Nós Fazemos a História escrita por All StarCherry, ShineMaki98, Annah_Hale


Capítulo 2
Propostas para uma Amaldiçoada.


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito?? ^^"
perdão >.
Aqui é a autora Isabeloka e espero que vocês curtam esse capítulo pq eu caprichei muito nele

Ah, e digam o que acham da Asher ein?
bjs e...

... ao capítulo:



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“Verdadeiros amigos são como as estrelas no céu.  São mais claros nos tempos de escuridão”.

Asher Deimont PDV

Escuro... É tudo isso o que eu vejo.

Silêncio.

Mas... Como vim parar aqui? É tudo tão... vago Tão confuso. Tão... Distante...

- Ash... – uma voz fraca pareceu sussurrar ao meu ouvido. Um liquido quente escorreu por meu rosto. Em um clarão que parecia mostrar o verdadeiro mundo por trás das sombras eu pude enxergar uma mulher. Cabelos em um embaraço sem vida, mas um sorriso tão gentil quanto seus olhos. Mesmo que a imagem fosse mostrada nítida por breves estantes e que tremeluzisse em preto e branco pude notar a palidez de seu rosto.

Escutei-me soluçar.

Ela estava morrendo, mas não chorava. A mulher sorria.

Por mais confusão e agitação que pudesse circular ao redor da cama onde estava alojada ela segurava minha mão de forma calma e reconfortante. Seja lá quem fosse não temia. Tinha tristeza em seus olhos, sim, mas os mesmos demonstravam mais força e orgulho de um modo tão familiar que era como se seu medo se tornasse sua esperança.

A imagem sumiu voltado em seguida de segundos como um coração velho lutando mesmo em seus últimos momentos de vida.

- Orgulho. – conseguiu dizer. Sua mão que segurava a minha soltou-se com grassa e suavidade tentado secar meus olhos, afagando meu rosto. A imagem sumiu e voltou. Dessa vez mais fraca. – Vai me dar orgulho.

E assim seu coração parou levando consigo quaisquer que sejam as memórias de meu passado naquele instante.

Sentei agitada na cama.

O suor e as lágrimas que percorriam meu corpo com o objetivo de diminuir a temperatura na verdade parecia fazer o contrario combinada a minha respiração acelerada.

Suspirei.

Já não era o primeiro – e por minhas intuições – nem o ultimo sonho que tinha aquela semana.

Mesmo que eu negue qualquer coisa relacionada à água o banho era uma de minhas únicas exceções.

Ah, perdão. Meu nome é Asher Deimont, tenho 18 anos e eu com certeza não sou como você. Quero dizer... não sou como mutantes e tudo mais que você vê nesses programas de tv hoje em dia, ou talvez não... Ah dane-se, eu sou uma semideusa.

Então vem a pergunta básica: O que raios é uma semideusa? Semideusa é simplesmente o termo que usamos para quando um deus (sim, um deus. Sabe a historia dos deuses gregos? Então, é tudo real) decide... digamos que pular a cerca pelo pleno tédio que se passa no Olimpo engraçando-se com um/uma mortal qualquer e disto dando origem a uma criança meio mortal, meio deus.

Daí o nome: Semideus.

Muito complicado? Muito para absorver?

É, eu sei, mas é verdade.

No inicio também foi assim e eu fui levada tão jovem... Enfim, quando se descobre tal traço de parentesco você vai para um lugar chamado “Acampamento Meio-Sangue” onde tecnicamente apreenderia a lidar com monstros baboseiramente servindo agrados a deuses que você nunca viu e provavelmente nunca verá (o que infelizmente quanto a nunca vê-los não foi o meu caso).

Por mim já estou satisfeita por umas poucas três ou quatros conversas no Olimpo que tive quando menor antes de fugir e ser perseguida por milhares e milhares de monstros.

Opa, sim existem monstros. Impressionante o modo como você, mortal, não os nota, não? Isso é por causa de uma coisinha maravilhosa chamada névoa. Alguns mortais têm o dom de ver por detrás dela o que, particularmente, acaba levando-os a um hospício se não for capaz de controlar sua língua.

Pois é, o mundo para esse tipo de mortais deve ser uma droga, mas... para os mortais, em geral, é maravilhoso. Bem, talvez não maravilhoso, quero dizer, existem os assaltos, a violência, as mortes, mas... também existem aqueles os quais conquistam a alegria tão de serem felizes para o resto da vida.

Existem aqueles os quais seus desejos e sonhos são realizados e tudo parece ao mesmo tempo tão difícil e tão fácil...

Mas parando de falar na humanidade vamos falar de mim. Primeiramente você já deve ter notado que muitas vezes eu viajo legal para explicar as coisas. Pois é, explicações não é o meu ponto forte, eu acho.

Vamos ver... Como eu já disse meu nome é Asher Deimont, tenho 18 anos e ai vai uma coisa que você já deve ter sacado – ou talvez não, o cérebro é seu não meu –, sou uma semideusa filha de Poseidon com a vida... um pouco diferente.

Vivo em um apartamento em Nova York com mais 4 garotas que assim como eu vivem como mortais sem mais a interrupção de monstros em nossas vidas. Eles simplesmente pararam de nos irritar e nós a eles. É como um respeito mutuo eu acho. Nós não os irritamos e eles não nos irritam. Simples.

Curso artes visuais, ou seja, fotografia e estou indo bem nisso. Pelo menos é o que o meu professor o Sr. Muito Gato Fish, diz.

E antes que você pense que sou como todos essas da faculdade, eu já lhe aviso, não sou. Sou virgem, isso, virgem. Ai você pensa: Nossa essa garota deve ser muito feia ou muito pobre e desesperada por sexo. Errou de novo. Não quero isso. Na verdade é disso que mais mantenho distancia depois da água, monstros e deuses.

Sou amaldiçoada, de duas maldições as quais pouco venho a falar.

Mas isso não significa que eu não tenha tido amassos um pouco... quentes. Essa é a palavra. Pergunte ao meu professor, hm... não, acho que ele não poder alegar isso, afinal, ele iria preso não é? É arriscado ficar com professores, mas o gosto do perigo é tão bom.

Pervertida? Eu? Não! Eu só quero... sabe, ser um pouco normal mesmo com tais maldições.

Suspirei.

O relógio marcava 3 horas da madrugada. Malditos sonhos! Malditas maldições! Maldito dia o qual nunca consigo lembrar e ao menos esquecer!

Passei as mãos nos cabelos, nervosa. Sem ao menos me dar ao luxo de pegar uma toalha ordenei a água que circulava meu corpo para tornar-se vapor capaz de esquentar suficientemente o quarto e o banheiro enquanto escolhia uma roupa.

No fim acabei entre uma blusa branca alojada perfeitamente ao corpo, um colete de renda de couro no mesmo estilo colado e um jeans de brim azul marinho médio com traços cor de mar e uma bota de couro. Sim, eu evito o mar, porém o que posso fazer quando essas cores parecem se encaixar perfeitamente ao meu corpo? E ainda mais, combina com meus olhos.

Maquiei-me basicamente com rimel e blush para ressaltar meus olhos verdes e sai em uma de minhas caminhadas de madrugada tendo como café da manhã apenas um copo de leite e pão, porém após longas horas eu precisava de café forte.

Sorri.

Adorava os bares da cidade e era muito conhecida em todos eles. Se eu bebo? Claro. Se eu bebia antes? Talvez um pouco... ta bem, eu admito! Sim eu bebia. E não, eu não sou de ficar bêbada. Na verdade os bares me conhecem por causa disso: A menina que pode beber mais que qualquer homem sem dar sinal de embriaguez. Era assim que ganhava dinheiro antes de conhecer as meninas, mas... eu não sei se isto é por causa de meu pai ou não eu apenas...evito pensar nisso.

Poucas são as memórias concretas que se abrigam em minha cabeça. Não é que eu invente coisas, as memórias estão aqui, em algum lugar, estão apenas... misturadas.

Fui ao bar do Phil. Um dos bares onde tudo começou.

O balconista a esse horário era Jamie, um grande amigo que em momentos tão loucos quantos os atuais sempre esteve ao meu lado. Foi com ele meu primeiro beijo e meu primeiro grande amasso, mas... não é como se fossemos namorados. Somos amigos e fico feliz por isso. Somos... amigos com benefícios talvez.... porem... nada mais.

- Quero café. – Jamie sorriu torto ao reconhecer minha voz, demonstrando seus dentes brancos perfeitamente alinhados. – Forte.

- Ora ora. – não tirava os olhos de mim ao servir-me – Se não é Asher, grande Asher, por onde você andou?

Jamie exalava um cheiro único. Um adorável cheiro viciante de uma colônia a qual muitas queriam se afogar. Mas eu não. Não. Com ele era apenas provocação, nada de mais.

- Aqui, ali... – dei de ombros – lugar nenhum.

Ele riu.

- Quando é que você vai começar a falar coisa com coisa?

- Quando eu beber, acho.

Jamie tinha em seu rosto um sorriso brincalhão.

- Não deveria ser o contrario?

Sorri.

- E quem disse que eu sigo as regras do normal?

Mais uma vez ele sorriu, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa Phil, seu pai, o chamou para perto.

- Volto já. – prometeu.

Suspirei.

A caneca de café em minhas mãos esquentava meus dedos de um modo reconfortante. O primeiro gole é sempre o melhor. Eu devo ser maluca, mas é como se ele simplesmente me aquecesse por dentro preenchendo o vazio que a tanto insisto em tentar esquecer.

- Você vem sempre aqui? – quase cuspi o café fora naquele exato momento. Que raios de cantada era aquela? Foi só quando virei-me para a voz que notei que era feminina e que a minha frente estava nada mais nada menos do que uma garota entre seus 18 e 20 anos, ela exalava uma beleza delicada e implacavelmente perigosa que era transmitida não apenas por seu rosto, mas também por seus olhos de um estranho amarelo prateado como a lua complementado por cabelos castanho-avermelhados que jaziam soltos enquanto escorriam por suas costas. A garota se debruçava pelo balcão de forma tediosa e ao mesmo tempo graciosa e gentil. – Eu lhe fiz uma pergunta – insistiu – É assim que passa o seu tempo, Deimont?

Apesar de seus olhos assustadores fitarem com interesse o copo de whisky em suas mãos eu congelei. Mesmo nos bares as poucas pessoas que sabiam meu sobrenome eram Jamie e Phil que me ajudaram quando pequena, mas... também havia outras. Havia os deuses.

- Quem?

- Não é muito educado fazer perguntas as quais já sabe as respostas – advertiu.

Bufei.

- A que devo a honra, Lady Ártemis? – a deusa sorriu o que fez meu estomago embrulhar. Há muito, deuses me davam nojo – Para não vir como de costume ou está apaixonada por mim ou quer algo de mim – eu quase ri (quase) diante seu rosto, agora predador.

- Estas caçoando da deusa da caça?

Caçoando? Que ser usa essa palavra hoje em dia? Pelo jeito, lady Ártemis.

- De modo algum, Lady. Estou apenas... – minha mente forçou-se a encontrar palavras – confusa.

- Claro.

- Seja como for – levantei-me – obrigada, mas não estou interessada.

Mal pude dar dois passos quando a deusa segurou meu pulso.

- Não quer se lembrar? – perguntou – Seu passado – explicou – sua raiz. – não respondi – Ou desejas viver tendo toda noite o mesmo sonho sem saber quem ela era ou o que ela era para você? – mas eu não queria ouvir...

- Pare.

- Uma irmã, uma tia – um arrepio passou por minha espinha –, sua mãe?

Foi quando a fúria me tomou.

- Você não sabe nada sobre a minha mãe, ouviu? – rugi fitando seus olhos congelantes – Nada.

A deusa grunhiu de modo cômico e sarcástico.

- Cabeça dura como o pai – suspirou, porém antes que eu pudesse reclamar ela disse: – Vá para o acampamento, Deimont. Treine e conseguira respostas, treine o quanto puder, cada dia e cada noite. Acostume-se a água. Ela é sua maior carta agora.

- Do que esta falando?

- Este é o preço – alertou a deusa. Ártemis olhou-me por mais poucos segundos em uma expressão triste antes de largar o copo indo de encontro à saída do estabelecimento.

Pagar meus pecados por meros treinos, até que não parecia tão ruim. Mal sabia eu o que aquilo significava em verdade.

- Espera... – soei fraca, a deusa da caça não se virou – por favor... – pedi. Eu estava preste a desistir quando ela parou olhando-me sem emoção com seus olhos frios. – Quanto a... – tocar no assunto assustava, engoli em seco – ...minha outra maldição?

Os olhos de Ártemis vacilaram de encontro ao chão.

- Sinto muito – ela parecia sincera – Quanto esta nada posso fazer, mas Asher – a menção de meu primeiro nome pareceu me fazer despertar – sua maldição se tornará sua benção.

- Como... – murmurei – Como pode saber?

- A deusa da caça diz – sorriu – e assim será – e desapareceu em seguida por um clarão prateado.

Não esperei Jamie chegar e nem ao menos terminei minha bebida. Sai do bar do Phil ao máximo de silêncio e rapidez possível tentando discar inúmeras chamadas às meninas pelo celular, mas algo me dizia para apenas seguir adiante e que fosse rápido e agora.

Pouco me lembro quando passei pela porta do apartamento pondo apenas o necessário e o que me convinha em minha mochila esporte de campo azul e cinza junto com duas garrafas de água. Fazia bastante tempo em que eu já não tentava controlar a água, mas... era melhor prevenir. Afinal, se Lady Ártemis havia vindo até mim era por uma razão a qual agora eu questionava: Os monstros ainda deixariam-me quieta? Tinha minhas duvidas.

Tomei um banho apressado apenas para renovar as forças pondo uma simples camisa justa cinza combinada a meus melhores jeans rasgados com minhas tão adoradas botas de couro e jaqueta preta ao mesmo estilo.

Qual é? Toda garota tem direito a um dia todo de preto.

Essas botas eram as melhores, encaixavam-se perfeitamente sobre o pedal de minha moto. Uma BMW preta que dirigia a toda velocidade pelas ruas de Nova York.

Algo em meu estomago dizia que para ir mais rápido, minha cabeça me dizia que eu estava doida e meus joelhos tremiam tanto que já sabia que a partir do momento que peguei a moto não havia mais volta.

As meninas.

Elas estariam bem? Eu torcia para que sim enquanto teimava minha cabeça a obedecer. “E assim será”, suas palavras ecoavam entre duas vozes diferentes, ambas femininas. Já não sei se é pelos sonhos ou pelo perdão eterno. Eu só espero que no fundo tudo de certo. Sem mais mortes... por favor.

Só agora parava para pensar em Ártemis.

Por que ela? Por que não meu pai? Não. Provavelmente nunca ouviria meu pai, não depois daquilo. Ártemis era diferente. Ela era o que eu queria ser... Segura... Imortal... Livre do amor.

Minha mente pareceu despertar. Meus olhos percorreram a estrada de caminho a Long Island.

A viagem não seria calma, disso eu tinha certeza.


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Notas finais do capítulo

Sim o.o
Finais tensos são os melhores ó/

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Agora é com você ShineMaki98, detona! ;]