O Dia-a-dia (quase)normal de Um Filho De escrita por Mi-chan_Leto


Capítulo 7
Capítulo 7- Welcome Now To My Planet Hell, Parte I


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora, quando já estava no baile tive uma idéia que espero que vocês gostem e comecei tudo de novo... Aqui está espero que gostem, boa leitura!



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Outubro. Um bimestre sem nenhuma espécie de problema escolar muito grande, e problemas com monstros bem controlados. Embora tenha estranhado que mais de três monstros de aparência bem semelhante tenham me perseguido.

  --Nico, você vai com a gente?—perguntou Annabeth lá de baixo.

  --Não, vou a pé mesmo—respondi.

  --Então ta, tchau—disse ela sendo seguida por todos os outros.

  Ai, ai, ficar sozinho em casa de manhã, coisa rara. A Annabeth fica preocupada comigo, temendo que eu atrase, e não me deixa sair muito tarde de casa, mas como hoje eles vão sair mais cedo, tenho um tempinho sozinho.

  --Tchau!—respondi, acenando da janela para eles.

  Me joguei na cama e fiquei curtindo o silêncio antes de sacar que silêncio eu posso ter na biblioteca da escola. Resolvi fazer uma coisa que não fazia há muito tempo.

  Liguei o som e coloquei meu pendrive nele e comecei a escutar música no alto falante. Toda vez que eu ia escutar música em qualquer lugar, até mesmo aqui em casa, tinha que ser no fone, porque é raro eu ficar sozinho, e não coloco música que os meninos não gostem por ser falta de respeito.

  Não se passaram dez minutos ouço meu celular tocar. Pego ele correndo e desço para atender.

  --Nico, você ainda está em casa? Vá para a escola senão você se atrasa!—Nem preciso dizer quem é.

  --Tá bom!

  --Eu vou te ligar depois e quero ouvir pessoas da escola falando no fundo, ok?

  --Tá bom, mamãe!

  --Tchau, filhinho!—respondeu ela rindo

  Desliguei o som, peguei a minha mochila e saí a caminho da escola.

  Logo na entrada da escola encontro uma faixa falando do baile de halloween, que se realizaria no halloween (Não, Jura?!) dentro da nossa escola. Todos que passavam encaravam a faixa, eufóricos, e começavam a comentar a roupa que iriam usar, se iam de fantasia em comum, o qual legal ia ser, etc.

  Sinceramente, eu podia pegar qualquer dos objetos do acampamento e fingir que estava de fantasia, então não ia me preocupar muito com um baile que eu nem sei se vou.

  --Nicooooooooooo—ouço uma voz feminina alta e sinto alguém me abraçando por trás—de que você vem no Halloween, de Drácula?

  --Lauri, não me assuste desse jeito—reclamei,me soltando do abraço. Oh, é mesmo, vocês não sabem quem ela é. Laura é uma menina maravilhosa, a mais bonita da escola, mas não liga para esse tipo de coisa. Ela é inteligente pra caramba, muito boa nos estudos, um enorme senso de cultura, e não é chata nem vaidosa, nunca a vi de maquiagem e não liga para nada que as garotas normais costumam ligar. Nos tornamos amigos (sim, somos apenas amigos), e não costumamos andar muito separados.

  --Você gosta desse tipo de coisa?

  --Por que? Você não?

  --Não estou lá muito empolgado... Você vem de que?

  --Ainda não sei, estou pensando se venho de Alice, ou de professora McGonnagal...

  Comecei a rir ao imaginá-la vestida de uma velha de 70 anos.

  --Vamos para a sala?—perguntou a Laura já me arrastando.

  --Eu por um acaso tenho alguma escolha?

  Ao chegarmos na sala, ela me acompanhou até o fundo para conversarmos (ela senta na frente, então só me fazia companhia no fundo até a aula começar).

  --O que aconteceu ontem, Nico-chan?

  --Ah, minha prima estava passando mal, eu precisava ficar lá para cuidar dela...

  Ela deu um sorriso misterioso antes de apertar minha bochecha e dizer que eu era muito “kawaii”

 Estava entretido na conversa quando as Tab chegaram.  Elas estavam eufóricas, e Thamyres falava com alguém ao telefone. A Sabrina e a Gabriela falavam rapidamente coisas para a Thamyres falar para quem quer que seja que esteja do outro lado da linha.

  --Calma, gente—pediu a Thamyres.

  --Quando ela vem?—perguntou a Sabrina

  --Manda um beijo para ela, pediu a Gabriela.

  --Já? Mas você falou tão pouco—Disse a Thamyres—diz pelo menos tchau para elas, faz tempo que elas não ouvem a sua voz. Gente, ela não pode demorar, se despeçam rápido—falou a Thamyres, passando o telefone para as outras.

  --Eu to com muita saudade, amiga, beijo. Também, outro, tchau.—disse Sabrina, coisa repetida por Gabriela.

  Não sei dizer o porquê, mas algo me prendia a atenção nessa conversa, como se fosse ser importante para mim.

  --O que ela te disse, Thamyres?—perguntou a Gabriela.

  --Que a mãe dela está pensando em vir para cá ano que vem, só tem que ver algumas coisas.

  --Mas só ano que vem? Faz tanto tempo que não a vemos pessoalmente...—reclamou Sabrina.

  --Não podemos arrastá-la até aqui, fazer o quê...

  --Você sempre presta atenção ao que elas falam.—comentou Laura, que me observou o tempo todo.

  --Não é sempre, essa conversa em especial me chamou a atenção, não sei o porquê. E você gosta de ficar analisando as pessoas.

  Ela sorriu e respondeu:

  --Sempre gostei de ler as pessoas, parece que vem de família...

  Continuamos conversando mas não por muito tempo, pois logo a Bárbara apareceu para interromper a nossa conversa com um assunto tão fútil quanto ela:

  --Com que fantasia você vem, Nico?

  --Drácula—respondeu a Laura sem nem olhar na minha cara—Não é?

  --Sim—respondi imediatamente.

  --Então ta—disse ela e saiu.

  --Laura, eu nem sei se venho.

  --Mas você vai vir sim, né? Por qual motivo você não viria? Não vou deixar você se transformar num anti-social diante dos meus olhos.

  --Eu já sou um...

  --Thamyres, Gabriela, Sabrina!—chamou a Laura acenando para elas. Quando elas chegaram ela perguntou:

  --Era a Thais?

  --Sim—respondeu a Thamyres sorridente.

  --Ela vem?—perguntou a Laura empolgada.

  --Não—respondeu Sabrina desanimada.

  --Que pena, o Nico ia amá-la. Ela continua otaku daquele jeito?

  --Ainda pior—falou a Thamyres.

  --Como ela é?—perguntei para puxar assunto.

  --Muito areia pro seu caminhãozinho—falou a camarãozinha recebendo olhares de advertência de Gabriela e Thamyres e de surpresa de Laura de começou rir, suspirando um “coitadinho”. A gente sempre trocava provocações, mas eu sempre conseguia um jeito de deixá-la constrangida (amo fazer isso com algumas pessoas) ela ficava vermelha e ficava em silêncio. Como as duas amigas já tinham decorado essa cena, tentavam evitar que a camarãozinha falasse esse tipo de coisa.

  --Você nem sabe o tamanho que ele tem... E se não for caminhãozINHO?

  --Eu sempre acho que tem o tamanho da humildade.—Ela ia se virar deixando todos surpresos por ela ter me respondido, e me ouviu murmurar:

  --Ah! Se eu te pego...

  Ela se virou imediatamente com um olhar desafiador no rosto, mas eu sabia que a pessoa tímida ainda estava dentro dela.

  --Ah, é? O que irá fazer se me pegar?—nessa hora um menino apontou e todos os presentes começaram a olhar para nós dois, pois a reação dela não fazia parte do nosso cotidiano normal.

  Me levantei, olhando firme para ela, mas consciente da curiosidade e temor das garotas ao meu lado. Cheguei bem perto dela, a ponto de colocar meu joelho entre as suas pernas, e enquanto ela olhava para cima, temerosa, eu falei:

  --Você quer mesmo saber? Comigo é só na aula prática, não vou poder te dizer...—Imediatamente ela abaixou a cabeça e as pessoas que estavam olhando soltaram um risinho de escárnio. Me abaixei para perto da orelha dela, meus cabelos que caíam roçavam em seu ombro—Você realmente fica engraçada vermelha desse jeito, cama... Opa, siri seria mais adequado neste momento. Agora sei porque gosto tanto de te provocar.—E me levantei com um olhar triunfante, sabendo que tinha vencido. De novo.

  Surpreendentemente, o sinal tocou na hora, deixando a cena parecendo de filme. Eu me sentei e assisti a camarãozinha indo se sentar raivosa com as duas indo atrás dela. A Laura se virou e disse:

  --Pô, Nico! Ela é gente boa, mas passou de brincadeira pra abuso agora.

  Como eu sabia que ela queria ir atrás da Camarãozinha,me virei para ela e disse:

  --Tchau Lauri, até o intervalo!

  --Tchau Nico—respondeu ela se levantando e indo sentar na frente.

  Estava no caminho pra ir embora quando ouço a Laura me chamar.

  --O que foi, Lauri?

  --Ouvi no banheiro feminino a Bárbara, sua prima e a escrava dela combinarem de virem fantasiadas das três noivas do Drácula.

  --Sério? Droga! Obrigada pelo aviso Lauri, tchau...

  --Tchau, Nico-chan, de nada.

  Repugnante, ia ter que arrumar outra fantasia para ir à festa. A Lauri não vai gostar, ela queria me ver de Drácula... Mas ela ia acabar concordando.

  Aproveitei que ninguém estava presente e me movi para a casa, jogando o tênis para o alto imediatamente após chegar, ligando o som e me jogando na beliche. Fiquei nesse estado durante um tempão, mas senti fome e fui para a cozinha encher uma tigela de cereal. Enquanto comia distraidamente, me assusto com alguém tocando meu ombro enquanto a música parava. Com o susto, levantei correndo e me pus em guarda.

  --Calma Nico, sou só eu—disse Percy—entramos mas você não nos ouviu, então mandei o Chris parar a música.

  --Cadê as garotas?

  --Foram levar uma garota lá para cima. Fomos lutar com um monstro e de repente ela aparece, faz uma cara de apavorada e desmaia. Ah! Temos que pegar um pouco de ambrosia e misturar com leite para ela, ela se machucou um pouco.

  --Por que vocês não a levaram para o hospital?

  --Pela cara dela, ficamos com medo dela poder ver através da névoa, não seria legal.

  --Então ta, vou lá no quarto levar ambrosia para ela então. Ela está no das meninas?

  Depois de vê-lo assentindo, fui buscar o pedido para levá-lo. Pus um terço de copo de ambrosia e o resto de leite, e pus numa bandeja para levar para ela. Quando estava chegando, ouço a Annabeth gritar:

  --Rápido Percy, parece que ela vai acordar!

  --Já estou chegando—falei, abrindo a porta do quarto.

  --AH! Oi, Nico!—diz Annabeth

  --Oi Anne, oi Clarisse.

  --Oi pra você também, mas você pode andar rápido?—disse Clarisse—ela já está se mexendo, to com medo dela não deixar a gente cuidar dela depois que ela acordar.

   Me aproximei da porta com o copo, e a Annabeth tomou ele da minha mãe e fechou a porta.

POV Annabeth

  Eu sentei do lado do travesseiro dela, levantei o pescoço dela e comocei a virar o líquido aos poucos. Depois de um tempo ela acorda, e olha pra mim e para o quarto com uma cara de estranheza.

  --Oi, meu nome é Annabeth. Trouxemos você para a nossa casa depois que você desmaiou durante o nosso treino de esgrima. Essa aqui é a Clarisse—a Clarisse acenou para ela—também estava comigo. Qual o seu nome?

  --Sabrina.

  --Se sente melhor, Sabrina?

  --Sim. Eram só vocês duas que estavam lá?

  --Não –respondeu Clarisse—Tinha mais dois meninos.

  --Hum—disse ela se sentando.

  --Beba isso—eu disse, oferecendo o copo para ela.

  --Como isso é bom—exclamou ela após provar.

  --É uma receita de família—disse Clarisse, trocando olhares comigo.

  --Vamos para a sala? Quero fazer uns curativos no seu braço, e lá é mais claro...

  --Não precisa se incomodar Annabeth, eu mesma faço em casa.

  --Nós te trouxemos até aqui para cuidarmos de você e vamos te deixar ir embora com o serviço incompleto? Clarisse, pegue a caixa com os curativos.

  Desci as escadas com a Sabrina atrás de mim, e fui para a sala, onde o Nico estava tocando guitarra num volume baixo.

  --Onde estão Percy e Chris?

  --No banho—respondeu ele, levantando a cabeça.

  --Di Ângelo? O que faz aqui? --Ouvi a Sabrina exclamar atrás de mim, assim que chegou ao pé da escada.

  --Vocês se conhecem?—Perguntei, pasma. Depois que passou a expressão de choque do rosto do Nico ele disse:

  --Oi pra você também camarãozinha...

  --Camarãozinha é a mãe, caramba!—disse ela irritada.

  Clarisse chegou com a malinha, e eu fiz a Sabrina se sentar no sofá e estender o braço para eu poder limpar antes de fazer o curativo.

  Ouvi a Sabrina arfar e olhei para ela, que olhava para mim com uma cara de quem lembra de algo.

  --É ela mesma—falou Nico antes que ela dissesse alguma coisa, enquanto afinava a guitarra. Olhei para ele com uma interrogação na cara e ele se explicou—Ela tinha a sensação de te conhecer, provavelmente, agora que te viu comigo se lembrou que te conhecia do dia que você me puxou pela mão da escola.

  --Vocês são da mesma sala?—perguntou Clarisse.

  --Sim—ela respondeu.

  Clarisse olhou para mim com uma cara de “quem diria”, e se jogou no sofá. O Nico começou a tocar Planet Hell do Nightwish na guitarra e de repente a Sabrina levantou a cabeça como se ele tivesse chamado o nome dela. Deu um tempo e ele começou a cantar baixinho:

  Denying the lying                               Negando a mentira

A million children fighting                  Um milhão de crianças lutando

For lives in strife                                  Por vidas na guerra

For hope beyond the horizon              Por esperanças além do horizonte


  Fiquei parcialmente surpresa ao ver o braço dela ficar todo arrepiado imediatamente após ouvir a voz do Nico, que realmente era linda. Surpreendendo a nós três, Sabrina começou a cantar, numa voz maravilhosa e delicada, a parte feminina da música:

A dead world                                                Um mundo morto

A dark path                                                  Um trajeto escuro

Not even crossroads to choose from            Nem mesmo caminhos cruzados para escolher

All the bloodred                                           Todo aquele sangue vermelho

Carpets before me                                       Como tapetes diante de mim

Behold this fair creation of God!                Contemple essa justa criação de Deus

Percy e Chris desceram pra ver quem estava cantando, e pararam maravilhados ouvindo os dois cantarem.

My only wish to leave behind

All the days of the Earth

An everyday hell of my kingdom come

Meu único desejo é deixar pra trás

Todos os dias da Terra

Um inferno diário do meu reino se aproxima



The 1st rock thrown again

Welcome to hell, little Saint

Mother Gaia in slaughter

Welcome to paradise, Soldier

A primeira pedra jogada outra vez

Bem-vindo ao inferno, pequeno Santo

Mãe Gaia na matança

Bem-vindo ao paraíso, Soldado

My 1st cry neverending

All life is to fear for life

You fool, you wanderer

You challenged the gods and lost

Meu primeiro choro nunca acaba

Toda vida é para temer vivê-la

Seu tolo, seu viajante

Você desafiou os deuses e perdeu


Nessa hora ela se levantou com um sinal meu e se sentou do lado dele para os dois cantarem juntos.

Save yourself a penny for the ferryman

Save yourself and let them suffer

In hope

In love

This world ain't ready for The Ark

Save yourself a penny for the ferryman

Save yourself and let them suffer

In hope

In love

Mankind works in mysterious ways

Welcome down to my Planet Hell

Save yourself...

Salve para si uma moeda para o barqueiro

Salve-se e os deixe sofrer

Na esperança

No amor

Esse mundo não está pronto para a Arca

Salve para si uma moeda para o barqueiro

Salve-se e os deixe sofrer

Na esperança

No amor

A humanidade trabalha em maneiras misteriosas

Bem-vindo ao meu Planeta Infernal

Salve-se...

  Assim que eles terminaram começamos a bater palmas, abismados.

  --Nico, você nunca cantou assim perto da gente...—comentou Clarisse.

  --Hoje me deu vontade de cantar. E elogios mesmo merece a camarãozinha que cantou uma música como essa sem aquecimento vocal.

  --Mas eu desafinei duas vezes na segunda parte...—comentou ela tímida, se levantando e indo sentar do meu lado de novo.

  --Oi, eu sou Chris, e você simplesmente ARRASOU!—comentou ele.

  --E eu sou o Percy, vocês dois estão de parabéns! A propósito, se sente melhor?

  --Oi, eu sou a Sabrina, desculpe o incômodo que causei a vocês... Me sinto sim...

  --Incômodo nenhum querida, isso pra mim não é trabalho.—disse eu, sorrindo ao ver que ela continuava arrepiada do jeito que ela estava quando Nico tinha acabado de começar a cantar.—Nico, você arrasou na guitarra, sua voz é tão diferente da do Marco, mais suave, mais...—me contive antes de dizer sedutora, senão o Percy ia me matar.

  --Exceto na parte que ele diz “Welcome to my planet Hell”, a voz dele ficou assustadora...—completou Sabrina.

  --Pelo visto assustador é a única coisa que eu sei ficar...—disse ele rindo.—A propósito, de onde você conhece Nightwish? Você tem cara de quem só escuta pop.

  --É a minha banda favorita no mundo todo, sei todas as letras de cor...

  Na hora me veio uma coisa à cabeça:

  --Todas mesmo?

  --Sim—respondeu ela, suspeitando a pergunta, e fazendo uma careta por causa do remédio nos seus ferimentos.

  --Nico, qual o nome daquela que eu amo?—perguntei com uma expressão maligna no rosto.

  --A Wish I Had An Angel... ?

  --Toca ela…? Pedi com cara de cachorro que caiu da mudança. Todos olharam com uma cara de expectativa para ver se eles iam topar, mas o Nico logo estragou o prazer.

  --Não acho que a camarãozinha agüente...

  Ela respirou fundo para não xingá-lo pelo “camarãozinha”, provavelmente, e com medo de desagradar, ela olhou para o Nico e falou:

  --Acho que consigo se você abaixar o tom um pouco.

  --E outra, é só a guitarra, a música vai ficar MUITO mais fraca—apoiei.

Ele pegou a guitarra e começou a tocar a que pra mim era um monte de notas aleatórias e perguntando qual estava bom. Quando ela aprovou um, ele bateu na borda da guitarra contando e na quarta batida os dois começaram a cantar juntos:



I wish I had an angel

For one moment of love

I wish I had your angel tonight

Eu desejo ter um anjo

Para um momento de amor

Eu queria ser o seu anjo esta noite

Deep into a dying day                                                  Afundada num dia morto

I took a step outside, an innocent heart                       Eu dei um passo para fora de um inocente♥

Prepare to hate me fall when I may                     Se prepare para me odiar,caia quando eu o fizer

This night will hurt you like never before                   Essa noite te machucará como nunca antes


Old loves they die hard                                                Velhos amores, eles custam a morrer

Old lies they die harder                                                Mas velhas mentiras custam mais.

I wish I had an angel                                                 Eu desejo ter um anjo

For one moment of love                                            Para um momento de amor

I wish I had your angel                                             Eu queria ser seu anjo

Your Virgin Mary undone                                       Sua Virgem Maria desfeita

I'm in love with my lust                                            Estou apaixonado pela minha perdição

Burning angel wings to dust                                    Queimando asas de anjo até o pó

I wish I had your angel tonight                                Eu queria ser o seu anjo essa noite

I'm going down so frail and cruel                               Eu vou desmoronar tão frágil e cruel

Drunken disguise changes all the rules                      Um bêbado disfarce muda todas as regras

Old loves they die hard                                                Velhos amores, eles custam a morrer

Old lies they die harder                                                Mas velhas mentiras custam mais.

I wish I had an angel                                                 Eu desejo ter um anjo

For one moment of love                                            Para um momento de amor

I wish I had your angel                                             Eu queria ser seu anjo

Your Virgin Mary undone                                       Sua Virgem Maria desfeita

I'm in love with my lust                                            Estou apaixonado pela minha perdição

Burning angel wings to dust                                    Queimando asas de anjo até o pó

I wish I had your angel tonight                                Eu queria ser o seu anjo essa noite

Greatest thrill, not to kill                                          O melhor suspense, não pra matar 

But to have the prize of the night                             Mas pra ter o melhor prêmio da noite

Hypocrite, wannabe friend                                       Hipócrita, amiga falsa

13th disciple who betrayed me for nothing!            13º discípulo que me traiu por nada

Last dance, first kiss, your touch, my bliss       Última dança, primeiro beijo, seu toque, minha alegria

Beauty always comes with dark thoughts      Beleza sempre vem com pensamentos sombrios

  --INACREDITÁVEL!—exclamou Clarisse depois que terminaram.—Vocês deviam montar uma banda.

  --Se eu conseguisse suportá-la, tentaria...

  --Há-há... Sou eu quem fica atazanando os outros com todo o tipo de brincadeiras insuportáveis!

  --Epa, vamos acalmar os ânimos, eu tenho que terminar os curativos dela.

  --Então, você disse que praticavam esgrima?

  --Sim—respondeu Clarisse—mas não somos muito bons.

  --Já tentei esgrima, mas sempre quis aprender arco...

  --Posso te ensinar... –Falei, fazendo com que cinco pescoços se virassem para mim surpresos.

  --Sério?!—reagiu ela, mas logo depois murchou de novo.—Não se incomode...

  --Não será nenhum incômodo, eu realmente amo ensinar. Você pode vir aqui nos fins de semana. Nesse mesmo já pode começar, eu te arrumo um arco.

  --Tem certeza...?—perguntou ela desconfiada. Quando a esmola é demais até o santo desconfia.—não quero te causar problemas.

  --Absoluta. Nem acredito que finalmente achei uma aluna... Sinto muita falta de ensinar.

  Ela pareceu satisfeita, então se acalmou.

  --Que horas posso encontrá-la?

  --Você pode vir aqui às duas da tarde.

  --BTW, onde é aqui?

  --Estamos a dois quarteirões ao sul da caixa d’água.—Ajudou Chris.

  --Ah, tá. Terminou?—perguntou ela surpresa, porque eu já tinha terminado há um tempo e ela ainda não tinha percebido de tão distraída que estava.—Eu tenho que ir.

  --Sim. Nico, leva ela lá na casa dela?—perguntei com um olhar cheio de significado para os outros. Que é claro o Nico interpretou errado, achando que eu fazia isso para deixá-los a sós. Ele me olhou com uma cara fechada e o Percy se pronunciou:

  --Estamos cansados do nosso “treino”, e as meninas ainda nem tomaram banho...

  --Eu atrapalhei vocês, desculpa...—disse a Sabrina de cabeça baixa.

  --Não foi trabalho, já disse, e o seu show recompensou—falei, animando-a.

  --Você gostou?

  --Sim, e só não insisto por mais porque já está escurecendo!—Falou Percy.

  --Então tá, vamos.—falou o Nico impaciente, ajudando-a a se levantar.

  Ele pegou o celular, colocou no bolso, pegou a chave e se dirigiu para a porta.

  --Cuidado—falei enquanto ele ia embora.

  --É, você é muito novo pra fazer certas coisas—falou Percy, fazendo todos nós rirem.

  Quando eles foram embora, me virei para eles e comecei:

  --Agora temos um assunto sério para conversar...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. A propósito, as músicas contêm mais spoilers que vocês imaginam. Escolhi a primeira pelo conteúdo mitológico, e a segunda pela letra cheia de significados. E também para tirar da camarãozinha essa imagem de fofinha bailarina.
Felm o que acharam nos reviews, para eu poder consertar no próximo!
Beijos



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