Mercúrio escrita por Kira-chan Anime


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Well, a ideia veio no meio de uma aula de química, por isso o título estranho 'S:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/106333/chapter/1

42. 42°Celsius. Era isso que o mercúrio do termômetro marcava. É, estava queimando em febre. Mas isso não o impediu de jogar o termômetro longe, retirar as poucas bandagens que o envolviam, pôr seu casaco de volta e sair andando sem rumo pelos corredores do grande QG. Iria fazer alguma loucura, isso era certo. A febre altíssima fazia-o perder a noção de tempo-espaço.

“Kuso! Onde está ele quando se precisa?!”

Continuou andando, procurando por alguém que talvez nem ele mesmo soubesse ao certo quem. Refeitório, corredores, jardins, revirou a Ordem de pé a cabeça e não conseguia achar o que tanto procurava. Por fim, lembrou-se da biblioteca. Chegou escancarando a porta. Vazia, completamente. Resolveu ir mais uma vez na parte dos quartos, achando o dele com a porta encostada. Entrou, andou até o centro do cômodo e cerrou os dentes e um dos punhos por ele estar completamente vazio.

“Onde está o bastardo?!”

Olhou em volta, tudo continuava em seu devido lugar. Pelo menos, era assim que ele achava que era seu quarto. Algumas coisas fora do lugar, mas deveria ser normal.

– Yuu? – Chamou uma voz conhecida. – O que faz aqui?

Ah, finalmente chegara.

– Baka Usagi... – Sinistramente um sorrisinho formou-se em seus lábios.

– Yuu-chan, não foi na missão com o Velho Panda e os outros? – O ruivo se aproximou do amigo depois de fechar a porta com cuidado. – Você está suando, está doente? – Ele encosta o dorso da mão na testa do japonês. – Por Kami, você está queimando em febre!

– Tsc, cale-se, Baka Usagi! – Ele dá um tapa na mão do outro para afastá-la de sua testa.

– Você deveria ir à enfermaria e...

– Tsc, eu não preciso de remédios! – O ruivo não tinha notado até então, mas Kanda tinha prensado-o contra uma das paredes de seu quarto. Ele se aproximou do ouvido do outro e sussurrou, fazendo um arrepio percorrer a espinha do Bookman Junior. – Eu tenho você.

– C-como é?! – Ruborizou, mas logo teve seus lábios invadidos pelos do samurai. Com essa aproximação repentina pôde realmente sentir a temperatura elevada do outro, que aparentava subir a cada instante, mas, talvez, não mais pela febre.

Não dava pra acreditar. Não dava mesmo para acreditar que aquelas mãos fortes e definidas exploravam o corpo do aprendiz de Bookman, tão rápidas e determinadas, mas ainda por cima das roupas. Kanda estava totalmente fora de si. Ou será que a febre só havia lhe permitido fazer o que nunca tinha tido coragem?

– Y-Yuu...

– Tsc, cale-se, Usagi! – Ele soltou um sorrisinho malicioso – Você é o que ataca.

Bom, definitivamente ele não estava nada bem. Mas o ruivo não pôde deixar de permitir que um sorrisinho um pouco malicioso surgisse em seus lábios. Pensou em começar a entrar no esquema dele, mesmo sob o perigo de ser esquartejado se o samurai melhorasse mais tarde e se lembrasse do que estavam fazendo. Cansou de pensar, era aborrecido demais. Resolveu agir mais e inverter as posições, agora pressionando o japonês contra a parede escura de seu quarto. Kanda soltou um sorrisinho de satisfação mesclado com malícia.

Continuaram o beijo, agora mais selvagem e apressado, se aproximando cada vez mais da cama do Jovem Bookman. Lavi empurrou Kanda na cama, mas como o moreno tinha se agarrado à camisa do ruivo, trouxe-o junto, não rompendo o beijo. O espadachim tentou despir o outro, mas sem sucesso. O fôlego faltou-lhes e tiveram que se separar por breves instantes.

Aproveitando a breve pausa no beijo, o ruivo começou a tirar a roupa do outro lentamente, percebendo ele querer fazer o mesmo consigo. Lavi conseguiu tirar todo o terceiro uniforme do japonês, enquanto para este ainda restava sua calça. Mas isso era algo irrelevante. Kanda dedilhava o tórax e o abdômen do ruivo sorrindo, descendo os dedos para o cós da calça e tirando-a em seguida.

Em uma rápida mudança de planos, o japonês cansou de ficar por baixo e inverteu as posições, prensando o ruivo contra a própria cama. Ele começou beijando toda a extensão do pescoço do ruivo, deixando várias marcas roxas lugar, o que só aumentava o sorrisinho maroto dele. Quando chegou à base do pescoço do outro, subiu os lábios novamente ao encontro dos do amigo, em um beijo fervoroso e agitado. Ao separarem-se, Lavi também decidiu aproveitar um pouco e fez o mesmo que o outro. Kanda já ia continuar com sua iniciativa, quando o ruivo afastou-o momentaneamente.

– Oe, Yuu, não seria eu o seme? – Ele soltou um risinho baixo.

– Hm, mudança de planos. Eu não gosto de ser o uke. – O moreno sussurrou à base do ouvido do outro.

– Hum, está bem. – Lavi respondeu divertido com a situação. – Mas dessa vez. – Ele sussurrou de volta.

O moreno soltou um risinho abafado, concordando em seguida com o ruivo. Depois daquilo, só se foram possíveis ouvir alguns sons abafados, parecendo gemidos ou juras de mortes bem trágicas, em meio a risos e mais gemidos. A noite havia sido longa para aqueles dois exorcistas.

Na manhã do outro dia, Kanda já não estava mais com tanta febre assim. A temperatura já tinha se estabilizado quando ele acordara ao lado do ruivo. Sentado na cama, depois de piscar os olhos duas ou três vezes, corou violentamente ao ver o estado em que estava: nu, na cama, ao lado de Lavi, igualmente despido, as roupas jogadas de qualquer forma no canto do quarto e a maior bagunça neste, como travesseiros e alguns lençóis no chão. Tentou sacar sua katana, porém lembrou-se que a havia deixado na enfermaria. Em seguida, lembrou-se dos fatos da noite anterior. Sentiu a face esquentar-se ainda mais.

– Ohayoo gozaimasu, Yuu-chan!~ – Lavi abraçou o samurai pelas costas e falou, ao pé do ouvido dele, com sua voz mais irritante possível.

– O-oe, me solte, Baka Usagi! – Ele tentou se desvencilhar do amigo, porém, sem sucesso.

– Nhaa, porque você é sempre tão espinhoso Yuu-chan?~ – Ele falou com uma voz manhosa.

– Quieto, Usagi... – Não sei se era possível sua face se avermelhar mais do que já estava. – Vamos descer logo.

– Não antes de um banho. – Ele falou com uma voz extremamente sedutora à base do ouvido do moreno.

– N-nani?!

Não conseguiu resistir ao beijo do outro. Acabou dando permissão para que a língua do ruivo se enroscasse na sua, causando ondas de prazer por seu corpo. Foi direcionado ao banheiro, onde “brincou” um pouco mais com o ruivo. Depois de se arrumarem, finalmente foram tomar o café da manhã: Lavi com seu cachecol enrolado no pescoço, e Kanda com seu cabelo solto em volta do pescoço também. Felizmente, seus amigos mais próximos haviam ido à bendita missão, portanto não poderiam fazer perguntas incômodas aos dois.

Depois do café, a enfermeira achou Kanda e deu uma bela bronca sobre ele ter fugido da enfermaria quase morrendo de febre e com tantos curativos por causa de sua última missão. Ele apenas revirou os olhos e acompanhou a moça até a enfermaria para pegar suas coisas, ouvindo Lavi soltar um risinho baixo. À tarde, eles foram treinar um pouco.

– Yuu...

– Hm?

– O que vai fazer esta noite? – Perguntou se aproximando do espadachim, e deixando que um sorrisinho malicioso tomasse seus lábios.

– Nada em mente. – Respondeu, virando a cara um pouco corada.

– 20h, no meu quarto, está bom pra você? – Ele prensou o outro na parede e sussurrou em seu ouvido, deixando que percorresse um arrepio pela espinha do mais velho.

– N-nani?! – Ele enrubesceu ainda mais com aquele convite inesperado.

– Tá bom, tá bom. – Riu divertido. – Hoje pode ser no seu, então.

– O-oe, eu não concordei com n...

Tarde demais. O ruivo selara seus lábios com um beijo intenso. O Bookman Junior puxou o outro pela cintura, trazendo-o mais para perto de si. Ao se separarem para pegar ar, Lavi apenas sorriu e piscou para o ‘amigo’.

– Então, te encontro lá. – Sussurrou divertidamente no ouvido do outro, passando a língua sensualmente no local (vide Alois Trancy, Kuroshitsuji II, ep. 5).

O samurai sentiu um arrepio percorrer sua espinha e a face esquentar muito, o que o fez empurrar o outro para longe para poder ir embora. Lavi apenas riu, achando muito engraçado tanto as ações quanto as caras e bocas do moreno. Sabia que, por mais que Yuu Kanda se esquivasse dele, no fundo ele sentia alguma coisa a mais pelo ruivo, fazendo assim o sentimento se amor entre eles ser recíproco. O jeito agora era esperar pela noite que estava por vir, e que prometia ser muito longa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Rapaz, me matem pelo final failed! x_x'
Mas, o que vale é a intenção, nãom é mesmo? 8D /apanha

Well, espro que você goste, bia~ sz

Críticas, elogios e afins, reviews são sempre bem vindas! ;D

Beijocas ;*