Tudo ia bem, algumas discussões eram comuns, mas também havia um certo romance. Foi um dia antes das férias de inverno:
- Yuki, bom dia! - disse
- Bom dia! Pensei que não ia chegar nunca
- Atrasei 5 minutos - ri
- Para mim pareciam 5 décadas - abraçou-me
- Eita, que meigo hein? - May havia entrado
- Nha, sai May - disse ele
- Vim avisar aos pombinhos que o professor tá chegando
- Você tinha que avisar? - me largou
- Preferia que eles pegassem vocês? - riu
- Vamos sentar, gente - interrompi
Ao acabar a aula, Yuki saiu comigo. May foi na frente porque tinha dentista
- Ah sim! Eu vou pegar o boleto de pagamento com o professor
- Vai lá, eu te espero
- Tá bom - e foi correndo até a instituição
- Aya?
- Touya? - ele estava perto da moita, ferido. Mal podia falar - O que houve com você?
- Aí! Eu sai de casa á noite e fui atacado por uma gangue
- Está aqui até agora?
- Pode me ajudar?
- Vou chamar a ambulância
Liguei e logo ela chegou
- Levaremos ele, quer vir conosco moça?
- Ah... Sim!
Quando chegamos no hospital meu telefone tocou, nem vi de quem era a chamado e atendi:
- Não posso falar agora, tô no hospital com o Touya
- Fique com ele, então
[desliga]
Era a voz de Yuki, eu havia me esquecido dele
- Aya, você vai ficar comigo, né? - perguntou Touya
- V... Vou sim
Depois de três horas no hospital, voltei para casa exausta
- Filha, o Yuki esteve aí e deixou um bilhete pra você
- Onde tá?
- Em cima da mesa

"Aya,
Perdoe-me, mas a verdade é que eu te amo, sempre te amei e sempre te amarei, desde a primeira vez que nos vimos, eu não consegui tirar os olhos de você, mas eu sou um inútil e não mereço seu amor nem nada de você, só a atrapalho e a faço sofrer. Perdoe-me (novamente), mas fui embora para a casa de minha tia, no interior. Devo estar pegando o trem enquanto lê esta carta. Saiba que adorei todos os momentos que passamos juntos.
Com amor

Yuki"

Como podem perceber, foi aqui que tudo começou... Quer dizer, que essa história começou. Não interessa, eu preciso correr para alcançá-lo
- Mãe, não me espere!
Sai correndo porta à fora. Não poderia deixá-lo ir, eu o amava
- Eu sempre soube que você o amava! Então por que nunca me disse? Ham... Sei lá!
Eu estaria curiosa para saber que voizinha era aquela na minha cabeça, mas precisava chegar a tempo na estação
Corria pela rua que nem uma louca, meu coração batia forte, eu suava demais. Mas não ia desistir, não ia. Se preciso iria correr atrás do trem até a cidade em que chegaria
A estação era grande e corri esbarrando em várias pessoas. Quando cheguei na plataforma, ele se foi. O trem sumiu no horizonte
Joguei-me no chão e chorei copiosamente
- Yuki... Yu... Yuki!! - chorava cada vez mais até sentir uma mão no meu ombro
- Ele se foi, Aya - Touya estava lá
- Não pode ter ido... Eu...
- Sei que ele era importante pra você, mas ele escolheu assim...
- Touya - abracei-o aos prantos
- Vamos embora, Aya

[8 anos depois...]

- O vestido não tá mesmo apertado, Aya? - May olhava para meu longo vestido branco
- Não... Ele tá bom
- Tá triste?
- Ah May... Nessas horas fico pensando no - baixei a voz - Yuki
- Amiga, você vai se casar com um pensando em outro?
- Não não... Besteira minha, eu amo o Touya
- Se você disser 'não' no altar eu te mato!
- Tá bom - rimos
Era o dia de meu casamento, mas, não sei porque eu estava triste... Talvez não triste, mas pensativa
- Tá linda, agora olha no espelho
Virei-me e vi uma mulher de seus 25 anos, com um lindo vestido que realçava meus traços e um lindo penteado preso à um véu florido
- Acho que está bom...
- Como assim?! Eu usei todo o meu talento de designer nesse vestido pra você dizer que achou que está bom?!!
- Desculpe Mayzinhaa!!
- Tá desculpada
- Brigada *-*
- Hunf - virou-se de lado
[~]
A música soava na igreja e meu pai levou-me até Touya, cumprimentando-o. Logo o padre disse suas sábias palavras:
- Senhor Touya, aceita Aya Thief como sua legítima esposa?
- Aceito
- E senhorita Aya, aceita Touya Mirelle como seu legítimo marido?
- A... Aceito
- Se alguém se opõe a esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre
A igreja ficou num silêncio constrangedor, até que o padre continuou:
- Eu os declaro, marido e mulher
A animação foi grande, saímos da igreja no meio de confetes e gritos de 'felicidades!'. Subimos no carro e fomos para a lua de mel
[~]
Chegando no hotel que nos hospedaríamos, não muito longe do bairro aonde morava, já era noite e Touya estava ansioso
- Aya, estamos casados. Não é perfeito?
- Acho que sim
- Acha? - ele começou a retirar seu terno
- Touya eu... - fui interrompida por um beijo seu, mas apoiei a mão em seu peito e o empurrei
- Touya, acalme-se
- Estamos casados, Aya. Não há o que temer
Peguei um pedaço de papel em branco e comecei a escrever
- Assine aqui
- Por que?
- Se você assinar serei toda sua
Ele rapidamente assinou o papel e eu o guardei junto com mais um bolo de papéis em minha bolsa
- Você me deseja, Touya? - dizia sussurrando em seu ouvido
Ele delirava de desejo
- Desejo... - peguei uma garrafa de vinho
[TAP] - quebra na cabeça
- Desculpe Touya
Peguei a bolsa e sai do hotel, na porta peguei um táxi o qual me levou até o centro de meu bairro
A chuva começou a cair, não havia ninguém nas ruas. Somente eu e alguns carros que passavam. De repente vi um lugar conhecido, o parque
Sentei-me no banco, encolhi-me nele e comecei a chorar, chorava de culpa, de saudade e de desprezo por mim mesma
Alguém abraçou-me por trás:
- Touya você me seguiu?!! - virei-me
- Não
- Yu... Yuki
- Aya
A água lambia seus cabelos, mas mesmo assim podia ver seus "olhos de amêndoas" olhando para mim
Ainda chorava, mas agora de alegria. As gotas de chuva se misturavam com minhas lágrimas.
- Aya, me desculpe
- Desculpe eu
- Ah sim.. Você está linda de branco
- Isso? - peguei no traje que estava vestindo - É só uma prova de minha indecisão
Beijei-o com força, debaixo daquele véu de água que escondia nossos rostos
- Eu te amo, Yuki
- Me... Ama?
- Mais que tudo nesse mundo
- Eu também te amo, Aya - sorriu gentilmente - Você tá ensopada, vamos para casa
Eu o segui
- Sua casa? - estávamos na casa em que ele morava quando tínhamos 17 anos
- Essa casa não foi vendida, como queria voltar para a cidade meus pais deixaram eu ficar aqui. Entre.
A casa estava arrumada, não mudara muito desde os velhos tempos
- Eu acho que devo ter uma roupa para você, tira essa. Tá muito molhada
Ele acendeu a lareira e subiu para pegar as roupas
- Aqui - ele havia descido, entregou-me as roupas - Vou me virar...
Retirei o vestido e vesti a longa blusa abracei-o por trás
- Você continua o mesmo bobo de sempre - sussurrava
- E você a mesma teimosa indecisa - disse ele virando-se para mim
Eu olhava em seus olhos e ele chegava perto de leve
- Tá com sono?
- Tô - ri
- Então vamos dormir?
- Vamos - sorri
Ele subiu segurado em minhas mãos e entremos pela porta onde antes era o seu quarto
- Yu... Yuki - corei
- Eu me lembro disso - riu
- Senti tanto a sua falta - o abracei
- Eu também - ele me beijava de leve
- Saudade dos seus beijos, seus abraços, do seu carinho...
Ele riu mais um pouco, pegou no meu rosto e me empurrava de leve pra cama
- Eu te amo, Aya
- Eu também de amo, Yuki
Me encostou na cama, fazendo-me sentar. Beijando de leve meu pescoço, me fazendo delirar de prazer
- Essa noite você não me deixa, né?
- Não - riu - Vou ficar a eternidade com você. Ah sim! Você não está casada?
- Pode deixar comigo - e o puxei pra cima, beijando-o
- Úú, menina prevenida. Agora deita, Aya...
Obedeci ao seu pedido e deitei-me, então o que passou... Passou.
[~]
No dia seguinte fui até o cartório
- Queria entregar esse papel do divórcio
- Está com a papelada, a assinatura do casal e do advogado?
- Estou sim
- Então me entregue por favor
Ela verificou os papéis e disse
- Parabéns, está divorciada [õo]
[~]
[PLIM PLOM]
- Filha, já estava preocupada! O que houve? - disse minha mãe
- Mãe... Eu me separei do Touya
- O que?!!
- Eu amo outro...
- Ah filha... Mas o Touya assinou o divorcio?
- Sem reclamar
- Ayaaa! - chamava uma voz de longe
- Hã? - virei-me - Touya?!
- O que houve ontem? Você quebrou uma garrafa na minha cabeça!
- Eu?
- Vamos para casa! Você é MINHA mulher!
- Aí que você se engana, você assinou o divorcio
- Eu não assinei divórcio algum!
- Tem certeza? - mostrei-lhe o papel
- Eu não assinei isso - pegou de minha mão e rasgou
- Ah, assinou sim senhor
- Por que se casou comigo? Pra se divorciar?
- Não, eu errei nesse ponto. Eu não te amo, Touya
- Mas eu te quero - e me agarrou
- Desculpe Touya
- Tudo bem...
E foi embora
- Coitado - disse minha mãe
- Também sinto pena, mas seria pior ficar com quem não amamos
- Então quem você ama?
- Yuki
- Ai ai, filha... Seja como for, estarei do seu lado
- Obrigada, mãe

[2 meses depois...]

- Não acredito que fiz outro vestido pra você - May estava com raiva
- Ah meu xuxu, acalme-se. Eu vou me casar!
- Agora você tá animada, é?
- Tô sim!
- Bem... Pelo o menos isso
[~]
A música soava na igreja e meu pai levou-me até Yuki, cumprimentando-o. Logo o padre disse suas sábias palavras:
- Senhor Yuki, aceita Aya Thief como sua legítima esposa?
- Aceito
- E senhorita Aya, aceita Yuki Aster como seu legítimo marido?
- Aceito
- Se alguém se opõe a esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre
- EU PROTESTO! - gritou uma voz na porta da igreja
- Isso não é um tribunal! - gritei - ...Touya?!
- Tanto faz, eu me oponho!
- Por que assim faria? - interrompeu Yuki
- Porque Aya é MINHA mulher, eu rasguei o papel do divorcio!
- Era uma cópia - disse
- Ah... Eu vou... Sentar, ok?
- Fique à vontade
- Então há algum outro... Crr... Brr...
- Padre?! - gritei
- Eu os declaro... m... marido e... mulher...
[POF] - infarte
- Pelo o menos nos casamos
- Verdade...
Chegaram dois bispos e o levaram para uma maca
Saímos da igreja (novamente) e fomos para nossa lua de mel... Afinal, ainda brigávamos um pouquinho... mas somos extremamente felizes um com o outro

[FIM]

[BÔNUS]

Hoje em dia... [Futuro]

Aya: Continuou a mesma menina ingênua, mas agora bem mais feliz por estar com o seu verdadeiro amor
Yuki: Ainda continua teimoso, mas assim como Aya feliz por estar ao seu lado
Touya: Solteirão que vai viver com os pais até morrer, talvez vire um vendedor de cachorro quente
Mayara: Estilista e Designer famosa mais nova da história, ainda é a melhor amiga de Aya
O cara da locadora: Começou a faturar mais devido May alugar mais filmes de terror em sua locadora
Padre: Se não tivesse nos nomeado marido e mulher estaria morto por mim agora, mas sobreviveu ao infarte
Meu professor do 3º ano: Escreveu um livro de como não deixar adolescentes namorarem em sala de aula
Meus pais: Não gostavam muito de Touya e ficaram felizes por eu ter me casado (de novo)
Os pais de Yuki: Vieram para o nosso casamento, parece que me aprovaram [o.o]

[Criando as histórias...]

- Pelo que eu me lembre não foi assim não
- Claro que foi assim! Você tá ficando é velho!
- Eu, velho? Brrrr!
- Rabugento, ainda por cima!
- Nem vem que você sempre foi a mais teimosa
- Tão teimosa que me casei com você e pedi o divórcio de Touya
- Mas fui eu quem voltei
- Porque me amava
- Infelizmente...
- Ah! Que ingrato!
- Ingrato? Demorou um século pra você dizer que me amava
- Claro que não! Se não já estaríamos mortos
- Hm... Bobinha
- Seu ciúmes vai além da realidade
- Claro, eu sempre pegava os dois juntos
- Era ele que me pegava
- E você deixava
- Eu sou muito indefesa
- Você é boba
- ¬¬
- Que foi?
- ¬¬
- Nhaaaa
- ¬¬
- Tá, agora paro ¬¬''
[abraça]
- Bobinho
- Bobinha


[Agradecimentos]

Quero agradecer em primeiro lugar à você leitor, que acompanhou essa linda e romântica história desde o começo! Muito obrigada por ter lido e comentado.
Depois gostaria de agradecer ao Shido, se não fosse a teimosia incalculável dele nunca teríamos acabado a fic xDDDDD. Eu te adoro Shidokinha :}

Eu espero, sinceramente, que vocês tenham gostado da história.

Beeeeeeeeeeeeeeeeeeejo gigante e MUITO obrigada por ler =**********************