Help us we're drowning
So close up inside

Ajude-nos, estamos afundando
Tão perto, lá dentro

Kusagaruke no Sato* foi o primeiro lugar em que Suigetsu pensou que Karin pudesse estar vivendo.

Seguindo pelo próprio exemplo, havia voltado para Kirigaruke no Sato depois de sair da equipe Taka, esperava ela que fosse óbvio que ela estivesse lá.

Estava errado.

Decidiu então ir até a cidade mais próxima para tentar juntar informações sobre o paradeiro de Karin, pretendia achá-la em até quatorze dias, se falhasse, voltaria para Kirigaruke no Sato e esqueceria a ruiva.

Ou melhor, tentaria esquecê-la.

Foi andando sem direção que encontrou uma pousada aparentemente agradável e decidiu passar a noite ali.

Perto dali, uma ruiva se encontrava exausta, carregava uma foto do time Taka, que havia tirado em uma vez que Suigetsu e Juugo obrigaram ela e Sasuke a passar um dia em um parque de diversões.

Até que fora divertido, no final das contas.

Já havia perguntado a várias pessoas, mas nenhuma delas havia visto um menino de cabelos brancos e com aparência de tubarão.

Desse jeito, ela nunca encontraria Suigetsu.

Visivelmente abatida de tanto andar, decidiu entrar na pousada mais próxima e entrou.

Subindo as escadas até o quarto 202, ela já não sabia em que andar estava e decidiu pedir ajuda.

– Ei, você sabe que andar é esse? – perguntou ela pra um menino pálido e estranho que tentava a todo custo abrir a porta do quarto 173.

– Esse aqui é o terceiro andar. – Disse ele levantando a cabeça para olhar quem lhe tinha feito a pergunta. Uma menina ruiva, estranhamente familiar.

Uma menina ruiva muito familiar.

–Karin?

– Como sabe meu nome? E quem é você? – perguntou ela, confusa.

– Puxa, pensei que se lembrasse de mim Karin. Já que me esqueceu, vou ter que me apresentar de novo não é? – Disse ele, se divertindo com a situação – Prazer senhorita Karin, me chamo... Suigetsu.

Suigetsu.

Karin.

E, para ele, não eram necessárias mais palavras. A expressão de surpresa da ruiva já o divertia bastante.

Mas para ruiva, as palavras nunca deixariam de ser necessárias.

– Suigetsu, é você mesmo garoto! Ah, eu estava procurando você, só que as pessoas... Elas diziam que não tinham te visto e aí eu pa- – ela parou abruptamente de falar pois a mão do garoto cobria sua boca.

Ele apenas olhava para a ruiva. Definitivamente, ela não tinha mudado em nada. Os mesmos cabelos ruivos rebeldes, a mesma personalidade explosiva.

Ela continuava a mesma Karin.

A sua Karin.

E quando ela finalmente parou de tentar retirar a mão de Suigetsu da sua boca, ele decidiu falar.

– Sentiu saudade?

– E-eu... Desculpe-me, Suigetsu. – Disse a ruiva, abaixando a cabeça e ficando levemente corada.

– Desculpas? Pelo que? ­– Perguntou Suigetsu, se fazendo de burro.

– Por ter te xingado, te batido e por tudo mais, eu acho.

– Ah Karin, deixa de bobagem. Você tá muito pra baixo hoje. – Disse ele, entrelaçando seus braços ao redor da ruiva. – Aliás, acho que sei um jeito de levantar seu astral.

À medida que ele se aproximava e roçava levemente seu nariz no de Karin, a o rosto da ruiva começava a ficar da cor de seus cabelos.

Antes agora do que nunca. Pensou o garoto.

Suavemente, ele roçou seus lábios nos da sedutora ruiva.

Ficou levemente corado, mas ainda sim ele selou os lábios dos dois num beijo há tempos sonhado por ambos.

Karin lentamente fechou seus olhos e se entregou ao beijo.

Antes que soubessem eles já eram inseparáveis.*

Why does it rain, rain, rain
down on Utopia?
Why does it have to kill
the idea of who we are?

Por que chove, chove, chove
lá na Utopia?
Por que tem que matar
a idéia de quem somos?