Narrado por Bella Swan

13 de setembro.

Hoje é o meu dia.

Dezenove anos.

Se fosse a outra época eu estaria levantando da minha cama e pulando como uma louca. Mas eu não me sentia assim, acho que é por causa dos últimos acontecimentos a minha volta. Suspirei cansada e olhei para o despertador, eram nove da manhã. Espreguicei-me e sentei em minha cama e o que foi que eu olhei no pé da mesma?

Um lindo buquê de lírios.

Nem preciso dizer que um sorriso bobo se formou em meus lábios, peguei o buquê e o cheirei, adorava aquele aroma. Fiquei que nem uma idiota e encontrei o cartão. É, obviamente que alguém tinha mandado pra mim. Abri o cartão e li:

Esta é só a primeira parte do seu presente,

Feliz aniversário Bella.

Não tinha assinatura e nem dava pra reconhecer a letra, porque foi um cartão impresso. Então, quem será que havia me mandado um buquê desses e ainda mais das minhas flores preferidas? Levantei da cama com o buquê nas mãos e saí de meu quarto, encontrei o Cullen assistindo TV, sentado preguiçosamente no sofá e entrei na cozinha encontrando Alice.

- Bom dia aniversariante – ela disse sorrindo e me abraçando – Feliz aniversário, Bells.

Eu agradeci e lhe mostrei o buquê.

- Quem mandou isso?

- Não sei, B – ela disse confusa – Edward que recebeu e colocou em seu quarto.

Edward?

Saí da cozinha e mordi os lábios. Eu odiava ter que falar diretamente com ele, eu sempre gaguejava ou alguma coisa do gênero.

- Edward? – o chamei.

- Eu – me encarou e seus olhos pousaram sob os lírios.

- Quem me mandou isso? – indaguei.

- Hm... Não sei – deu de ombros – A campainha tocou e eu recebi do entregador, vi seu nome no cartão e achei melhor colocar em seu quarto – falou como se fosse à coisa mais natural do mundo.

Fiquei confusa. Quem me mandaria flores e não diria quem era? Odeio ficar na curiosidade.

- A propósito – saí de meus devaneios ao escutar a voz de Edward – Feliz aniversário. – disse sorrindo lindamente pra mim.

- Obrigada.

Voltei à cozinha e Alice pegou o buquê de minhas mãos dizendo que iria colocar num jarro e que depois era pra eu colocá-lo em meu quarto. Eu apenas assenti e me sentei à mesa, para tomar meu café.

-xx-

Narrado por Edward Cullen

13 de setembro.

Acordei cedo naquele dia. Era o aniversário de Bella. Da minha Bella. Tomei um banho rápido, e vesti uma roupa qualquer. Meu plano inicial era ir até a floricultura e comprar o buquê, mas Alice desconfiaria se me visse saindo.

Bufei, pensando em como eu iria escolher. Eu nem sabia em qual floricultura ir. Decidi, por fim, dar uma olhada no Google.

Floriculturas em NY, digitei.

Não foi surpresa aparecer milhares de resultados. Revirei os olhos, procurando pela melhor, e que fosse próxima ao lugar que morávamos. Eu queria colocar o buquê antes que Bella acordasse, e conhecendo o trânsito de NY, era melhor procurar por uma aqui perto mesmo.

Dei uma rápida olhada no site, e gostei da aparência do local. Olhei o telefone e liguei.

Fiz questão de escolher o melhor buquê e Lírios – Bella amava Lírios –, e pedi que escrevessem um cartão impresso. Seria mais fácil assim. Dei as coordenadas e pedi que entregassem ao porteiro do nosso prédio. Fiz o pagamento online mesmo, e depois liguei para a portaria do prédio, pedindo que subissem com o buquê quando chegassem e me ligassem antes, para que eu pudesse abrir a porta.

Certamente se fosse Alice que abrisse, ela iria disparar a fazer perguntas ao porteiro, e ela logo descobriria que era eu quem estava mandando as flores.

Fiquei enrolando mais um pouco em meu quarto, e depois fui até a cozinha. Preparei uma tigela de cereais mesmo e a comi rapidamente. Troquei algumas palavras com Alice, descobrindo qual seria nosso destino nesse sábado.

Não precisava conhecê-la por anos, para saber que ela não ia deixar o aniversário de Bella passar em branco. Conversamos por alguns instantes, e logo meu celular tocou. Pedi a Alice que esperasse e me afastei, para poder falar melhor.

- Senhor Cullen, a entrega chegou. Posso subir com ela?

- Pode sim, obrigado.

Desliguei o telefone e voltei para a cozinha. Alice me encarava de uma forma completamente desconfiada. Mas não a indaguei o motivo, não queria ter que mentir para ela. Cerca de dois minutos depois, ouvimos alguém bater na porta. Fingi surpresa e Alice revirou os olhos.

- Quem será? O porteiro nem avisou... – comentou.

- Pode deixar que eu abro! – me apressei em dizer.

- Ok, né?

Corri até a porta e peguei o buquê. Dei uma generosa gorjeta ao porteiro – que eu não sabia nem ao menos o nome – e o agradeci.

- Flores? – perguntou Alice, assim que eu fechei a porta.

- Parece que são para a Bella... – disfarcei meu sorriso.

- De quem são? – tentou arrancar informação.

- Não sei, não vou abrir o cartão, né?

- Nossa... Parece que a pessoa conhece bem a Bella – comentou. – Escolheu logo Lírios...

- Bom, acho melhor levar até ela – desconversei.

Ela concordou e voltou para a cozinha, respirei fundo e fui até o quarto de Bella. Lá estava ela, linda. Bella ainda dormia tranquilamente Parecia que se uma pluma caísse no chão, ela acordaria. Mas eu sabia que ela tinha um sono pesado. Sorri, colocando o buquê em sua cama, e me ajoelhando logo em seguida.

Acariciei seu rosto, como se eu quisesse gravar cada pedaço ali. Ri baixinho, eu já havia gravado cada parte de seu corpo. Abaixei-me um pouco mais, e toquei seus lábios com os meus. Um rápido selinho.

Eu queria aprofundar o beijo, dizer que a amava. Queria tocar seu corpo. Senti-lo no meu mais uma vez. Queria poder chamá-la de minha, enquanto nos amávamos, mas eu não podia.

Suspirei, afastando nossos lábios e escovando suas bochechas com as mãos.

- Feliz aniversário, amor. Eu te amo.

E saí do quarto.

Alice não questionou minha demora, graças a Deus. Joguei-me no sofá de qualquer maneira, ligando em um seriado qualquer. Fiquei ali, olhando para a televisão, mas sem estar realmente prestando atenção no que passava.

Em minha mente, eu apenas tentava imaginar como seria se eu e Bella ainda estivéssemos juntos. Talvez ela e eu dormiríamos no mesmo quarto, e hoje eu a acordaria com um delicioso beijo. Ela diria um “eu te amo” e só sairíamos do quarto depois de nos amarmos loucamente, como fazíamos antes.

Balancei a cabeça. Eu precisava parar de ser tão emotivo e sentimental assim.

Não sei quanto tempo se passou, mas saí de meus devaneios, quando vi Bella parada a minha frente, me chamando. Sorri, vendo-a com aquele pijama extremamente sexy e o buquê nas mãos.

- Quem me mandou isso? – indagou, curiosa.

- Hm... Não sei – menti, dando de ombros – A campainha tocou e eu recebi do entregador, vi seu nome no cartão e achei melhor colocar em seu quarto – falei, tentando ser natural.

Parece que deu certo, Bella pareceu entrar em uma briga interna, acho que tentando descobri quem havia lhe mandado Lírios.

- A propósito – disse-lhe – Feliz aniversário. – sorri e a vi corar.

- Obrigada – agradeceu, voltando para a cozinha.

Suspirei, encostando minha cabeça no sofá.

Eu ainda vou te entender, Bella. Juro que vou. Prometi a mim mesmo.

-xx-

Narrado por Bella Swan

Eu passei o dia recebendo ligações, meus pais, meus avós, meu tio Carlisle, e alguns amigos. E óbvio que eu não esperava alguma felicitação vinda da tia Esme, ela devia me odiar com toda a certeza, mas também nem me importei.

Estava terminando de me vestir, na verdade eu estava me calçando. Olhei-me no espelho e sorri, estava bem casual e bonita: short jeans, uma blusa regata soltinha e listrada, sandálias de salto alto que eu adorava, cabelos soltos, maquiagem leve e óculos escuros. (n/a: look Bella) Meu irmão disse que me pagava o almoço hoje – babaca convencido que eu amo – e então toda a família se convidou.

Saí de meu quarto e dei de cara com o Cullen, ofeguei quando o vi. Estava gostoso demais: bermuda, camiseta, tênis e aquele Wayfarer que o deixava fodidamente sexy. Ele me avaliou de cima baixo e um sorriso torto apareceu em sua face.

- Está linda – elogiou.                                                                   

- Obrigada – murmurei.

Ele me deixou passar primeiro e eu fui andando até a sala, mais do que apressada. Encontrei a galera em peso, mas nem tive tempo de falar alguma coisa, pois um par de mãos me tirou do chão e só me senti esmagada num peitoral musculoso que eu já conhecia muito bem.

- PARABÉEENS IRMÃZINHAAA! – meu irmão urso dizia aos berros.

- Emmett – pedi, sufocada – Eu preciso respirar!

Meu irmão me soltou e eu pude ver que todos estavam rindo de mim, fui abraçada calorosamente pelo Jasper e retribuí do mesmo modo. Jasper pra mim era um segundo irmão.

- Feliz aniversário, pequena – ele disse em meu ouvido – Desejo toda a felicidade do mundo pra você!

- Obrigada – disse e o soltei.

Rosalie me abraçou apertadamente e ficamos pulando feito duas malucas. Como eu adorava essa minha cunhada linda. Como todos já estavam prontos, saímos do apartamento e fomos tagarelando até a garagem. Decidimos que iríamos até o restaurante num carro só, e o sorteado foi o Jeep do Emmett. Ele e a Rosalie foram à frente, eu, Edward e Jasper atrás, Alice estava no colo do namorado.

Meu irmão colocou um cd e fomos ao som de Black Eyed Peas até o restaurante que eu escolhi. O caminho não foi tão comprido e logo estávamos descendo do carro e entrando no recinto, escolhi uma casa de massas que havia ido com o pessoal da faculdade um dia desses. Pedimos uma mesa e eu sentei logo, Edward sentou a minha frente, Emmett ao meu lado e Rosalie a frente do namorado, Jasper se sentou ao lado da irmã e a Alice a frente dele.

Pedimos umas duas lasanhas de sabores diferentes e ficamos conversando bobagens até a comida chegar. Eu notava que a todo instante Edward ficava me encarando, e quando nossos olhares se cruzavam eu tratava de olhar para outro canto. Não demorou muito e as lasanhas chegaram e começamos a nos servir.

Continuamos a conversar e a comer. Já estávamos satisfeitos e Emmett pediu a conta, até que do nada, um garçom trouxe uma torta pequena de chocolate com morangos que continha uma vela acesa. Eu enterrei meu rosto em minhas mãos e ouvi a galera começar a cantar “parabéns” e todos que estavam no restaurante também.

Voltei a abrir os olhos e senti meu rosto queimar, devia estar atingindo todas as tonalidades de vermelho. Sorri envergonhada e fuzilei meu irmão com os olhos, mas ele não estava nem aí, batia palmas e cantava alegremente. A cantoria finalmente terminou e eu cortei o primeiro pedaço entregando-o justamente para a mala do meu irmão mais velho, que ficou todo bobo, normal.

Emmett pagou a conta e voltamos para o apartamento na mesma harmonia da ida. Assim que abri a porta da minha casinha linda, eu me joguei no sofá e tirei as sandálias. Alice se jogou ao meu lado e deitou a cabeça em meu ombro. Emmett se sentou numa das poltronas e puxou Rose para o seu colo, Jasper e Edward se sentaram no chão, sob o tapete felpudo.

- O que vamos fazer a noite? – Emmett indagou.

- Lógico que vamos sair para uma boate e dançar até o amanhecer – falou a minha prima empolgada e eu ri.

- Por mim tudo bem – falei, dando de ombros.

- Eu falei com o pessoal – disse Jasper – Alguns amigos que já iam pra boate mesmo.

- Ah... Sim. – assenti.

Nós já tínhamos feitos alguns amigos, é claro, e só tínhamos uma semana de aula. Ficamos ali na sala conversando e procurando um canal na TV. Já passava das oito da noite quando Rosalie disse que ia pegar um negócio no apartamento dela e que já ia começar a se arrumar, Emmett e Jasper foram também. E eu achei melhor fazer o mesmo, pois eu queria me produzir bastante para essa noite.

Com a minha família aqui, eu acabei por me esquecer do meu remetente secreto. Mas foi só entrar em meu quarto e ver o vaso de lírios em cima do meu criado-mudo que eu suspirei, e a curiosidade acabou voltando. Peguei o cartão e o li novamente, quem seria?

Bufei impaciente e abri a porta do meu closet, procurando alguma roupa legal para vestir. Fiquei alguns minutos tirando e colocando cabides quando me assustei com o barulho da minha porta, eram Alice e Rosalie, as duas seguravam uma enorme caixa branca.

- O que vocês...

- Surpresa! – exclamaram juntas, me interrompendo.

- Trouxemos o nosso presente de aniversário pra você. – disse Rose e me entregando a caixa.

Sorri para as duas malucas e peguei a caixa, colocando-a em cima de minha cama e a abrindo em seguida. Ofeguei com tamanha surpresa ao ver o belíssimo vestido que lá havia.

- Nossa – murmurei.

- Feliz aniversário, Bella! – disse Alice, abraçando-me de lado.

- Obrigada garotas! – disse feliz e tirando o vestido de lá.

- Nós o vimos numa vitrine e achamos a sua cara – Rose falou, exultante.

- E compramos para te dar de aniversário – Alice completou – E você vai usá-lo hoje!

Eu assenti feliz, parecia uma criança que tinha acabado de ganhar aquele brinquedo que tanto queria. Eu abracei as duas apertadamente e agradecendo mil vezes, é claro. Elas saíram contentes e cada uma foi se arrumar.

Deixei meu vestido lindo em cima de minha cama e fui para o banheiro. Demorei mais do que o necessário debaixo da água quente e depois saí, secando-me com calma. Saí do banheiro e fui até meu closet, procurar um lingerie. Encontrei um preto e o vesti, ainda de roupão fui fazer minha maquiagem. Marquei meus olhos como gostava de fazer, passei um leve gloss em meus lábios e também um pouco de blush.

E agora a indecisão era o que fazer com meu cabelo. Decidi por prendê-lo num coque frouxo, deixando alguns fios de cabelo soltos. Procurei uma sandália, dentre as milhares, que combinasse com o meu vestido e finalmente encontrei uma. Coloquei minha roupa calmamente e por fim borrifei meu perfume preferido em meus pulsos e pescoço. (n/a: look Bella)

Saí de meu quarto e encontrei apenas Edward completamente arrumado, e sentado no sofá olhando para a televisão. Ele estava lindo, como sempre. Suspirei e o chamei, Edward se virou para me encarar e o vi piscar várias vezes.

- O que? – perguntei – Estou feia? – o encarei, preocupada.

- Não... Não! – disse, meio fora de órbita – Você está... – suspirou e sorriu – Linda demais.

E eu corei.

Não consegui agradecer e apenas sorri, completamente ruborizada. Por que eu sempre ficava boba quando ele me elogiava dessa forma? Sem contar o fato do meu coração querer sair pela boca.

- Er... Cadê a Alice? – perguntei.

- Se arrumando – ele respondeu, revirando os olhos – Até parece que você não a conhece.

Eu dei de ombros e me sentei numa poltrona, se eu sentasse ao lado dele iria amolecer mais ainda, era melhor me manter longe, por precaução. Ficamos em silêncio e eu comecei a prestar atenção na televisão, passava The Big Bang Theory, e eu adorava.

Sabe quando o silêncio constrangedor se instala? Pois é, assim que estávamos, eu já não agüentava mais. Meus lábios já estavam sofrendo, daqui a pouco sangrariam. Balançava minhas pernas de modo nervoso e dei graças aos céus quando ouvi os passos da minha prima tampinha. Suspirei aliviada e pela primeira vez desde que me sentei, meus olhos bandidos encontraram os de Edward.

- Todos prontos? – disse Alice.

- Sim – eu respondi, virando para encará-la.

Ela estava com um vestido rosa solto e curto, muito linda. Sandálias altas e seus cabelos soltos que iam até o ombro. Eu me levantei e Edward desligou a TV, levantando-se em seguida. Saímos do apartamento e tocamos a campainha da porta da frente. Jasper que atendeu, todo arrumado e nós entramos. Rosalie vinha do quarto e Emmett da cozinha.

Rapidamente eles trancaram o apartamento e pegamos o elevador em direção a garagem. Rose e Emmett foram no Jeep do meu irmão, Alice e Jasper no Audi dele e sobrou pra eu ir com o Edward no Volvo. Por incrível que pareça, eu não corei quando entrei no carro. E fomos em silêncio até a boate, a única coisa que se ouvia era o cd do Coldplay que Edward colocou.

Não sei por que, mas eu estava nervosa. Na verdade, estar sozinha com o Cullen sempre me deixava nervosa.

-xx-

Narrado por Edward Cullen

O dia que se passou fora agradável. Almoçamos em um restaurante qualquer que Bella escolheu, e foi tudo muito divertido. Por várias vezes, nossos olhares se cruzaram, e ela sempre corava quando isso acontecia. Era, realmente, agradável.

Sorri, enquanto dirigia pelas ruas escuras de NY. Agora estávamos indo a uma boate qualquer, e a única coisa que eu tentava fazer, era me controlar para não atacar Bella. Ela estava... Divina. Sim, não havia outro adjetivo para descrevê-la. Talvez o divina, ainda fosse pouco.

O clima no carro estava leve demais, por ser nós dois ali. Alice, como sempre, tentando empurrar Bella para mim, disse que ela e eu iríamos em meu carro. Não que eu fosse reclamar, mas estava realmente difícil não voar em Bella e beijá-la até que ambos ficássemos sem ar.

Balancei a cabeça, enquanto estacionava o carro.

- Você não vem? – Bella indagou, já do lado de fora.

- Pode ir à frente, eu já chego lá.

- Ok.

Fiquei alguns minutos no carro, pensando em como eu iria me controlar. Aproveitei que estava sozinho, e peguei a caixinha que estava no porta-luvas. Respirei fundo, contei até dez, e saí do carro. Dei meu nome na entrada da boate, e o segurança liberou minha entrada.

Varri os olhos pelo local, a procura do pessoal, e vi Bella em um canto, fazendo a mesma coisa. Sorri e comecei a caminhar até ela, mas quando estava a menos de dois metros, vi Matt chegando e a abraçando.

Suspirei, colocando a caixinha em meus bolsos. Vi o olhar de Bella cruzar o meu, mas não retribuí. Simplesmente deis as costas e fui até o barzinho.

[...]

The Fray – Over My Head (Remix)

Eu já estava na minha quinta garrafinha de Ice. Ou era a sexta? Quer dizer, eu estava bebendo era Ice mesmo? Mas não era Vodka? Eu hein. Ah, dane-se! Olhei para frente, vendo Bella dançar com Matt.

Mas que porra era essa? Eles estavam muito amiguinhos para meu gosto. Bella sorria com as cantadas baratas que ele mandava para ela, mas eu sabia que era um sorriso forçado. Um remix sensual tocava alto, e eu via Bella dançar conforme o ritmo, enquanto as mãos daquele babaca estavam em sua cintura.

Bufei alto, pedindo o barman mais uma dose daquilo que eu bebia. Eu estava pegando o copo, quando senti alguém segurar minha mão.

- Opa! – protestei.

- Edward... – a voz suave dela preencheu meus ouvidos. – Já está na hora de parar de beber, não está?

- E você se importa? – rebati, encarando-a. – Me deixe aqui com a minha bebida, e vai terminar de se esfregar com o Matt.

- Isso tudo é ciúmes? – riu.

- Ciúmes? De quem?

Não esperei por nenhuma resposta, apenas puxei meu copo e saí andando para o lado oposto. Tive a impressão de ouvi-la bufando e me chamando, mas acho que era apenas um efeito da bebida.

Cambaleante, saí da boate e fui até meu carro. A rua estava deserta, eu pretendia ir embora. Bella se quisesse, que voltasse com aquele idiota!

Não sei se foi à gravidade, ou eu apenas achei o chão confortável, mas quando dei por mim, eu estava cara a cara com o chão. Eu podia me levantar, mas estava tão bom ali...

[...]

Eu estava em um sonho tão bom, então senti alguém me cutucar. Abri os olhos para reclamar com a pessoa, e dei de cara com Bella.

- O que você tá fazendo aqui? – indaguei. – Veio deitar no chão comigo?

- Que deitar no chão o que! Vim te ajudar, vem comigo – bufou, puxando minha mão e me levantando.

- Ah, poxa! O chão estava tão bom – fiz bico.

- Depois eu deixo você deitar, ok? Agora vamos pra casa.

- Nossa, mas já? Olha, eu sou um homem de respeito, preciso saber suas intenções comigo... Não sou desses que vai logo pra cama, ok?

- Edward! – ralhou, sua face ficando vermelha no mesmo momento.

Uai, só estava falando a verdade. Eu, hein!

Bella rapidamente começou a enfiar as mãos pelos meus bolsos e eu arregalei os olhos.

- Opa! Já vai tirar minha roupa aqui, querida? Já falei que não sou assim! – indignei-me.

Nossa, Bella estava tarada hoje!

- Cala a porra da boca, Edward. Onde está a merda da chave do carro?

Fiquei em silêncio como ela pediu. Acho que ela queria me estuprar. Droga, onde está aquele spray de pimenta de Alice?

- Entra logo nesse carro – bufou, abrindo a porta do passageiro.

[...]

- Ok – Bella disse, enquanto tirava minhas roupas, deixando-me apenas de cueca. – Eu já o vi pelado e você já me viu também, não há nada de novo. Respira, Bella.

- O que você tá fazendo?

- Vou te dar um banho, pra vê se você fica menos bêbado?

- Quem tá bêbado aqui? Eu, hein!

- Pára de falar isso, que merda! Entra logo debaixo desse chuveiro – ordenou.

- A água tá fria – reclamei.

- Eu sei, é pra ser assim mesmo. Fique aí dentro, vou pegar uma toalha.

- Vai me deixar sozinho? – fiz um biquinho. E então tive uma idéia. – Não vai não.

- Edward! – berrou, quando sentiu meus braços a puxando para mais perto.

Abracei-a com força, fazendo a água fria cair em seu corpo também. Só então notei que ela estava apenas de lingerie. Ele era todo preto, e ficava lindo em seu corpo. Mas eu queria vê-la sem aquilo.

- O que você pensa que tá fazendo, Edward? – bufou, soltando-se do meu abraço. – Fique aí que eu já volto. Agora são duas pessoas molhadas, por sua culpa.

Fiquei ali, encarando o chuveiro, sentindo minha cabeça doer um pouco. Alguns minutos depois, Bella voltou, usando um pijama curtinho e com uma toalha na mão. Desliguei o chuveiro e peguei, agradecendo em seguida.

Eu já conseguia andar sem cambalear muito, e já compreendia melhor as coisas. Parecia que o efeito do álcool estava diminuindo. Fui até o quarto, e troquei de roupa rapidamente. Bella já não estava mais aqui, havia ido para seu quarto.

Suspirei, levando a toalha para o banheiro e vendo minha calça no chão. Então em me lembrei da segunda parte do presente. Mordi o lábio, confuso, mas abaixei e peguei a caixinha. Deixei a toalha em cima da bancada e fui até o quarto de Bella. Dei algumas batidas e ela pediu que eu entrasse.

- Er... Quero te entregar uma coisa.

- Ok – suspirou, encarando-me.

Sentei-me ao seu lado e peguei a caixinha.

- Bem, eu prometi que te entregaria a segunda parte depois, lembra?

- Você? – indagou, surpresa. – O buquê de lírios foi você?

Apenas assenti e ela sorriu, os olhos brilhando lindamente. Entreguei-lhe a caixinha e ela sorriu, enquanto tirava o bracelete de lá. Havia muitos significados para o símbolo do infinito no bracelete.

Eu poderia dizer que era para representar sua beleza, ou meu afeto por ela. Poderia até mesmo dizer que era apenas algo bonito. Mas a verdade mesmo, é que ali, eu só queria representar o que eu sentia por ela, não o que sentíamos juntos, mas sim o que eu, Edward Cullen, sentia por ela. Representar todo o amor, devoção, carinho, afeto, amizade, companheirismo. Eu queria mostrá-la, que independente de tudo, eu ainda a amava. E sempre a amaria.

- Nossa... É lindo. Obrigada, Edward. De verdade. Obrigada pelos lírios também – sorriu. – Você... Er... Pode colocar?

- Claro – sorri também.

Peguei seu braço, e coloquei o bracelete, dando um leve beijo por cima do local. Senti os pelos de Bella eriçarem e sorri, encarando-a novamente.

Nossos lábios próximos, os olhares mais conectados que nunca. Bella respirava arfante, e eu tinha certeza que estava quase da mesma forma. O silêncio tomava conta do local, sem que percebêssemos, estávamos nos inclinando um em direção ao outro.

Parei, quando meros centímetros nos separavam.

- Posso te entregar a última parte? – sussurrei, roçando meus lábios nos dela.

- Pode.

E eu não esperei mais nada, unindo nossas bocas de vez. Ali, milhões de sentimentos foram transmitidos: saudades, paixão, alegria, ansiedade, carinho, devoção, felicidade... Mas nenhum desses foi tão prazeroso, como sentir o amor ali presente.

-x-

N/a: Hello guys! Aqui quem fala é a Lady S. (: A Bee está viajando e eu resolvi postar logo. Gostaram do capítulo? Ficou bem maior que o anterior, fato. Eu sinceramente adorei esse capítulo e morri de rir com o Edward bêbado. O que vocês acham que vai acontecer depois disso? :BB Haha, mistério. u.u

Antes de eu ir, gostaria de pedir um favorzinho... Mais de 60 pessoas favoritaram a fic, e cadê todos esses reviews? Esse capítulo foi realmente maior, queremos mais reviews, okay? Não se esqueçam que eles são o combustível para tudo isso aqui.

Robeijos ;*

Lady S.