Amizades Coloridas escrita por AArK


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Mais uma one-shot yuri não-original pra vcs! ;D~

Leiam as outras:
— Strike Witches -> Beijo Roubado
— Katawa Shoujo -> Como Terno Para Sapatos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/107100/chapter/1

Sae chega do trabalho, vestida de terno, como um rapaz. E então, entrando pela porta de casa, ela anuncia:

- Tadaima! – E então, ouve da cozinha.

- Okaerinassai! – E então, finalmente, a de terno adentra no recinto, que já se encontra com um cheiro maravilhoso.

- Hmmm... Estou morrendo de fome. O que tem pra janta, Hiro querida? – Pergunta a de óculos, e cabelos azuis-arroxeados.

A outra está com um sorriso estampado na face, os mesmos cabelos de sempre (onduladinhos e em dois coques presos), e de avental.

- Sua comida favorita, Sae-querido! – Diz ela, como se fosse super normal.

E então, as duas, como marido e mulher, se beijam...

...

Sae quase tem um treco, e fica vermelhíssima, só de pensar!

Estava escrevendo uma história nova, sobre um casal “habitual”, e simplesmente, esses pensamentos estranhos lhe invadiram a cabeça! Ela como marido e Hiro como sua mulher!? Ela chega do trabalho, cansada e com fome, e ela está lá com sua janta favorita pronta pra ser comida! E então... As duas... Se cumprimentam, como um casal habitual, com um beijo...!? Só podia estar ficando louca.

Pegou a folha de papel onde havia escrito até então, amassou e jogou no lixo. Sentia-se exausta... E pelo visto, agora não era uma boa hora pra escrever sobre isso, mesmo que estivesse com o prazo encerrado para entregar a editora o novo trabalho...

“Será que... Eu e a Hiro agimos como marido e mulher!?” Pensou a de óculos, totalmente sem jeito.

- - -

Estavam as quatro amigas do Hidamari-sou comendo juntas, no quarto de Hiro, como sempre. Miyako estendia a tigela, com a cara toda suja de grãos de arroz, pedindo mais:

- Me dá mais arroz! – Diz ela, faminta, como sempre.

- Sim! – Diz Hiro, como uma mãe pra todos, com um sorrisão na face, sem se importar com a cara-de-pau da loira.

- E então, Miya-chan, o que você estava dizendo mesmo? – Disse Yuno, retomando a conversa, antes da louca pedir mais comida.

- Ah sim! Eu ia dizer que, uma menina que eu não conhecia me abordou no recreio! – Disse a loira, e então, Sae ajeitou os óculos, séria como sempre.

- Sério? E o que ela queria?

- Ela me perguntou, se... – E como era de costume, Miyako comia mais do que falava, e então, em segundos, o que não deveria acontecer, acontecera novamente. Sua tigela se encontrava vazia, e seu estômago cheio... Mas não o bastante. – QUERO MAIS! – Estendeu de novo o pote.

- Sim! – Dizia Hiro, enchendo novamente. Sae dava um suspiro e Yuno ria.

- Termine o que estava dizendo, Miyako! – Disse a de cabelos azulados, impaciente.

- Ah sim! Ela veio até mim, e perguntou assim... Aquelas duas amigas suas, que sempre andam com você no recreio...! – Todas as garotas ficaram curiosas. De qual das três ela se referia e por quê!?

- AH! QUAIS DUAS!? E POR QUÊ!? Estou morrendo de curiosidadeeee... – Disse Yuno, não se segurando. Todas já estavam de tigelas vazias, incluindo Miyako... Novamente.

- Aaaa... – E antes de poder continuar a dizer, a garota loira estendeu de novo a tigela. – QUERO MAIS!

- Sim! – Disse Hiro, sorridente, mas antes de encher o pote de novo, Sae deu um quase-grito de raiva.

- PARE DE COMER E TERMINE DE CONTAR A HISTÓRIA!!! – Sim, todas elas estavam curiosas pra saber.

Com uma carinha infeliz, porque não poderia continuar comendo horrores, Miyako terminou de dizer:

- Aaa... Tudo bem... – E então, deixando sobre a mesa a tigela vazia, terminou a história. – Bom, essa garota veio até mim para falar de... Hiro-san e Sae-san!

- Ahn? O que? Nós duas? – Perguntou Hiro, surpresa. E Sae estava também.

- E o que ela disse? – Perguntou a escritora.

- Ah! Ela perguntou se vocês duas eram namoradas! – Disse Miya, completamente normalizada com a questão. Yuno ficou admirada, mas parecia também não ficar tão surpresa assim (ela própria comentou algumas vezes que Hiro parecia a mulher de Sae, não é?).

Em compensação, Sae explodiu de vergonha e Hiro ficou com um sorriso na face, sem saber direito o que dizer...

- E-e-e-e...! E o que você disse!? – Gaguejou uma Sae, super sem-graça.

- Ah! Eu disse que era provável que sim! – Disse Miyako, normalmente, voltando a encher sua tigela, sozinha, mesmo sem permissão.

- COMO ASSIM!?!?! – Gritou Sae, irritada. E a loira deu um bocejo.

- Ora, vá... Todo mundo sabe que vocês duas têm uma amizade “colorida”! – Disse a loira, deixando Sae sem saber o que dizer, de tão tímida.

- - -

- Aquela Miyako! Fica espalhando boatos por aí! – Disse Sae, furiosa, depois de terem se despedido das duas amigas (Miyako e Yuno), e ter ficado sozinha com Hiro, em seu quarto, enquanto ela lavava a louça do jantar.

- Hmmm... – Hiro nada disse, e ainda permanecia com o sorriso na face.

Sae ficou olhando pra ela, e novamente, o pensamento correu sua cabeça... Lembrara-se do “sonho-acordado” que teve, enquanto tentava escrever sua nova história. Ficara vermelha mais uma vez, e sacudira a cabeça.

- Er... Hiro... – Disse Sae, ainda envergonhada. Hiro fez “hm?”, e nada disse além disso. – Você acha que... Acha que parecemos mesmo namoradas ou algo assim?

- Ahn? – E então, Hiro ficou um pouco vermelha dessa vez, e então, disse, ainda de “bom humor”. – Eu... Eu não sei, Sae. O que você acha?

- Ah... E-eu acho que... – E então, Sae ficou séria. – Você está sempre cuidando de mim, cozinhando pra mim e... Você me conhece melhor que ninguém... Então... – E então, novamente, “explodiu” em vergonha.

- Hehehe! Sendo assim, não parecemos nem namoradas! – Disse Hiro, terminando com a louça e sentando-se a mesa, junto com Sae. – Parecemos casadas! – Ela não parecia se incomodar um nada com aquilo tudo.

- E-e-er...! C-c-casadas!? V-v-você acha!? – Disse Sae, ainda vermelha. E Hiro fez sim com a cabeça, sorridente.

- Você é o marido trabalhador, que nunca tem tempo pra nada! E eu sou sua esposa, que cozinha e cuida de você! – Disse Hiro, ainda não-incomodada.

- Ah...! – Sae não conseguia controlar seu nervosismo. – E v-v-você não vê mal nenhum nisso!?

- Hmm... E por que eu veria? – Perguntou Hiro, parecendo normal.

- Aaa... É que... B-b-b-bom... – E dessa vez, a voz da garota de óculos saíra mais baixa que o normal. – Casais não fazem “só” isso...

- Ah...! – Hiro dessa vez também ficou tímida.

E o silêncio se instalou no quarto das duas...

- - -

“Casais não fazem só isso...” Pensou Hiro, em sua cama, deitada, enquanto Sae tentava mais uma vez escrever no quarto ao lado, e ela podia ouvir isso dali. Ficou vermelha... O que casais faziam?

Ah sim, claro...

Se beijar, e essas coisas...

Hiro imaginou... Ela tocando os lábios de Sae. E ficou vermelha mais uma vez.

“Eu não acho que... Eu não acho que seria ruim fazer isso com a Sae... Será que isso faz de mim uma pessoa estranha?” Hiro perguntou a si mesma, em pensamentos.

- - -

*Toc! Toc! Toc!*

A porta de Miyako batera, e a menina fora atender, animada como sempre. Era Hiro, com um sorriso de orelha-a-orelha e com um pacote de biscoito em mãos.

Os olhos da menina loira já brilharam e rapidamente, ela convidou a amiga pra entrar.

Enquanto, Miyako devorava os biscoitos sem piedade, Hiro estava sentada com ela, ainda com aquele sorrisinho de “Trouxe eles por um motivo”.

- Ah! Mas diga, Hiro-san, você quer conversar sobre algo, não é!? – Miyako era bem esperta mesmo.

- E-e-er... N-n-n-não é bem que eu trouxe os biscoitos de presente pra você, porque eu tinha um interesse nisso, é só que...! – Claro que era, e Miya sorriu dizendo.

- Eu sei... Hahaha! Mas fale! – E então, a garota de cabelos laranja-rosados suspirara.

- É que... – E então, sua face tornara-se completamente vermelha. – Você quem disse, uma outra ocasião que... Não achava errado pessoas... Do... Do... – Estava nervosíssima. – Do mesmo sexo ficarem juntas.

- Ah!? – Miya terminou de comer, e fez cara de “Ah!?” mesmo. – Sim, eu disse. – Disse ela, sorrindo loucamente.

- E-e-e-então... Eu... Eu... – E rapidamente, ela foi cortada pela hiperativa.

- Você veio falar da Sae-san, não é!? – Como eu disse, ela era bem esperta mesmo.

- E-e-e-e...! – E mais uma vez, Hiro descontrolou-se, até que enfim, assumiu. – Sim. Eu vim.

- Bom... – Miyako sorriu. – Eu sinceramente acho que vocês formam um casal bonitinho!

- Er... C-casal... Bonitinho... – Repetiu a outra. E então, fez a questão principal. – Mas... Casais não...? Casais não se beijam... E... E fazem outras... Outras coisas?

- Ah, sim! – E então, um segundo de silêncio. – Mas você e a Sae não se beijam!? – Ela perguntou, normalíssima. Hiro teve outro ataque do coração.

- Não, mas... – E enfim, quando se controlou, disse. – Eu não veria problemas em fazer isso com ela.

- “Não ver problemas”, quer dizer que você quer, não é!? – Como sempre, direta como um soco.

- Aaaa... E-e-eu não sei. Não é como se... Não é como se a Sae sentisse isso por mim, então...! – E então, mais uma vez, foi cortada.

- Bom! Eu sinceramente acho que a Sae-san quer, só que é tímida demais pra tomar uma iniciativa sozinha! Por isso, eu acho que você precisaria bastante de uns bons conselhos meus! Claro que eu não conseguiria te dar conselhos, se eu tivesse que pensar nisso, com o estômago vazio na hora da janta, então...! – E Hiro lhe cortou.

- Venha jantar no meu quarto! – Disse ela, desesperada. E Miyako continuou sorrindo, como uma pastel interesseira e comilona.

- - -

Sae estava tentando escrever... Mas só saíam coisas estranhas no papel. Coisas como:

“E então, o marido deu um beijo em sua mulher, e disse:

- Hiro, eu...”

- HIRO! O NOME DA PERSONAGEM NÃO É HIRO! AAAAAHHH...!!! – Ela ficava louca, quase arrancando os cabelos e tinha que mais uma vez, jogar o papel fora.

E então, ela pôde ouvir rapidamente, um barulho no quarto ao lado. Sim, o quarto de Hiro. Ela parecia estar... Jantando com uma pessoa... Com uma pessoa que não era a si!

Sae correu até a parede, sem nem sentir, e pôs o ouvido na mesma... Cochichavam! Não dava pra ouvir nada! E então, envergonhou-se do que estava fazendo, quando percebeu...

- Aaa... Por que eu me sinto assim!? Ela está... Ela está com outra pessoa, e não eu! E eu mal faço idéia de quem seja! – Disse a de óculos, sentindo-se enciumada, sem saber.

- - -

Mais tarde... Depois de tantas tentativas, Sae desiste de escrever aquele conto, por mais um dia...

- Estou ferrada... Aaaa... – E então, ouviu batidas em sua porta.

*Toc! Toc! Toc!*

- Ahn!? Hiro, é você!? Se for, pode entrar! – Disse ela. Era comum a garota entrar, até mesmo sem bater. Até porque, por vezes, estava caída de sono sobre suas histórias, e a menina ia lá para lhe cobrir com um cobertor, ou então, lhe deixar comida.

E era mesmo Hiro, só que... Havia uma coisa “a mais” com ela. Um futon.

- Ahn...? O quê!? – Sae perguntou, confusa.

- É que... Er... – Hesitou um pouco, mas abriu o sorriso de sempre, e continuou. – Eu tive pesadelos, e gostaria de saber se eu posso dormir essa noite contigo!

- Ah... – Sae ficou levemente vermelha. – Claro!

E então, largando a escrita, a garota de óculos arrumou seu futon no piso. E logo viu, Hiro a colocar o dela bem ao lado do seu, como se formasse uma cama de casal no chão.

- Ah... – Só de pensar que dormiria tão próxima assim de Hiro, a menina escritora mais uma vez, desconcertou-se.

- Então... Já tomou banho? Vamos dormir!? – Perguntou a garota-cozinheira e Sae concordou com a cabeça, mas sem nada dizer, por causa da timidez.

E então, elas deitaram... Uma bem ao lado da outra. Bem próximas... Sae conseguia sentir o calor do corpo de Hiro, e seu perfume...

Engoliu seco.

E Hiro idem... Sentia o perfume e o calor do corpo de Sae. E ficava com os olhinhos perdidos e suspiros meio-apaixonados.

- E-e-então, b-boa noite...! – Disse Sae, e forçou-se a fechar os olhos.

Mas havia se esquecido de tirar seus óculos para deitar-se. E Hiro, que sempre cuidava dela, reparou nisso. E então, inclinou-se um bocado, quase pra cima da garota de óculos, para retirá-los, e o fez...

Só que então, as duas notaram a proximidade, ainda maior. Hiro estava quase SOBRE o corpo de Sae, e suas faces... Bom suas faces estavam a menos de um palmo de distância, uma da outra.

O silêncio era total. E a tensão era palpável. As duas estavam morrendo de vergonha, mas seus olhos, que nem piscavam, não paravam de se encarar...

Tinham um real sentimento, uma pela outra... E isso era realmente... Realmente perceptível, naquele momento.

- Casais se beijam, mesmo...? – Perguntou Hiro, já sabendo a resposta, mesmo assim, quis fazer a pergunta.

Sae gaguejou, totalmente tímida:

- S-s-sim... Acho que sim.  – Sabia a resposta também, mas hesitou de nervoso.

Só que Hiro não hesitou... Seus lábios, logo, se fecharam sobre os de Sae... E as duas começaram a se beijar. O corpo de Hiro “caiu” sobre o da outra, e as duas se juntaram num abraço, e continuaram a se tocar. Suas línguas se juntaram, e elas nem mesmo perceberam o que estavam fazendo.

- - -

- Boa noite, Yunocchi! – Disse Miyako, já com os olhos fechados.

- Boa noite, Miya-chan! – Disse a pequena, mas os seus não se fecharam.

Silêncio por alguns minutos.

- Miya-chan? – Perguntou a garota, e a outra, rapidamente, abriu os olhos, ficando com aquele sorrisão-bobo de novo.

- Ahn, Yunocchi!? – Perguntou, com uma voz engraçada.

- Você acha que eu e você somos “amigas coloridas” como a Hiro-san e a Sae-san são!? – Perguntou, a pequena, com os prendedores de cabelo em forma de “xis”.

- Ah... Eu acho que sim, Yunocchi! – Disse Miyako, ainda sorrindo, e normalíssima, como sempre, mesmo com aquela situação.

- Ah! – Yuno ficou vermelha. E mais silêncio, por alguns minutos, até que. – E “amigas coloridas”... Se beijam, Miya-chan!?

- Ah...! – Minutos de silêncio de novo, com um sorriso bobo na cara. – Eu acho que sim, Yunocchi!

- Aaaaa...! – Yuno ainda estava sem jeito. E mais minutos de silêncio. – N-n-nós temos que nos beijar então, Miya-chan!?

- Hah! – Pausa e sorriso-doido. – Eu acho que sim, Yunocchi!

E então, Miyako se enfiou embaixo do cobertor, e fez Yuno sentir cócegas, que a fizeram fechar o olho e “resmungar”, ainda com o rosto rubro, e então, a loira, finalmente, surgiu sobre si! Sim, Miyako estava com o corpo sobre o de Yuno! A garotinha deu um gritinho, num susto!

- Vamos nos bejiar, Yunocchi! – Disse Miyako, e então, Yuno gritou mais uma vez, quando viu a boca da amiga aproximar-se da sua...

- - -

Na escola, dia seguinte...

- Báh... No final das contas, eu finalmente consegui escrever minha história sobre um casal! Só que ainda sim, tomei um esporro, porque demorei uma semana a mais do que devia! O que significa que, provavelmente, minha história só sairá na edição que vem! – Disse Sae, infeliz, enquanto as outras comiam. Estavam no intervalo.

- Isso é tão triste, Sae... Mas pelo menos, a história será publicada, e você finalmente, conseguiu se inspirar, né? – Disse Hiro, tentando ver o lado positivo. E então, Sae sorriu pra ela, pelo apoio.

Miyako deu um risinho.

- S-s-s-sae-san! – Era uma voz conhecida... Natsume tinha aparecido logo ali.

- Ah! Natsume! – Disse Sae, surpresa, com o aparecimento repentino da garota. – Vai sentar-se com alguém? Sente-se com a gente! – Disse Sae, totalmente “normal”, sem notar o nervosismo da garota, quando se aproximava de si.

Natsume quase explodiu de vergonha, e então, fez “não!” com a cabeça umas 8450984584 vezes, e com a comida em mãos, desatou a correr, como o diabo que foge da cruz.

- Afff... – Disse Sae, sem entender. E então, Miyako riu de novo e Hiro sorriu, enquanto Yuno ficava com cara de “ahn?”, assim como Sae.

E por trás do sorriso de Hiro, em seus pensamentos permeava:

“Aquela Natsume filha da mãe! Ela acha que eu não sei o que ela sente pela Sae!? Está tão na cara, e mesmo assim, ela nem percebe! Só que ela não sabe que, na verdade, a Sae é minha! Hahaha!”

E enquanto isso, Miyako olhava séria para a expressão de “sorriso amigável” no rosto da mais materna das quatro:

- Heh! Eu tenho a impressão de que a Hiro não é sempre tão boazinha quanto ela parece! – Disse a loira, e então, Hiro ficou surpresa.

- O quê!? – Disfarçando...

FIM!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!