O sol estava muito briliante, era um domingo pela manhã.
Audrey acordava todo domingo as 9:30 para ter tempo de escrever no seu diário e depois tomar o café da manhã com a
sua mãe e seu pai.
Mas esse domingo foi um domingo diferente.
Ela acordou, e viu o relogio, eram as 8:00 e ja nao tinha sono.
Decidiu começar o dia mais cedo. Tomou um banho muito longo e depois começou a escrever os seus grandes
pensamentos no seu diário. Ao terminar, ela leu tudo o escrito. E foi aí quando ela seu deu conta de uma coisa
muito estranha.
Todos os pensamentos escritos falavam das coisas que faziam ela e seu melhor amigo Jean Pierre, dos grandes dias
em que iam ao cinema ou quando chuvia e tinham que voltar correndo para a casa.
Foi nesse exato momento quando ela percebeu que nao era normal estar escrevendo tanto assim dele. Ficou tão
pensativa que leu de novo e ao terminar leu uma vez mais.
Derrepente no fundo dos seus longos pensamentos escutou um telefone tocando, era estranho por que ela escutava
cada vez mais forte e quando percebeu era o seu telefone tocando.
- Oi?
- Oi, Audrey eu tenho que te contar uma coisa.
Audrey ficou um segundo totalmente paralizada. Nao dava para acreditar que era ele quem tinha telefonado.
-O que foi, conta
-Eu vou viajar
-Vai? para onde? quanto tempo?
-Vou para o México! eu ainda não sei...(a voz dele ficou triste e silenciosa)mas meu pai falou que iam ser minimo
dois anos.
-Dois anos? Como assim?
- é pois é!
Foi realmente dificil acreditar. No começo eu achei que era brincadeira, mais a voz dele foi muito verdadeira quando falou que iam ser dois anos.
Eu estava me sentindo estranha. Na verade fiquei com muita raiva, mais depois fiquei com muita vontade de chorar.
Todas minhas reflexoes foram jogadas ao lixo quando escutei "Dois anos".
Mais eu decidí seguir escutando sua voz.
-Eu não gosto de falar estas coisas pelo telefone. Vamos para o cinema. Voce pode?
Na verdade eu podía ir sim ao cinema. Mais com ele... Não.
-Disculpa, eu...eu...estou arrumando meu quarto e minha mãe nao deixa.
-Eu posso ir lá e te ajudar, e depois agente vai ao cinema.
-Não...não...é que eu estou castigada, e minha mãe nao deixa vir ninguem hoje.
-Tá certo. Bom, entao agente se fala depois.
-Tá...tá...tchao
-Tchao.
Depois do incidente eu fiquei paralizada até que comecei a chorar. Chorei tanto, mais tanto, que meus olhos ficaram irritados.
Aproveitei que ainda era sedo, botei o pijama e voltei a durmir.