Valentines Day escrita por Sayami
Devia ser uma hora qualquer e eu estava em um canto qualquer da casa, andando impacientemente de um lado para o outro.
Esperava uma visita ou ao menos uma ligação.
Mas não uma ligação qualquer. E nem de uma pessoa qualquer.
Aoi me aguardara até o último momento após o ensaio, me prendera contra a parede e com a boca colada em minha orelha, me encheu de promessas e esperanças.
Uma delas era a que ele viria me visitar.
As outras não podem ser ditas antes da meia-noite.
E aqui estou eu, não faço idéia de há quanto tempo, esperando.
Olhei o relógio, de novo.
Pela vigésima vez, passei a mão pelos cabelos, agora secos. Estava começando a perder as esperanças de que ele viria.
E então, a campainha tocou.
Saltei de susto. Tratei de arrumar logo minhas roupas e fui atender a porta.
- Takashima Kouyou-san? – Era um entregador com um grande cesto super enfeitado com fitas roxas.
- Sim?- Confirmei meio confuso.
O rapaz entregou-me um papel e me pediu para assinar.
Mal deu tempo de perguntar quem havia mandado. O entregador já havia ido embora.
Coloquei o cesto sobre a mesinha de centro e comece a procurar pó um cartão.
E no papel lilás e perfumado dizia: “Não coma tudo sem mim”.
Desfiz os vários laços do pacote, revelando diversas caixas de chocolate dos mais diversos sabores e formatos.
Aoi era um desgraçado. Sabia que eu tinha um vicio insano por chocolates.
Olhei do cartão para os chocolates, pensando se deveria ou não atender ao pedido. Dei de ombros e fui atacar os chocolates.
Ninguém mandou me deixar esperando. Agora eu iria comer tudo sozinho.
XxX
Havia acabado de engolir o último bombom, quando a campainha tocou novamente.
Fui atender a porta, limpando minha boca lambuzada e meus dedos melados.
Ofeguei ao ver Aoi, parado na porta, com o sorriso mais sexy que já vira estampado no rosto.
Lindo.
As roupas pretas contrastavam adoravelmente com sua pele alva. O perfume maravilhoso logo invadindo meus sentidos.
A lembrança do nosso primeiro encontro me veio à mente.
- Não vai me deixar entrar, Uru? – Perguntou rindo, falsamente ofendido.
- Não devia. – Respondi mal humorado.
Afastei-me, deixando ele entrar. Passou por mim com o sorriso sacana ainda nos lábios.
E foi só eu terminar de fechar a porta, para ele me prensar contra a mesma, colando seu corpo ao meu.
- Você comeu tudo sozinho. – Sussurrou em minha orelha, causando arrepios deliciosos por todo meu corpo.
Pisquei, confuso, mas logo percebi que ele falava dos bombons.
- Você merecia ser castigado. – Murmurei, fingindo-me de bravo. – E você sabe que não resisto a chocolates.
Ele riu, seus lábios se curvando contra meu pescoço. Pegando uma de minhas mãos, levou meus dedos sujos de chocolate até os lábios.
- E eu não resisto a você sujo de chocolate. – Murmurou, beijando e lambendo meus dedos sensualmente.
E apenas aquela visão me fez gemer baixinho.
Num movimento rápido, seus lábios desviaram de meus dedos para meus lábios, tomando-os para si com fome.
Aoi tinha um jeito só dele de me beijar. Um jeito que me fazia sempre ansiar e pedir por mais.
Seus lábios moviam-se ágeis e mão mesmo tempo, carinhosos. Seu piercing, que eu tanto amava, arranhava levemente minha boca, fazendo-me suspirar entre o beijo.
Sua língua era experiente e faminta, explorando cada canto de minha boca.
Suas mãos firmes e possessivas agarradas à minha cintura, mantendo-me de pé, pois minhas pernas estavam bambas demais para me sustentar.
Aoi afastou seus lábios minimamente dos meus, me deixando respirar, ou melhor, ofegar. Sua boca aproximou-se novamente de minha orelha.
- Agora que você acabou com o chocolate, teremos de usar chantily. – Avisou, provocante, mordendo o lóbulo de minha orelha.
Sorri, ouvindo-o sorrir também, sentindo seus lábios famintos em meu pescoço. O piercing roçando pela pele provocantemente.
Enlacei seu pescoço com meus braços, minha boca a milímetros da sua.
- Tem cerejas na geladeira também. – Completei docemente.
Só deu tempo de ver seu sorriso por um segundo, antes de seus lábios tomarem os meus novamente e com mais luxúria.
E pegando-me no colo, caminhando em direção ao quarto, Aoi sorriu mais uma vez para mim, sussurrando carinhosamente:
- Feliz Dia dos Namorados, Uru.
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Reviews? *-*