A Feiticeira e o Vampiro escrita por Samira_28ka


Capítulo 20
Capítulo 21 Coisas de adolescente


Notas iniciais do capítulo

postem , postem , postem.
bjs



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- Alice! - Eu gritei e abracei a minha amiga.

               -Também estou muito feliz em ver você, Bella. - Eu percebi minha reação exagerada e dei um passo para trás. Ela ficou na ponta dos pés para beijar meu rosto e eu ri.

                Ela entrou na casa sem convite, não que ela precisasse, e se virou para mim com um sorriso.

                - Como você descobriu tudo? - ela continuou sorrindo e eu franzi o cenho,

                - Tudo o que? ­– eu respondi com uma pergunta.

                - Vampiros. – ela revirou os olhos com se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

                - O Edward te contou? - perguntei confusa. Ele não parece o tipo de pessoa que conta o que aconteceu no dia para Alice. Mas eu posso estar errada.

                - Não. Ele não disse nada. - ela bufou e eu a imaginei pedindo para o Edward contar- Mas eu vejo o futuro. - ela piscou para mim e eu arregalei olhos. Vampiros veem o futuro?  Interessante.

                - Todos os vampiros veem o futuro? Como funciona? - perguntei curiosa e Alice riu. Nem tinha pensado que estávamos na sala e alguns empregados poderiam ouvir.

                - Uma pergunta de cada vez. Você responde a minha pergunta e eu respondo uma sua. OK? – eu me sentei e prendi os meus cabelos em um rabo de cavalo frouxo. Alice se sentou ao meu lado.

                - OK. Quando eu fui a La Push - vi Alice fazer uma careta – eu falei sobre vocês e O Jake me contou toda a história dos frios. Eu pesquisei um pouco e hoje foi só a confirmação. – respirei fundo e Alice prestava atenção como quem ouvia uma história.

               - Sua vez. - Alice falou.

                - Como funciona o seu dom de ver o futuro? - eu perguntei.

                - É algo muito instável. Eu só posso ver enquanto a pessoa está nesse caminho. Se ela muda de idéia o seu futuro também muda. Se o vampiro tem um dom, ele é único. - ela explicou.

                - Como você parou aquele carro? – ela perguntou. A mesma pergunta que eu fugi do Edward.

                - Eu não parei aquele carro. Foi o Edward que fez isso. - eu menti. Alice me olhou incrédula e eu sorri.

                - Alguém na sua família também tem dons especiais? - eu mudei de assunto. Mas eu não posso fugir dessa pergunta para sempre.

                - Sim. O Jasper sente as emoções das pessoas e pode modificá-las. Pode acalmar uma multidão ou deixá-la com raiva e o Edward lê mentes. Ele pode ouvir todos os pensamentos.  Menos os seus. - ela respondeu e eu ergui uma sobrancelha.  Edward, o leitor de mentes. Jasper tem um dom parecido com o do meu avô. Alice vê o futuro como eu. Por que o Edward não lê a minha mente?  Dãã!!! Você tem um escudo mental.  Acho que não será muito fácil mentir para eles. Meu escudo pode enfraquecer a qualquer momento.

                - Por quê? – eu perguntei. Eu tenho que saber a teoria deles.

                - Não faço idéia. – ela deu de ombros e eu suspirei.

                - Bella, posso fazer um pedido? - ela juntou as mãos, seus olhos aumentaram de tamanho e ela fazia um pequeno biquinho.  Parecia uma criança que pedindo sorvete.  Eu ri.

                - Claro. - eu sorri e ela também. Mas o dela era bem mais travesso que o meu.

                - Vamos parar de falar da minha família, que eu vejo há décadas, e vamos fazer aquelas coisas de adolescente. - ela me olhou sonhadora.

                - Coisas de adolescente? - mordi o lábio inferior e ela pegou uma mecha do meu cabelo e começou a enrolar no dedo.

                - Pintar as unhas uma da outra, ver filmes românticos, falar de garotos, roupas, famosos, essas coisas – ela parecia muito empolgada e eu fiquei do mesmo jeito.

                - Tem certeza que você é vampira? – cruzei os braços e Alice começou a trançar o meu cabelo.

                - Absoluta. Mas também sou adolescente. E eu nunca tive uma amiga. - Mesmo falando sobre um assunto triste, ela nunca perdia a alegria.

                - Nem quando humana? - não conseguia ver seu rosto e não conseguia sentir as suas emoções.

                - Não lembro nada da minha vida humana. Quando eu tento, só vejo a escuridão. Como se eu tivesse acordado só quando eu virei vampira.

                - Como todos os vampiros são assim? – Pensei que deve muito triste não saber quem você é.

                - Não. As lembranças são nubladas, mais ainda assim, existem. E a principal é a dor da transformação.

                - Como é a transformação? - Ela olhou para mim ansiosa e lembrei-me do nosso programa adolescente.

                - Prometo que é a ultima pergunta sobre isso. – Ela cruzou os braços como uma adolescente emburrada e respondeu.

                - A transformação acontece quando um vampiro morde a sua vítima, mas não suga todo o seu sangue. O veneno corre nas suas veias e causa uma dor insuportável. Por três dias, você está praticamente morto. Quando seu coração pára de bater a transformação está completa. Nesse tempo, ocorrem as transformações para você virar um vampiro. Mas o Carlisle é diferente. Ele nunca tomou sangue humano, e com exceção de mim e o Jazz, ele salvou todos que transformou.

                - Até a loira psicopata? - Falei sem pensar e Alice riu - Desculpa, foi automático. - Respondi um pouco sem jeito.

                - Sem problemas. A Rosalie não é tão ruim. - Olhei desconfiada para ela, mas acabei sorrindo. Alice contagia até a pessoa mais mal-humorada.

                - Que péssima anfitriã eu sou. Deixa eu te mostrar a casa dos meus tios. - Levantei-me e estiquei os braços para o lado com a dona –de- casa que eu não sou.

                - Por que você fala casa dos seus tios em vez de sua casa? – perguntou enquanto subíamos a escada.

                - Porque a casa é deles e eu não pretendo fica aqui muito tempo.

                - Por que não?  Você vai ficar até terminar o colegial? – Ela perguntou.

                - Sim. – Dispensei melhores explicações. – Você já estudou em uma universidade?

                Ela balançou a cabeça negativamente.

                - Mas morro de vontade de fazer.

                - Morre, é? – eu zombei.

                - Quer dizer, tenho muita vontade de fazer.

                - De quê? – Eu perguntei.

                - Moda. - Ela respondeu feliz.

                - Moda, é claro. – Bati na minha testa – Por que eu perguntei mesmo? - Nós duas rimos.

                Andei por toda a casa e apresentei todos os cômodos.

(...)

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                Por último, deixei o meu closet. Acho que todos sabem o porquê. Para quem não sabe, o que eu acho bem difícil, a reação dela explica tudo.

                - Bella, OMG, Bella. Por que você deixou o melhor para o final? – Ela colocou os braços na cintura e começou a bater o pé no chão repetidas vezes.  Na maior parte do tempo, ela parece mais uma criança mimada do que uma vampira adolescente.

                - Porque eu queria ver o seu ataque na integra. – Respondi risonha.

               - Você já sabe o que eu vou pedir. – ela falou com certeza, ignorando o meu comentário.

                - Não, por que eu saberia? ­ - Fiz-me de desentendida e Alice me entregou uma roupa que eu não a vi escolhendo.

               - Agora você sabe.  - Ela me empurrou para o closet e eu não tive outra opção. Vesti-me rápido e sai do closet.

                Alice me olhava com uma expressão avaliativa e eu dei uma volta para mostrar melhor a roupa que ela havia escolhido.

                Ela sorriu e me entregou outra roupa.

- Próxima- Ela sussurrou como naqueles caixas de supermercado.

Assim eu passei a última hora. Almocei com Alice me observando como se eu fosse a sua mais nova boneca de porcelana.

Fomos para a sala de TV e assistimos a filmes românticos. Eu comia pipoca, chocolate e refrigerante. Eu chorei depois de assistir P.S. Eu te amo e Alice só parecia emocionada, mas não caia nenhuma lágrima sequer.

- Eu aqui me acabando em lágrimas e você parece entediada. - Respondi recuperada do meu choro silencioso.

- Vampiros não choram. - ela respondeu curtamente.

- Não? Por que? - Eu perguntei

- Acho que pelo menos motivo que vampiros não dormem e não tem filhos. - Ela respondeu divertida. Nada abalava Alice.

- Vampiros nunca mudam? - Perguntei para confirmar a minha suspeita.

- Não. O corpo fica congelado no tempo e a personalidade também continua a mesma. Mas fique feliz, ser sua amiga é uma mudança na minha vida.

- Considero isso um elogio?

- É claro. - Respondeu divertida.

Fomos a uma sala que é o sonho de qualquer adolescente que use cosméticos. Meus tios são donos de uma importante firma de cosméticos, como eu já disse antes. Eles têm uma sala que reúne pelo menos um exemplar de cada produto vendido pela empresa. 

Alice foi à prateleira de esmaltes. É claro que uma vampira perfeita não ia ficar olhando a parte de tratamento de pele ou qualquer coisa que corrija imperfeições que todos os pobres mortais tem. 

                Ela trocava olhares entre mim e um esmalte vermelho sangue. Sangue. Irônico, não?  Mas o que seria da vida se um pouco de ironia, drama, sarcasmo, felicidade e comédia?  Certamente seria um tédio.

                A minha baixinha preferida encontrou um cesta em algum lugar. Ainda não me acostumei com a velocidade que ela fazia tudo. Ela pegava dois tipos diferentes de maquiagem. Um mais delicado que seria a que ela usaria e a outra mais ousada que com certeza, seria a minha. Engraçado como ela escolhe o meu estilo sem a minha permissão. Mas eu tenho prazer em deixar Alice feliz.

                - Como você é sortuda! - falou enquanto eu a observava na sua velocidade sobre humana recolher os itens que ela chamava de essencial.

                - Por ter você como amiga? - perguntei enquanto passava um brilho labial.

                - É claro que eu sou a sorte da sua vida. – Convencida, que isso! - Como conseguiu viver até hoje sem mim?

                - Consegui viver muito bem, na verdade. Vampiros eram lendas.

                - Isso não é minha culpa. É tudo culpa do Edward.

                - Acusando pessoas que não podem se defender?

                - O Edward não pode se defender. - Ela riu. Um som similar ao toque de sinos. – Indefeso, é uma coisa que o Edward não é.

                - Mas ele não está aqui para se defender. – rebati.

                - Por que se importa? – Ela sorriu diabólica e eu me calei. Maldita boca grande. Por que eu não fiquei de boca fechada?

                - Não gosto de injustiças.

                - Estou errada? O que você sente por ele? - O clima estava tenso como se a qualquer minuto fosse estourar uma bomba nuclear. Bem, eu me sentia assim.

                - Por que estamos falando sobre isso mesmo? – tentei descontrair o clima. Ela sussurrou baixo e rápido, mas eu consegui ouvir algo como “Eles nunca vão admitir”. Tentei não pensar no significado daquelas palavras.

                - Não faço idéia.  demos risadas.

                - Mas é sério. Você é muito sortuda por ter tios ricos e donos de fábrica. Olha só essa cor.  - Ela apontou para uma sombra rosa choque e eu revirei os olhos.

                - Sorte. Muita sorte. - Sussurrei para mim mesma, mas tinha certeza que ela ouviu.

                Estávamos na segunda sala de estar. Alice já tinha feito francesinha nas suas unhas e pintava as minhas com aquele esmalte vermelho sangue. Enquanto isso, eu fazia perguntas bobas.

                - Leonardo di Caprio ou Brad Pitt? - É um exemplo de pergunta. Eu disse que eram bobas não inocentes.

                - Brad Pitt. Sem comparação.

                - Tem razão. O Brad é sensual.

               -  Muito sensual.

                - Alice! - Eu ralhei

                - Qual o problema?

                - Você é casada.

                - Só por isso não posso achar ninguém bonito? – Falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo

                - Mas o seu marido é um vampiro. - Falei tentando argumentar contra a lógica dela.

                - Sim. E eu o amo muito e ele arrasa qualquer astro de Hollywood Mas eu não menti sobre a parte do sensual.  - Ela sorriu maliciosa e eu jogue uma almofada nela. Que foi facilmente desviada.

                Recebi algumas ligações da escola e de alguns pais e fiz aquele discurso Está Tudo Bem.  Fiz um esforço hercúleo para não rir em cada ligação que Alice fazia caretas imitando a pessoa que falava. Quando Jessica ligou, Alce imitou uma fofoqueira perfeita. Desliguei rápido e me rachei de rir.

                Fiz um lanche leve e fui ouvir música com Alice. A voz da minha amiga era melhor que a da cantora, mas isso não vem ao caso. Montamos uma coreografia improvisada e dançamos até eu cair exausta na cama. Alice se deitou ao meu lado apenas para ficar perto de mim.

              - Bella, você me faz sentir tão... - Ela fez uma pausa e completei.

                - viva?

                - Eu nunca agi desse jeito.

                - Eu imagino.

                - É sempre assim?

               - Nem sempre. Mas se você quiser pode ser.

              Ficamos em silêncio por algum tempo, aproveitando a companhia uma da outra. Alice se sentou.

- Só porque o seu coração não bate, não significa que você não tenha emoções. Você é mais humana que muitas pessoas que eu conheço. -  Até eu mesma fiquei surpresa com a minha declaração. Encostei-me ao seu colo de mármore e ouvi um som parecido com um soluço.

                Olhe para cima e vi Alice em um choro sem lágrimas. Ela rapidamente se recompôs ao ponto de eu pensar que foi uma ilusão. Ela sorriu radiante e disse.

               - Eu te amo.

                - Eu também te amo. - Sorrimos. Eu sabia que agora eu tinha uma amiga de verdade.

                - Vamos parar com esse momento romântico, que daqui a pouco eu vou pingar mel. -  Ela se levantou e eu a acompanhei.

                -Claro, minha BFF. – falei sabendo que ia atrair a sua curiosidade

                -BFF? – Seus olhos brilharam de excitação.

                - Best Friend Forever ! - Falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Ela saltitou pelo quarto cantarolando algo como Eu tenho uma melhor amiga.

                Eu bocejei e Alice parou de pular.

                - Esqueci que você é humana e precisa dormir. - Ela balançou a cabeça algumas vezes como se fosse uma idiota.

                - Calma ,Alice! Eu vou dormir daqui a pouco. - Falei divertida.

                - Calma nada. Você vai tomar um banho e dormir agora.

                - Sim, mamãe. - Eu sussurrei irônica.

                Fui para o banho como a anã da Branca de neve mandou.  Senti todo o cansaço que esse dia foi.  O acidente, usar os meus poderes, a conversa com o Edward e a retomada da minha amizade com Alice. Foi um dia cheio de emoções.

                Coloquei meu pijama e deitei-me na minha cama. Alice desligou a luz e ficou na cadeira ao meu lado.

                Antes de ficar totalmente inconsciente, eu juro que eu ouvi uma voz masculina dizer.

                - Durma bem, minha Bella.


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Notas finais do capítulo

kkkk



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