Um Romance Acidental escrita por Luciana Oliver Barragán


Capítulo 3
Capítulo 3




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E, assim, se passaram duas semanas. Cada dia e cada hora eu ficava com menos esperança sobre o meu futuro.
Os dias em que eu podia estar com ele e sorrir até me cansar iam passando por mim. Não sabia como aproveitar esses tristes dias.
Tinha vezes que eu ficava com muita raiva dele, pois não percebia nada, não sabia o quão apaixonada eu estava por ele.
Na verdade todo o meu sofrimento foi provocado por mim mesma, todos esses eternos dias de tristeza foi eu quem os fiz vir. Bem que eu podia ir e falar para ele que o amava com todo o meu coração. Mas... como eu faria isso, eu não conseguiria, ficaria toda nervosa e tremendo.

No começo da última semana, ele foi para minha casa. Eu fiquei pensando o que fazer mas na verdade não sabia. AH... eu estava em estado de choque.
Decidi não contar nada para ele, achei que ia ser o correto. Achei que talvez algum dia ele não morando mais aqui eu poderia mandar um correio falando tudo o que eu não consegui falar esse mês.
Os dias foram indo e eu o ajudava arrumando a sua casa. Foi divertido, a gente ria todo tempo contando nossas antigas aventuras e todas as nossas lembranças.
Mais o dia chegou, eu fui para o aeroporto com ele e o ajudei em todas as coisas que pude. Quando chegou a hora de ele partir, não agüentei e minha cara ficou um rio de lágrimas. O bom foi que não era a única, ele me acompanhou na dor. Não sei como, mais eu o deixei partir, ele se foi e eu não lhe disse nada, absolutamente nada.
-Vamos filha, voltemos para a casa!
-Já vou mãe... já vou.
No carro, minha mente se tornou um filme eterno que contava a minha vida com detalhes imensos.
Eu via as pessoas passarem na minha frente sem nenhum problema visível, tinha umas que até riam, e eu aqui, sofrendo. Cheguei em casa e fui dormir, que dizer, tentei.
Assim os meses se passaram, e na escola eu não estava nada bem. Várias vezes ligaram para minha mãe falando que academicamente eu estava na lua todo dia, mais como os professores queriam que eu não estivesse na lua se o meu sonho se foi do meu alcance.
Socialmente eu também não ia muito bem, ou na verdade eu não estava nada bem. As pessoas que conhecia eram todas chatas, e claro eu podia falar com elas mais isso não era ter um amigo como eu alguma vez o teve.

Se passaram assim dois largos anos, dois anos onde eu não fazia nada mais do que estar na televisão, no computador ou lendo livros de romances aventureiros. Algumas vezes eu pensava em fugir da minha casa, de partir para a cidade do meu amor. Claro isso era uma loucura pois não tinha a mínima sabedoria para poder fazer isso.


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