesse, seus homens entrariam em ação. Esse era o sinal, e restando alguns segundos para que ele completasse o movimento, Isabella Swan soltou um longo suspiro chamando sua atenção.

 - Eu gostaria de dar uma palavrinha antes de vocês começarem a se matar.

Aro lhe deu permissão para prosseguir, mas sem dispersar seus homens. Todos encararam Bella como se ela fosse uma criatura de três cabeças. Essa era a hora de se querer conversar?

- Olha, eu estou em um dia ruim. – Bella se soltou do abraço de Nessie e pigarreou antes de prosseguir - Sério. Eu tive vários caras perseguindo a minha bunda durante TODO o caminho até aqui. Eu estou com uma ressaca do caralho, e não estou afim de ter uma dor de cabeça agora. – Ela olhou ao seu redor dando ênfase as suas palavras - Poderíamos adiar esse lindo confronto eminente? Por favorzinho?

Se antes todos a olhavam como louca, agora sim Bella parecia ter três cabeças e chifres de unicórnios. Unicórnios saltitantes que comem nuvens de pudins flutuantes. 

- Vocês não cumpriram com a sua parte no trato. Você não tem o anel. – Aro não forçou a simpatia de sempre. Ele já estava ficando sem paciência.

- Eu nunca falei tal coisa. – Bella ergueu as mãos ao ar inocentando-se - Quem disse isso foi ela – apontou um dedo para a direção de Alice que a encarava chocada.

- Então o que você me diz agora Isabella? – Aro cuspiu seu nome nervoso por ela estar querendo brincar com ele.

Bella deu dois passos a frente com um sorriso torno nos lábios petulantes.

- Te digo que esta belezinha aqui – ela tirou um pacote de veludo de dentro do bolso da calça – é toda sua senhor.

Aro rompeu a barreira do choque depois de alguns segundos e deu um passo a frente apanhando o objeto que Isabella lhe entregava. Todos no galpão estavam incrédulos sobre aquilo. Suas respirações suspensas enquanto Aro desembrulhava o pacote preto e retirava de dentro um brilhante, valioso e inacreditável anel de ágata.

O esplendor da pedra de Ágata branca pesou entre os dedos de Aro. Finalmente a sua maior ambição, seu maior desejo em anos, estava ali em suas mãos. Com orgulho ele admirou o acabamento, os sessenta diamantes brancos incrustados no aro de ouro branco 18 quilates. O anel em si era uma preciosidade, mas o seu valor para Aro Volturi era muito mais sentimental, por ser um objeto simbolicamente importante entre os maçons.

Bella finalmente sorriu aquele dia. Um sorriso genuíno, satisfeito e aliviado. Ela encarou o pai que não conseguia parar de fitar o valioso anel nas mãos de Aro; Charlie desviava sua atenção do objeto e voltava a fitar incrédulo sua filha mais velha, e logo depois voltava a fitar o anel. Ele repetiu o movimento algumas vezes antes de Renesmee se manifestar.

- Como é possível? – a voz da pequena Swan era incerta, mas suas mãos já estavam a caminho de sua cintura, prontas para ouvir toda a estória. De uma coisa Renesmee tinha certeza: Aquilo era impossível, pois ela mesma havia entregado o maldito anel a Rosalie.

- Eu posso explicar... – Bella ergueu as mãos para o alto, agora completamente aliviada – Mas é uma estória complicada.

- Eu adoraria ouvir. – Edward cruzou os braços caminhando em sua direção. Todos ao redor haviam abandonado suas posturas defensivas, afinal estavam mais confusos do que nunca.

- É Bella! Como no inferno você estava com o anel esse tempo todo? – Alice se juntou a Edward cruzando os braçinhos. Os olhos lançando adagas na cunhada que aparentemente havia omitido uma grande informação de todos ali, e colocado suas vidas em perigo a toa também.

- Agora eu também estou curioso – Aro girou o anel em sua mão gargalhando levemente. Uma risada sombria e excêntrica, como era de seu costume. – Somos todos ouvidos, Isabella.

Bella estava tão aliviada e contente pelo sucesso do seu plano, que não deu importância ao arrepio que lhe subiu a espinha com a pronuncia de seu nome completo feito por Aro. Ela tomou fôlego e começou a contar o plano que sugira há um mês.

- Não galera, eu não sou o Houdini! – sorriu quando viu que Emmett, pela careta que fez, não entendeu a analogia ao mágico – Na verdade isso foi uma idéia de Carlisle e Esme. E eu me sinto muito mal por ter escondido isso de todos, mas é que... – Ela evitou o olhar de Emmett abaixando a cabeça – Eu tive um pressentimento desde o inicio. Algo me dizia que iríamos ser traídos. E dois nomes sempre estiveram em minha mente: Rosalie e Jake.

Bella virou-se e encarou todos ali, sua irmã mais nova tinha se afastado e tomado o lugar ao lado de Jacob. Emmett se juntou aos irmãos, todos lado a lado aguardando sua explicação de baços cruzados.

- Desde a primeira vez que encontramos Rose no bar, ela não me passou confiança, sempre atenta as nossas conversas sobre as missões. Jacob a mesma coisa, surpreendentemente talentoso com carros, motos e armas. Eles nunca foram um de nós. Rose não foi treinada por nós, assim como Jake – Ela encarou o moreno relembrando a rápida aula sobre armas no galpão da Phoenix Garage há semanas atrás. - Mas, mesmo assim ela parecia se encaixar perfeitamente bem no contexto. Bem até demais.  – Bella virou-se fitando o pai – Foi ai que decidi conversar com Carlisle. O senhor não estava lá, eu não sabia o que fazer com a minha intuição... – Charlie lhe retribuiu um sorriso fraco, pedindo em silencio pra que ela prosseguisse – Ele e Esme concordaram e nós começamos a trabalhar em um plano.

Ela suspirou e um filme dos últimos meses passou em sua cabeça.

- Quando Garrett mandou Eve a um joalheiro em NY, Esme a seguiu e encomendou uma cópia também. Quando fui a Long Island na ultima missão junto com Edward, Nessie e Jake, tive acesso ao escritório de Garrett – Ela agora fitava o namorado, lendo nos olhos dele as lembranças daquela noite em que arrombaram a mansão de Garrett e encontraram Eve o traindo na sala - e com uma imensa ajuda do destino e da falta de atenção de Eve - sorriu -  eu me deparei com o cofre aberto.

Bella tinha vontade de gargalhar toda vez que se lembrava do ocorrido. Ela e Edward haviam arrombado a mansão e se esgueirado pelos corredores, enquanto Edward tinha ido checar a loira adultera, Bella havia encontrado a porta do escritório aberta. Ela entrou com passos vacilantes e se deparou com o cofre também aberto. Medindo cada movimento e com o coração batendo freneticamente, ela abriu-o e deu de cara com o anel de Ágata. Lindo, valiosíssimo e desprotegido.

Nem ela sabia como seu cérebro havia processado tantas coisas ao mesmo tempo, mas em segundos, Bella se lembrou da conversa com Carlisle e Esme, do pequeno plano que eles haviam pensado e que aquela era uma grande chance de estar à frente dos imprevistos que ela pressentia.

- Então, segundos antes de Edward me encontrar lá dentro, troquei o anel que estava no cofre pela cópia que Esme havia feito. Voltei para Forks com o anel verdadeiro e durante todo esse tempo esperei para saber quem realmente iria nos trair.

- Rose – Emmett praticamente latiu o nome em voz baixa. O grandalhão cerrou os punhos, ainda amaldiçoando sua estupidez.

- Você estava certa. – Nessie concluiu sentindo algo lhe atingir o estômago. Ela não tinha certeza se era alivio ou mau presságio. Por um lado estava aliviada em ter sido Rose a traidora, por outro pensava em como reagiria se Jake fosse o verdadeiro traidor.

Ela com certeza não estaria tão controlada quanto Emmett.

- Eu sei. – Bella se virou para ela e lhe deu um sorriso de desculpas por desconfiar do seu parceiro - Por isso trouxe comigo o anel verdadeiro. Sabia que alguém iria tentar nos passar a perna e eu não podia deixar que isso atrapalhasse todos os nossos planos. Eu não ia correr o risco de perder meu pai mais uma vez.

Aplausos ecoaram no galpão, Bella se virou para encarar Aro que batia palmas com um sorriso tão largo quanto o do curinga. Não tinha como explicar, mas o homem lhe dava arrepios. Ela acompanhou seus passos com o olhar, ele foi até Charlie e o libertou da coleira explosiva e das algemas. Seu coração pareceu se encher de ar e se esvaziar em alivio.

- Eu tenho que admitir: sempre soube que estava apostando minhas fixas nas pessoas certas. – Aro ainda não havia liberado Charlie. Ele o mantinha ao seu lado o segurando pelo braço. – Desde o inicio eu sabia que se alguém nesse pais, além de Charlie e Carlisle, podiam fazer esse trabalho pra mim, esse alguém eram vocês crianças! – Ele sorriu convencidamente, exibindo seu anel, agora posto no anelar direito – Agradeço-lhes a dedicação e empenho nessa missão, sei que poderia ter custado a vida de um de vocês, por isso estou grato. E além de tudo, agradeço pelo entretenimento. Vocês sabem como agitar uma cidade!

- Eu agradeceria se pudesse voltar pra casa, agora! – Nessie soltou entre dentes já farta de ouvir as palavras daquele cara insano. Ele conseguia fazer todos parecerem personagens de um filme cujo as vidas são irrelevantes em nome da diversão do telespectador. 

- Mas é claro, minha pequena Renesmee! – Aro deu três tapinhas no ombro de Charlie, se despedindo – Charlie, você está livre meu amigo.

As seis palavras soaram como uma grande borracha apagando os últimos dois meses. Era como se ele não fosse o responsável pelos hematomas em Charlie, como se a separação e sofrimento de sua família tivessem sido causados por uma outra pessoa, completamente diferente daquele senhor elegantemente arrumado e de voz doce e macia.  

Aro Volturi era uma figura bizarra, digna de estudos científicos, mas que para a sanidade dos demais, já estava saindo da estória e da vida de todos. Definitivamente, eles esperavam.

Charlie Swan nunca parou para prestar tanta atenção aos seus passos, como ele fez naquele momento. Foram cinco. Cinco passos à frente, que o levaram ao encontro do abraço de suas filhas.

As duas correram para o pai, se agarrando a ele, como se suas vidas dependessem daquilo. E realmente dependiam! Elas precisavam sentir que ele estava ali, em segurança, inteiro e pronto para voltar para casa.

Charlie se sentiu o homem mais feliz do mundo por ter duas filhas tão corajosas e inteligentes como elas. Ele estava esmagado entre o abraço das duas, seu ombro esquerdo ainda não recuperado das lesões doeu um pouco, mas ele não tinha a audácia de reclamar. Porque, naquele simples abraço, era como se a gravidade perdida há 4 anos voltasse a uni-los no mesmo espaço, no mesmo contexto, em uma família. Desde a morte de Reneé, os Swan nunca mais foram os mesmos. Charlie assumia seu erro em ir se consolar na bebida, e que por isso seu convívio com as filhas tinha se tornado algo difícil, mas de certa forma toda essa loucura de seqüestro e chantagem, fez com que ele revisse suas atitudes e o reaproximou de suas filhas. Naquele momento ele prometeu a si mesmo que iria lutar para juntar os pedaços da sua família.

Seu cérebro lhe atirou uma lembrança, um natal bem distante, onde as duas meninas couberam perfeitamente em seus braços. Sua pequena Nessie não alcançava sua cintura e Bella batia em seu peito. Anos depois, os três repetiram o gesto, dessa vez procurando forças um no outro. Foi no enterro de Reneé, quando a dor da perda era impossível de suportar sozinho. Os três se agarraram ao abraço um do outro, buscando motivos para continuar. Agora, no meio daquele galpão, em meio a toda aquela loucura, eles estavam se reaproximando, novamente buscando forças um no outro para um novo começo.

Edward não queria ser aquele a estraga todo o clima, mas o relógio em seu pulso pesava ao mostrar as horas. De acordo com os ponteiros, o avião que os levaria de volta a suas vidas normais sairia em uma hora. Eles precisavam se apressar!

Com um pigarro ele chamou a atenção do sogro que lhe acenou positivamente. Charlie se virou para Aro, sem soltar suas filhas de seu abraço, e se despediu:

- Foi bom fazer negócios com você Aro. – ele pigarreou tentando nivelar sua voz falha – Espero nunca mais ter esta... imensurável honra.

O italiano lhe sorriu amplamente e lhe acenou um adeus com a mão direita, a mesma que exibia o anel.   

- Você não pode culpar um velho excêntrico em busca de diversão, Charlie!

[...]

A família Swan deu as costas para Aro, e começaram a caminhar em direção a saída do galpão. Um pouco mais relaxados, Charlie deu um beijo na testa de cada filha, Bella atada ao seu braço direito e Nessie ao seu lado esquerdo. Assim que chegaram à calçada do lado de fora, os raios de sol o incomodaram depois de dois meses em cativeiro, mas ele se sentia tão feliz que era um crime reclamar daquele dia tão bonito.

Alice foi quem reivindicou um abraço do seu tio Charlie, obrigando-o a se separar de suas filhas por um momento. Depois dela veio Edward, que ouviu um agradecimento tímido do sogro, por se manter ao lado de Bella durante todo esse tempo. Por ultimo, o tristonho Emmett. O comprimento fora meio sem jeito, pois o grandalhão ainda remoia o sabor amargo da traição.

Notando que havia alguém ali que ele não conhecia, Charlie questionou com um gesto, quem era o moreno acompanhando o grupo. Uma Renesmee de bochechas vermelhas, totalmente envergonhada foi quem lhe apresentou a Jacob Black. Um moreno alto e louco, que se metera em toda aquela confusão em nome de sua “amizade” com Nessie. Charlie não tinha condições físicas e mentais para questionar naquele momento, mas anotara mentalmente fazê-lo assim que chegassem em Forks.

Edward sugeriu que fosse melhor abandonar as motos ali, e que todos fossem para o aeroporto nos carros. Ele, Bella e Alice iriam no mesmo Lótus Elise que usaram pra chegar até lá. Os furos de balas, e marcas do confronto de minutos atrás detonavam o visual impecável do carro, mas o trajeto até o aeroporto era rápido.  Emmett havia chegado até lá em uma viatura da policia roubada, ir embora nela não era uma opção, então o grandalhão foi a procura de um carro mais discreto para roubar na rua atrás do galpão.

Todos continuaram parados na calçada, aguardando a volta de Emmett. Bella e Nessie tentando cuidar dos ferimentos do pai enquanto Alice estava ao telefone tentando entrar em contato com Jasper que aparentemente havia sumido do mapa. Edward e Jake estavam atentos a tudo ao seu redor, não dava para baixar a guarda, justo agora que tudo parecia ter acabado. Pneus deslizando sobre o asfalto foram ouvidos, e um carro de passeio comum fez uma curva em alta velocidade entrando na rua, vindo em suas direções.

Jacob cerrou os olhos suspeitando da insanidade de Emmett. Afinal, o cara só podia ser louco para chamar tanta atenção assim. Era desnecessária a entrada triunfal e quase ofensiva dele. O carro se aproximou em segundos e logo Edward teve um deslumbre do rosto do motorista. Definitivamente, não era seu irmão.

Com uma freada brusca o carro parou a frente deles. A porta se abriu e a silhueta de um homem trôpego, abatido e ferido se distinguiu. Gotas de sangue pingaram no asfalto, sua mão suja do mesmo encostou-se ao capô do carro procurando por equilíbrio.

Garrett Parker havia retirado forças do inferno para continuar de pé e chegar até ali.

- Charlie Swan – ele cuspiu seu próprio sangue, que começava a invadir sua boca, em afronta ao homem – Desculpe estragar o seu momento ternurinha com a sua família, mas preciso levar você comigo pro inferno.

Garrett tentou caminhar, mas o tiro que levara no abdômen, o fazia se curvar de dor a cada respiração. Com as mãos um pouco tremulas, ele apanhou sua arma e presumiu que um tiro aquela distancia teria o mesmo efeito.

- Você sabia que durante todos esses anos...- Parker começava a ter dificuldades de respirar, mas continuou – Todos esses malditos anos, eu sonhei em te matar pessoalmente, seu velho filho da puta?

Ele sentiu os olhos de todos ali o fitando incrédulos, era de se esperar que ninguém ali soubesse do que se tratava o assunto pendente entre ele e Charlie. Com a mão livre da pistola, ele limpou a boca, pois sentia o sangue escorrendo novamente.

- Sabe...eu prometi a minha mãe. No seu leito de morte, que iria me vingar. Fazer você pagar por toda a merda que fez a minha família.

Bella que assistia ao monologo delirante do homem ferido a sua frente, estava confusa; até então ela sempre achara que o único motivo para Garrett tentar impedir seus planos de salvas seu pai, era porque ele fora contratado pelo verdadeiro dono do anel de ágata.  Nunca passou por sua mente que aquilo fosse motivado por uma vingança pessoal. Uma vingança contra seu pai.

Ela se sentiu perdida quando suas mãos perderam o contato com o pai, Charlie se afastou dela e de sua irmã, para se aproximar do louco delirante que apontava uma arma para ele. Bella sentiu algo em sua cabeça ser empurrado cada vez mais para a superfície, algo que ela havia esquecido e que naquele momento exigia sua atenção. Algo que de alguma maneira, fazia sentido, naquele momento surreal.

- Garrett... – a voz de Charlie o chamou com pesar, o corpo fraco dele se recostou no carro tentando manter-se de pé. Ele se curvava sobre sua barriga e mais sangue começava a sair de sua boca.  

A voz de Charlie também evocou a lembrança que Bella tentava entender. Memórias do dia em que arrumava as coisas de seu pai, memórias da foto inusitada que ela encontrou.

~  Flashback  ~

Para ela era apenas uma mulher desconhecida com um menino no colo.

Intrigada, Bella virou para ver atrás da foto. Como ela esperava, alguém havia escrito no papel já envelhecido. Mas Bella não esperava ler o que estava escrito.

Franzindo o cenho Bella leu, e releu a única linha escrita: Esperamos por você. Ass: Jane e Garret

~//~

De volta ao presente, Bella sacudiu a cabeça tentando ajustar os pensamentos confusos. Nada fazia sentido. Por que ela não se lembrou disso antes? Por que não cogitou a possibilidade de que o menino na foto fosse o mesmo Garrett que tentava impedir seus planos? Por que aquele doce menininho e sua mãe estavam na caixa de recordações de seu pai? E por que ele queria se vingar?

Parker sentiu seus joelhos fraquejarem com a aproximação do homem que tanto odiava. As dores em seu abdômen se tornavam cada vez mais forte, e o sangue que insistia em sair por todos os seus poros começava a dificultar sua respiração. Ele quase se contorceu ao ouvir seu nome ser pronunciado com pena por Charlie. Erguendo sua arma ele a apontou para o homem que agora estava a sua frente, tão próximo...

- Seu maldito...eu...não posso morrer sem te levar junto. – ele sentiu seu corpo escorregar pela lataria do carro, agora sentado no chão sentiu sua vista começar a falhar – Eu cheguei até aqui...fui traído pela única mulher que achei amar na vida...me tonei isso...por sua causa.

- Eu sei garoto – Charlie se abaixou repousando uma das suas mãos no ombro dele. Fitando os olhos daquele homem com a alma de um menino rancoroso, Charlie pela primeira vez enfrentou sua dolorida consciência.

Se ele realmente acreditasse em um Deus, Charlie poderia apostar que em seu livro da vida havia um relatório extenso com os motivos para que ele não entrasse nem na sala de espera para o paraíso. Sua vida de crimes, promiscuidades e ambição nunca o incomodaram tanto quando os olhos quase mortos de Garret Parker naquele momento.

 O menino, agora homem, tinha os olhos de sua estimada amiga Jane Parker. Os mesmos olhos castanhos profundos. Até mesmo os traços do rosto, pareciam ser os de Jane, ali o encarando, cobrando sua divida com ele. A doce menina que havia passado por sua vida, mais tarde, a linda mulher a qual ele arruinara a família.

Foi logo no inicio, o inicio depois do fim de sua carreira criminosa. Reneé havia lhe pedido muito, ao tentar afastá-lo de sua verdadeira natureza. Os primeiros meses para Charlie foram os mais difíceis, ele estava sentindo na pele o quão difícil é levar uma vida honesta.

Ele e Carlisle haviam começado um negocio, mas sua mente, seu corpo sentiam a falta da adrenalina. A sensação do perigo.

E para um viciado, sempre haverá uma tentação.

Uma vez, um antigo contato o procurará oferecendo-lhe um trabalho. Charlie aceitara, prometendo a si mesmo ser a primeira e ultima vez.

A distração durou três anos. Ele mentia para a esposa e melhor amigo. Ninguém sabia de seus hábitos noturnos. No inicio eram execuções aleatórias. O contratavam, por meio de um contato, lhe davam os dados da vitima, e ele os executava. Mas com o tempo, Charlie foi fazendo trabalhos específicos. Dando cabo da vida de três traficantes; exterminando uma gangue que controlava dois bairros em Seattle; e por fim lhe dando com a máfia.

Foi um ano difícil, mas Charlie tinha seus métodos. Na maioria das vezes as vitimas nem se davam conta até estarem do outro lado da vida. Swan era sutil, e letal. Porem foi obrigado a ser mais agressivo com um grupo mafioso, filiado aos italianos, a cada execução de um membro menor do grupo, ele tinha que deixar um aviso aos próximos. Quando Charlie finalmente chegou ao chefe, ele se deparou com vitimas extras.

No momento ele não se preocupou, mas uma daquelas mortes o levou até Jane Parker novamente.

Vincent Parker, era o advogado do chefe da máfia. Um azarado que sabia de mais. Charlie por bondade até poderia ter poupado sua vida, se ele não tivesse sido testemunha de uma execução anterior.

Charlie estava tendo um péssimo dia, saira de casa pela madrugada preocupado com Bella que estava doente, a pobre menina ardia em febre, e preocupado ele deixara passar uma testemunha.

Mas um Swan sempre deixa a casa limpa.

Ele conseguira o endereço do azarado advogado, e armou uma emboscada. Arrombou a casa dele, e o aguardou pelo tempo necessário. Quando Vincent voltou para casa aquela noite, ele teve um encontro com a morte.

O disparo da arma acordara os outros dois moradores da casa. Mais um detalhe que Charlie deixou passar.

Fazendo seu caminho para fora, ele se deparou com uma foto de sua velha amiga, a adorável e desmiolada Jane. Perdido em pensamentos ele apanhara a foto e se deu conta de que o homem, agora, morto na sala era o marido dela.

Passos na escada o alertaram de que ele já deveria ter ido embora a muito tempo. Saindo pela porta dos fundos, ele não notou que ainda carregava a foto. Com uma ultima espiada por cima dos ombros, da calçada, Charlie ouviu os gritos estridentes de dor e desespero da mais nova viúva. Encarando a cena ao longe, pela janela, ele viu sua velha amiga debruçada sobre o corpo do marido ao lado do filho adolescente em prantos. 

Charlie nunca pode se esquecer do momento em que o olhar de Garrett cruzou com o seu através da janela. O menino tinha tanta dor em seus olhos acusadores no momento em que o fitou no jardim.

Ele sabia de tudo. Ele o conhecia.

Sua capacidade de sentir culpa recém descoberta o atormentou ainda mais no momento em que Jane também o encarou.

Charlie Swan havia fracassado em uma missão. Deixou duas testemunhas, arruinou a vida de uma velha amiga, e criou um pequeno mostro.

Naquele dia, Charlie finalmente parou para refletir nas conseqüências de seus atos. Nos reflexos e marcas que ele deixava, inconscientemente, na vida de muitas pessoas. Pessoas como Jane e Garrett, que ao sofrerem uma perda como aquela, nunca mais teriam suas vidas de volta.

Alguns anos depois, ele soube que Jane havia adoecido, e por falta de recursos e tratamento, falecera. Ele nunca mais ouviu falar de Garrett. Tudo o que ele tinha era aquela foto, como símbolo do seu eterno arrependimento.

Mais sangue foi expelido por Garrett, que em reflexo e medo do que estava pra acontecer, se agarrou a Charlie, puxando sua camisa com toda a sua força, como se ele fosse seu bote salva-vidas. Porém, não havia nada que Charlie pudesse fazer. A agonia agitava o corpo dele, a dor do ferimento já não era mais suportável, aquele era o seu fim.

Talvez se Parker tivesse usado os seus últimos minutos e forças para ir á um hospital, ao invés de caçar o paradeiro de Charlie e concretizar sua vingança, talvez, ele pudesse ter sobrevivido. Mas fora uma escolha sua. Ele escolhera a vingança e não a vida.

Agora, em seu ultimo momento, estava nos braços do homem por quem alimentara ódio a vida toda. O único ao seu lado era justamente o maldito Swan. Ele seria sua ultima visão, seu ultimo suspiro.

- Me desculpe, garoto – Charlie tentou ser rápido antes que Garrett fechasse os olhos pela ultima vez. – Me desculpe por tudo. Eu sinto muito.

Todos ao redor não tinham idéia do que estava realmente acontecendo ali. Confusos, viram Charlie permanecer abraçado por um tempo ao corpo sem vida de Parker. Segundos depois, Emmett apareceu dentro de um carro comum, espaçoso e com uma cara estanha.

- Galera a policia ta pintando por ai. É melhor irmos logo. – ele gritou de dentro do carro, pela janela.

Bella e Nessie ajudaram seu pai e se levantar e entrar no carro de Emmett. Bella foi com Alice para o Lótus com Edward ao volante. Nessie, Jake e Charlie ficaram com Emmett no carro recém roubado. 

Do vidro do carro, Charlie viu pela ultima vez o resultado de suas errôneas escolhas, o lastimável fruto da conseqüência de sua vida. Orando, rezando em pensamento, ele pediu que suas filhas nunca passassem pelo o que ele passara há segundos atrás.

[...]

Riley Stryder estava de volta a ação, e dessa vez com muitos reforços. Ele já tinha uma idéia do perímetro em que deveria procurar pelo grupo de jovens criminosos, e só teve suas suspeitas confirmadas quando uma recente denuncia de roubo de carro fora feita, justamente naquela redondeza.

Ele tinha um filete de sangue escorrendo no canto esquerdo de sua testa, nada grave, comparado aos seus companheiros que foram gravemente feridos pelos moleques petulantes. As viaturas estacionaram em frente a um galpão suspeito, a primeira coisa que Riley viu foi a viatura policial roubada, estacionada na calçada. Um carro mal estacionado e um corpo no chão.

A policia cercou o local, vendo que estava completamente vazio, Stryder deu ordens para que seus homens entrassem no galpão e procurassem alguma pista, qualquer coisa que lhe desse o paradeiro dos criminosos.

Sacando seu celular, ele discou o numero do legista, solicitando sua presença, já que encontraram um corpo ali; logo depois ele discou o numero do homem que o levara até ali.

- Deixe-me adivinhar... – a voz rouca e forte como um trovão atendeu a ligação – Eles fugiram.

- Sim senhor. Mas deixaram o corpo de Garrett Parker. – Riley se aproximou do corpo e contemplou um dos caras mais procurados pelo FBI, estirado no asfalto, com um buraco na barriga - Isso faz algum sentido pro Senhor?

- Minhas conclusões não são da sua conta. Você as verá no relatório final, aquele que eu provavelmente vou usar para acabar com a sua carreira medíocre. – o homem ficou em silencio por um tempo, mas logo ecoava autoritário pelo fone - Consiga impressões digitais. Meu informante deve ter feito um trabalho melhor que o seu, e com certeza saberá me dizer o paradeiro deles.

A ligação foi encerrada. Riley soltou um longo suspiro e desejou que aquele inferno logo tivesse um fim.

[...]

Sleeze Sister – The Pretty Reckless

http://www.youtube.com/watch?v=VoMFAw1Sbqk

O sol já estava se pondo. O céu alaranjado no horizonte lhes avisava que estavam saindo dos limites da cidade. O motor do carro abafava o barulho da conversa entre as duas irmãs no banco de trás do carro.

Eles já estavam na estrada há algumas horas, o tanque estava sinalizando que estavam rodando apenas com a reserva. Decidindo procurar o posto mais próximo, Will acelerou. Uma rápida parada, não iria atrasá-los tanto.

No banco de trás Eve e Rose conversavam. Repassavam cada detalhe dos momentos até ali. As duas estavam completamente excitadas e faziam piadas a cada frase. A ingenuidade da família Swan-Cullen e de Garrett Parker era o assunto principal.

- Olha, aquela vadia estava começando a me dar nos nervos. – Rose encostou sua cabeça no assento enquanto passava os dedos repetidas vezes em uma mecha do próprio cabelo loiro. – Sempre dando ordens, achando que sabia de tudo.

- Bella Swan? – Eve cutucou a unha sorrindo – Não tive a sorte de conhecê-la. Deve ser uma vaca mesmo. – ela fitou Rose ao seu lado, piscando os olhos azuis – Mas o namorado dela...

- Eu sei! Se eu tive alguma diversão de merda nesse plano todo, foi com aqueles homens Cullen. – Rose se abanou dramaticamente – Edward é gostoso, mas eu peguei o melhor pedaço de homem da família.

- Eu vi o senhor músculos do helicóptero! – Eve sorriu amplamente, se esquecendo que Will estava na direção ouvindo cada palavra sua – Eu quase sai do meu papel quando o vi atacando um carro da policia. Aquele homem é ... – olhou pro teto procurando palavras.

- Um cara bem legal – Rose suspirou um pouco triste. Longe dela, a essa altura dar lugar ao sentimentalismo, mas ela realmente sentia por nunca mais vê-lo novamente. Emmett foi um dos poucos caras que a tratara bem em toda a merda de sua vida. Isso era legal, ele até se arriscara por ela a horas atrás...e o sexo com ele era, realmente sensacional.

Eve bufou da simpatia que a outra loira sentia. Ela pelo menos teve sorte em tudo isso, encontrou alguém que não fritasse seus nervos a cada vez que respirava, assim como Garrett fazia com ela. Eve se achava uma guerreira por ter suportado aquele babaca por tanto tempo.

Mas a recompensa vem para os dedicados, inteligentes e pacientes.

 Ela havia representado o papel de assistente perfeita, namorada gostosa e dedicada, sempre visando o dia em que pudesse tirar proveito dele. E finalmente esse dia havia chegado, e agora ela tinha um anelzinho que lhe valia alguns milhões.

Eve só precisava se preocupar com um detalhe...

“Faça um desejo, seja uma vadia

Vá e mostre à alguém sua força”

O carro seguiu pelo acostamento até um posto de gasolina. O lugar parecia vazio, a loja de conveniência estava às moscas e só havia mais um carro abastecendo. Will deixou a chave na ignição e desceu para abastecer.

- Querem alguma coisa da loja? – Ele perguntou se debruçando na janela de trás, deixando seu rosto bem próximo do de Eve que o beijou rapidamente.

- Duas barras de chocolate, refrigerantes diets e amendoins – ela finalizou o pedido com um sorriso doce, digno de um anjo.

- Refrigerante diet... – Will saiu resmungando.

Ele entrou na loja chamando, imediatamente, a atenção da atendente adolescente. Will Hanson era um cara muito bonito e sabia disso. Seus músculos, cabelo castanho, rosto anguloso e olhos esverdeados já tinham roubado o coração de muitas.

Seguindo pelo corredor, ele abriu o freezer retirando os refrigerantes de lá, despreocupadamente seguiu para a prateleira de chocolates e parou no caixa apanhando por ultimo os amendoins, um maço de cigarros e duas cervejas. As últimas adições eram pessoais.

Hanson sorriu torto para a garota que tinha dificuldade em calcular suas compras, achando uma boa idéia se divertir as custas da pobre, ele acendeu seu cigarro esbanjando todo o seu charme e puxou conversa com ela.

Ato que o deixou alheio ao que acontecia do lado de fora.

Pegue um prédio e leve a baixo

Estraçalhe a janela, você não está sóbrio”

Assim que Will entrou na loja, Rose e Eve trocaram um sinal e saíram do carro juntas. Rose abasteceu o carro ela mesma, enquanto Eve retirava as bagagens do porta malas e colocava tudo no banco de trás. Rose deu a volta e se sentou no banco do motorista enquanto sua irmã abria uma das malas no banco de trás e tirava um lançador de míssil portátil. A loira se juntou a irmã no banco da frente e deu sinal pra que ela desse partida.

Ajustando tudo em seu colo, Eve recarregou o tubo portátil com a munição adequada. Ela sorriu consigo mesma por ter conseguido roubar para si aquela invençãozinha brilhante das coisas de Garrett. Era simplesmente fantástico ter um objeto que pudesse lançar foguetes e mísseis de qualquer lugar, fácil de usar e leve. Através da mira da arma, Eve viu Will flertando com a pobre menina na loja.

- Por que os homens só conseguem obedecer a duas coisas nessa vida? – questionou gargalhando - seu próprio pau e o maldito ego?

- Porque se eles pensassem com essa cabeça – Rose conduziu o carro de volta a rodovia – eles seriam mulheres.

As duas riram cúmplices. Eve esperou o carro ganhar distancia o suficiente para se sentar na janela do carro.

- Pronta? –perguntou.

- Quando você quiser. – Rose sorriu.  

- Então ta – ela apoiou o lançador entre ela e a lataria do carro, mantendo o equilíbrio abaixou a cabeça usando a mira. Will tinha uma expressão impagável, totalmente desnorteado do lado de fora, procurando pelo carro que o havia abandonado. – Vamos lá bebê, mostre pra mamãe o que você sabe.

 Apertando o gatilho, o míssil disparou em direção ao posto de gasolina que em milésimos estava em chamas. Explosões soaram ao longe, carcaças de carros em chamas, bombas de gasolinas explodindo em seqüência. Um completo caos.

Eve soltou um assobio apreciando o feito entrando novamente no carro.

- Se essa coisa fosse mais inteligente, escreveria um livro!

Rose sorriu balançando a cabeça negativamente.

- Legal Eve, menos um homem gostoso no mundo!

- Você sabe que ainda existem muitos. – ela piscou se virando para o banco de trás, guardando seu novo brinquedinho.

- E você pretende acabar com todos, não é mesmo?

- Não! – Eve jogou os fios loiros por sobre os ombros e sorriu brilhantemente. – Só quero tirar deles tudo o que eu puder, e quando não forem mais necessários...eu elimino. Simples!

Rose acelerou, ultrapassando alguns carros, ela precisava despistar caso alguém tenha notado que o míssil havia sido disparado de seu carro.

- Mamãe teria orgulho de você... – comentou em voz baixa. Rosalie sabia que era um assunto delicado, e evitava ao máximo mencionar o nome da mãe.

- De você também irmãzinha! – Eve ressaltou. Talvez fossem anos demais aplicando golpes por ai, dissimulando e enganando pessoas, fingindo serem desconhecidas...Rose e até ela própria as vezes se esqueciam que eram irmãs de sangue.

“Eu preciso de um parceiro no crime

Tempo terrível

Traindo minha mente

Nós tinhamos que pegar a noite”

As duas seguiram pela interestadual, já haviam passado por New Jersey e seguiriam até Maryland, onde pegariam um avião até o Texas.  Despreocupadas e excitadas, por terem posse de um anel valioso, as duas planejavam férias. Seus próximos nomes e disfarces. E talvez, uma ultima e próxima vitima.

Tudo estava em seu lugar e seguiria o seu próprio curso. Afinal, certas coisas nunca mudariam. As duas eram o que eram por essência. Lindas, sexy, maldosas, dissimuladas e sedutoras. Tão bonitas quanto perigosas.

As irmãs Stern haviam aprendido com a vida que aquela era a forma mais fácil e prazerosa de se viver, tirando proveito dos outros com os seus atributos físicos. Utilizando de sua inteligência e rostinho bonito.

Mas, a vida se encarrega de dar o que cada um merece, de acordo com seus feitos. Afinal, o mundo gira...tudo o que vai volta...e quem vive passando a perna nos outros, um dia acaba sendo enganado.

As lindas, loiras e ricas irmãs Stern iriam descobrir mais cedo ou mais tarde que o valiosíssimo anel que roubaram era mais falso que elas.

“Só porque eles são

Não significa que eu deva ser assim

Eu vou liderar uma revolução

Você não precisa me agradecer”

[...]

Washington, DC  

O vôo vindo de NY havia aterrissado no primeiro horário da manhã. O grupo de jovens criminosos foi imediatamente para o hotel onde as turmas da excursão da Forks High School estavam hospedados.

A parte principal do plano todo era aquela, voltar para o álibi a tempo da exposição onde o anel de ágata estaria. Serem vistos ao lado de suas turmas do colégio, e não levantar suspeitas de que haviam estado em outro lugar há dois dias.   

 Se juntar aos seus colegas de classe e achar os seus respectivos quartos foi uma tarefa um pouco difícil, já que as turmas foram divididas em andares de acordo com a série.  Bella e Alice como já estavam no ultimo ano, foram alojadas em um andar e Nessie em outro. Jacob e Edward também estavam bem distantes dos andares de suas respectivas parceiras.

Emmett e Charlie seguiram em outro vôo para Forks e Jasper, segundo um telefonema que Alice deu, já estava de volta à cidade desde o dia anterior. Segundo ele, depois de sua participação no plano, havia pegado o primeiro avião de volta para casa, por isso não conseguiram falar com ele antes.

Renesmee saiu do elevador correndo pelos corredores até encontrar seu quarto. Segundo a sms de Sarah, que estava a acobertando nesses dois dias, a próxima checagem seria feita em 10min. Ela bateu três vezes na porta antes que sua melhor amiga a abrisse.

- Sua vadia maluca, você esta atrasada!

Sarah Norrie não conseguiu manter sua postura séria por muito tempo, não com sua melhor amiga lhe sorrindo docemente e lhe dando um longo abraço. Nessie não conseguia achar palavras para agradecer a grande ajuda de sua amiga, por isso tentou expressar toda sua gratidão naquele abraço.

- Você precisa me contar todos os detalhes, sua vaca – Norrie sussurrou em seu ombro, com o nariz enterrado nos cabelos cor de bronze da amiga – Eu fiquei todos esses dias me remoendo de curiosidade. E você não sabe o que eu passei pra te acobertar!

- Eu prometo te contar tudo! Detalhe por detalhe... – ela apertou ainda mais seus braços ao redor da amiga – Muito obrigada.

- Ok, agora você precisa se arrumar, porque Mrs Polly vai passar de quarto em quarto fazendo a chamada, e dessa vez você não vai estar no banheiro de novo!

Nessie sorriu e foi até sua respectiva cama, a única desocupada no quarto, colocou sua mala em cima e escolheu uma blusa.

- Foi lá que eu estive esses dois dias? – perguntou passando a blusa pela cabeça e jogando-a sobre a cama.

- Foi...- Sarah sentou-se na cama sorrindo – Você comeu algo estragado no avião, e passou esses dois dias com infecção intestinal.

- E quanto a Jacob?

- Sam e os outros estão se virando para acobertá-lo. – Sarah deu de ombros – Eeeee você precisa me contar onde você se enfiou exatamente com ele!

“Nós fomos bem fundo minha querida amiga!” Renesmee sorriu causando ainda mais curiosidade em Norrie.

- Lembra da situação com o meu pai? – Renesmee se sentou ao lado da amiga na cama, abaixou-se e começou a tirar suas botas. Sarah confirmou positivamente e ela prosseguiu – Achamos ele. Jake esteve me ajudando nisso esses dias.

Isso era tudo o que ela podia dizer no momento, é claro que quando voltassem a Forks Nessie revelaria toda a verdade a melhor amiga, mas no momento era tudo o que ela precisava saber. Sarah desde o inicio esteve ao seu lado, mesmo apenas sabendo que Charlie estava desaparecido, os detalhes da chantagem e do roubo foram omitidos.

- isso é...tão fofo! – Sarah levou a mão ao peito derretida.

- Eu sei! – Nessie tirou as botas trocando-as por seu all star. – Sabe, ele não é tão idiota – deu de ombros amarrando o cadarço.

- ESPERA AI! Você, Renesmee Swan está admitindo isso? – Sarah se levantou em um rompante, dramatizando a situação – O que realmente aconteceu entre vocês dois?

Nessie suspirou sorrindo de lado. Ela poderia adiar esse momento e contar o que havia acontecido à amiga mais tarde, ou contar agora. De qualquer maneira ela não poderia omitir isso.

- Nós... – gesticulou as mãos procurando por palavras – Você sabe... – mordeu os lábios nervosamente – Tivemos uma daquelas discussões de sempre e acabamos...na minha cama.

Sarah teve apenas duas reações: arregalar os olhos e abrir a boca. Nenhum som saiu dela, ela era incapaz de se movimentar ou formar frases de tanto espanto. Quando Norrie estava prestes a se recuperar a porta do quarto foi aberta por Mrs Evans, com seus óculos no topo da cabeça e prancheta embaixo do braço.

- Renesmee Swan! – a loira baixinha caminhou até estar ao lado de Sarah, de pé a frente da cama – É bom vê-la fora do banheiro, finalmente!

As duas sorriram, e Sarah lutou para, pelo menos fechar a boca mudamente.

- Estou bem melhor, Mrs Evans.

- Isso é ótimo! Vejo que os remédios que mandei por Norrie fizeram efeito!

- Sim! – Nessie não tinha idéia do que ela estava falando... – Muito obrigada, eles salvaram o meu passeio!

- Fantástico! Agora vamos lá! – Mrs Polly bateu palmas chamando-as a acompanhá-la até a porta – O ônibus que irá nos levar ao National Mall irá sair em 20min. Vamos meninas!       

 Nessie se levantou e puxou a amiga pelo braço, redescobrindo os sentidos após o choque, Sarah cambaleou ao ser arrastada pela amiga. As duas passaram juntas pela porta, e caminharam pelo corredor até o elevador a dois passos atrás de Mrs Polly.

- O quão bom foi? – aparentemente Norrie havia encontrado sua voz, que saiu em um sussurro para que Mrs Polly não a ouvisse.

- Fodidamente bom! – Nessie sorriu ao entrarem no elevador.

- Doeu?

- Fodidamente sim!

As portas se fecharam assim que a professora apertou o botão do térreo.

Uma hora depois, todos desciam do ônibus de maneira organizada, Mrs Polly fazia a vez do guia turístico e apontava os monumentos ao redor do grande parque em que estavam, dizendo-lhes os nomes e contando sua historia. Os alunos estavam dispersos pela grama verdinha, aproveitando o sol da manhã de Washington. Polly apontava os museus ao redor enquanto Alice, que tinha uma câmera profissional pendurada a seu pescoço por um cordão, tirava foto de tudo que tinha vida ao seu redor.

Edward e Bella também se misturavam ao pequeno grupo de estudantes, olhando tudo ao redor e fazendo qualquer tipo de comentário. Jake e Nessie, como parceiros estavam ao lado um do outro sempre, aquela desculpa nunca fora tão oportuna.

- O que sua amiga inventou ao seu respeito? – Jake perguntou enquanto caminhavam com os outros alunos em frente a um chafariz.

- infecção intestinal – Nessie sorriu erguendo o rosto para fita-lo. Aquele moreno idiota nunca pareceu mais sexy do que estava agora a luz do sol, de óculos escuros e camisa preta. – E você?

- Dor de cotovelo – deu de ombros. Um dos garotos de sua turma passou por eles correndo, dizendo que iria tirar a roupa e tomar banho no chafariz. Jake gargalhou alto, e Nessie sentiu vergonha por conhecê-lo.

- Como assim? Dor de cotovelo? – decidiu esquecer o garoto maluco.

- Sam disse que eu estava triste demais para sair do quarto, já que a minha namorada – ele disse a ultima palavra com uma careta – não pode vir.

- Leah não esta aqui? – Nessie involuntariamente olhou ao redor procurando pela loira falsa e não a encontrando.

- Não. Problemas familiares. – o moreno deu de ombros fazendo pouco caso.

A pequena Swan encarou-o confusa. Embora não tivessem anos de amizade, ou fosse tão próxima a ele, sabia de alguma forma que Jake estava omitindo algo sobre esse assunto. Havia algo a mais naquele problema de família, podia sentir.

- Que chato. – ela revirou os olhos sinicamente. Não tinha como no inferno sentir falta de Leah.

- Eu acho ótimo... – ele passou seu braço ao redor da cintura dela colando seu corpo pequeno ao lado dele. Nessie ofegou com a proximidade e amaldiçoou a todos ao seu redor, que a impediam de se esticar sobre o pescoço de seu parceiro e aproveitar o momento. 

Os dois passaram os minutos seguintes assim, brincando, provocando um ao outro e tentando a todo custo manter suas mãos para si mesmos. Era evidente o novo nível de relação entre eles. Afinal, haviam passado por muita coisa juntos nos últimos dois dias. As brincadeiras continuaram e eles não perceberam que Alice e sua câmera registravam tudo.

O grupo de estudantes seguiu sua caminhada pelo parque, os jovens cheios de vida com suas brincadeiras e conversas animavam o percurso. Os garotos de Forks nunca pareceram tão animados a luz do sol.

Edward e Bella resolveram se juntar a Jake e Nessie na caminhada até o próximo destino, o instituto de pesquisas Smithsonian. Os quatro conversavam animadamente sobre a ação do ultimo dia e como estavam tão aliviados por tudo estar acabado, quando Nessie sentiu Jake enrijecer ao seu lado.

Ele havia congelado o próprio sorriso e fitava um ponto a frente, as mãos fecharam-se em punhos e sua expressão era completamente diferente do menino simpático, doce e provocador de sempre. Jacob estava preocupado, furiosamente preocupado e tenso.

Nessie seguiu o seu olhar e viu as viaturas da policia estacionarem na esquina. Sua respiração foi suspensa por uns segundos. De dentro do primeiro carro saiu o mesmo policial que os perseguira em NY, acompanhado de outros agentes. Ela engoliu em seco e precisou agarrar-se ao braço de seu parceiro para não cair.

Os homens avançaram e se aproximaram do grupo de estudantes antes que alguns deles pudessem terminar de subir os degraus do prédio do instituto Smithsonian. Mrs Polly notou a aproximação dos policiais e caminhou ao encontro deles. Ela precisava saber se havia algo de errado, afinal cabia a ela proteger seus alunos.

- Riley Stryder – o homem se apresentou mostrando sua identificação. Uma grande insígnia do FBI foi atirada em seu rosto – Eu preciso levar cinco dos seus alunos comigo, imediatamente.

- O que? O que vocês querem com as minhas crianças? – a professora baixinha ergueu seu nariz arrebitado para encarar o homem que tinha o dobro de sua altura.

- Cinco de suas crianças, são suspeitos de roubo a propriedade privada.

Mrs Polly quase se engasgou com a noticia.

- Não é possível! Eu estive com eles durante todos esses dias, ninguém aqui roubou nada de nenhum museu!

- Acredito na senhora. Mas o roubo não aconteceu aqui e sim em NY. – tentou esclarecer já no limite de sua paciência.

- POR ISSO MESMO É IMPOSSIVEL. – Mrs Polly gritou na cara do homem, como um chiuaua furioso – É melhor o senhor voltar para a escola e ter aulas de geografia. Porque se o senhor não se deu conta, estamos em WASHINGTON!

Stryder revirou os olhos e sinalizou para que seu homens fossem ao encontro dos jovens suspeitos.

- Eu não lhe devo explicações sobre o caso. Estou levando-os comigo para esclarecimentos.

Mrs Polly bateu seus pezinhos furiosa no chão, ela fitou os grandes homens musculosos do FBI caminharem na direção de seus alunos e abordarem as irmãs Swan, Edward Cullen e Jacob Black. Os quatro que estavam em um canto conversando pareciam atônitos e assustados.

- Aquela baixinha ali também – Riley gritou para um dos homens apontando na direção de Alice Cullen, que estava um pouco afastada dos demais tirando fotografias do lugar.

O agente Stryder os acompanhou até os carros, ele ficou do lado de fora som um sorriso de canto vendo um por um entrar nas Blazers. A ultima a ser trazida por um de seus homens foi Alice que parou ao lado do carro e lhe fitou arrogantemente.

- O senhor quer, por favor, me dizer sobre que acusação está nos levando?

- A senhorita tem o direito de permanecer calada - sorriu cinicamente.

- EI CARA, EU SOU UMA CIDADÃ AMERICANA. EU TENHO OS MEUS DIREITOS! Espera... – Alice engoliu em seco arregalando seus grandes olhos - Eu estou sendo presa?

- Não, apenas sendo levada para prestar esclarecimentos.

- Então não me mande calar a boca!

Riley já desprovido de paciência a empurrou para que entrasse no carro. Ele fechou a porta e se debruçou contra a janela fitando a baixinha petulante do lado de dentro.

- Abaixe a sua bola garota. Eu sei quem você é, sei o que fizeram ontem e tenho provas. – sussurrou bem perto do rosto em choque de Alice – Isso lindinha se acalme, porque na cadeia baixinhas abusadas não duram muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente eu quero agradecer a Thainá Lira por ter criado uma page pra nossa fanfic explosiva no facebook! Quem quiser dar uma moral curte lá vai ;D
http://www.facebook.com/pages/Sleeze-Sister-Fanfic/173493342728453?ref=tn_tnmn
(se vcs forem boazinhas posso começar a postar lá spoiles dos próximos caps! Que tal?)
Agora as emoções do cap....CHARLIE NÃO É PAI DO GARRETT! *me sinto tão bem em poder gritar isso na minha janela*
Sim, eu sou uma vaca, vadia, louca, com uma mente demente que fico em casa pensando em maneiras cruéis de confundir vocês! (KKKKKKKKKKK) Mas então, para todas que estavam convictas da paternidade de Charlie o exame do ratinho deu NEGATIVO. Garrett não é filho dele!
Quem quiser re-ler os caps que afirmam isso : Capitulo 5 Planos de uma vingança/ 10 As coisas podiam piorar part I /, 14 O jogo de xadrez começa.
Eu deixei bem claro que Garret queria vingança e que prometera isso a sua mãe. Tbm deixei claro que Charlie era próximo de Jane. Então... Jane e Garrett acabaram descobrindo que foi o Charlie que destruiu sua familia. É só raciocinar e somar 1+1. Garrett que já tinha tendências ao crime só foi ainda mais motivado a essa vida pela vingança.
Loogo, Charlie criou um demônio com o qual ele não pode lidar. Ele primeiro foi o exemplo, para o Garrett rebelde, e depois o objeto, o alvo de sua vingança. EXPLICADO?
E pra quem não entendeu como a Bella conseguiu trocar o anel deixe seu reviw que eu desenho! Rs
E AS VERDADEIRAS SLEEZE SISTER? Me digam oq acharam!! Alguém ai já imaginava? Suspeitava? Ham ham? Huahsua
*pausa para o: Momento tenso* Sei que esse final foi cruel, mas foi necessário! No próximo vcs irão saber qual é a do Jacob! Prometo muuuuuuuitas emoções! E não demorar tanto pra att!
Beijosz e deixem seus reviws vadias! *----*