- Mine... escrita por Miss Malfoy


Capítulo 1
Luke Castellan encontra seu caminho.


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo grego!
Como vão vocês? Prontos para mergulhar em mais uma aventura de Percy Jackson?
Então, só algumas coisinhas, essa ideia foi muito repentina, então eu não tenho nada programado aqui ainda, portanto, este cap é só um teste para ver como vocês reagem à história.
Se eu receber reviews, prometo continuar com a maior lealdade, mas de verdade, se não tiver nenhum, vou partir pra outra.
Espero de verdade que gostem! (yn)


Boa Leitura!



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Eu andava até o mais alto prédio da avenida: o Empire Estate Building. Mais conhecido, no meu mundo, como Monte Olimpo. Tinhamos algo a resolver agora, algo que não poderia ser adiado, tínhamos um amigo para salvar.

Naturalmente, eu não podia fazer mais nada por ele. Mas sabia que vê-lo todos os dias o deixava alegre, e me deixava mais feliz saber de seu estado. Quem estávamos tentando salvar desesperadamente da morte? Luke, Luke Castellan, filho de Hermes, e o semideus que quase causou a destruição de todo o mundo Ocidental.

Mas ele era bom. Ele tinha mudado. Ele tinha sido o verdadeiro herói do Olimpo, quando todos acharam que eu seria. Todos nós deviamos a vida à ele. E agora, eu tinha que ser obrigado à vê-lo deitado em uma cama, sendo curado por Apolo, aos poucos, já que o Deus dizia que o danos tinham sido muito piores do que qualquer coisa que ele já tinha visto. Luke podia até ficar paralitico. Lembrei disso com um arrepio e atravessei a ruaem direção ao edifício.

As pessoas, como em todas as vezes que eu já tinha ido até lá, estavam absortas em seus afazeres, como se eu nem ao menos existesse. O porteiro mantinha os olhos atrás de uma revista, e quando pigarreei o tirando de seus afazeres ele me olhou irritado.

-O que você quer garoto? - perguntou ele, como se nunca tivessemos nos visto antes.

-Você sabe por que estou aqui. Preciso subir para o Olimpo.

Ele suspirou pesadamente, e pegou as chaves, indo em direção ao elevador.

-Os Deuses devem querer que eu seja aniquilado. Deixando os pirralhos passarem sempre...

-Eu posso subir. Você ao menos sabe quem sou?

O Porteiro sorriu maliciosamente, e enquanto a porta se fechava, disse:

-Não seja tão convencido Filho de Poseidon.

Eu estremeci, e chacoalhei a cabeça, tentando tirar aquele homem da minha cabeça. Odiava ter que passar por ele, mas era necessário ir ver se Luke estava melhor agora. Eu precisava saber se ele estava bem.

O elevador subiu, para minha ansiedade, lentamente até o andar de número 600, o Olimpo. Quando a porta dourada se abriu para a imensidade da cidade sagrada, eu respirei seu ar aliviado. Aquele lugar estava sendo nas últimas semanas a minha casa, e era tranquilizante saber que eu estava lá.

Segui diretamente para a sala dos tronos, cumprimentando alguns deuses pelo caminho, a alegria daquela família me contagiando. Mas no meu subconciênte a aflição continuava. Iria Luke conseguir sobreviver? No fundo eu sabia que esse não era o único motivo que me perturbava, mas não queria pensar nisso. Queria simplesmente fingir que aquele era meu único problema. Quem dera.

Quando entrei no local, encontrei o mesmo ar tenso de duas semanas atrás. Quando é que tudo isso iria acabar? Mas ninguém iria desistir. Luke se encontrava deitado numa espécie de cama, feita de pedra, coberto por um cobertor de seda branca, os olhos fechado e a cicatriz piorando nossa agonia.

Ao lado dele estavam Apolo, Hermes, Grover e uma linda garota de cabelos louros. Como me doía vê-la assim, e quando a via, tudo o que queria esquecer, enterrar, voltava à tona, me afogando em minhas mágoas. Annabeth segurava a mão do inconciênte Luke, os olhos completamente vermelhos de tanto chorar, algumas lágrimas de prontidão para cair. Quando cheguei à sala dos tronos, os deuses me fitaram, a expressão familiar de desespero nos rostos divinos.

Parecia que esperavam que eu pudesse fazer alguma coisa. Isso me irritava. Deixei minha mochila à um canto, ao pé do trono de meu pai que estava desocupado. Onde ele estaria hoje? Não me preocupei com isso. Afrodite veio de um canto, os olhos tristes, deu-me um abraço que retribui. Aquela sensação de acalento era precisada no nosso estado. Ela sorriu fracamente para mim, e então fui até o lado de meu amigo.

-Como ele está? - perguntei, mas corajoso do que aparentava.

-Está melhorando. - disse Apolo, tentando parecer convincente. - Mas as chances de sofrer algum efeito colateral... São imensas.

Annabeth fechou os olhos, deixando mais uma lágrima cair. Algo inquietou-se dentro de mim. Fiz questão de ignorar.

Ficamos assim, por algum tempo, apenas observando ele dormir, o que acontecia a maior parte do tempo, até que meu pai chegou. Ele acenou com a cabeça, para que eu fosse para fora com ele. Ansioso para deixar o lugar eu o segui.

Andamos pela beleza do Olimpo, calados lado à lado. Não sabia o que ele tinha a me dizer, mas ele parecia triste também.

-O que aconteceu pai? - perguntei, assim que chegamos à uma varando, escutando Nova York ao longe.

-Nada filho, nada. Não é nada com que tenha de se preocupar. Coisa minha.

-Pode me contar se quiser. Não faz mal botar pra fora de vez em quando.

Ele deu aquele sorriso solidário, fazendo os pés de galinha aparecerem em seu rosto. Aquele rosto lindamente paternal. Ele sentou-se à um banco de pedra e começamos a conversar.

-É Anfritite. Estou tendo problemas com ela desde então. Não tem nada com o reino, o problema mesmo é... Você. - ele disse um tanto sem graça.

Ótimo. Some esse a minha lista de problemas com deuses e você vai ver que a coisa não é muito agradável. Mas continuei parecendo indiferente.

-Hum... Sempre soube que ela não gostava de mim. - falei, arrancando uma gargalhada dele.

-É que ela não teve tempo para pensar nisso desde que toda a batalha aconteceu, e agora começou a querer conversar disso. Não que me incomode, você é meu filho e vou protegê-lo do que for, mas está começando a ficar sério. Sinto cheiro de divórcio aí.

-Isso é mal.

-Com certeza, e...

Antes que pudessemos continuar aquela conversa despreocupada Hermes veio ao nosso encontro, as asisnhas de seus tênis batendo como loucas, e no rosto um sorriso imenso. Tudo o que pude concluir é que agora estava tudo bem.

-Ele acordou! Ele acordou Poseidon! - Hermes disse, antes de se jogar nos braços de meu pai.

Eu não esperei pelos outros dois e saí correndo em direção à sala. Aquela adrenalina conhecida agitando meu corpo, uma felicidade me tomando. Algo idescritível á qualquer um. Ele tinha acordado, e agora saberíamos se ele ia ficar bem ou não.

Cheguei até lá e encontrei o lugar completamente mudado, rostos felizes, uma aura alegre emergindo de todos os deuses. E lá, bem no centro, estava Luke, sentado na cama de pedras, com Annabeth chorando de felicidade em seus braços.

Alguma coisa me brecou quando a vi ali, mas não deixei que isso me abalasse. Por mais que tivesse odiado Luke no passado, ainda me lembrava do herói que foi o único a conversar comigo quando ainda era um indeterminado, me lembrava do herói que matou Cronos e pensou que morreria, que o deixariamos morrer depois de tudo o que fez. Não ia deixar que aquela cena abalasse minha felicidade. Teriamos muito tempo para ficar nesse assunto.

Quando me viu, ele sorriu. A cicatriz famíliar se estendendo com os lábios. Eu andei até ele feliz, e quando cheguei lá, o abracei fortemente.

Pelo menos ele estava bem. Pelo menos Luke tinha conseguido se safar. Pelo menos isso em minha vida estava ficando menos terrível. O depois é que me assustava.  Ele me soltou e nos fitamos por longos instantes. Eu ainda não conseguia tirar a terrível sensação de que um dia o tinha olhado e visto Cronos em seu corpo de criança.

-Percy. - ele falou por fim, como se tivesse acabado de lembrar meu nome. -Você... Você então me perdoa, certo? - ele perguntou, daquele jeito maroto do qual me lembrava.

Meu sorriso se alargaou mais ainda.

-É claro que te perdoo... Amigo.

Ele riu baixo e fitou o chão com os olhos azulados. Mas logo voltou a fitar Apolo, sério. Percebi que o deus também não parecia muito radiante. Será que tinha perdido alguma coisa.

-Então é isso? Eu não vou mais poder andar? - ele perguntou, para o meu espanto.

-O quê? - falei, olhando de um para o outro.

-Eu disse que os efeitos colaterais eram sérios Percy. Luke perdeu o controle das penas, não pode mais andar sem o auxílio de uma cadeira de rodas, e não à nada que eu possa fazer. - Apolo conluiu amargo.

Olhei atônito para ele. Como assim não podia fazer nada? Ele era o deus que podia curar a todos, como assim não podia fazer nada? Mais Luke não parecia triste com isso. Ele ainda tinha um sorriso no rosto. Concluí que apenas estar vivo já era uma vitória para ele.

-Você vai ficar bem. - falei, dando tapinhas em seu ombro. -Pelo menos agora vou te vencer na esgrima.

E com esse comentário feliz, fiz metade da sala se encher de sorrisos e risadas novamente. Eu tinha esse dom, modéstia à parte. Por dentro, eu parecia um garotinho de oito anos que tinha ganhado um hamster. A felicidade me rodeava e me fazia querer pular e gritar. Então olhava para Annabeth e tentava não me deixar ser dominado pelo... Bom, pelo ciúmes.

A verdade era que eu sabia que agora que Luke estava de volta eu não tinha chances. Mas eu estava feliz por ter meu amigo de volta, então não discutia e pronto. Era isso, ou teríamos perdido alguém realmente importante.

-Agora, -começou Zeus. - acho que não tem problemas em ficar no Acampamento, certo? E assim todos vocês vão parar de ficar o dia inteiro nos importunando!

Todos nós rimos do mal-humor de Zeus. Aquilo queria dizer que tudo tinha sim voltado ao normal. Pelo menos ali no Olimpo.

-Não, não tenho mais problemas com aquele lugar. - Luke disse, com um sorriso de orelha à orelha cobrindo-lhe o rosto. - Vamos para lá agora mesmo!

-Tem certeza filho? - perguntou Hermes. - Certeza de que não quer ficar mais um pouco?

-Não pai. - ele disse, ternamente como eu nunca havia escutado. - Meu lugar é lá embaixo.

Hermes sorriu e assentiu. Então, todos nós nos despedimos, e com o auxílio de Annabeth para empurrar a cadeira de rodas que seu pai lhe deu, fomos todos para baixo. Uma van do Acampamento dirigida por Argos nos esperava do lado de fora, Dionísio devia ter se encarregado disto.

Mas eu não podia ir para  o Acampamento agora. Precisava passar para ver mais um enfermo, e deste eu precisa cuidar. Não tinha como fugir, não tinha como pedir ajuda à um deus, na verdade eu nem havia contado para eles. Eu queria que aquilo fosse só meu, já estava sofrendo o suficiente com o que estava acontecendo, não precisava de outras pessoas dizendo o quanto tinha sido irresponsável.

Enquanto eles entravam nna van, eu disse, lentamente escolhendo as palavras com muito cuidado.

-Hã... Vocês vão na frente. Se alguém puder, mande Blackjack me achar. Eu preciso resolver umas coisas antes de ir.

Eles me olharam curiosos. Annabeth no entanto me olhou preocupada. Eu não era de esconder nada dela, nem de negar uma boa estadia no Acampamento. Ela sabia que tinha algo errado.

-Percy, aconteceu alguma coisa? - ela perguntou, docemente.

-Não.. Não, nada com que tenham de se preocupar. Eu vou pra lá logo, prometo. Só mande Blackjack.

Ela me fitou por mais alguns segundos, e então assentiu, voltando a encaixar a cadeira de Luke no bando de trás.

-Hey, só não vai fugir de uma boa briga, ok? Eu ainda acabo com você. - Luke falou piscando.

Eu ri, e então segui meu caminho, à procura de um táxi. Na verdade o Hospital não era longe dali, mas eu queria um tempo para pensar, um tempo quietinho comigo mesmo. Achei um indo na direção do Hospital, e entrei, falando o endereço automaticamente. Assim como eu tinha visitado direto o Olimpo, estava visitando aquele local fazia uma semana.

Era horrível vê-la daquele jeito. Era horrível pensar nela daquele jeito. E o pior era saber que aquilo tudo era minha culpa. Chegamos, eu paguei o motorista, e entrei no edifícil, o interior branco e iluminado, aquele lugar me dava arrepios.

-Eu vim visitar o quarto de número 340. - falei, com o fio de voz que me restava para a recepcionista morena, que estava lá sempre.

Ela sorriu bondosamente para mim.

-É claro que veio. Você vem todos os dias. - Ela pegou a chave e seguimos pelo corredor dos quartos. - O que ela é sua? - ela perguntou curiosa.

-Ela... É minha mãe... - falei baixinho.

-Aah... Me desculpe... -a mulher falou desconcertada.

-Tudo bem. Acredite, já vi coisas piores. - falei sombriamente, a fazendo calar-se durante o resto do trageto.

Chegamos ao quarto e eu encontrei mamãe no estado de sempre. Ela sorriu para mim, por debaixo daqueles tubos e agúlhas, meu coração se apertando ao vê-la naquele estado deplorável. Eu me sentei ao seu lado, vi que ela tinha deixado a TV no canal do tempo.

-Então, como está Luke? - ela perguntou, rouca.

-Ele acordou hoje. Mas está numa cadeira de rodas. Não consegue mais andar. - falei, tentando parecer normal, mas vê-la assim me deixava doido.

-Que bom! - ela disse, seguido de um ataque de tosse.

-Mãe... -tentei começar o habitual discurso.

-Não Percy... - ela falou, pegando minha mão. - Não se desculpe mais uma vez. Está tudo bem, eu vou ficar bem. Prometo para você. Já deixei de cumprir alguma promessa?

-Não, mas...

-Sem mas então. Eu vou sair daqui, e então vamos todos passar umas férias. E prometo atacar o estoque de doces azuis da loja.

Eu sorri, mesmo que a contragosto. Ela estava sempre tentando ser forte, mesmo que nas circunstâncias, isso fosse impossível. Era isso o que eu mais admiráva em minha mãe. Eu tinha herdado essa força dela.

-Você vai sair dessa. - repeti.

Fiquei um tempo ao seu lado, até tirar um cochilo. Meu sonho não foi muito agradável. Sonhos de semideuses raramente são agradáveis, mas esse foi o pior deles. E para que tudo ficasse menos agradável, eu estava tendo este pesadelo desde que mamãe tinha ficado daquele jeito. Eu estava sonhando comm aquele dia. Os gritos aterrorizados dela, sua cara de espanto, Contracorrente sendo jogada longe, assim como eu sendo arremessado contra a parede...

Acordei de um salto com a mão de Paul em meu ombro. Ele me olhava atentamente, o rosto cheio de preocupação. Não sei como ele conseguia me olhar depois do que tinha feito, mas ele estava lá, não estava?

-Percy, você está bem? Estava se mechendo muito... Pesadelo? - ele perguntou.

-O de sempre. - disse, secando o suor da testa.

-Aliás, você já pode ir. Tem uma amiga sua aí embaixo, disse que está com Blackjack... Isso faz sentido? - ele falou confuso.

-Faz... Obrigado Paul. Obrigado por tudo. Se ela melhorar me avise, ok? E desculpe mais uma vez.

-Hey garoto! Não se preocupe tanto. Sally é forte. Ela vai sari dessa.

-É o que todos falam.

Peguei minha mochila jogada ao canto, e então me encontrei com Rachael e Blackjack.

-Rach! O que faz aqui? - perguntei, antes de abraçá-la.

-Ah, Quíron me mandou! - ela disse alegre.

-Ah...

Se Annabeth não tinha falado nada, era porque minhas suspeitas se confirmavam. Ela devia estar com Luke em algum canto do Acampamento, os dois conversando sobre coisas banais... Até que começariam a falar coisas bonitas um para o outro...

-Pers, quem é que está no Hospital? - Rachael perguntou, preocupada, me tirando de meus devaneios.

-Ah... Eu... Eu não posso falar... Me desculpe Rach, é que é meio pessoal. - falei, sem graça.

-Tudo bem, não precisa me contar tudo. Mas quando estiver pronto, eu estou sempre aqui, como uma amiga.

Encarei seus olhos verdes com satisfação. Sabia que podia sempre contar com ela.

-Valeu. Agora vamos logo, com sorte chegamos na hora do Jantar.

Ela riu e montamos nos nossos Pégasos, saindo para o ar gelado da noite. De repente, minha imaginação fértil, me levou a pensar algo: Rachael era muito mais fácil que Annabeth. Sempre fora. Não sabia porque estava com essa sensação, mas sabia que o resto do verão, seria horrível. Na verdade, seria o pior de todos.

A voz que escutei em minha cabeça só confirmou tudo. Percy, quando chegar ao Acampamento... Vai ter uma surpresa. Não sei se é boa... Mas espero que me perdoe. Meu pai disse isso, e então sumiu.

Eu suspirei pesadamente. Longo verão.


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Notas finais do capítulo

E ai? Enjoy?
TOMARA!
Então, se gostaram, eu quero reviews ;)

Beijiinhos: Miss Malfoy.



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