My Happy Ending escrita por Iaganashi


Capítulo 1
And I just thought we could be...


Notas iniciais do capítulo

Meine lieblingen Leser! A fanfiction dessa vez será extremamente diferente. Já aviso que será um grande drama. Geralmente não escrevo esse tipo de histórias, mas uma coisa me deixou muito mal essa tarde, e então pensei em uma história que tivesse um pouquinho "Spring Nicht/Don't Jump" e "My Happy Ending" em um enredo. Assim, como a história também contivesse um pouco do acontecido. Qualquer semelhança com situações vivenciadas é mera conhecidencia... E fora isso, espero que gostem da fanfiction.



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Bill’s P.O.V

Minha mente gritava, minha garganta se rasgava, meus olhos se secavam. Tudo estava acontecendo de novo. Brigas, desentendimentos, confusões que assombravam minha vida. Não era a primeira, a segunda ou a terceira vez... E sim, a milésima que meu coração era partido pela pessoa que eu mais amava.

- Você é retardado? – Ele gritava, enquanto eu me encolhia no sofá.

- Você... Você mentiu. – Disse, com minha voz trêmula, e baixa.

- Eu menti?!? EU MENTI?!? – Tom andava em passos pesados pela sala, batendo com seu braço em um vaso de flores, fazendo com que a delicada porcelana se espedaçasse pelo chão, causando um grande estouro.

- Você mentiu! Dessa vez, foi você quem me usou! – Tom cuspiu as palavras em minha cara, fechando suas mãos em punhos, enquanto lágrimas começavam a correr por sua face avermelhada de raiva.

- Eu não tive a intenção, eu juro! – Falei, enquanto abraçava minhas pernas, com medo do que estava por vir.

- Você não presta, Bill. Eu te amava, eu confiava em você... Eu sempre era o motivo das brigas, dos problemas, e do nada, você faz isso comigo! Poderia muito bem ter empurrado ela, e o pior... Ter feito isso em público, para que todos soubessem! – Tom se aproximou do sofá, levando uma de suas mãos até meu cabelo e o puxando, fazendo com que minha face se erguesse.

- Me desculpe, Tommy! Me desculpe, por favor! Eu te amo! – Disse, concentrando-me na dor que sentia em minha cabeça. Tom estava perdendo a cabeça, e a culpa era toda minha.

A essa altura, de nada adiantavam desculpas. A mão grande e forte de Tom voou rapidamente em direção a minha face, dando-me um grande golpe, fazendo-me gritar de dor e pânico. Tentei conter as lágrimas, levando minhas mãos até meu rosto, tocando o lugar recém ferido, enquanto Tom se encontrava no chão, paralisado.

- Meu... D-Deus... – Ele falou, gaguejando. – Me desculpe, Bill! Me desculpe! – Ele implorava, aproximando-me novamente de mim.

Sem mais forças para agüentar aquela situação, saí correndo porta afora de nosso apartamento, ignorando o elevador que se encontrava em nosso andar, correndo pela escuridão das escavas. Tropecei algumas vezes, quase caindo, sem ter nenhuma visão da onde me encontrava.

- Por favor, volte! – O grito de Tom ecoava pelo prédio, fazendo-me chorar ainda mais.

Parei automaticamente ao ouvir sua voz, virando-me para o lance de escadas que havia descido em uma alta velocidade, pensando em voltar e cair em seus braços, esquecer tudo o que tinha acontecido, e voltar a amá-lo, coisa que tão bem eu sabia fazer, e que amava.

Novamente voltei a chorar, relembrando tudo o que tinha acontecido. Álcool, mulheres, tentação, descuido... Isso geralmente só “funcionava” com Tom, mas dessa vez, tinha dado errado, e comigo. Na frente de tudo e de todos, eu a beijei, da forma mais intensa e calorosa que só beijava uma pessoa.

Tom correu, desesperado pela noite. Tentei ir atrás dele, mas tinha sido em vão... Coisa que também poderia ter sido evitada. A imagem de Tom com aquela vadia voltava a minha mente cada vez que pensava no ocorrido. Os toques, os beijos, os gemidos... Tudo! Parecia que minha cabeça estava prestes a explodir, e minha mente, a me enlouquecer.

Ignorei o chamado de Tom, correndo porta a fora pela mesma fria e assustadora noite do acontecimento, inspirando o gelado ar. Poucas pessoas se encontravam na rua, e algumas paravam para observar meu estado deplorável. A rua não se encontrava movimentada, a iluminação era fraca, e uma brisa cortante se chocava contra minha pele, fazendo-me tremer.

Andei alguns passos até um banco que se encontrava em uma praça perto de nossa residência e ali fiquei por um bom tempo, imerso em um choro silencioso. Já se passava da meia noite, não havia mais ninguém nas ruas, somente alguns carros passavam com pouca freqüência. Meus pensamentos levaram-me novamente até Tom, a pessoa que eu mais queria que estivesse ao meu lado.

Tom’s P.O.V

Onde eu estava com a merda da minha cabeça? Como eu poderia ter feito aquilo com Bill? Como eu consegui machucá-lo das mais diversas formas que somente um monstro pode fazer? Como eu pude ter deixado ele ir? Esses, eram os únicos pensamentos que passavam em minha cabeça.

Eu queria Bill em meus braços. Queria acalmá-lo, dizer o quanto o amava, e fazer com que ele simplesmente esquecesse de tudo. Assim, fazendo-me esquecer. Mas já que eu queria que as coisas fossem tão simples assim, porque eu não tomei essa atitude a algumas horas atrás? Agora, Bill poderia estar seguro aqui, comigo. Mas não. Ele estava por aí, à mercê da maldade do mundo.

Ficar sentado no piso frio de nosso apartamento já vazio das doces lembranças de nossa vida não iria adiantar. Reuni as últimas forças que me restavam e saí em direção a rua, decidido a implorar pelo perdão de Bill, e a fazer as coisas voltarem como eram antes.

Era tarde, ninguém mais estava na rua, então não seria muito difícil avistar Bill, ainda mais pela sua rara e refinada silhueta que eu tanto amava. Deixei meu carro na garagem e andei pelas ruas de Hamburg, indo a lugares onde provavelmente Bill estaria, sem encontrá-lo.

Comecei a ficar preocupado vendo que o tempo corria e o paradeiro de Bill continuava desconhecido. Pensei em pedir ajuda, mas isso só pioraria a situação, criando mais uma grande confusão.

Corri até o parque que ficava próximo de nossa casa, na esperança de encontrar Bill, sendo que ele nunca ia aquele lugar. E para minha surpresa, após alguns minutos correndo em direção ao parque, lá estava ele, sentando, imóvel, chorando.

- Bill! Bill! – Gritei inúmeras vezes, correndo em sua direção, tendo minha visão atrapalhada por lágrimas que começavam a cair de minha face. Dessa vez, eu não iria errar.

Bill’s P.O.V.

Pensei em ir para casa, e me esconder do frio que me machucava, já começando a gostar da sensação que ele me causava. A dor, começava a me fazer bem, como se fosse um preço que tivesse que pagar por todos os meus erros.

Fui tirado de meus devaneios por um grito, uma voz familiar, que chamava desesperadamente por meu nome.

- Tom? – Indaguei para mim mesmo, observando a figura um tanto conhecida que se aproximava de mim.

Tom corria ao meu encontro em uma velocidade assustadoramente rápida, enquanto eu fazia o mesmo. Corri em meio a grama, atravessando o parque, chamando por seu nome.

- Me perdoe, me perdoe, Billy. – Tom disse, tremendo ao tomar-me em seus braços, enquanto o apertava nos meus.

- Quieto, Tom. Por favor, você que tem que me perdoar. Eu não fiz aquilo de propósito, e você sabe que eu te amo! – Disse, um tanto alto demais, e já não agüentando, deixando que os soluços do choro atravessem meus lábios.

Não obtive uma respostas em palavras, mas obtive algo melhor que isso. Os lábios de Tom se encontravam junto aos meus, sua língua quente e habilidosa se movendo junto a minha, suas mãos acariciando ternamente minhas costas. Tudo poderia voltar a ser como era antes.

- Eu prometo que nada disso irá acontecer novamente. – Falei, com minha respiração ofegante por causa do beijo, tendo o rosto de Tom em meio as minhas mãos.

- Eu só não entendo, Bill. Você sempre foi tão controlado, tão... Tão você mesmo, nunca fazendo nada por impulso, pensando em todos os seus conceitos, pensando em todas as conseqüências... Pensando em mim. – Tom disse em um tom baixo, desviando seu olhar do meu.

- Eu não estava consciente, Tom. Esse era o problema. Perdi a noção de meus atos, esquecendo de tudo, com certeza, meu maior erro. – Falei, andando de um lado para o outro, enquanto Tom se sentava em um banco próximo a calçada.

- Você não tem culpa, Bill. Quantas vezes eu já transei com milhares de garotas, sem ao menos me importar com nenhuma delas? Quantas vezes já fiz isso tentando esquecê-lo, pensando que não me amava? – Ele disse, observando-me.

Agora, nos encontrávamos mais calmos, entendendo a razão de tudo o que tinha acontecido. Tom continuava sentando, enquanto eu adentrava a rua, ficando no meio da mesma, já que carros não passavam por ali.

- E fiz isso, depois de te ver com aquela mulher. Eu estava no mesmo estado que você. Me esqueci de tudo, e a única coisa que eu conseguia ver e sentir era raiva. Raiva, de pensar que todo o amor que eu dei a você não tinha significado nada em todo esse tempo. – Ele concluiu, levantando-se do banco.

- Agora, não temos mais porque esquecer. Tom, eu te amo. E jamais se esqueça disso. Não importa quanto tempo passe, aonde eu esteja, como eu esteja, ou com quem eu esteja. Meu coração é seu, e isso não é nada que alguém possa compreender. Nem eu mesmo entendo, mas sei que é real, que é para sempre, e acima de tudo, que é por você. – Falei em um tom doce, enquanto um pequeno sorriso era esboçado em meus lábios, e uma lágrima corria por minha face. – Aquela hora, no nosso apartamento... Você perdeu a calma. Não te culpo por isso. Eu estava desesperado, você enfurecido. Nos amamos, mas ainda somos humanos, e isso não é algo que possamos mudar. Agora, vamos sair desse frio, desse escuro. Vamos para a casa, Tommy. Juntos. – Falei, terminando, estendendo minha mão para que Tom a pegasse.

Ele estava vindo em minha direção quanto um ônibus adentrou a rua, em uma alta velocidade, descontrolado. Foi tudo muito rápido. O motorista tentando controlar o volante, Tom correndo em minha direção, gritando para que saísse da rua, as nuvens cobrindo novamente o luar, a fria brisa parando, e a escuridão vindo novamente.

Meu corpo não se mexia, meus olhos não piscavam, as imagens eram confusas. Era como se o tempo tivesse parado. A última coisa da qual me lembro era de ver Tom vindo ao meu encontro, com o sorriso que eu tanto amava, pronto para voltar ao nosso ninho de amor, onde recomeçaríamos tudo. Onde o amor novamente iria tomar conta de nós, e nada poderia nos separar.

Agradeço a Tom por todos os momentos que tivemos juntos, pela vida que ele me deu. “Não importa quanto tempo passe, aonde eu esteja, como eu esteja, ou com quem eu esteja. Meu coração é seu, e isso não é nada que alguém possa compreender. Nem eu mesmo entendo, mas sei que é real, que é para sempre, e acima de tudo, que é por você.” Essas, foram as minhas últimas palavras, e fico feliz em saber que elas foram direcionadas para a pessoa que eu mais amava.

Embora tudo o que eu sentia por ele não foi o suficiente para meu final feliz, ou tenha sido até demais. Eu não senti nada, apenas uma escuridão repentina tomou conta de meu corpo, fazendo-me parar de ver, ouvir e sentir tudo o que acontecia em minha volta. Eu não sabia o que iria acontecer agora, só sabia que não importava aonde eu estivesse, eu amava Tom.

Tom’s P.O.V

Tudo estava indo como um pesadelo. Aliás, tudo era um pesadelo. Eu só não entendo o porque. Eu e Bill iríamos voltar para nossa casa, iríamos nos aconchegar e nos amar. Nós tínhamos o perdão um do outro, que era o mais importante, mas mesmo assim, isso não foi o suficiente.

A dor que eu sentia não tinha como ser explicada. Talvez queimar ao fogo ou levar mil facadas em meu coração não fosse doer tanto como assistir a perda da pessoa que mais amava sem poder fazer absolutamente nada para que  pudesse mudar o trágico destino que meu amado irmão dele. Meu único desejo era estar ao lado dele.

No chão, se encontrava seu corpo, imóvel. A ajuda chegou rápido, mas foi desnecessária, já era tarde demais. Bill se encontrava em meus braços, gelado e imóvel, com suas mãos levemente curvadas sobre meu peito. Eu não conseguia pensar, conseguia apenas chorar.

Não dormi naquela noite. Meus olhos se encontravam inchados por conta do choro incessante, minha mãe, junto com Georg e Gustav se encontravam ao meu lado, com olhares piedosos e sofridos sobre mim. Ninguém dizia uma palavra, e a cada vez que eu tentava, mais lágrimas escorriam por minha face.

Novamente, o dia estava frio, morto. Bill fora enterrado em uma cerimônia simples e íntima, apenas com nossos parentes e melhores amigos. A mídia tentava obter informações sobre o grande acidente da noite anterior.

Após o termino do funeral, fui para a casa com minha mãe. Ela, nada dizia, apenas me olhava constantemente para ter certeza de que eu estava bem, coisa que tão cedo, não ficaria. O dia passara rápido, sobre meus olhos. Meu coração se encontrava ferido, com seus batimentos cada vez mais fracos e pausados, coisa que eu não conseguia entender.

Deitei-me sobre a nossa cama, que ainda continha as roupas com o cheiro de Bill. Me agarrei nelas, enquanto lágrimas as molhavam, e lembranças vinham a minha mente. Risos, beijos, brincadeiras, abraços, tudo. Eu me apegava a tudo com o medo de esquecer o mínimo detalhe de meu amado.

Adormeci mais rápido do que esperava, tendo uma noite escura e vazia, sem sonhos, até onde me lembrava. De repente, senti como se estivesse acompanhado, e alguém estivesse me observando. Não sabia dizer se estava acordado, ou se estava sonhando.

Em poucos minutos, eu me encontrava novamente na cena do acidente. O desespero tomou conta de mim na mesma velocidade que tudo acontecia, fazendo-me olhar para todos os lados, sem nada encontrar.

Fechei meus olhos, tentando-me afastar de todas aquelas imagens que insistiam em assombrar minha mente, fazendo-me cair de joelhos no frio asfalto. Uma mão, grande mas ao mesmo tempo delicada tocou minhas costas, fazendo-me levantar em um pulo.

Meus lábios e olhos se abriram, espantados. Eu com certeza, estava sonhando. A imagem angelical que tinha de Bill era surreal, simplesmente perfeita.

- Tommy. – Ele falou, colocando um sorriso em seus lábios.

- B-Bill! – Disse, atirando meus braços ao seu redor, chorando.

- Shh, vai ficar tudo bem. – Ele disse, em um tom calmo, acariciando minha cabeça.

- Volte para mim, Bill! Eu te amo, por favor, volte! – Falei desesperado, enquanto meu corpo tremia, acompanhando minha voz.

- Eu não posso, Tommy. É impossível. – Ele falou, afastando-se de mim.

- Então me leve  junto com você, eu imploro! – Falei, enquanto livrava meus olhos das lágrimas.

- Tom... Você tem certeza? Você tem uma vida inteira pela frente, não vale a pena fazer isso por mim. – Ele falou, afastando-me mais um pouco.

- Do que irá adiantar minha vida se você não estiver nela? Eu tenho certeza, Bill. Assim como tenho a mais concreta certeza de que te amo. Por favor, me leve! – Falei, indo em sua direção.

- Eu te amo. – Ele disse, enquanto lágrimas manchavam sua face, e sua mão era novamente esticada na minha direção, exatamente na mesma posição em que nos encontrávamos antes de sermos tirados um do outro.

Sorri ao ouvir suas palavras, pegando delicadamente sua mão, abraçando-o.

- Vamos. – Ele disse em um tom suave, enquanto andava em direção ao parque, que era delicadamente iluminado pela luz do luar.

Eu não sei explicar exatamente o que aconteceu, só sei que me juntei a Bill, aonde quer que estávamos. Por um momento a escuridão tomou conta de mim, mas logo fora substituída por a imagem da perfeita face de Bill a alguns centímetros da minha.

Eu estava feliz, não sentia frio nem dor, meu coração estava como se nunca tivesse sido quebrado, e eu nunca tivesse sido afastado de Bill. Não tinha mais ninguém a nossa volta, não tinha mais escuridão, não existiam mais dúvidas nem mágoas. Se nada disso não tivesse acontecido, eu não estaria ao lado de meu amado, de meu irmão, de meu Bill, e não teria conseguido meu final feliz.

Ende.


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Notas finais do capítulo

E então, querem alguns lenços para secar lágrimas? Até eu chorei escrevendo, hahaha. Comentários? Reviews? Indicações? Danke schön!



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