A Sweet Memory escrita por minsantana


Capítulo 10
Capítulo 10




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Tomei uma xícara de café com o olhar voltado para aquela foto na estante.
- mas ela é tão parecida... – pensava alto quando o telefone começou a tocar.
Meu coração bateu forte e eu corri para atender pensando que fosse ela novamente, mas não era.
- alô? – falei ansioso.
- o que foi cara? Tava correndo? – era Frank.
- ah, é você.... – falei desanimado.
- poxa, nem fica feliz em ouvir minha voz. – eu ouvia as gargalhadas dele vindo do outro lado.
- eu preferia ouvir a voz dela de novo e não a sua.
- de novo aquela história? Não é ela, Gerard. Ela está morta.
Aquelas palavras doeram, mas eu não sabia mais em quê acreditar.
- eu preciso desligar Frank. Tenho que sair.
- ok. Mas não se esqueça que temos uma reunião na sua casa mais tarde, sobre as músicas que já temos prontas pro próximo CD.
- pode deixar. Eu não vou esquecer.
- até logo mais. Bye.

Olhei pro relógio na parede e já estava perto do horário de almoço. Tomei um banho e me arrumei. Quando me olhei no espelho, quase nem me reconheci. Sem barba e com gel no cabelo? Aquele não era eu! Baguncei mais o cabelo para voltar a ser quem realmente sou. Talvez assim, ela se lembrasse de mim...
Resolvi ir andando até lá. Não era longe e eu confesso que nunca gostei muito de dirigir. Preferia caminhar e ir cumprimentando as pessoas nas ruas. Costumava ser assim quando eu era feliz.

Depois de algumas quadras, enfim cheguei até o apartamento onde ela morava e onde nós quase... eh, é melhor esquecer. Toquei o interfone mesmo sem saber como eu me lembrava do número e do andar, se na última vez eu não estava prestando muita atenção nesses detalhes...
Logo, a voz dela me recepcionou.
- quem é?
- sou eu, Ju... Jamie. O Gerard.
- ah, pode entrar!
O portão se abriu e eu entrei. Enquanto eu esperava o elevador, várias pessoas passaram por mim e me olharam como se eu fosse algum ser sobrenatural. Uma delas, um homem mais ou menos da minha idade, me olhou de cara feia e duvidosa quando viu que andar eu tinha escolhido. Aquilo me deixou um pouco nervoso. Quem era ele?
A porta do elevador se abriu e eu me lembrei da última vez que estive ali. Aquele fogo que tinha tomado conta do meu corpo novamente se acendia, mas dessa vez era diferente. Eu estava ali só para almoçar, não é?

Nem precisei tocar a campainha. Ela me olhava pelo ‘olho mágico’ e abriu a porta antes mesmo que eu pudesse levantar meu braço. Ela estava deslumbrante com um ar angelical, parecia uma linda menina. Usava um casaco de algodão por cima de um vestido rosa claro, sapatilhas brancas iguais a de uma bailarina e seu cabelo estava preso em um coque. Aquela cena me fez estremecer. Me fez lembrar a...
- você não vai entrar? – ela perguntou e eu acordei.
- ah... claro. – sorri e senti meu rosto arder.

[...]


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