Save You escrita por Usagi


Capítulo 6
Capítulo 6 - Está apenas começando. (FINAL)


Notas iniciais do capítulo

E...E... E esse é o último capítulo >__>

Primeiramente, gostaria de pedir desculpas por ter demorado mais de um mês pra postar x__x

Primeiro, eu passei uma semana fora. Aí depois, eu tentava, tentava, E TENTAVA, mas não conseguia escrever esse último cap. decentemente. D:

Mas, ENTÃO, uma música trouxe a inspiração de volta!

Só que eu demorei pacas pra conseguir escrever .-.

Uhn, deixa eu pensar. Ah, sim. Não me matem.

Por favor ÓÒ

MAAAAS, chega disso.

Espero que vocês gostem mais do capítulo do que eu >_>

Mais notas no final.

Enjoy! õ//



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/107451/chapter/6

‘’ [...] – É tarde demais. – a voz daquele assassino ecoava pelo corredor escuro por onde eu andava. As paredes deste pareciam fechar-se sobre meu corpo á cada novo passo apressado meu. – Você não vai conseguir. Não conseguiu. – e deu uma risada fraca, como se estivesse satisfeito.

Ouço um grito.

Uma voz que me é familiar.

Matt.

- O QUÊ VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM ELE?! – gritei, começando á correr por aquele corredor, a escuridão aumentando á cada metro avançado. Uma lâmpada piscava vez ou outra, apenas tornando o ambiente mais assustador.

E eu continuava correndo.

Os gritos de Matt não cessavam, ele implorava por piedade, outrora chamava por mim.

Aquele corredor não terminava!

- Vai ter que ser mais rápido que isso para alcançar meu Matt e eu. – disse, com a voz descontraída. Aparentemente divertia-se com tudo aquilo. Bastardo. – Ah, me enganei. Você não vai conseguir, Mello.

- CALE A BOCA SEU MALDITO! – gritei ao nada, parando de correr e encontrando uma porta á minha frente. Pouso a mão sobre a maçaneta oxidada, mas esta se encontrava trancada. Voltei a tentar abrir a porta. Nada. Outra tentativa, a raiva já começando á tomar conta de cada gota do meu sangue. Nada. Estreito os olhos, amaldiçoando tudo e todos, e chuto a porta com força, de modo que acabei por quebrar a tranca.

Mal entrei naquele cômodo, e senti todo meu corpo paralisar, enquanto meu coração simplesmente subia para a garganta.

Aquele... Aquele homem...

- M-Mello... – murmurou, Matt, por entre um gemido. – Por... Por que... Por que você não quis me salvar?

O assassino o segurava nos braços, como se aninhasse uma criança, e um grosso filete de sangue escorria pelo pescoço do ruivo, que derrubava algumas lágrimas.

- Matt! Eu... Eu tentei... Por favor... Não... Não morra... – meus olhos embaçaram por completo. Eu queria tê-lo salvo! Não podia ter falhado! Estúpido! Maldito estúpido eu era! Inútil! – Matt... Não... Me perdoa... Eu...

- Ele nunca vai poder te perdoar por isso, Mello.- disse o assassino, fazendo uma expressão chateada, mas um tanto quanto cínica. – Você e sua lerdeza custaram-lhe a vida. – tocou o rosto de Matt, acariciando-o. - Você perdoaria? – perguntou, olhando-me com o canto dos olhos. - Responda-me, Mello. Você perdoaria? Não acha que pedir perdão é algo um tanto quanto...Estúpido? Tirar a vida do próprio amigo, e pedir perdão?

- CALE-SE! – falei, entre um soluço, sentindo uma lágrima arder em minha face, enquanto cobria meus ouvidos com as mãos. – CALE-SE!

- M-Mello... – murmurou o ruivo, fracamente, enquanto lentamente sua voz se perdia. – Por... Por que Mello? Por que...?

O rapaz tocou-lhe os lábios com as pontas dos dedos, antes de fechar os olhos do meu amigo, agora sem vida.

- É Mello... Por quê? – perguntou, e a fraca luz apagou-se, deixando-me em meio ao breu, apenas com os murmúrios de Matt ecoando-me na mente, e as lágrimas á escorrerem pela minha face.’’

- NÃO! – gritei, sentando-me na cama em um pulo, com as lágrimas á escorrerem pelo meu rosto.  – NÃO! NÃO MORRA! POR FAVOR! MATT! NÃO!

Senti um par de braços rodearem-me, e logo meu rosto estava afundado no peito de uma pessoa com um cheiro extremamente familiar.

- Está tudo bem. – murmurou Matt, enquanto passeava os dedos em meus cabelos. – Foi só um pesadelo. Já acabou.

Abri os olhos, com alguma dificuldade, enquanto a claridade me cegava um pouco.

Passeei os olhos pelo lugar onde eu estava.

Um quarto de hospital.

- Bom dia, dorminhoco. – disse Linda, com um aceno.

- Linda? O quê você... – perguntei, sendo interrompido por Matt, que pousou o indicador sobre meus lábios.

- Depois você pergunta. Por hora apenas... Descanse. – disse, libertando-me de seus braços e fazendo com que eu voltasse á pousar a cabeça sobre o travesseiro. Sorriu para mim, aliviado, enquanto acariciava meu rosto. – Você não sabe como estou feliz em ver você, em ouvir sua voz.

Olhei para meu amigo, que ainda sorria.

O rosto estava com alguns curativos, e em seu pescoço, onde o assassino havia feito um corte, havia uma bandagem, mas nada muito grande.

Ele estava bem.

Aquilo tudo tinha sido só um pesadelo. Matt estava vivo.

- Por quanto tempo... Eu dormi? – perguntei, fitando o teto.

Linda sentou-se ao lado de Matt em minha cama, brincando com a trança que prendia seu cabelo.

- Durante dois dias inteiros. Na verdade era para você ter ficado menos tempo apagado, mas a anestesia da cirurgia que fizeram para remover a bala da sua barriga foi em uma dose um pouco maior do que o necessário. – respondeu, balançando as pernas para frente e para trás. Encarei-a por um segundo. Por que ela estava aqui?

Voltei á olhar Matt, ainda um tanto quanto sonolento.

- Seus olhos... – murmurei, estendendo minha mão para lhe tocar o rosto. Ele ergueu as sobrancelhas, olhando-me, curioso.

- O... O quê tem eles? – perguntou, assustando-se um pouco.

Sorri, tocando-lhe a face.

-... Por que eles me transmitem tantas coisas boas? Por que eles sempre fazem com que eu me sinta melhor? Por que eles me entorpecem? – murmurei, enquanto Matt segurava minha mão. – O quê você fez para isso?

Ele sorriu, com os olhos úmidos.

- Eu que gostaria de saber... O que se passa por essa sua mente, idiota. – sussurrou, dando-me um leve tapa na cabeça. – Você tem a menor noção do susto que eu levei quando você desmaiou? Têm?

Seu tom de voz agora era sério, e o sorriso – o lindo sorriso – desmanchou-se.

- Talvez não tenha sido tão grande quanto o que eu levei quando você sumiu. – falei, desviando o olhar, enquanto voltava á sentar-me na cama. Acho que não voltaria á ficar tão assustado assim outra vez. Não nessa vida.

- Você poderia ter morrido, retardado! – aumentou o tom de voz, além de deixá-lo um pouco repreendedor, mostrando estar levemente irritado. – Como teve coragem de dizer que estava bem, considerando o estado em que se encontrava?!

- Você também poderia ter morrido. – respondi, dando os ombros.

- Ah Mello, cala a boca. – resmungou, cruzando os braços, amuando. Linda, por sua vez, apenas assistia á tudo em silencio, claramente divertindo-se.

- Cala a boca você, Matt. – respondi, segurando-me para não provocá-lo com um sorriso debochado. Á essa altura, a distancia entre nossos rostos era... De no máximo quatro dedos. E minhas bochechas coraram por completo devido á isso.

- Eu já mandei você calar a boc... – começou, mas eu o interrompi de uma maneira um tanto quanto... Incomum. Sinceramente. Nossos rostos estavam quase que grudados, e aquela parecia a única maneira eficaz – mesmo que houvesse uma boa chance de que eu acabasse levando um soco ao final daquilo – de fazer com que nós dois calássemos a boca.

Resumindo, eu o beijei.

E foi, com toda a certeza, a melhor coisa que já fiz.

Primeiramente, o ruivo simplesmente arregalou os olhos verdes, mas não desvencilhou-se de meus lábios. Alguns segundos depois, simplesmente rodeou-me o pescoço com as mãos, entreabrindo os lábios rosados, permitindo a passagem de minha língua, completando o beijo calmo.

Não. Nenhum de nós lembrou que por acaso, Linda estava ali também.

Mas que se dane.

Ficamos assim durante alguns minutos até que o – maldito – ar fez-se necessário. Lentamente separei seus lábios dos meus, corando até o ultimo centímetro de pele, enquanto abria os olhos lentamente, como se estivesse em êxtase.

Que fique só entre nós que sinceramente, sim, eu estava totalmente perdido em êxtase.

- Por que pararam? – perguntou Linda, olhando-nos com um sorriso travesso demais. - Vamos, não precisam ser tímidos, só finjam que não estou aqui.

Matt e eu a encaramos, incrédulos, por alguns segundos.

- Só por curiosidade, Linda. – comecei, erguendo as sobrancelhas, intrigado. – O quê você está fazendo aqui no hospital?

Ela deu uma fraca risada, enquanto começava á enrolar uma mecha do cabelo com a ponta dos dedos.

- Ah, nada de mais, só estou esperando vocês voltarem pra voltar também. – falou, dando os ombros.

- Nossa, - disse Matt, com um tom irônico. – como se fugir do orfanato e ser pega no flagra pelo Roger não fosse nada de especial.

- Você fugiu? – murmurei, não acreditando que a Linda pudesse ter feito isso. – Era por isso que você não ia dizer que fugimos?

- Com licença, mas não vim parar em um hospital como paciente, feito você e Mello. – respondeu á Matt, mostrando-lhe a língua, enquanto este amuava. – E sim, esse foi um dos motivos para eu não dedurar vocês á Roger. O outro, era que eu não sou dedo-duro, ok?

Dei um pequeno sorriso sem-graça.

- Uhn... Então, obrigado... – falei, dando os ombros, sem tirar aquele sorrisinho dos lábios. Era meio difícil de acreditar que a Linda pudesse fugir do orfanato. Quero dizer, estamos falando da Linda não é?

Bom, tanto faz. Eu estava com dor de cabeça, não ia ficar pensando sobre aquilo.

- De nada. – falou, sorrindo e levantando-se. – Vou avisar á Roger que você acordou.

E saiu, andando saltitante como sempre.

Ficamos apenas nós dois naquele quarto, e o silencio instalou-se rapidamente. Matt estava virado em direção á porta, de costas para mim, mas, mesmo assim eu podia vê-lo tocar os lábios lentamente.

Mesmo sabendo que o ruivo tinha retribuído meu beijo, senti-me inseguro. Senti medo de ter estragado tudo, afinal, com apenas um beijo, nossa amizade poderia muito bem ter ido para o espaço.

Lembra? Amigos-quase-irmãos não se beijam, nem nada do gênero.

Fitei o chão por alguns segundos. E se...

... E se eu quisesse ser algo além de melhor amigo dele?

Se eu quisesse ser... Algo como... Namorado dele?

Abaixei a cabeça, sentindo como se alguém tivesse atirado um saco de cimento em mim.

Eu gostava dele. Eu o amava. Nutria um sentimento que nem ao menos eu conseguiria explicar.

Suspirei.

Como se Matt fosse querer ficar comigo.

Por um instante, senti minha visão embaçar, enquanto meus olhos enchiam-se d’água.

Meu peito estava apertando.

- Por que você está chorando? – perguntou o ruivo, segurando meu queixo com uma das mãos, enquanto erguia meu rosto, com um sorriso meigo nos lábios.

Você por acaso já sentiu suas bochechas estalarem de tão vermelhas?

Graças á Matt, agora eu sabia muito bem como era isso.

- Por que... Eu... Eu... – comecei, gaguejando feito um retardado. -... Eu gosto de...

O sorriso do ruivo apenas aumentou, enquanto ele aproximava o rosto do meu.

- Deu pra ver que você é péssimo nisso. – disse, dando uma pequena risada, diminuindo a distância entre nossos rostos para apenas alguns milímetros. - Também amo você. – murmurou, tocando seus lábios nos meus, enquanto passava uma mecha do meu cabelo para trás de minha orelha, acariciando-me a face.

Senti como se houvesse uma borboleta hiperativa em meu estômago.  O que, foi, ao mesmo tempo, a pior e a melhor sensação que eu havia tido até então.

Separamo-nos após alguns instantes, porque ouvimos a voz de Roger se aproximando, e não seria algo muito legal se ele nos pegasse naquela situação.

Então tomei consciência de uma coisa:

Eu tinha matado uma pessoa. Que, neste caso, era um assassino. Mas, eu havia matado. Eu era um assassino como outro qualquer.

- Eu... Matt, eu... Matei... – provavelmente o ruivo não entendia nada do que eu estava falando, mas bastou seus olhos encontrarem os meus para que seu sorriso se desfizesse. – Aquele homem... Eu...

Quando constatei este fato, simplesmente meu estômago subiu para a boca, e a vontade súbita de vomitar que tive foi perturbadora.

Levantei - ignorando a forte dor que esta simples ação me causava -, saindo em disparada para o banheiro do quarto, deixando para trás um Matt confuso, mas não tão confuso quanto Roger, que naquele exato segundo entrava no cômodo.

Agachei-me em frente á privada, enquanto colocava tudo para fora. Meus olhos voltaram á se encherem de lágrimas, mas desta vez eu não pude evitar que elas transbordassem e manchassem meu rosto.

O quê diabos eu tinha feito?

- Mello! – ouvi a voz de Matt ecoar pelo banheiro, enquanto aproximava-se, preocupado. – Está tudo bem? – tentei falar, mas a única coisa que consegui foi vomitar outra vez. Acenei negativamente com a cabeça, enquanto as lágrimas caíam pelo meu rosto e eu tentava recuperar o fôlego. – Acalme-se. – pediu, agachando-se ao meu lado e passando uma das mãos em minha cabeça. – Quer que eu peça para Roger chamar uma enfermeira?

Voltei á acenar negativamente com a cabeça, conseguindo retomar um pouco da calma.

- M-Matt, eu matei aquele homem, não matei? – murmurei com um soluço fraco, secando uma das lágrimas com as costas das mãos.

Por um segundo, o ruivo desviou o olhar.

- Sim. – respondeu, encarando-me de leve.

- E o que... O que vai acontecer comigo? –Sentia medo da possível resposta. Mas, mesmo assim, eu precisava saber.

Matt respirou fundo.

- No fim das contas, você o matou em legitima defesa, não é? – começou, enquanto remexia um dedo no outro, demonstrando o quanto estava nervoso. Assenti com a cabeça. – Bem, devido ás circunstancias, você vai ter de fazer serviço comunitário até o fim do semestre. Além de Roger ter proibido á nós dois de sairmos do orfanato sem ele durante... Um belo de um tempo.

Era... Era só isso?

Eu não iria para um reformatório, nem nada assim?

- Você está brincando, não é? – perguntei, incrédulo.

O ruivo acenou negativamente, enquanto tentava decifrar o que se passava em minha mente.

Afinal, eu parecia... Feliz.

Mas que se dane.

Levantei com um pouco de dificuldade, porque, além de estar com o corpo todo dolorido, estava sem absolutamente nada no meu estômago.

E mesmo assim eu estava... Um pouco feliz, realmente.

É, provavelmente sou um idiota.

Mas não me importa.

Fui lentamente até a pia, escovei os dentes, lavei o rosto e fiquei encarando meu próprio reflexo por alguns instantes.

Como as coisas podiam ter mudado tanto em tão pouco tempo?

Como eu poderia ter mudado tanto?

Assim, tão de repente?

Suspirei.

 Eu, de alguma forma, não era mais ‘’eu’’.

- Pare de ficar encarando esse espelho. – falou Matt, parando atrás de mim. – Você mesmo falou antes. Acabou, Mello. Ficar se torturando não vai mudar nada.

Virei-me, parando-me exatamente á sua frente.

- Está errado. – respondi, enquanto o ruivo arqueava uma sobrancelha, um pouco confuso. Dei um pequeno sorriso. – Alguma coisa... Alguma coisa me diz que está só começando. Em vários sentidos.

Matt deu uma pequena risada, com uma expressão absurdamente meiga no rosto.

- Pode até ser. – foi até a porta do banheiro e girou a chave, trancando-a. – Mas, seja lá o que for acontecer daqui pra frente, - parou diante de mim, fitando-me no fundo dos olhos com aquelas orbes de um verde tão intenso. – eu vou estar do seu lado. – sorriu, entrelaçando sua mão na minha. - Para sempre. Vou estar do seu lado até o meu último instante. E isso, é uma promessa.

Sorri.

Eu acreditava naquelas palavras. Em todas elas. Como nunca acreditei em nada, nem em ninguém.

Afinal, eu o amava como nunca havia amado antes. E, o sentimento era recíproco.

Eu o protegeria com minha vida.

Estaríamos juntos.

Para ‘’sempre’’.

Então, sem uma única palavra á ser dita, nos beijamos novamente.

Fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E....Acabou. :)

Desculpem por ter feito o Mello sofrer mais um pouco, mas é que eu não resisti x3

Agora você pergunta: E O LEMON?!

Capítulo bônus, minha gente. :D

Mas esse provavelmente vai demorar. É que eu vou viajar sábado que vem e vou passar duas semanas fora x__x

Não sei se vou conseguir escrever o Lemon antes de viajar. ;-;

Espero que sim ^^

Ah, gostaria de agradecer MUITO á quem acompanhou a fic até o fim, quem deixou review e até quem não deixou, mas leu. x3

Arigatou Gozaimasu!

E, por favor, me digam o que acharam do capítulo, sim?

Eu realmente continuo achando que está ruim x__x

Obrigada por lerem, anjos.

Até a próxima fic. ^^

Kissus da Vick :****



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Save You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.